terça-feira, 31 de março de 2015

Apresentação da XXX Festa do Emigrante

A XXX Festa do Emigrante irá decorrer de 17 a 20 de Julho, sendo que a programação manterá a matriz que a tem caracterizado, nomeadamente na promoção e valorização da nossa cultura e das nossas tradições, passando por concertos musicais, exposições, desfiles, palestras, apresentação de livros ou provas desportivas, bem como terá as tradicionais tasquinhas e restaurantes com a nossa gastronomia tradicional.

O concelho das Lajes está a celebrar no corrente ano o jubileu dos 500 anos da elevação de Lajes das Flores a vila, e da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, pelo que a Festa do Emigrante 2015 será também incontornavelmente palco destas celebrações.

Neste sentido a programação da XXX Festa do Emigrante irá incluir o nosso folclore, bandas filarmónicas bem como as já tradicionais marchas. Ao nível dos concertos musicais é procurado trazer uma oferta que seja transversal às várias faixas etárias, estando já confirmada a presença dos grupos Mesa, Rosinha e R.A.M (Rock After Midnight).

Este ano pela primeira vez irá ocorrer a entrega de Insígnias honoríficas pelo Município na Festa do Emigrante, como forma de homenagear aqueles que mais contribuíram para o prestígio e desenvolvimento do concelho de Lajes das Flores.

A organização da Festa do Emigrante 2015 está a cargo da Associação Cultural Lajense.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Roundup é provavelmente cancerígeno

O glifosato é o ingrediente principal do Roundup (herbicida mais utilizado em Portugal), tendo sido considerado como “provável cancerígeno” por uma agência da Organização Mundial de Saúde.

Dez organizações ambientalistas portuguesas querem que a União Europeia proíba o herbicida glifosato, o mais utilizado em Portugal e agora considerado como suspeito de provocar cancro.

Numa reavaliação de vários pesticidas, a Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro concluiu que o glifosato – lançado comercialmente nos anos 1970 sob a marca Roundup – é um “carcinogénico provável para o ser humano”. Isto significa que há provas científicas convincentes de que a substância provoca cancro em animais de laboratório e provas limitadas de que também o faz no ser humano.

A IARC cita a existência de estudos sobre a exposição humana ao glifosato, sobretudo em trabalhadores agrícolas nos Estados Unidos, Canadá e Suécia, que sugerem uma associação entre o glifosato e linfomas não-Hodgkin, um grupo de cancros do sangue. Um “provável carcinogénico” é a classificação mais próxima de um comprovado cancerígeno, na escala da IARC.

A agência da Organização Mundial de Saúde também classificou os insecticidas malatião e diazinão como provavelmente cancerígenos, e o tetrachlorvinphos e o paratião como “possíveis carcinogénicos”. Os dois últimos estão proibidos na União Europeia e nos Estados Unidos. O diazinão é alvo de algumas restrições na UE e o malatião continua a ser utilizado.

Mas foi a classificação do glifosato como “carcinogénico provável para o ser humano” que tem feito correr tinta, não só pela sua larga utilização na agricultura, como por estar associado à polémica sobre os organismos geneticamente modificados.

Em Portugal, apenas é plantada uma variedade de milho transgénico, em quantidades marginais – cerca de 5% da área total de culturas de milho. Mas o uso do glifosato em Portugal aumentou de cerca de 700 toneladas em 2001 para mais de 1100 toneladas em 2012, segundo dados da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

“A situação em Portugal é particularmente grave”, avalia a Plataforma Transgénicos Fora, que reúne dez organizações não-governamentais portuguesas. O glifosato, segundo a Plataforma, também é utilizado nas plantas domésticas, na limpeza das ruas e passeios e em linhas de água.

O glifosato está na composição de 84 produtos fitofarmacêuticos com venda autorizada em Portugal. A classificação do produto como “provável cancerígeno” fez soar os alarmes entre os ambientalistas. “As implicações desta avaliação são profundas”, refere a Plataforma Transgénicos Fora: “considerando que este ano o glifosato está em processo de reavaliação na União Europeia, impõe-se a coragem de proibir o seu uso antes que as consequências se agravem”.


Notícia: jornal «Público» e portal Green Savers.
Saudações florentinas!!

domingo, 29 de março de 2015

Produção de leite continua a diminuir

A produção de leite na ilha das Flores diminuiu nos últimos trimestres, estando os produtores a optar por outras soluções. Problemas financeiros estão na base da diminuição da produção de leite, sendo que os florentinos têm optado pela produção de carne bovina.

O atual fenómeno de aumento da produção de leite nos Açores não é transversal a todas as ilhas do arquipélago. Em algumas ilhas a capacidade de produção leiteira nos últimos trimestres tem até diminuído, tendo como resultado uma aposta em outros tipos de produção. É o caso da ilha das Flores, onde, devido sobretudo a problemas financeiros da Cooperativa Ocidental, a principal entidade de comercialização, distribuição e fabrico de laticínios da ilha e que engloba a maior parte dos produtores florentinos, as explorações têm sido cada vez mais viradas para a produção de carne bovina em detrimento do leite.

A tendência, que se tem vindo a registar ao mesmo tempo que se aproxima o final do regime das quotas leiteiras, foi transmitida ao jornal «Diário Insular» no seguimento de um contato estabelecido com a direção da Associação Agrícola da ilha das Flores acerca deste assunto. Apesar desta diminuição na produção de leite na ilha das Flores, a direção da Associação Agrícola comenta este término do regime das quotas leiteiras no espaço europeu, previsto para Abril deste ano, descrevendo-o como "algo que pode trazer graves consequências aos produtores açorianos". Ainda assim, aponta algumas soluções para afetar a quantidade de leite produzida nos Açores, como uma eventual imposição, por parte das fábricas, de "um teto máximo de quantidade de leite que o produtor pode entregar". Desta forma, diz aquela Associação que se torna impossível que os produtores possam "aumentar a sua produção para compensar a diminuição dos preços à produção" causada pela liberalização do mercado e que tanto tem contribuído para a "perda de rendimentos de muitos produtores".


Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

sábado, 28 de março de 2015

Hora muda esta noite: horário de Verão

Mais uma vez chega aquela altura do ano em que as pessoas confundem se hão-de mover os ponteiros do relógio para a frente ou para trás, se dormem mais ou menos uma hora nesta noite, o que faz alguns andar rabugentos. Mas nada que não se compense com a mais longa duração dos dias, que proporciona momentos extra de lazer e descontração.

Março está a chegar ao fim, e apesar de a Primavera andar mascarada é tempo de mudar a hora no relógio, mais uma vez. Todos os anos a pergunta é a mesma: é uma hora para trás ou uma hora para a frente nos ponteiros do relógio?, dormimos mais ou dormimos menos uma hora?

Pois bem, cá vai a cábula: na madrugada deste sábado para domingo, nos Açores à meia-noite adiante o relógio 60 minutos, passando para a 1 hora da madrugada. Ou seja, teremos um dia com apenas 23 horas de duração e a hora agora "comida" será recuperada lá mais para diante, em Outubro na mudança para o horário de Inverno.

Para aqueles que gostam de dormir não é fácil passar a "acordar mais cedo", mas o facto de "os dias parecerem maiores" compensará o esforço.


