quinta-feira, 29 de maio de 2008

Património natural a preservar.

Uma das coisas que mais me impressionou na fabulosa ilha das Flores, foi a sucessão de manchas de flora endémica que se podem encontrar. Apesar de terem sido efectuadas algumas arroteias absolutamente desnecessárias, nota-se uma recuperação bastante rápida por parte das plantas de endemismo açorico, nomeadamente a Urze, o Bracel e a Uva-da-Serra. Nas zonas do Morro Alto e do Caminho Florestal dos Rochões, encontrei, em várias fases de floração, uma das maiores senão a maior concentração de Uva da Serra (Vaccinium cylindraceum) que alguma vez vi.
Pena é que a Hortênsia esteja a invadir essas zonas, principalmente às cotas dos 400 aos 500 metros, com uma velocidade assustadora. Seria, talvez, hora de intervir no controle a essa planta ornamental que naquela ilha pode já ser considerada infestante.

Uva da Serra a iniciar a floração...
Uva da Serra a começar a floração
Uva da Serra em floração média...
Uva da Serra em floração média
Uva da Serra em floração plena...
Uva da Serra
Fotografias feitas nas Flores entre os dias 22 e 25 de Maio de 2008.

"Posta" publicada há pouco no «Fôguetabraze».

Flora endémica.

A ilha das Flores encerra uma das mais importantes reservas de flora endémica dos Açores.

Flores Island-Azores- 2008.05.23

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Emissões da RDP passam a chegar à ilha das Flores com mais qualidade

A RTP procedeu [recentemente] à instalação de uma estação de recepção de satélite em Santa Cruz das Flores para a recepção dos programas da Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP África e RDP Internacional em DAB (Digital Áudio Broadcasting) e Antena 2 em FM.

Com esta nova instalação, a RTP melhorou a eficiência e a qualidade de recepção daqueles programas no Grupo Ocidental do Arquipélago tornando fiável a sua contínua retransmissão em circunstâncias climáticas favoráveis e menos favoráveis.

A nova estação consiste numa nova antena de 1,8 metros Offset, de um Low Noise Block Konverter e de um Receptor de Satélite com saída de 2 Mb.

A RTP [Rádio e Televisão de Portugal] espera assim, que sejam suprimidas muitas das falhas de programas que se deviam à má qualidade de recepção do satélite HispaSat provocadas pela pouca eficiência da anterior estação de recepção de satélite.

Notícia: «RDP/RTP Açores».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 27 de maio de 2008

O jornal «As Flores» no Fórum (VIII)

Jornal «As Flores», edição de 17 de Abril de 2008
(nº 624, II série, ano XXXVI) : : : AINDA NAS BANCAS!!! : : :
Directora: Maria José Sousa


Títulos e resumos da 1ª Página:

Os problemas da RDP e RTP nos Açores

Exposição de Actividades Económicas das Flores
A Câmara de Comércio e Indústria da Horta com o Núcleo Empresarial das Flores e Corvo e a cooperação da Câmara Municipal de Santa Cruz, vão promover uma Exposição de Actividades Económicas das Flores.

ESPAÇO JOVEM: Na sala de aula...
Hoje, o que se verifica numa sala de aula? Uma tremenda balbúrdia... O professor na sala de aula e os alunos correndo de um lado para o outro, causando um enorme alarido, de pouco ou nada valendo ao professor mandá-los calar ou estarem nos seus lugares. (...)
Os professores, embora querendo, não podem intervir nem impor a sua autoridade, porque, em alguns casos, se o fizerem ou tentarem fazer, são muitas vezes ameaçados, insultados e até agredidos, não só pelos alunos, mas também pelos seus pais.

Farpas Farpas Farpas
Desta vez as “farpas” estão amargas como limão, logo agora que se preparam eleições e andam rosas, laranjas e os “frutos” todos da selva a tentarem ser o melhor “sumo” da época.

