domingo, 7 de dezembro de 2014

Residentes podem ter de pagar adiantado até 320 euros para viagens ao Continente

Governo Regional afirmou que os residentes nas ilhas não terão de adiantar mais do que 320 euros quando comprarem viagens para o Continente.

O novo modelo das ligações aéreas, que estará em vigor em 2015, garante que os residentes nos Açores pagarão, no máximo, 134 euros pelas viagens ao Continente e se a companhia aérea lhes cobrar mais do que isso, serão posteriormente reembolsados da diferença pela administração central.

Durante um debate na Assembleia Regional, o deputado comunista Aníbal Pires lembrou que os residentes no arquipélago pagarão no máximo 134 euros apenas quando forem "ressarcidos", porque no momento de comprar a viagem podem ter de adiantar "500, 600 euros", questionando "até onde" poderá ir esse valor.

Na resposta, o secretário regional dos Transportes, Vítor Fraga revelou que também aqui há garantia de um teto máximo de 320 euros para os residentes. Isto porque o novo modelo permite aos residentes em qualquer ilha escolher o aeroporto de saída do arquipélago e se a opção for por um dos que mantêm obrigações de serviço público (ou seja, onde as rotas ao Continente não estarão liberalizadas), o valor máximo dos bilhetes, antes do reembolso, será de 320 euros.

Só as ligações entre o Continente e as ilhas de São Miguel e Terceira serão liberalizadas em 2015, ao abrigo do acordo assinado entre Governo Regional e Governo da República.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
De notar que as companhias RyanAir e EasyJet devem começar a voar para São Miguel já no próximo mês de Abril... por 29,99 euros.

Saudações florentinas!!

18 comentários:

Anónimo disse...

Lindo! Já se receava isto ...

Anónimo disse...

já estamos habituados desde o 25 de abril em que dão com uma mão e tiram com as duas, estava achar muito queijo por um escudo.

Anónimo disse...

Certa oposição afeta ao PPD e ao CDS, queria à força a liberalização, a livre concorrência e as conhecidas low cost.
Aí as tem, com os resultados que se anteveem.
Lembram-se do Atlântida? Não prestava, não obedecia a requisitos, não tinha velocidade, era um desastre, berrava a oposição.
O governo foi na conversa.
Resultados: pagamos fortunas pelo aluguer de barcos, não temos frota própria e os estaleiros de Viana foram à falência com milhares de desempregados.
Temos uma classe politica - oposição e posição - que se tivesse um pingo de vergonha na cara, escondia-se.

Anónimo disse...

Então não queriam as companhias low-cost a operar para os "Açores" (Açores entre aspas porque já se sabia que não iram voar a não ser para S.Miguel e o pior é que na Terceira não existem quaisquer interessados em fazer a ligação...)

Anónimo disse...

Boa reflexão a do Anónimo das 14h47. E isto porquê? Porque não temos políticos de corpo inteiro:temos gente que se governa com a política,sem competência,sem sentido de responsabilidade,porque sabe que nunca pagará pelas asneiras que faz. Se lhes saissem do bolso,seria diferente.
Os açorianos das Ilhas pequenas que tomem boa nota desta liberalização do espaço aéreo e suas comsequências,para nas próximas regionais,"retribuirem" o Governo Regional,por deixa
á-los sujeitos a passagens caríssimas para o Continente,dependentes de um "reembolso" do Governo Central,cuja história de generosidade e compreensão para com a Autonomia, é conhecida.
Foi mesmo lavar as mãos como Pilatos, ou então inocência imprópria para políticos.

Anónimo disse...

Os srs do Governo residem todos em Ilhas que vão ter low-cost.

Anónimo disse...

E quase ninguém comenta isto!...
Se fosse uma trica de vão de escada,já tínhamos aí 20 ou 30 comentários...
Isto é importante! É o nosso bem estar e o desenvolvimento das nossas Ilhas que está em causa. Ainda não perceberam?

Anónimo disse...

Temos que exigir dos nossos Deputados e Governantes,que dêem a cara e expliquem ao povo o que é esta desigualdade que hipócritamente cozinharam nas nossas costas.
Agora percebo porque é que ninguém, mesmo a SATA, sabia como é que seria a situação das Ilhas pequenas...
Ninguém sabia disto? Nem Deputados, nem Autarcas? Não houve auscultação nem parecer nem coisa nenhuma ?...
E como vai ficar a situação da SATA, que parece que já não era boa?
Mais prejuizos para o governo,não é? Para isso os residentes das Ilhas pequenas já vão ser chamados...
Isto tem que se lhe diga!...Sinceramente.