Notícia: semanário «Expresso» e jornal «Público».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Ouvidoria realizou retiro “Follow Me”

Mais de meia centena de jovens florentinos preparam o Dia Mundial da Juventude.

Nos passados dias 22 a 25, a Ouvidoria das Flores realizou um Retiro de preparação para o Sacramento da Confirmação, sob o lema Follow Me.

Na Escola das Lajes reuniram-se 51 jovens, sob a orientação da equipa do clero da Ouvidoria das Flores e como preparação para o Dia Mundial da Juventude.

Como o próprio nome indica, o retiro teve como objectivo “levar os jovens a seguir Jesus e a viver a sua fé de uma forma comprometida e responsável”. Este retiro juvenil, para além do encontro com Jesus, “possibilitou também o encontro com os outros e levou os jovens a encontrarem-se consigo próprios”, uma vez que ao fazerem uma paragem no seu ritmo diário “desligaram-se do Mundo e dos bens materiais”, o que “os ajudou a pensar, a analisar as suas atitudes e comportamentos e a centrar as suas ideias”, adianta a nota da Ouvidoria das Flores, que este ano está a desenvolver trabalho centrado no lema “Reavivar a Fé recebida”.

O retiro juvenil começou no domingo à noite (dia 22) e terminou na quarta-feira (dia 25), solenidade da Anunciação do Senhor, com uma eucaristia animada pelos jovens, que apresentaram à comunidade o que significa ser jovem cristão. Alguns jovens deram o seu testemunho sobre a participação no retiro e apresentaram um hino, cuja letra e música foi da sua autoria.


Notícia: portal Igreja Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 26 de março de 2015

E a ilha das Flores... aqui tão longe

As ligações marítimas às Flores são raras e longas, por isso são cada vez menos os passageiros. Este ano só existem seis viagens: o navio Santorini desloca-se uma vez em Junho, uma em Julho e quatro em Agosto. Assim a ilha das Flores neste Verão fica a ver navios...

As ligações marítimas de passageiros para a ilha das Flores não ultrapassam este ano a meia dúzia. Na verdade são mesmo apenas seis. Olhando para o horário da AtlânticoLine verificamos que o navio Santorini vai às Flores uma vez em Junho, uma em Julho e quatro em Agosto.

Ao que o jornal «Diário Insular» apurou, são poucos os passageiros na viagem de ida e menos os que partem das Flores. Contactado o autarca de Santa Cruz, José Carlos Mendes disse que a população não reivindica melhores horários, porque a procura é menor do que a oferta: "São 10 horas do Faial para as Flores e é um canal difícil, mesmo no Verão", salientou.

O tempo da viagem e o preço encaminham os passageiros para o avião. Só quem pretende levar carro ainda se aventura. Antes de chegar ao Faial o navio toca todas as ilhas. Por isso, quem sai de São Miguel com destino às Flores chega a levar dois dias de viagem [de barco]. Os preços variam entre os 120 euros do grupo oriental e 90 euros das outras ilhas. Uma passagem de avião, significativamente mais rápida, não varia muito no preço. A partir da Horta são 104 euros, das outras ilhas do grupo central 157 e do grupo oriental 160 euros.

Este ano, o barco chega à ilha das Flores na terça-feira (dia 16 de Junho) e regressa na quinta-feira (dia 18), mas se o passageiro não quiser regressar dali a dois dias só tem navio no mês seguinte. Em Julho, o Santorini chega às Flores no sábado (dia 18) e regressa no domingo (dia 19). Os florentinos só voltam a ver o navio no primeiro dia de Agosto (sábado) e o barco parte no domingo (dia 2).

Em Agosto, o navio volta às Flores nos dois fins-de-semanas seguintes, com chegada no dia 8 e partida no dia 9 e com chegada no dia 15 e partida no dia 16. A última viagem do ano ocorre no último fim-de-semana do mês, com chegada no sábado (dia 29) e regresso no domingo (dia 30).

O jornal «Diário Insular» tentou ouvir o presidente da Câmara Municipal das Lajes, mas Luís Maciel disse que o assunto não tinha diretamente a ver com a autarquia por isso não quis fazer comentários. Também o presidente do Conselho de Ilha das Flores, Selénio Freitas não quis prestar declarações, tendo em conta que o assunto ainda não tinha sido abordado pelo órgão.

O jornal «Diário Insular» tentou ainda obter junto da AtlânticoLine uma justificação para a escolha deste horário. Num primeiro contacto com a empresa foi-nos dito para contactarmos o atual presidente da Câmara Municipal da Lagoa, mas João Ponte disse que ainda não tinha tomado posse como presidente do conselho de administração da AtlânticoLine, por isso não quis prestar declarações.


Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Pescadores preparados para os desafios

O diretor regional das Pescas afirmou que os pescadores florentinos estão devidamente preparados para enfrentar os desafios que se colocam ao setor, bem como para as “novas exigências que se impõem”.

Luís Costa frisou que os armadores florentinos “entendem que tem de ser alterada a forma de gestão das espécies com quota”, acrescentando que “o desafio que se coloca não é o de pescar mais, mas sim o de valorizar o produto da captura”.

Esta visita [realizada na semana passada] à ilha das Flores insere-se na “relação de proximidade” que o Governo Regional quer manter com as associações representativas dos vários operadores do setor das pescas, sendo que neste caso concreto a visita teve como objetivo inteirar-se das “questões que preocupam os pescadores, de forma a agilizar procedimentos e a melhorar o trabalho da frota de pesca na ilha das Flores”.

Luís Costa e a Associação dos Pescadores Florentinos analisaram as infraestruturas de apoio ao serviço da comunidade piscatória e fizeram um levantamento sobre a necessidade de realizar pequenas reparações em alguns equipamentos localizados em portos de pesca: “De um modo geral, todos os equipamentos ao serviço dos pescadores florentinos encontram-se em boas condições”, acrescentando que apenas “será necessário instalar iluminação de apoio no porto de Ponta Delgada, de modo a garantir melhores condições de segurança para a alagem das embarcações” neste porto da ilha das Flores. Segundo Luís Costa, esta “é uma obra que será realizada brevemente”.

Durante a visita à ilha das Flores, o diretor regional das Pescas procedeu ainda ao encerramento do curso de pescador que decorreu na ilha das Flores e que permitiu que mais 22 pessoas ficassem habilitadas a exercer a sua profissão de pescador.

Luís Costa salientou ainda que o Governo Regional vai colocar uma grua nova no Porto das Poças, com o objetivo de “melhorar as condições de segurança e de operacionalidade dos pescadores florentinos”.


Notícia: «Jornal Diário», rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 24 de março de 2015

Reembolsos de viagens ao Continente vão ser pagos nos balcões dos Correios

Os CTT são a entidade que fará o pagamento do "subsídio social de mobilidade" que garantirá aos residentes nos Açores que uma viagem ao Continente lhes custe, no máximo, 134 euros.

O Governo da República chegou a acordo com os Correios para a prestação deste serviço a partir de 29 de Março (próximo domingo), quando entra em vigor o novo modelo de transporte aéreo entre os Açores e o restante território nacional, que inclui novas obrigações de serviço público em algumas rotas e a liberalização de duas delas, assim como tarifas máximas para residentes e estudantes.

