
A degradação absoluta da cruz levou Félix Martins em 2015 a tomar a decisão de construir uma cruz igual à original, em homenagem à Igreja, à sua gente e à origem da sua esposa. Seguiram-se as peripécias para descobrir o modelo original, que um acidente em 2016 fez adiar. Felizmente a zeladora da Igreja, Teresa Avelar, tinha tido o cuidado de guardar os fragmentos que, embora muitos ferrugentos, permitiram tirar medidas correctas e riscar moldes, bem como recolher, para recuperação, o medalhão central.
Foram gastos cerca de 74 kg de barras de aço inoxidável polido, de varão e cavilhas, 300 eléctrodos, algumas dezenas de discos de corte, de rebarbar e de roletos de lamelas de lixa para polir.
A junção dos 98 elementos e o desgastante trabalho de soldadura, para evitar torturas, empenos e danos de respingos dos eléctrodos, demorou mais de dois meses, resultando numa cruz com 2,24 metros de altura e 1,33 de haste a haste, com cerca de 70 kg de peso, a qual foi oferecida à Comissão para os Assuntos Económicos em 19 de Agosto de 2017, imediatamente fixada no local da anterior e benzida antes da festa da padroeira Nossa Senhora Remédios.
Poderá dizer-se que, começar pela cruz, foi a melhor forma de vaticinar a prevista recuperação da Igreja, que está bastante degradada, mas será uma obra muito dispendiosa, de que a população da Fajãzinha vai ser capaz, pois há anos trabalham, em união e afanosamente, para o conseguir, desde agora sob a protecção duma divina e admirável obra de arte, iluminada de noite e brilhando de dia com o esplendor do Sol.
E Cristo compensará a iniciativa, a generosidade e o esforço.
Opinião de Renato Moura, publicada no portal Igreja Açores.
Saudações florentinas!!
1 comentário:
Não é das Lajes, mas já tem mais anos deste Concelho do que do continente. Felix é um Homem que eu conheço de bem novo, sempre teve ideias, e a última obra que ele fez eu ainda estava na ilha foi um iate.
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