ALGUNS DOS OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE NESTA EDIÇÃO:

“Míssil” americano encontrado na Quebrada Nova

Grupo Cénico de Amadores «A Jangada» estreia a peça “Crime da Aldeia Velha” de Bernardo Santareno, nos dias 11 e 12 de Abril

Sintap/Açores foi recebido em audiência pelo Representante da República para os Açores, na qual entregou o Caderno Reivindicativo para 2008

Sindicato dos Professores da Região Açores procedeu à entrega ao Secretário Regional da Educação e Ciência, de um abaixo-assinado, subscrito por três mil docentes, de indignação e protesto contra atitudes e procedimentos por parte da Secretaria Regional da Educação e Ciência/Direcção Regional da Educação e diversas medidas de política educativa que atentam contra direitos profissionais e de cidadania

Artur Lima visita a ilha das Flores

Baile de Solidariedade com a menina Fátima Silva

Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira (de vila do Corvo) realizou cerimónia de hasteamento da Bandeira Verde

ALGUMAS DAS PEÇAS DE OPINIÃO:

Os problemas da RDP e RTP nos Açores - por Renato Moura

Assim vai o meu País: Mediocridade confrangedora - por Lino F. Fraga

Ciência e Religião - por Dr. Caetano Tomás

Os jovens de hoje e a Igreja - por Jacob Fernando Nóia Vasconcelos

Verdadeiros e falsos matrimónios - por Dr. Caetano Tomás

ALGUMAS DAS SECÇÕES:

Espaço Jovem: Na sala de aula... - por Eliana Cabral de Sousa

Estórias que meu Avô nos contava: Lenda do Monte das Cruzes (ilha das Flores) - por J. M. Soares de Barcelos

Crónicas do Corvo: Verdades inconvenientes - por Manuel Inácio

Espaço Saúde: Actividade física e sistema nervoso central, doença de Parkinson - pelo Dr. Rui Moura

O Cantinho da Saúde: A protecção da saúde dos efeitos das alterações climáticas - pela enfermeira Ana Gil

Tal Qual: As obras para o Governo - por José Renato Medina Moura

Re-Pensando: O perigo da orla marítima - por filho de Roque de Freitas Moura

segunda-feira, 26 de maio de 2008

«Preto no Branco» #15

O Estatuto da RAA prevê que o Governo visite cada uma das nove ilhas, ao menos uma vez por ano. Bem sabemos que as visitas às Flores foram quase sempre uma maçada para o Governo Regional.

Dantes, ainda que com hegemonia de outra cor partidária e manipulações, sempre havia tensão, polémica e quem pusesse os interesses das Flores acima dos caprichos dos “chefes”. O ambiente “aquecia” desde a chegada, passando pelos bastidores, até às sessões de “boas vindas”, que causavam frisson, até ao contacto com as populações, à reunião do Conselho do Governo e ao anúncio do comunicado final. Até manifestações e contra-manifestações chegaram a realizar-se.

Agora, trata-se de um passeio de campanha, à imagem do Estado Novo. A máquina da União Nacional não sabia fazer melhor. E em marketing, Mota Amaral, comparado com isto, era um aprendiz.

É tudo “para a fotografia” – promessas lindas, desperdícios faraónicos, obras do “caracacá”, comícios partidários pelo regime, sopas pantagruélicas, lançamentos de primeiras pedras, divulgação e apresentação de números, estudos, projectos, pacotes, avaliações, etc.... e uma pobreza de espírito dos responsáveis locais que é de bradar aos céus. Triste Terra...

Caso é para dizer que líderes fracos fazem fraca a forte gente!

Tomara que um Presidente do Governo anunciasse nas Flores o seguinte - “De hoje em diante os Secretários e Directores Regionais têm instruções expressas para vir aqui inteirar-se das matérias dependentes das suas pastas, com regularidade mensal. Eu próprio, assim se justifique, virei cá, de quando em vez. E sem aviso prévio...”

Fica aqui a sugestão ao Conselho de Ilha e também ao Governo Regional. O resultado talvez não fosse a “chachada” do costume e os milhões rendessem mais, em benefício dos Açores em geral e das Flores em particular.

Há quem diga que, “o povo merece o Governo que tem”. Não subscrevo. Os Governantes regionais e responsáveis locais merecem-se, com toda a certeza. Uns e outros é que não merecem o que a ilha lhes acrescenta. Para mais, a troco de nada!

Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

domingo, 25 de maio de 2008

Ilhas de (sem) Valor

Devo começar por dizer, no âmbito do teor deste "post", que não escrevo por encomenda. Na verdade, quer a fotografia, quer a ideia, quer o texto já estavam prontos quando surgiu um comentário de um leitor a propor o tratamento deste assunto. Ainda para mais um comentador anónimo, todos sabeis, pelo menos os que acompanham a blogosfera, que não morro de amores por comentadores anónimos, sejam a favor ou contra as minhas ideias. Não raras vezes, deixo de contestar alguns comentadores, com bastante pena minha, pelo simples facto de serem anónimos. Mas esse é assunto para outra posta.
Vamos, então, ao que interessa. A construção de um Hotel em Santa Cruz das Flores, em cima da Zona Industrial e de comércio por grosso, não cabe na cabeça do mais tinhoso dos pensadores. Bem sei que a vista e o lugar, mesmo ali em cima do mar é privilegiado. Contudo, já estava ocupado, no meu entender mal ocupado e desperdiçado por um complexo industrial e comercial que não poderá ser removido nos próximos anos, responsabilidades para a autarquia de Santa Cruz, obviamente. Cabe aqui reflectir sobre a qualidade dos autarcas que autorizam e promovem investimentos industriais em zonas de potencial desenvolvimento turístico. Cabe aqui, reflectir sobre o disparate enorme que foi projectar e construir um Hotel desta categoria em cima da referida Zona Industrial. Não tardará e estão os industriais a ser perseguidos por causa dos barulhos, odores e poeiras das suas actividades. Eu, no lugar deles “mandava chumbo” em cima de quem teve a impensável ideia de construir um Hotel com esta localização.
Ordenamento e planeamento precisam-se, gente capaz também, este Hotel foi pensado e planeado e implantado com a cabeça dos dedos dos pés, de meia dúzia de supostos iluminados que esta Região pariu depois de 1996. “Não vá o sapateiro além do chinelo”.

Para uma óptima visualização...

A visualização do «Fórum ilha das Flores» está optimizada para uma resolução de 1024 pixels por 768 pixels e utilizando o navegador-internet [gratuito] «Firefox».
O nosso pRec continua(rá)...
Saudações florentinas!!

sábado, 24 de maio de 2008

Vai começar a Grande Corrida 2008... olh'ó taxo, senhor@s "socialistas"!!!

No próximo domingo [isto é, amanhã], o secretariado regional do PS/Açores vai reunir, na ilha Terceira, para definir o calendário de escolha dos deputados [ditos] socialistas às próximas Eleições Regionais [a realizar em Outubro].

Internet, um desespero.

É, de facto, desesperante o acesso à internet na ilha das Flores. Aqui nas Lajes, onde me encontro, o melhor que consegui até agora foi uma ligação via telemóvel em GPRS que não vai além dos 46k. Isto é, internet do pré-jurássico.
Para carregar uma fotografia para o Flickr, são necessárias dezenas de tentativas e horas de paciência a fazer «Try again». Consegui carregar uma apenas e desisti.
De facto, numa região que se orgulha de ter uma estação de rastreio de satélites, que vai ter auto-estradas terrestres em breve, não se compreende este atraso tecnológico nas auto-estradas da comunicação. A ilha das Flores é a mais bela ilha dos Açores, a mais preservada do ponto de vista ambiental e a mais equilibrada do ponto de vista social, isso quer dizer, pura e simplesmente, que os florentinos andam a fazer o trabalho deles, façam os políticos o seu.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Primavera Florentina

Chegar às Flores e ser presenteado com um dia de Primavera como o de hoje é a única coisa que nos pode amenizar a ausência de casa e da família. Por mais vezes que viaje e saia por uns dias de perto da minha gente, é sempre com o sentido neles e para eles que faço todo este esforço. As ausências cada vez mais frequentes e prolongadas também vão sendo cada vez mais dolorosas.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Novos planos para as obras de protecção da orla costeira de Santa Cruz

A secretária regional do Ambiente e do Mar apresentou [na passada quarta-feira, dia 14] o estudo prévio referente à terceira fase das obras de protecção costeira de Santa Cruz, um empreendimento orçado em cerca de sete milhões de euros.

Na ocasião Ana Paula Marques garantiu que a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar continua a implementar a gestão integrada das zonas costeiras e em particular na ilha das Flores, onde foram já investidos cerca de três milhões de euros em obras desta natureza.

O estudo prévio apresentado prevê a consolidação da arriba entre o porto Velho e o porto das Poças (numa intervenção de cerca de 40 metros), de um outro troço entre o porto Velho e as Piscinas Naturais (numa extensão de cerca de 160 metros) e a construção de muros de suporte em betão revestido a pedra.

Quanto à zona a intervencionar no troço Sul do porto das Poças estão previstas duas soluções que irão agora ser debatidas com as pessoas ligadas ao mar.

Notícia: «Jornal Diário» e também o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

O Bom filho à casa torna.

