Outono da Vida
Das rosas que havia no meu jardim,
De beleza encantadora e tão galantes;
Foi triste olhar para elas e ver o fim,
Batidas por fortes sopros arrogantes...
Eu vi desabrochar as lindas rosas,
Dos botões luzidíos que nem cristal;
Como hoje as vejo impiedosas,
Atiradas pelo vento no quintal.
Comparando-as à vida; p'ra mim dizia,
- É igual aos que à morte sucumbiram;
Talvez desabrochem mais rosas um dia,
Mas jamais serão iguais às que partiram.
Se dantes, as lindas rosas escaparam,
Ao vigor das torrentes e vendavais;
Chegando o Outono, se consumaram,
E assim são as outras coisas mais...
Se o vento, que tão impiedosamente,
Soprou as lindas flores ao abandono;
Mostrou um exemplo; que certamente,
Me fez lembrar o meu final Outono...
Denis Correia Almeida
1 comentário:
Muito lindo este poêma, e uma pura realidade do meu passado.
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