Anónimo disse...

Já se sabia e já se antevia isto.
Os transportes são fulcrais para o desenvolvimento das nossas ilhas.
Com este esquema vamos ter açorianos de primeira, os que vivem em S. Miguel, e açorianos de segunda espalhados pelas outras ilhas.
Vamos ter uma ilha com transportes facilitados, frequentes e baratos, e outras com transportes difíceis porque centralizados apenas em Ponta Delgada.
Vamos ter uma ilha a desenvolver-se economicamente, com mais turistas, mais comércio e mais produção, e as outras - até mesmo a Terceira depois da base das Lajes fechar - completamente dependentes.
Vamos ter um ilha a atrair jovens e gente qualificada e as outras a desertificarem cada vez mais, com velhos e sem perspectivas de futuro.

Este é o esplendoroso resultado da autonomia que temos vindo a construir nos últimos 40 anos.

Ao centralismo de Lisboa, que está bem vivo como a escumalha que lá anda faz questão de demonstrar, juntámos mais um: o da ilha da malagueta, que domina economicamente, compra gentes consciências e vozes e impõe via caciques locais a sua vontade.
Somos cada vez mais duplamente colonizados.
Que dirão os Faialenses?
Que dirão os Picoenses?
Que dirão os Graciosenses, os Jorgenses, os Marienses e os Corvinos?
Que dirão os Terceirenses, quando para irem de forma barata a Lisboa passarem por Ponta Delgada?
Que dirão os representantes que à luz deste sistema doido, escolhemos e pagamos?

Anónimo disse...

Apoiado! Mais comentários!... Mais gritos de revolta. Não deixemos que isto se concretize... Organizemo-nos!... Vamos para o Provedor de Justiça,para a União Europeia, vamos denunciar esta injustiça, que até hoje nenhum governo ousou cometer.

Anónimo disse...

Gostaria de ver toda a classe politica envolvida na defesa do povo da nossa ilha para estes que nunca fizeram nenhuma intervenção pois tem agora que justificar agora acilo que ganham.

Anónimo disse...

vamos espetar agulhas nos rabo dos nossos deputados para eles falarem contra o governo sem olhar ao grande ordenado que recebem e defenderem as nossa ilha com unhas e dentes.

Anónimo disse...

Não é espetar agulhas, é dizer-lhes claramente que têm que reprovar isso e impedir que o Governo Regional o faça,o Governo depende do Parlamento! Ou então que não terão o nosso voto nas próximas eleições.

Anónimo disse...

Viva às low cost e abaixo os poderes instituídos!

Anónimo disse...

Deus me livre de espetar agulhas, distribuir galhetas e dar bolachada em quem quer que seja. Era o que faltava. Não somos nós, os contribuintes e eleitores, que temos obrigação de ir dizer o que quer que seja a quem escolhemos para nos representar. Eles é que tem por obrigação perguntar, auscultar e procurar conhecer.
É para isso que lhes pagamos. A humildade de servir, coisa raríssima nos tempos que correm, devia ser regra de ouro para quem nos manda.
A vaidade balofa de mandar, potenciadora subserviência e do caciquismo aliada à escandalosa falta de interesse pelo bem comum, está a arrastar esta autonomia para uma ilha só, que é sede de tudo, desde todas as empresas públicas até ao centro portuário, passando pelo governo, pela universidade e pelas estruturas de saúde.
Esta autonomia faz-se cada vez mais com uma ilha a concentrar, a atrair e a desenvolver-se, e as outras a desertificar.
É isto que queremos?
Foi para isto que embarcamos no barco autonómico?
É isto que queremos deixar aos nossos filhos e netos?

Anónimo disse...

E então se acha que "eles têm obrigação de perguntar", mas não perguntam,nós não os deveríamos lembrar? É claro que sim, e de forma enérgica e bem clara!...

Anónimo disse...

Espetem-lhes agulhas!

Anónimo disse...

É claro que os devemos lembrar dos seus deveres e obrigações.
Somos nós que os pagamos.
Isso deve ser feito de forma enérgica, à tapona, e carnal, distribuindo galhetas e espetando umas agulhas.