Neste caso, pelos mesmos meios com que saiu das Flores, numa operação de alto risco, o N/M “Família Augusto” agora matriculado em Ponta Delgada, está de regresso ao Porto das Lajes. O “Família”, como é conhecido nos meios marítimos florentino e micaelense, zarpou incontáveis vezes daquele porto em direcção à vizinha ilha do Corvo e sempre com viagem de regresso marcada. Levou turistas, cimento, gaz e demais cargas. Quase sempre trazia peixe, pescado no canal.
Transformado, definitivamente em embarcação de pescas, foi para São Miguel, para a mais piscatória das freguesias açorianas, Rabo de Peixe.
Hoje o “Família” volta às Flores pela mão do seu armador, Manuel Vieira Moniz (Plácido) para desenvolver aqui a actividade da pesca e exportação de pescado. Esta operação tem o apoio logístico e administrativo da Agência Nuno Almeida e Sousa UP LDA.
Ironia das ironias, coincidência das coincidências, o Sr. José Humberto, antigo proprietário e filho do saudoso Mestre José Augusto, assistiu e “botou sentença” na amarração e preparação do embarque.
Saudações deste Cidadão do Mundo

Deputado regional do PSD fez alerta para a falta de pão na ilha das Flores

O PSD/Açores alertou para a recente "falta de pão na ilha das Flores", uma carência que se verificou "nos últimos dias, afectando algumas localidades", conforme refere um requerimento enviado pelo deputado António Maria Gonçalves à Assembleia Legislativa Regional.

O facto advém do encerramento "promovido pela entidade responsável pela respectiva fiscalização" de uma padaria da ilha, curiosamente "a [padaria] que garantia melhores condições de distribuição, bem como a venda diária do produto", diz o documento.
Segundo o deputado florentino é óbvio que a saúde pública "deve constituir uma preocupação e uma prioridade na acção das entidades públicas", sendo, no entanto, necessário avaliar se, "para além do imediato encerramento, existem outras medidas que garantam as condições mínimas de higiene e de segurança de tal actividade".

O parlamentar da ilha das Flores quer saber se o Executivo está "a par da situação descrita" e se, de algum modo, adoptou medidas para intervir, e que "garantam o fornecimento de pão às populações", indaga. Sempre com o "interesse público acima de tudo", o deputado florentino fala em "medidas de incentivo e pedagógicas, sem prejuízo das necessárias sanções", em vez "do imediato encerramento de um estabelecimento, com os problemas que isso causa à população", refere.

Na ilha das Flores, "com as limitações da sua economia e o isolamento que nos caracteriza", acrescenta o social-democrata, deveriam ser privilegiadas medidas de incentivo que garantam "a regularidade do funcionamento das indústrias de panificação", não pondo "em causa" a alimentação das populações, mas laborando "com zelo e sentido de justiça", conclui.

Notícia: «Diário dos Açores», «Jornal Diário» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

Hoje é o Dia Europeu do Mar

A partir deste ano, o Dia Europeu do Mar comemora-se no dia 20 de Maio, sendo que a instituição deste dia aconteceu devido à grande proximidade dos Europeus com o Mar.

A Ecoteca das Flores e a Associação de Jovens não podiam deixar de assinalar este dia. Por motivos de agenda, a actividade planeada pela Ecoteca foi realizada no passado dia 3, mas gostaríamos que fosse lembrada por todos neste dia 20 de Maio.
Assim, contando com o apoio do Agrupamento de Escuteiros, dos Serviços de Ambiente das Flores e do Corvo e da Câmara Municipal de Santa Cruz e numa iniciativa para fazer lembrar a todos que a nossa qualidade de vida depende muito do estado do ambiente que nos rodeia, fomos limpar a praia de calhau rolado da Bagacina, a sul do porto das Poças [em Santa Cruz]. Pela Ecoteca aqui fica o agradecimento a todas as pessoas que contribuíram para que esta actividade se realizasse.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Associação Amigos da ilha das Flores realizou a 6ª edição das suas Sopas

A Associação Amigos da ilha das Flores realizou pelo sexto ano consecutivo o seu tradicional almoço de Sopas de Espírito Santo à moda das Flores, que (uma vez mais) teve lugar no Salão Paroquial de São José, em Ponta Delgada [ilha de São Miguel].

A festa começou com Missa na Igreja de São José às 11 horas, seguindo-se cortejo com coroas e bandeira até ao Salão Paroquial, acompanhado dos foliões de Espírito Santo da freguesia de Ponta Delgada das Flores.

Presentes estiveram cerca de 350 pessoas, entre florentinos, familiares, descendentes, amigos e simpatizantes. Da ilha das Flores vieram os cozinheiros e os foliões de Espírito Santo que ajudaram a enriquecer a festa e que assim também contribuem para divulgar e dar continuidade a estas tradições.

