Dia 29 de Setembro,

Dia 4 de Outubro,
em vésperas das Regionais/08, houve um candidato que colocou as Flores nas bocas do País. Assumiu a conduta que costuma adoptar nas campanhas em que se empenha. O jornal «Expresso», em vídeo e em edição impressa, logo tratou de sintetizar a realidade encontrada nas Flores como, «A Ilha do homem que compra votos».
O Senhor em causa, está visto - politicamente inimputável - não deixa de ser simpático e bonacheirão no trato, pelo que não se compreende como é que o Povo da Vila tem tanto temor do homem. Pois, se a partir de 2010 e «rumo a 2012», até a Senhora Dra. Berta Cabral conta com os préstimos deste Florentino para integrar a Bancada Parlamentar do Partido na ALRA, como é que algum santacruzense pode temê-lo?
Do ponto de vista político, portanto, o «fenómeno» acaba por ser regional. As instâncias próprias lá terão os seus critérios...
Todavia, acima da política eleitoral estão outros valores, bastante mais elevados. Estão em causa bens colectivos intangíveis, absolutamente estruturantes.

Só pode ter perdido a noção dos princípios cívicos mais elementares.
Só pode ter perdido o mais básico sentido de Dignidade.
Só pode ter perdido os primeiros valores culturais com que se identifica.
Só pode estar amnésica relativamente a quem a serviu e honrou no passado.
Só pode estar indiferente relativamente a quem a representa no presente.
Só pode não esperar (nem faz por merecer) nada do futuro.
E que não se diga, esfarrapada e irresponsavelmente, que o assunto diz apenas respeito aos partidos ou à Igreja Católica. Não. Não diz!
O assunto só não diz respeito aos pagãos e, ainda assim, apenas àqueles cujas fontes culturais determinem rituais fúnebres em que tenham lugar manifestações de luto opostas às da civilização judaico-cristã.
O assunto diz respeito a todos!
Aos católicos, protestantes e membros de outras Igrejas, dentro do cristianismo. Aos crentes de outras religiões. Aos agnósticos e ateus. O assunto nem sequer tem a ver com o credo de cada um ou com a falta dele. O edifício tanto serve uns como outros. Mas entre todos existe um denominador comum – a morte, que não deve ser tabu, inspira o maior respeito e recato da comunidade em geral, ficando, depois, ao critério de cada família, amigos ou instituições, a opção pelas exéquias entendidas por mais adequadas.
Seja como for, parece-nos, no mínimo, ignominioso que: se inaugure uma capela mortuária; que a política partidária seja levada lá para dentro; que se faça do acto uma festa… e que, como se isso não bastasse, se ofereça um cocktail para assinalar a façanha!
Consumada a palhaçada, talvez nem valha a pena perguntar agora pela colectividade, associação ou agrupamento A, B, ou C... pois se nenhuma se manifestou...
Apenas uma nota, para finalizar.
Foi-nos dito, por fonte fidedigna, que este episódio, da Capela de Santa Cruz, acontece no seguimento do exemplo precedente, que veio das Lajes, onde, há tempos, terá ocorrido «cagaçal» semelhante...
Das Lajes, trataremos na próxima peça, Preto no Branco.
Ricardo Alves Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário
Sendo este um espaço livre de troca de ideias e opiniões, a equipa de "administração" do «Fórum ilha das Flores» não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários aqui colocados, contudo apela-se ao bom senso, sentido de responsabilidade e civismo d@s comentador@s. NÃO SÃO PERMITIDOS COMENTÁRIOS ESCRITOS EM MAIÚSCULAS, o sistema informático apaga-os de forma automática!