Ao abrigo das novas regras, os residentes nos Açores têm a garantia de que as viagens ao Continente lhes custam, no máximo, 134 euros (ida e volta). As tarifas para os estudantes são 99 euros nas ligações entre os Açores e o Continente. Se as companhias aéreas cobrarem mais do que estes valores pelos bilhetes, os residentes e estudantes são reembolsados da diferença, o que será feito nos balcões dos CTT.

Segundo o decreto-lei nº 41/2015, hoje publicado em Diário da República, os residentes e estudantes têm 90 dias após a realização da viagem para reclamar o reembolso dessa diferença. O reembolso pode ser solicitado logo após a realização da viagem de ida, sendo "o remanescente" pago após o voo de regresso, segundo o mesmo decreto-lei.

O beneficiário deve apresentar diversos documentos aos balcões dos CTT: os cartões de embarque, a fatura comprovativa de compra do bilhete, cartão de contribuinte que permita comprovar o domicílio fiscal nos Açores, o cartão de cidadão ou passaporte "comprovando que o titular tem residência habitual nos Açores".

Este subsídio aplica-se a bilhetes em classe económica e abrange a tarifa aérea e as taxas, mas exclui "os produtos e os serviços de natureza opcional".


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 23 de março de 2015

Médicos analisam doentes por telefone?

A Ordem dos Enfermeiros denunciou que há médicos nos Açores que estão a prescrever receitas por telefone sem observarem os pacientes, indo contra todas as regras.

É a segunda denúncia no espaço de quase dois anos, já que os enfermeiros tinham exortado a Ordem dos Médicos para estes factos em Agosto de 2013. Naquela altura, a Ordem dos Enfermeiros aconselhava os seus membros a reportarem, “sempre atendendo ao dever de sigilo”, sobre “situações em que o médico de prevenção, e que decorrente desta situação não se encontre em presença física, forneça indicações telefónicas relativamente à administração de terapêutica - sem prescrição formal - sem que se desloque à Unidade de Saúde para proceder a um exame físico/objectivo do cliente e da sua condição de saúde/doença”.

A Ordem dos Médicos terá compreendido a denúncia dos enfermeiros realizada em 2013, mas passado este tempo parece continuar tudo na mesma. Neste sentido, a Ordem dos Enfermeiros exorta a Ordem dos Médicos que “assuma e cumpra” a sua própria posição contra a prescrição terapêutica via telefone e pede medidas antes que alguém sofra com isso.

Na carta que voltaram a enviar aos médicos, os enfermeiros falam “na salvaguarda dos interesses da população açoriana no que diz respeito ao rigor e à devida segurança e qualidade que se exige ao Serviço Regional de Saúde dos Açores”.


Notícia: «Diário dos Açores» e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 22 de março de 2015

«Brumas e Escarpas» #86

As lagoas da Fajã Grande

- Ainda haverá lagoas na Fajã Grande? – perguntei a alguém, há uns tempos atrás, mas ninguém me soube responder.

É convicção minha, porém, que já não deve haver. Mais, estou em crer que muitos dos actuais habitantes da Fajã Grande, sobretudo os mais novos, não saberão o que eram nem para que serviam as lagoas supracitadas no título em epígrafe, cuidando talvez que o mesmo se refira às caldeiras do mato, também designadas por esta palavra. Mas não. Não é a essas lagoas que me refiro. A pergunta acima formulada diz respeito a outras lagoas. De contrário a questão inicialmente expressa não teria sentido.

O que eram então as lagoas? Eram relvas que ou tinham uma ou mais nascentes de água ou beneficiavam de regos através dos quais captavam a água das lagoas vizinhas ou de alguma ribeira ou grota que por ali passasse. Num e noutro caso a água espalhava-se por todo o terreno, tornando-o um autêntico pântano que proporcionava condições ideais para que a erva crescesse fresca e tenrinha, geralmente misturada com inhames e com agriões, uns e outros de muito boa qualidade. Devido às condições pantanosas do terreno e à sua especificidade esta erva não podia em nenhum caso ser pastada pelos bovinos, antes teria que ser ceifada com foice de mão e trazida para as manjedouras. Este ceifar da erva, no entanto, era um trabalho árduo, difícil, cansativo e moroso. Primeiro porque tinha que ser efectuado de madrugada, antes do Sol nascer para que a erva se mantivesse fresquinha. Segundo porque a ceifa, como o terreno era alagadiço, tinha que ser feita de cócoras e de botas de borracha ou descalço mas com as calças arregaçadas até ao joelho. Terceiro porque tinha que se ceifar apenas um molho por dia porque a dita cuja não era muita e constituía uma espécie de dieta para as vacas parturientes e leiteiras ou para o gado de engorda e, por isso, não era acarretada em carro ou corção mas às costas, toda molhada e a pingar água sobre os ombros de quem a acartava, pese embora muitas vezes os homens se protegessem dos pingos da água com uma froca de “angrim” sobre os ombros ou com uma saca de serapilheira em forma de capuz, enfiada na cabeça. Anos mais tarde surgiram as gadanhas, umas foices gigantes, manejadas em pé, com ambas as mãos e consequentemente mais rápidas mas muito perigosas e mais caras, pelo que não eram acessíveis a todos.

Um outro obstáculo tornava ainda mais árdua e espinhosa esta tarefa matinal. É que a maioria das lagoas se situavam bastante longe das casas e dos palheiros onde estava o gado, pois ficavam junto à Rocha, onde havia nascentes de água. Havia lagoas nos seguintes lugares: Covas, Ribeira das Casas, Águas, Ribeira, Figueira, Silveirinha, Paus Brancos e Alagoinha. Muitos homens e rapazes na realização desta tarefa apanhavam doenças graves, geralmente reumáticas e dos ossos. O uso das botas de borracha era bastante prejudicial à saúde e, por vezes, a água no terreno era tanta que chegava a encher as botas. Os que ceifavam descalços, geralmente em jejum, ainda estavam sujeitos a mais doenças. A posição de cócoras para poder manejar a foice com uma mão e apanhar a erva com a outra durante uma hora ou duas, para além de eventualmente provocar cortes nos dedos, era malévola para a coluna e acarretar um molho de erva às costas, pesado como chumbo, carregadinho de água a penetrar pelo pescoço abaixo e a chegar até aos tornozelos também não era deliciosa nem saudável tarefa. Acrescente-se que esta actividade era realizada em jejum e antes de se iniciar um dia normal de trabalho agrícola e rural.

Ainda hoje me recordo de ver dezenas de homens, antes do Sol nascer, a deambular pelas ruas da Fajã, todos alagados, vergados ao peso de um enorme molho de erva a escorrer água. Caminhavam lentamente, com a foice enfiada na erva, a mão esquerda a segurar o molho na parte inferior do qual espetavam um bordão que apoiavam no ombro direito como se fosse uma espécie de alanca para aliviar o peso e sobre o qual pendia a mão direita. Muitos deles, os mais pachorrentos, traziam pendurados no bordão, num balouçar rimado pelas lentas passadas e amarrado com um fio de espadana, um molhinho de agriões que haviam escolhido entre a erva e que, juntamente com uma talhadinha de toucinho, fariam uma deliciosa sopa para a ceia.

Vida dura a dos nossos antepassados!