O almoço de Sopas, confeccionado pelos cozinheiros João Cravinho e Nazaré Silva, foi servido pelas 13 horas. Seguiu-se a cerimónia do levantar das mesas com os foliões de Espírito Santo, bazar com rifas, arrematações e discursos com agradecimentos.

Durante o almoço (que constou de Sopas, carne assada, massa sovada e arroz doce) decorreu uma prova de queijo das Flores oferecido pela Cooperativa UniFlores e foram projectadas fotografias das ilhas das Flores e do Corvo, para assim dar a conhecer as suas paisagens e belezas naturais ou para os mais saudosistas reverem as mesmas.

Foram ainda distribuídas flores a todas as senhoras presentes no Salão, depois de ter sido declamado um poema dedicado à Mãe pela conhecida locutora Rosa Margarida Armas, já que a data das Sopas coincidiu com o Dia da Mãe [primeiro domingo de Maio, este ano no dia 4].
Saudações florentinas!!

sábado, 17 de maio de 2008

Lançamento da primeira pedra do Lar de Idosos da Santa Casa das Lajes

Cerca de 2,1 milhões de euros é quanto irá custar a construção e equipamento do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Lajes das Flores, a cuja cerimónia de lançamento da primeira pedra presidiu [na quinta-feira] o presidente do Governo Regional dos Açores.

A infra-estrutura, que entrará em funcionamento no segundo semestre do próximo ano, é uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia local e será comparticipada pelo Governo, mediante um acordo de cooperação-investimento a celebrar entre aquela instituição e a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais.

Implantado em terrenos da extinta Estação Radionaval das Flores, agora cedidos pela Câmara Municipal de Lajes das Flores, este novo equipamento, que se desenvolve num só piso, terá oito quartos duplos e seis quartos individuais, com capacidade para 22 utentes.

Disporá ainda de espaços para convívio e de uma lavandaria e rouparia para apoio aos utentes do lar e eventualmente ao serviço de apoio domiciliário que é efectuado nas diferentes freguesias do concelho pela Cáritas Diocesana.

O novo edifício, cuja construção foi adjudicada à firma Castanheira & Soares, Lda. pelo valor de 1,5 milhões de euros, com um prazo de execução de 15 meses, terá também espaços para a sede da Santa Casa da Misericórdia de Lajes das Flores.

No último recenseamento geral da população, ocorrido em 2001, o concelho de Lajes das Flores, que atingira um máximo de 5.952 habitantes em 1849, já registava somente 1.502 residentes, com clara predominância para os escalões etários mais idosos.

Notícia: «Açores.Net» e também o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A nova Biblioteca Pública Municipal de Santa Cruz deverá estar a funcionar daqui a menos de dois meses

Está praticamente concluída a adaptação a Biblioteca Pública de Santa Cruz da Casa Pimentel de Mesquita, que se crê tenha sido uma das primeiras habitações a serem construídas naquela vila.

O edifício, agora em excelentes condições, começará ainda este mês a ser dotado de mobiliário, equipamentos e, naturalmente, livros – num total que chegará aos 35 mil volumes –, esperando-se que esteja em pleno funcionamento em finais de Junho ou nos primeiros dias de Julho.

As obras, que se encontram na fase dos acabamentos, foram visitadas [na tarde de ontem] pelo presidente do Governo Regional dos Açores, que, no local, ouviu detalhada explicação do director regional da Cultura, Vasco Pereira da Costa, sobre as valências a instalar e a forma como a nova biblioteca irá funcionar.

O mais recente equipamento da área cultural terá ludoteca, secções infantil e juvenil e uma área de leitura descontraída, todas apoiadas por novas tecnologias, com destaque para o “touch screen” que permitirá aos utentes seguirem o percurso pessoal e literário de florentinos famosos como frei Diogo das Chagas – um dos primeiros cronistas açorianos –, os irmãos Carlos e Roberto de Mesquita e, ainda, Pedro da Silveira, entre outros.

Cerca de 600 mil euros é o investimento nesta obra. Investimento no sector da cultura que se espera resulte no incremento dos hábitos de leitura no meio local.

Notícia: «Açores.Net», «Jornal Diário» e também o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Plano Regional de Ordenamento do Território está em discussão pública

O Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores (PROTA) vai estar em discussão pública entre 15 de Maio e 18 de Julho.

Os planos regionais de ordenamento do território estabelecem "as orientações para o ordenamento do território regional e definem as redes regionais de infraestruturas e transportes, constituindo o quadro de referência para a elaboração de planos municipais de ordenamento do território, devendo ser acompanhados por um esquema de modelo territorial proposto".