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 21 de março de 2015

Uma viagem "fora de rota" pelo verde e pela(s) água(s) da ilha das Flores (2/3)

Quem vem de fora fica encantado com a ilha. E quem vive lá em permanência? A beleza natural basta-lhe? Não se sente isolado? Não se sente abandonado por uma Lisboa tão distante? Será fácil viver numa ilha perdida no meio do oceano?

Amigos dos piratas? Que remédio... A densidade populacional da ilha das Flores é hoje muito inferior à média açoriana.

Desde o povoamento, em meados do século XV, que há registos de queixas da população desta ilha em relação ao isolamento a que está sujeita. Os barcos que a abasteciam não tinham data certa para chegar, quer pela instabilidade do tempo quer pela ausência de um porto seguro para aportar, e desde os primeiros tempos que os florentinos se habituaram a desenrascar.

Às vezes até com uma ajudinha dos piratas, habituais frequentadores destas latitudes. Em certas ocasiões levaram à letra a velha máxima de "se não podes vencê-los, junta-te a eles" e em troca de água doce e mantimentos sempre conseguiam alguns produtos que não existiam na ilha. E certamente que sem meios suficientes para se defenderem esta era uma opção bem mais inteligente do que deixarem-se saquear.


Há o Jet Set açoriano, e há as Flores e o Corvo

Se pensarmos que só em 1992, com a inauguração do porto das Lajes a ilha ganhou um ancoradouro seguro, e que há apenas três décadas quase não existiam estradas dignas desse nome, percebemos o sentimento de abandono desta gente.

Os florentinos e os corvinos talvez tenham razão quando afirmam que se sentem excluídos do jet set - as outras sete ilhas do arquipélago - e que vivem no far west da Europa.

Até a rede de telemóveis só foi uma realidade na ilha das Flores no início deste século, aquando de uma visita do Presidente da República, Jorge Sampaio. Na altura instalaram uma antena provisória para servir a comitiva presidencial e só os muitos pedidos da população sensibilizaram o Presidente a ‘mexer os cordelinhos’ para tornar a antena definitiva.

Mesmo nos dias de hoje a operadora NOS não tem rede na ilha. Soube-o quando aterrei em Santa Cruz e liguei o telemóvel. Ainda pensei que a ausência de sinal fosse consequência do sítio onde me encontrava mas, quando perguntei a um local, fiquei a saber que era uma realidade em toda a ilha. Valeu-me uma loja da Meo perto do aeroporto onde pude comprar um cartão pré-pago, que me permitiu manter o contacto com o Mundo na semana em que permaneci na ilha.


Por aqui o medo não é que a terra trema mas sim que deslize

No grupo ocidental - Corvo e Flores - não há registos de sismos nem de atividade vulcânica desde a ocupação humana. São as únicas ilhas açorianas que estão sobre a placa tectónica americana o que explica a sua estabilidade. O resto do arquipélago encontra-se implantado sobre a junção das placas americana, africana, e euro-asiática, que estão constantemente em movimento, havendo registos de tremores de terra quase diários.

Nesta ilha o medo das pessoas não é que a terra trema mas sim que desmorone. Os solos estão saturados de água e os deslizamentos de terras são frequentes. Em 1987, uma derrocada na Ponta da Fajã destruiu algumas construções, o que levou as autoridades a classificar aquela zona como de alto risco. Tentaram mesmo obrigar os habitantes a abandonar aquele local, mas tal intento nunca foi conseguido e hoje várias pessoas habitam ali em permanência.


Reportagem do «Expresso Diário» e do semanário «Expresso».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Reabilitação de troço dos Ferros Velhos

A empreitada agora lançada, com preço base superior a 1,2 milhões de euros, tem duração prevista de 15 meses após a sua adjudicação.

O Governo Regional lançou a empreitada de reabilitação do troço da estrada regional entre Ferros Velhos e Ponta Delgada. A intervenção tem como principal objetivo a reabilitação do pavimento da faixa de rodagem, da drenagem pluvial e das passagens hidráulicas existentes.

O traçado acompanha o desenvolvimento atual e a faixa de rodagem, sempre que possível garantindo um perfil transversal com largura de 5,5 metros. Está ainda prevista a instalação de novos equipamentos de sinalização e segurança em toda a extensão do traçado.

Esta empreitada insere-se no âmbito das intervenções que o Governo Regional tem programadas para os circuitos logísticos terrestres regionais, garantindo-se deste modo uma melhoria nas acessibilidades à localidade mais a norte da ilha das Flores.


Notícia: rádio Atlântida, jornal «Terra Nostra», «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Uma viagem "fora de rota" pelo verde e pela(s) água(s) da ilha das Flores (1/3)

Esta é a história de um enamoramento que começou com a paisagem que esta fotografia documenta, vista vezes sem conta na internet, e que se concretizou numa inesquecível viagem de uma semana ao ponto mais ocidental do território nacional.

O que mais impressiona na ilha das Flores é a abundância de água doce. São inúmeros os cursos de água que serpenteiam o território e as cascatas, o verdadeiro ex-libris da ilha, são as mais bonitas de Portugal. 362 ribeiras numa ilha com 1,7 vezes a área do concelho de Lisboa, é obra!

Mas existe muito mais água para além da que salta à vista. Comprovei-o numa caminhada em que o chão estava forrado por um musgo espesso. Ao parar uns segundos para fotografar fiquei boquiaberto quando percebi que sob a ação do meu peso a "maré tinha subido", e as minhas botas começaram a ficar submersas. E foi nesta altura que me ocorreu o título deste trabalho «Flores, a ilha esponja»: aquele musgo funciona como uma autêntica esponja que armazena a água da chuva.

Já em 1645, Diogo das Chagas, frade santacruzense descrevia no livro “Espelho Cristalino em Jardim de várias Flores”:

“Toda ela (a ilha das Flores), assim no centro como na costa do mar é um chafariz perene de água, porquanto se não andam vinte passos assim pela costa, como pelo sertão, que não deem em ribeiras, regatos, e fontes de água; e assim que a água que a natureza nega a muitas das outras ilhas superabunda nesta porque, dizem ter dentro de si 362 ribeiras... e há ribeira a que se ajuntam mais de 30, e rara é a que não se ajunta com outras tantas, que as que entram no mar, que não são só ribeiras, mas algumas delas rios caudalosos; mas as que tem seus nomes particulares são 41, por mim bem contadas...”

Mas nesta ilha a beleza resume-se só à água em abundância? Claro que não.

Logo à chegada fiquei impressionado com a linha de costa, com as falésias a pique sobre o mar, entrecortadas por profundos sulcos cavados pelos inúmeros cursos de água.

É um espetáculo a não perder circundar a ilha de barco e descobrir as muitas cascatas que se despenham diretamente no mar, ao mesmo tempo que nos deslumbramos com as estranhas formas dos ilhéus vistos de perto.

No interior da ilha um planalto central acima dos 400 metros alberga sete lagoas, algumas manchas florestais, e extensos prados pintalgados de pachorrentas vacas. É uma área não habitada, muito bela e, para além de alguns pastores (raros), só se veem alguns turistas (poucos, felizmente) que circulam por aqui nos seus carros alugados, ou em caminhadas, apoiados nos seus cajados telescópicos.

E o reino animal também está bem representado - para além das vacas? Não é muito variado. Em terra firme coelhos (uma autêntica praga) e aves dominam. E é fácil fotografá-los? Nem por isso.

Ao verem-nos os coelhos são tão rápidos a fugir que quando empunhamos a máquina fotográfica já eles estão fora do alcance da objetiva. Já andava frustrado com esta situação quando, finalmente, consegui enquadrar um mais temerário que aguentou 10 segundos parado.

E o mesmo acontece com os melros e restante passarada. Saltitam constantemente de ramo em ramo e só um estado de prontidão permanente me permitiu meia dúzia de fotografias decentes.

Já debaixo de água a história é outra. Um breve mergulho na costa de Santa Cruz mostrou-me um mundo subaquático riquíssimo, onde os muitos peixes ignoraram a minha presença e continuaram impávidos no seu afã.

E o Homem não estragou este paraíso? Não. O ambiente que se respira na ilha ainda é genuíno.

As pessoas são simpáticas, prestáveis, e pareceram-me gente feliz na pacatez das suas vidas. Construíram as suas casas nas fajãs, terrenos planos que confinam com o mar, e que resultam quer do desmoronamento das arribas, quer dos antigos deltas lávicos. E neste caso a ação do homem até trouxe a estes sítios uma beleza acrescida: a geometria dos muros de pedra vulcânica que delimitam os campos agrícolas encanta qualquer um.

As povoações são harmoniosas, os carros a circular são poucos, o peixe que se come é do melhor e claro, a carne, o leite, a manteiga e o queijo das vacas locais têm um sabor único - com tantos pastos o gado só se alimenta de erva tenra dispensando as rações.


Reportagem do «Expresso Diário» e do semanário «Expresso».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Campanha internacional vai recolher lixo marítimo em sete ilhas do arquipélago

De 21 de Março a 11 de Abril, a SurfRider Foundation Europe organiza uma campanha internacional de recolha de lixo marinho e resíduos aquáticos que abrange sete ilhas dos Açores. Na ilha das Flores ocorrerá no próximo domingo (dia 22) com a limpeza a ser realizada na baía da Alagoa.

“A finalidade é alertar e educar o público sobre o impacto do excessivo padrão de consumo de plásticos e descartáveis, que representam 75% do lixo encontrado no ambiente marinho”, afirmou Paulo de Melo, acrescentando que o mote da ação é “quando compramos é o mar que paga”.

A SurfRider Foundation Europe deu início às ações de limpeza no mar dos Açores em 2011 com o intuito de “aumentar a consciencialização ambiental, principalmente para os problemas do lixo marinho e para a defesa das ondas, algumas reconhecidas como de classe mundial, como foi o caso de Rabo de Peixe”.

“Temos conseguido aumentar o número de ilhas envolvidas nestas ações desde 2011. Este ano já são sete ilhas e para o ano esperamos abranger as nove ilhas dos Açores”, referiu Paulo de Melo, acrescentando que os resíduos recolhidos serão depois classificados e quantificados de modo a serem integrados num trabalho de pesquisa científica a nível europeu da Surfrider sobre este tipo de poluição.

A iniciativa, desenvolvida com recurso a voluntários, pretende também conferir maior relevo às ações de lóbi realizadas pela SurfRider para banir o uso dos sacos de plástico de uso único, com o intuito de “fazer evoluir a legislação nesta área e lutar contra os resíduos nos oceanos e o seu impacto”.

Paulo de Melo referiu que estas ações no terreno e o apelo à participação cívica têm contribuído para a divulgação e sensibilização para os problemas do lixo marinho e para o desenvolvimento do conceito de eco-cidadania: “Deitar um resíduo no chão, quer estejamos no interior ou junto à costa, pode ter consequências sobre o meio marinho. É urgente promover alterações comportamentais e encorajar a mobilização cívica para melhor conhecer a importância dos oceanos”, disse Paulo de Melo, para quem “existe ainda muito trabalho a realizar ao nível dos padrões de consumo, hábitos e consciencialização para as fontes do lixo marinho”.


Notícia: «Açoriano Oriental», jornal «Público» e TVI 24.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 17 de março de 2015

Nova exposição no Museu das Lajes

Está desde ontem patente no Museu das Lajes a exposição “Natália Correia – A Feiticeira Cotovia”.

Esta exposição itinerante, organizada no âmbito das comemorações regionais do nonagésimo aniversário de nascimento e vigésimo ano da morte da grande escritora açoriana, foi inaugurada na Academia de Juventude e das Artes (na ilha Terceira) a 13 de Setembro de 2013, dia do aniversário de Natália Correia.

A exposição “Natália Correia – A Feiticeira Cotovia” estará patente no Museu municipal das Lajes até ao final do presente mês de Março e pode ser visitada de segunda a sexta-feira.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Baixa de impostos tem impacto mínimo

Vasco Cordeiro anunciou acordo com o CDS-PP para a redução de impostos na Região que abrange apenas dois escalões do IRS e só as taxas intermédia e reduzida do IVA.

No caso do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS), a taxa do primeiro escalão (para rendimentos até 7 mil euros) passa a ser 30% inferior à taxa nacional e a do segundo escalão (para rendimentos até 20 mil euros anuais) terá uma diferença de 25%. Nos restantes escalões de IRS manter-se-á a diferença de 20% em relação às taxas nacionais que está atualmente em vigor (desde 2013) para todos os níveis de rendimentos.

Quanto ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), as taxas reduzida e intermédia passarão a ser 30% e 25% inferiores às nacionais, respetivamente. A taxa normal do IVA manterá o atual diferencial fiscal de 20% em relação ao Continente.

Segundo Vasco Cordeiro, o impacto estimado nas receitas da Região desta baixa de impostos será de 18,5 milhões de euros anuais, que o Governo Regional vai "acomodar" com cortes na despesa pública, ainda não revelados. Vasco Cordeiro disse apenas que a proposta prevê a compensação desse impacto nas receitas ao nível das despesas e do investimento público "salvaguardando ao máximo" a execução de fundos europeus.

A proposta aprovada em Conselho do Governo Regional resulta de um acordo com o CDS-PP/Açores, tendo a sua apresentação sido feita em conjunto por Vasco Cordeiro e pelo presidente daquele partido, Artur Lima.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Público» e semanário «Expresso».
Saudações florentinas!!

domingo, 15 de março de 2015

Só a natureza pode salvar-nos o turismo

Mais de 90% dos açorianos acha que o êxito do sector turístico na Região passa pela natureza.

Um inquérito feito a mais de mil e duzentas pessoas refere que vertentes como o golfe, os navios de cruzeiro e o turismo religioso possuem poucas ou nenhumas potencialidades turísticas nos Açores.

O estudo revela ainda que a maioria da população açoriana é crítica em relação à qualidade de muitos dos serviços associados ao sector turístico na Região.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Com a iminente chegada das companhias aéreas low-cost, a Associação Ecológica Amigos dos Açores pede que haja controlo de acessos a alguns locais da Região, lembrando que este tipo de regras já se aplica no ilhéu de Vila Franca e na Gruta do Carvão (ambos em São Miguel), para que assim seja garantida a necessária preservação ambiental.