As sessões públicas realizar-se-ão nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial e os trabalhos de elaboração do Plano Regional de Ordenamento do Território estão a cargo das várias autarquias locais e respectivos Serviços de Ambiente do Governo Regional.

Quem quiser dar a sua opinião sobre o Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores poderá fazê-lo através de um espaço próprio na internet.

Notícia: portal Sapo Notícias/ Agência Lusa.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Hoje visita-nos o "Imperador"... avé César, benvindo às ilhas do Ocidente!!

Se não houver mais nenhuma arreliadora constipaçãozinha do senhor "Imperador" [e/ou de algum dos seus "acólitos"] e não acontecendo mais nenhum adiamento da visita estatutária do Governo Regional às ilhas das Flores e do Corvo, terá então hoje início esse epopeico passar em revista de obras em curso nas ilhas ocidentais mas (aparentemente) sem se fazerem (para já) nem muitas, nem grandes inaugurações. As inaugurações (certamente) devem ficar lá para a época de campanha eleitoral para as Regionais (quando já estiverem escolhidos os senhores candidatos do Partido [dito] Socialista a senhores deputados da ilha das Flores), até porque devem estes "socialistas" julgar que o povinho [pobre e malagradecido!, ingrato mesmo!] pode ser esquecidinho e ainda faltam uns mesinhos para a caça ao votinho... nada melhor, as inaugurações devem ser bem pertinho da campanha eleitoral. Triste Democracia, a nossa... Mas, benvindo senhor Presidente.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Nas Flores, intermitente, a cada 15 dias.

Nas Flores encontrei velhos amigos e fiz novos amigos. Comi bem e barato no quiosque do Bota Fumo e fui muito bem recebido pelo meu amigo José Rogério do Hotel dos Franceses (ServiFlor).
Nas Flores, não tive Internet. Mas, usei pela primeira vez um posto público ali na Associação de Jovens das Flores. Meia hora no máximo, muito respeito pelo material e muita consideração pelos outros utilizadores. Uma perfeição, pena o horário não ser compatível com um “cota” como eu.
Nas Flores, estive entre uma multidão de ninguém. Nas Flores encontrei a maior concentração de gente boa por metro quadrado que se pode encontrar nos Açores. Nas Flores até junto à Escola há silêncio. Eu estranhei. Imaginem o Pedro e o Manuel, meus companheiros de viagem, nados e criados nos bairros piscatórios de Rabo de Peixe.
Nas Flores, daqui até ao final do Verão e a cada 15 dias, vou "postar" por aqui, o que vir, sentir e achar por bem compartilhar.
Obrigado aos administradores do Fórum pelo convite que muito me honrou.

«Mais cooperação e menos rivalidade»

Desde há muito que me parece que a competição entre diferentes entidades públicas, ou seja a baixa cooperação, pode ser nefasta para os interesses e para o futuro dos Açores. Embora a dimensão do problema seja diferente de ilha para ilha, penso que o poder autárquico é uma das áreas onde se deveria intensificar a cooperação. Bem sei que a rivalidade entre municípios, sobretudo nalgumas ilhas, está muito enraizada. Tem raízes que remontam aos nossos antepassados. Contudo, é tempo de se pensar que esse modelo pode não ser o mais apropriado para o interesse das populações. A rivalidade entre municípios tem contribuído para adiar muitos projectos de interesse. Tem ainda, na minha opinião, contribuído para uma afectação dos recursos que pode estar longe de corresponder à mais adequada. Tem contribuído para a realização de alguns investimentos pouco produtivos. Tem ainda levado a que algum património, nomeadamente natural, tenha sido destruído, sem que daí resultassem grandes ganhos para as populações. Julgo que algumas ilhas, sobretudo aquelas onde a rivalidade é mais visível e acentuada, só teriam a ganhar com uma maior cooperação entre municípios. Algo talvez difícil, mas certamente importante.

José Cabral Vieira é florentino (natural de Ponta Delgada) e professor universitário do departamento de Economia e Gestão na Universidade dos Açores, mantendo (semanalmente à terça-feira) uma coluna de opinião no «JornalDiário.com» de onde retiramos o seu presente texto [publicado originalmente no passado dia 6].
Saudações florentinas!!

domingo, 11 de maio de 2008

Empresas das ilhas das Flores e do Corvo correm o risco de fechar

As empresas do grupo Ocidental deviam beneficiar de uma redução da carga fiscal, sob pena de terem de fechar as portas, diz o representante da Câmara do Comércio e Indústria da Horta.