Saudações florentinas!!

sábado, 14 de março de 2015

O coelho-bravo e a Doença Hemorrágica

A Natureza é composta por uma diversidade tão grande de seres vivos que será quase impossível contabiliza-los. Desde animais, plantas, vertebrados, invertebrados, grandes, pequenos, muito pequenos, microscópicos e os humanos. Mas este pequeno e humilde artigo debruça-se sobre uma espécie que, desde que há memória, sempre existiu nos Açores, com abundância numas ilhas mais que noutras: o coelho-bravo.

Nos últimos tempos esta espécie sofreu um revés histórico, levando quase (senão mesmo) à sua extinção em muitas ilhas açorianas, devido a uma doença conhecida cientificamente por Doença Hemorrágica Viral (DHV).

Vamos dar uma espreitadela sobre a ”história do coelho”. Originário da Península Ibérica, outrora com densidades populacionais elevadas (até 40 coelhos por hectare), o coelho-bravo tem sofrido nos últimos anos grandes reduções quer em número quer em distribuição, estimando-se que actualmente exista somente 5 a 10% da população existente há 50 anos atrás! Estes dados não são aplicáveis aos Açores, tendo mesmo os coelhos sido considerados uma praga em algumas ilhas.

Mas o que é a Doença Hemorrágica Viral (DHV)? Também designada por septicemia vírica ou peste chinesa, a DHV foi detectada pela primeira vez na China em 1984, disseminando-se rapidamente na Europa a partir de 1988. Actualmente a DHV é considerada a principal responsável pela elevada mortalidade do coelho-bravo na Península Ibérica, contribuindo para o desequilíbrio do ecosistema mediterrânico, nomeadamente nas espécies predadoras do coelho-bravo.

É uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus do género calicivírus, com taxas de mortalidade de 50 a 100%, afetando o coelho-bravo europeu e os coelhos domésticos que dele derivam. A lebre europeia e outras espécies de coelho não padecem desta doença.

A transmissão ocorre mediante contacto directo com coelhos infectados (via oral, conjuntival e respiratória) e também por transmissão indirecta, onde insectos, aves e mamíferos podem actuar como vectores importantes. O homem pode também desempenhar um papel involuntário importante na disseminação da doença, nomeadamente na realização de repovoamentos com animais infectados.

O sinal clínico mais evidente é a morte súbita e rápida (período de incubação de 24 a 48 horas) dos coelhos adultos e jovens adultos, não afectando coelhos com idade inferior a 2 meses.

Existem vacinas para este tipo de doença, mas quando se trata de animais no meio selvagem não são aplicáveis. Estas vacinas são ineficazes para o controle desta doença nas populações cinegéticas por razões óbvias. Como se compreende, este tipo de vacinas é inviável para vacinação da população silvestre, mas extremamente útil para os coelhos de repovoamentos.

Assim fica um pouco da realidade que afecta a população de coelhos em algumas ilhas do arquipélago açoriano. Já sinto saudades de os ver da minha janela a passearem no quintal, ou mesmo deitados em frente à porta da minha garagem.

Assim a Natureza trata de mais um caso que só para algumas pessoas tem explicação. Mais um alerta por parte da Mãe Natureza que algo não vai bem e, quiçá, este não será mais um aviso de que algo bem mais grave aí vem. Espero que em breve tenhamos a companhia deste amável e simpático ser; como curiosidade por cá é conhecido por “espertalhote”.

Esta informação foi fruto de pesquisa na Internet. Muito obrigado nomeadamente aos seus co-autores Diogo Fontes e Carla Azevedo (médicos veterinários).

Obrigado à Mãe Natureza, ao Cosmos e ao Universo, pela permanente manifestação de grandeza, pureza e perfeição.


José Agostinho Serpa

sexta-feira, 13 de março de 2015

Melhor local para ver eclipse do Sol em Portugal é... nas ilhas das Flores e Corvo

O eclipse ocorrerá a 20 de Março, no mesmo dia em que este ano se regista o equinócio da Primavera.

Na próxima sexta-feira (dia 20) a Europa vai poder ver um eclipse do Sol. Mas o eclipse só será total para quem estiver no extremo norte do oceano Atlântico: nas ilhas Faroé, Svalbard e na região Ártica. Em Portugal, ainda que parcial em todo o território, os melhores locais para ver o eclipse são as ilhas das Flores e do Corvo, onde 77% do Sol vai ficar coberto pela Lua.

A percentagem diminui à medida que descemos em latitude, como se pode verificar nos mapas disponibilizados pelo Observatório Astronómico de Lisboa. Na capital, por exemplo, a sombra da Lua vai cobrir 73% da superfície do Sol. O último eclipse solar visível de Portugal foi em 1999 e foi muito semelhante em termos de percentagem do Sol coberta.

O eclipse vai durar quase duas horas, com início logo às 8 horas e o máximo próximo das 9 horas. O Observatório Astronómico recorda que a observação do Sol pode ser perigosa e explica as regras para observar o eclipse em segurança: "É obrigatório o uso de filtros solares e fazer a observação por tempos curtos".

Na próxima sexta-feira (dia 20) reúnem-se as condições ideais para ver um belo eclipse solar: a Lua estará na fase de Lua Nova (requisito essencial) e só terá passado um dia desde o perigeu – o dia em que a Lua está mais perto da Terra durante o movimento de translação. O Sol e a Lua despedem-se assim do Inverno e dão as boas vindas à Primavera, que começa oficialmente às 22h45 do dia 20 de Março.


Notícia: «Diário de Notícias» e jornal «Observador».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Concurso escolar “A água que nos une”

A associação GeoParque Açores promove este ano a terceira edição do concurso escolar “A Água que nos Une”, em estreita parceria com a Comissão Nacional da UNESCO e contando (pela primeira vez) com a colaboração das autarquias das três ilhas açorianas classificadas como Reserva da Biosfera e também as autarquias da ilha de São Jorge (ainda em fase de candidatura a este galardão).

O tema deste ano “É o solo que sustenta a vida” contribui para as comemorações do Ano Internacional dos Solos, proclamado pelas Nações Unidas para 2015.

O solo é um recurso natural fundamental para a existência e sobrevivência dos diferentes seres vivos no planeta. Muitos destes estão dependentes do solo de uma forma direta, como as espécies vegetais, e outros de uma forma indireta, como os seres humanos. As atividades humanas, como a agricultura intensiva, a desflorestação, o sobrepastoreio, entre outras, têm conduzido à sua degradação e destruição a um ritmo acelerado em todo o mundo.

Qualquer estabelecimento de ensino dos Açores pode concorrer, sendo que tem apenas que consultar o regulamento e enviar a ficha de inscrição até ao dia 30 de Abril.

Entre os objetivos deste concurso salienta-se o envolvimento dos alunos e professores na criação de material de comunicação originais – cartazes e vídeos – que venham a ser utilizados pelas comunidades escolares como instrumento cívico para debate e reflexão acerca da importância dos solos.

Tal como na edição anterior, são propostos dois subtemas na edição regional deste concurso: GeoParques e Reservas da Biosfera, tendo em vista um melhor conhecimento acerca do GeoParque Açores, do que são as Reservas da Biosfera e do seu papel no desenvolvimento sustentável da sociedade açoriana.


Notícia: jornal «Tribuna das Ilhas» e «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Novas regras para doentes deslocados

Os Açores têm novas regras para a deslocação de doentes, estabelecendo que os apoios financeiros passam a ser concedidos em função dos rendimentos e preveem a criação de um complemento para casos oncológicos.