Apesar dos incentivos para os empresários das Ilhas de Coesão serem aliciantes, mas tendo em conta a dimensão ultraperiférica das Flores e do Corvo, são ainda necessárias medidas suplementares. A ideia é defendida por Carlos Silva, representante Câmara do Comércio e Indústria da Horta naquelas duas ilhas. "O Governo terá de equacionar a redução de impostos (IVA e IRC) para as empresas sediadas nas Flores e no Corvo. Se isto não vier a acontecer, a curto prazo, poder-se-á assistir ao encerramento de algumas firmas e ao consequente aumento de desemprego", refere.

O empresário - proprietário do empreendimento de turismo rural Aldeia da Cuada - entende que o Corvo e as Flores não são diferentes de outras ilhas apelidadas de pequenas. Com um número cada vez maior de jovens a obter a sua formação superior no exterior, torna-se difícil fixá-los nas ilhas de origem. "Provavelmente uma saída interessante seria se alguns destes jovens optassem pela criação de micro ou pequenas empresas ligadas ao sector de serviços".

Toda a gente sabe que o tecido empresarial das Flores e do Corvo, dada a sua pequena dimensão, é muito frágil. "Esta fragilidade tem a ver sobretudo com a fraca densidade populacional e com os problemas de acessibilidades às duas ilhas". O principal desafio que se coloca neste momento aos empresários, sustenta Carlos Silva, "é o de vencer a crise económica e o de aproveitar ao máximo os incentivos disponibilizados pelo novo quadro comunitário".

O representante da Câmara do Comércio e Indústria da Horta nas Flores e no Corvo é de opinião que o Governo Regional dos Açores tem dado resposta a parte dos anseios das populações do grupo Ocidental. "O Núcleo Empresarial faz uma apreciação positiva dos investimentos. No entanto, não posso deixar de reconhecer que as prioridades não foram, todas elas, devidamente avaliadas". Carlos Silva é peremptório: "Sem boas e frequentes acessibilidades nunca poderá haver desenvolvimento, e sem desenvolvimento o tecido empresarial destas ilhas irá passar por muitas dificuldades". De resto, Carlos Silva entende que os empresários corvinos e florentinos também deviam fazer parte das preocupações dos governantes. "Deveria ser proporcionada formação profissional nas diferentes áreas empresariais".

Ilha do Corvo ficou de fora do turismo sénior
Carlos Silva acha que o projecto de turismo sénior - recentemente implementado pelo Governo Regional dos Açores - é muito favorável, porque vem dinamizar o sector em períodos menos favoráveis para os empresários das ilhas mais pequenas. Contudo, refere, "não entendo - e acho que muitos açorianos não entendem -, dentro desta lógica e por maioria de razões, porque é que a ilha do Corvo ficou de fora deste roteiro, sabendo-se que haveria muitos açorianos que gostariam de a visitar e que seria uma mais valia para o frágil tecido empresarial daquela ilha". O Núcleo Empresarial das Flores e do Corvo faz um apelo ao Governo Regional dos Açores para "rectificar esta injusta decisão e para que venha a incluir o Corvo na lista de ilhas que passarão a usufruir deste projecto". "Só com a inclusão do Corvo é que se poderá afirmar que este projecto abrange todas as ilhas que têm tecidos económicos frágeis e onde a palavra coesão faz verdadeiro sentido".

"Entrevista" integrante da edição de 20 de Março do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!

sábado, 10 de maio de 2008

Festa de Espírito Santo do Lar de Idosos

Realiza-se pela primeira vez este ano e duma forma bastante audaciosa com muitas actividades culturais e de convívio inter-geracional (durante uma semana, de 18 a 25 de Maio), a Festa de Espírito Santo do Lar [o seu completo programa está disponível para "download"], sendo esta Festa organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Açores turísticos com ampla divulgação

Saiu hoje para as bancas uma publicação especial do «Correio da Manhã» [um dos jornais diários portugueses de maior tiragem e circulação], num suplemento versando exclusivamente sobre o nosso arquipélago, intitulado: «Açores- Turismo aberto ao Mundo» [imagem de capa, à direita deste texto].
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Helicóptero [em missão de resgate e socorro médico] sofre avaria no meio do Atlântico perto da ilha das Flores

Uma avaria obrigou um helicóptero EH-101 da Força Aérea Portuguesa (FAP) a suspender, na madrugada do passado dia 18 de Abril, a missão de resgate em curso no meio do Atlântico.