O valor da comparticipação diária atribuída aos doentes deslocados dos Açores para o Continente deixa de ter por base o número de dias de deslocação, tal como até agora era feito, e passa agora a ter em conta os rendimentos do agregado familiar, mediante apresentação do IRS, definindo assim escalões, e mediante esse escalão é que o valor será pago. Ou melhor, quem menos rendimento tem mais poderá ser apoiado, e essa avaliação da declaração de IRS é feita pelas Unidades de Saúde de ilha.

Anteriormente tanto o doente como o seu acompanhante recebiam um valor diário de 25 euros cada um. Agora, quem estiver no primeiro escalão (com rendimento mensal inferior a 419,22 euros) receberá 45 euros/dia e o acompanhante 20 euros. No segundo escalão (rendimento entre 419,22 euros e 628,83 euros) o doente receberá 40,82 euros e o acompanhante 18 euros. No terceiro escalão (rendimento mensal entre 628,83 euros e 834,44 euros) o doente receberá 36,28 euros e o acompanhante 16 euros. No quarto escalão (rendimento mensal entre 834,44 e os 1.048 euros) o doente receberá uma diária de 31,75 euros e o acompanhante 14 euros. No quinto escalão (rendimento mensal superior a 1.048 euros) o doente tem um valor diário de 27,21 euros e o acompanhante tem direito a uma diária de 12 euros.

Segundo a tabela publicada, a diária concedida ao doente irá variar entre 27,21 euros e 45,35 euros. No caso da diária concedida ao acompanhante do doente, a variação será entre 12 e 20 euros. De relembrar que antes o valor diário totalizava 50 euros para a pessoa doente e o seu acompanhante.

Importa realçar que as Unidades de Saúde de origem são obrigadas a possibilitar ao doente a marcação da estadia num alojamento convencionado, cujo preço por dia não ultrapasse 60% do valor da comparticipação diária para o primeiro escalão.

Ao abrigo das novas regras, nas deslocações dentro dos Açores o doente passa a poder escolher o hospital onde quer receber tratamento ou ser atendido, em função do "tempo máximo de resposta garantido".


Notícia: «Açoriano Oriental», «Correio dos Açores» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 10 de março de 2015

Governo Regional faz (mais um) ajuste directo de 15 milhões de euros na SATA

Será celebrado novo contrato com a SATA, por ajuste direto, para a concessão do transporte aéreo dentro do arquipélago que vigorará até ao próximo mês de Outubro, quando entram em vigor as novas obrigações de serviço público nestas ligações inter-ilhas.

Segundo resolução publicada no Jornal Oficial da Região, o Conselho do Governo Regional decidiu "autorizar a realização de um ajuste direto para a formação de um contrato de concessão do serviço público aéreo regular no interior da Região, entre 1 de Abril e 30 de Setembro de 2015", com a companhia aérea açoriana, sendo o "valor máximo" de 15 milhões de euros.

Em Agosto de 2014, o Governo Regional já havia avançado com a celebração, também por ajuste direto, de outro contrato com a SATA, no valor de dez milhões de euros, para os voos inter-ilhas para o período de 1 de Outubro a 31 de Março. Na ocasião, o Governo Regional dizia esperar ter em vigor o novo modelo de transporte aéreo dentro do arquipélago em Abril deste ano, o que não vai acontecer.

A resolução publicada no Jornal Oficial da Região justifica que não foi possível cumprir o prazo inicialmente apontado porque as novas obrigações de serviço público para os voos entre os Açores e o Continente, acordadas com o Governo da República e que entram em vigor no final deste mês, foram publicadas (a 27 de Janeiro) pela Comissão Europeia mais tarde do que o esperado.

As ligações aéreas entre as nove ilhas dos Açores são asseguradas em exclusivo pela SATA.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Observador» e jornal «i».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Achados subaquáticos devem cativar mais visitantes para naufrágios antigos

Os navios afundados ao largo dos Açores, e que têm interesse arqueológico, vão constar de um novo roteiro turístico que deverá estar concluído até ao final do ano. A rota dos parques subaquáticos será composta por 23 sítios de interesse para o mergulho.

Para divulgar os vestígios a um maior número de turistas, a Direção Regional da Cultura vai criar Centros de Interpretação.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 8 de março de 2015

8 de Março: Dia Internacional da Mulher

Este é mais um trabalho em homenagem à Mulher; a mulher avó, mãe, filha, nora, neta, negra, branca, amarela, feia, bonita... todas as mulheres deste e de outros mundos.

Com poema de Gabriela Silva e imagem de José Agostinho, Costa Ocidental não quis deixar passar esta efeméride sem se associar, dando o seu pequeno contributo.

Obrigado a todas as mulheres deste e de outros mundos.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sábado, 7 de março de 2015

Lapas têm o material biológico mais forte

Mais fortes do que os fios produzidos pelas aranhas, os dentes das lapas servem para raspar algas das rochas e são constituídos por quitina e goethite.

Na maré-baixa, coladas às rochas, é fácil descobrir as lapas. Estes gastrópodes têm apenas uma concha e parecem imóveis, alheados ao vaivém das ondas. O que não se vê, quando se olha para um destes moluscos, são os seus dentes que raspam continuamente as algas nas rochas que lhes servem de alimento. Uma equipa fez testes de resistência a estes dentes minúsculos e descobriu que são o material mais forte encontrado na natureza, segundo um artigo publicado na revista «Interface» da Royal Society.

Nos moluscos, os dentes encontram-se na rádula, um órgão situado perto da boca e que parece uma pequena língua, apesar de não ter qualquer relação com ela em termos evolutivos. A rádula, controlada por músculos, tem na superfície os dentes. No caso das lapas, estes dentes são formados por pequenas fibras de goethite (um mineral à base de ferro), que estão numa matriz de quitina. Os dentes são curvados e têm menos de um milímetro de comprimento.

“As lapas necessitam de dentes muito fortes para raspar a superfície das rochas e remover as algas para se alimentarem. Descobrimos que as fibras de goethite têm o tamanho certo para formarem uma estrutura compósita resiliente”, explica Asa Barber, professor responsável pelo estudo na Universidade de Portsmouth. “A descoberta mostra que as estruturas fibrosas encontradas nos dentes das lapas podem ser imitadas e usadas para aplicações de engenharia de alto desempenho como os carros de Fórmula 1, os cascos dos navios e as estruturas das aeronaves”, defende o investigador.

Antes desta descoberta, o material na natureza mais forte que se conhecia era a seda produzida pelas aranhas para as suas teias. Para o investigador Asa Barber, os materiais que se encontram na natureza, ao terem evoluído para determinadas funções, podem ser bons exemplos para copiar na engenharia: “A natureza é uma admirável fonte de inspiração para estruturas que têm propriedades mecânicas excelentes. Tudo o que observamos à nossa volta, como as árvores, as conchas das criaturas marinhas e os dentes de lapa estudados neste trabalho, evoluiu para ser eficaz naquilo que faz.”


Notícia: «Público», TSF - Rádio Notícias e «Jornal de Notícias».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Alunos desafiados a criar sinalética balnear para ocorrência de águas-vivas

O concurso “Alerta Águas Vivas” desafia os alunos das escolas açorianas a criar uma sinalética que alerte os banhistas para a existência destes animais nas zonas balneares dos Açores.

Melhorar a informação ao dispor dos banhistas e aumentar a segurança nas zonas balneares são dois dos principais objetivos desta iniciativa. O concurso, que termina a 31 de Março, destina-se a alunos do terceiro ciclo e dos ensinos secundário e profissional de todas as escolas do arquipélago.

Esta iniciativa pretende também estimular a criatividade dos jovens, que terão de desenhar e criar logótipos para bandeiras e placas que assinalem a presença de águas-vivas nas zonas balneares de acordo com a sua densidade, ou seja, consoante o número de organismos presentes na água e o perigo que representam para os banhistas.

A escala de densidade a utilizar será de “Alerta” (a içar quando há avistamentos esporádicos ou queixas de contacto com águas-vivas na zona balnear) e de “Perigo” (a içar em situação de elevada concentração de águas-vivas na zona balnear).

Os trabalhos dos alunos serão avaliados por um júri constituído por representantes da Secretaria regional da Educação e Cultura, da Secretaria regional do Mar, Ciência e Tecnologia, do Departamento Marítimo dos Açores e da Associação de Nadadores Salvadores dos Açores.


Notícia: «Diário dos Açores», «Jornal Diário», rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 5 de março de 2015

CMLF irá comemorar o Dia da Mulher

No próximo domingo (dia 8 de Março) comemora-se internacionalmente o Dia da Mulher, sendo que nas Lajes das Flores haverá também espaço para esta comemoração.

A Câmara Municipal das Lajes convida todas as mulheres do concelho a participar numa tarde que se pretende de convívio mas também de homenagem. Terá início pelas 14 horas com as intervenções “Mulheres da Ilha, guerreiras do silêncio”, por Gabriela Silva, e “Ação pela Saúde da Mulher”, pela enfermeira Jacinta Mota, seguidas da visualização do filme “Não Há Duas sem Três”.

Neste dia dedicado à Mulher haverá ainda a oportunidade de aliar o relaxamento à prática de exercício físico com uma breve aula de yoga ministrada por Nina Soulimant (sugere-se que as participantes tragam, se possível, uma almofada e uma manta para maior conforto de todas).

No final terá lugar um lanche para todas as participantes e ainda um momento surpresa para as mulheres presentes.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 4 de março de 2015

Concerto de ópera/bel canto nas Lajes

No passado dia 21 de Fevereiro teve lugar no Museu municipal das Lajes a sessão solene de abertura das comemorações dos 500 anos do concelho de Lajes das Flores.

Um conjunto de acontecimentos e personalidades desfilaram no palco de todas as atenções. Após os “discursos” seguiu-se a noite musical, dedicada à ópera e a grandes senhores da composição que ao longo da história têm marcado a vida de muitos profissionais do “belo canto” bem como levado a plateias repletas um pouco por todo o Mundo.

Desta feita, os profissionais em palco foram a causa de grande nostalgia, admiração e até perplexidade de muitos. Estou a referir-me ao barítono José Corvelo, à mezzo soprano Larissa Savchenko, acompanhados pela pianista Carla Seixas. Na recta final do concerto ainda teve lugar a surpresa da noite: Armando Monteiro Meireles - barítono, convidado para interpretar um tema com os já referidos profissionais/músicos.

Um serão de altíssima qualidade, não deixando o “belo canto” por mãos alheias e provando que, mesmo longe de tudo e de todos, na ilha das Flores é possível acontecerem grandes eventos ao nível das grandes metrópoles.

Agradecimentos devidos à organização do evento pela autorização na captação das imagens, ao Museu das Lajes onde foram captadas as imagens, todos os intervenientes, músicos e a todos os que tornaram possíveis estas imagens.

Obrigado à Luísa pela imprescindível ajuda nas imagens e ajuda à produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 3 de março de 2015

Apenas duas unidades de alojamento florentinas têm galardão Miosótis Azores

O galardão Miosótis Azores destina-se a reconhecer e valorizar os alojamentos regionais que invistam no turismo sustentável através da implementação de adequados comportamentos ambientais.

“Somando às 21 renovações que acontecem este ano e às unidades que ainda mantêm válida a certificação do ano anterior, temos um total de 57 unidades no conjunto da Região que ostentam a "marca" Miosótis, como símbolo das boas práticas ambientais na área da oferta de alojamento”, afirmou o diretor regional do Ambiente.

Este galardão, que já abrange mais de 25% da oferta hoteleira da Região, atribui vários níveis de reconhecimento a empreendimentos turísticos regionais pelos seus bons comportamentos ambientais, implementados em diferentes valências, nomeadamente ao nível da poupança de recursos, da correcta gestão dos resíduos e da valorização local.

Na ilha das Flores, os empreendimentos distinguidos com o galardão Miosótis Azores continuam a ser a Aldeia da Cuada e o Hotel das Flores.


Notícia: rádio Atlântida e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Cada saco plástico irá custar 4 cêntimos nos Açores... mas só daqui por um ano

Cada saco plástico vendido nos Açores vai passar a custar 4 cêntimos, mas esta taxa "ambiental" só entrará em vigor dentro de um ano, revelou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.

Luis Neto Viveiros adiantou que a regulamentação desta legislação regional, destinada a reduzir o consumo de sacos de plástico nas ilhas, já está concluída e será publicada dentro de "pouco dias".

Segundo explicou, além da fixação do valor da taxa aplicada sobre cada saco de plástico, o Governo Regional determinou também a "proibição da inserção de publicidade nos sacos", e criou um período de adaptação de um ano para as grandes superfícies comerciais e dois anos para o pequeno comércio.

"Esta iniciativa dá bem nota da forma acertada e responsável como o Governo Regional abordou esta questão, contrariamente ao mau exemplo que temos assistido com a implementação de medida similar no território continental", adiantou Neto Viveiros.

No entender do governante, estes mecanismos "não podem" no entanto ser encarados como "fontes de financiamento do Estado", mas antes como "instrumentos desincentivadores" de determinadas práticas. "O sucesso da medida será, pois, aferido em função da redução da base tributária e da diminuição da receita arrecadada", sublinhou o titular da pasta do Ambiente.

É necessário continuar a apostar na redução dos impactos ambientais negativos gerados pelos resíduos ao longo do seu ciclo de vida, desde o momento em que são produzidos até à sua eliminação, passando pela reciclagem.


Notícia: jornal «Público», semanário «Sol» e jornal «i».
Saudações florentinas!!

domingo, 1 de março de 2015

O lado mais selvagem dos Açores

Duas semanas e dois fotógrafos amadores foram o suficiente para um resultado, no mínimo, cativante. As ilhas das Flores e do Corvo como (arriscamo-nos a dizer) nunca as viu.

Duas semanas nos Açores bastaram a dois italianos para criar um portefólio de imagens rico em paisagens apaixonantes. Não são fotógrafos profissionais, antes designers de comunicação, mas dizem-se viciados por tudo o que é imagem. O projecto «Açores - The Midpoint» é o resultado desse vício saudável e de uma viagem às ilhas das Flores e Corvo. De mochilas às costas e com noites dormidas numa tenda, penetraram no lado mais selvagem das ilhas açorianas e registaram o feito em lindíssimas fotografias.

Notícia: jornal «Observador».
Saudações florentinas!!