O caso deu-se a cerca de 400 milhas da ilha das Flores e quando o aparelho já "estava à vertical" do paquete - para recolher um passageiro com sintomas de acidente vascular cerebral (AVC) - que tinha enviado o alerta na tarde de 17 de Abril, adiantou o porta-voz da FAP, tenente-coronel António Seabra. As horas de intervalo explicam-se com a distância a que o navio estava do alcance máximo do EH-101 a partir da costa quando enviou o SOS.

Foi "uma avaria mecânica", sublinhou António Seabra, diferente das falhas técnicas registadas em duas ocasiões distintas no final de 2007 - ainda sob investigação - e que obrigaram a parar a frota dos EH-101.

Segundo as fontes do «DN», os pilotos do helicóptero admitiram a hipótese de amarar (poisar na água) quando decidiram abortar a missão. Isso acabou por não suceder "talvez graças à Nossa Senhora do Ar" (padroeira da FAP), segundo uma das fontes, pois o aparelho conseguiu chegar à ilha das Flores, onde [durante alguns dias] ainda se manteve inoperacional.

A operação de resgate, realizada com o apoio de um avião P-3P Orion, acabaria por ser realizada pelo segundo EH-101 que a FAP tem nos Açores e que, na altura estava a socorrer um pesqueiro - e onde o recuperador sofreu uma fractura, tendo de ser substituído.

Semanas antes, também nos Açores, um avião Hércules C-130 sofreu uma despressurização repentina em voo, mas sem causar feridos.

Notícia: «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

«Preto no Branco» #14

E agora?

Assinalado o 34º aniversário do 25 de Abril, a questão de fundo que se nos coloca está sintetizada na interrogação que em 2008 mais interpela os portugueses – «foi para “isto” que se fez a Revolução?!». Importa, pois, perceber o significado «disto».

Há 34 anos, os três “dês” do MFA - descolonização, democracia e desenvolvimento - estavam perfeitamente identificados como o caminho para a utopia, que o povo logo aclamou e foi comungar em júbilo.

Hoje, a geração do 25 de Abril - começando pelos seus “heróis” e acabando nos partidos que emergiram em 74 - está triste, desanimada e entorpecida. Muitas figuras com notoriedade, da Esquerda à Direita, não se coibiram mesmo de o manifestar, num rasgo de lúcida percepção relativamente ao sentimento instalado. Perante o cenário, a geração do pós-25 de Abril oscila entre a indiferença, uma ideia da esperança nostálgica de tempos que não viveu, ou reticência num empenho cívico determinado, tal é a falta de apelo mobilizador.

A descolonização, que tinha de ser feita, parece que foi “a possível”. Hoje, queremos voltar a reforçar os “laços com os PALOP´s”. Há-de estar ao nosso alcance... O desenvolvimento, que tinha de ser incrementado, acabou por chegar com “a Europa”, para onde nos virámos. Embora alguns continuem a clamar pela prorrogação de critérios de discriminação positiva, para prevenir, já nos vai sendo dito que com o alargamento a Leste e uma vez já criadas as infra-estruturas - leia-se, “injectados milhões em Portugal durante mais de 20 anos” - temos que nos saber afirmar como um “país competitivo”. Há-de estar ao nosso alcance, também...

E a Democracia? Na essência do regime, o caso é mais bicudo.

A Liberdade está perigosamente condicionada pelos escrúpulos de poderes económicos difusos. A credibilidade dos órgãos do Estado é cada vez mais teatral. A legalidade é ultrapassada pela percepção de impunidade. A autoridade encolhe-se perante um nivelamento da comunidade feito “por baixo”. O fosso entre ricos e pobres nunca atingiu tamanhas proporções. E os partidos, esgotados, descambaram para novelas de definhamento que pouco mais inspiram que o espectáculo da desconfiança.

Em traços largos, quando se fala «disto», é isto.

E Agora?

Agora, impõe-se-nos a opção. Entre nos resignarmos e deixarmos “correr tudo como está”, ou nos “atravessamos”, individual e colectivamente. Para que o Portugal a legar não seja pior que o herdado, por tremenda que tenha sido a herança. Está na altura da geração do 25 de Abril saber passar o testemunho. Porque a Liberdade, a Democracia e os valores da República não têm preço, nem donos e precisam de restauro, sob pena de se desmoronarem a curto prazo. Não no meio de desnorte, entre a crise económica e a vacuidade dos programas, mas sim entre elevação de novos desígnios e um proveitoso confronto de projectos que, para o ser, de facto, não basta que o pareça - precisa de densidade e clareza diferenciadoras, merecendo novas apostas dos portugueses, entusiasmados de novo. Será isto.

Ricardo Alves Gomes