quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quatro candidaturas disputam Câmara Municipal de Santa Cruz [debate RTP]

Manuel Pereira, actual presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, volta a concorrer pelo PS. Tem como adversários: João Paulo Corvelo (CDU), Rosa Cravinho (CDS/PP) e Hélio Ramos (PSD).

A desertificação e a falta de oportunidades de emprego para os mais novos, que saem da ilha [das Flores] para estudar, são problemas apontados pelos habitantes do concelho de Santa Cruz das Flores.

O turismo é uma aposta local, mas os empresários queixam-se dos custos dos transportes e da sazonalidade. "O Inverno é muito longo", dizem.

Com 2.546 habitantes, o concelho de Santa Cruz é o mais populoso da ilha das Flores.


Este debate foi realizado [ontem, terça-feira, dia 29] pela RTP Açores.
Saudações florentinas!!

PS e PSD querem "conquistar" Câmara Municipal das Lajes [debate na RTP/A]

João Lourenço (PSD) e Luís Maciel (PS) disputam a Presidência da Câmara Municipal das Lajes das Flores nas [eleições] autárquicas de 11 de Outubro.

Actual presidente da autarquia [lajense], empresário, João Lourenço candidata-se a mais um mandato. O seu opositor, Luís Maciel, é médico veterinário e vereador da oposição na actual Câmara. O elenco camarário é formado por cinco vereadores, [sendo actualmente] três do PSD e 2 do PS.

Para estas eleições estão inscritos [no concelho das Lajes] 1.287 eleitores.


Este debate foi realizado [anteontem, segunda-feira, dia 28] pela RTP Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Suspenso até Maio [do próximo ano] o transporte marítimo de passageiros entre os 3 grupos de ilhas dos Açores

O transporte marítimo de passageiros entre os três grupos de ilhas que constituem o arquipélago dos Açores foi suspenso domingo [dia 27] e só volta a ser possível a partir de meados de Maio de 2010.

A operação deste ano, que começou a 13 de Maio, encerrou cerca das 23 horas de domingo [anteontem, dia 27], quando o navio “Viking” atracou em Ponta Delgada, no final de uma viagem que teve origem em Vila do Porto, na ilha de Santa Maria.

Durante os próximos oito meses é possível viajar de barco entre algumas ilhas do mesmo grupo, mas deslocações entre os três grupos de ilhas do arquipélago (Oriental, Central e Ocidental) apenas serão possíveis por via aérea.

No Grupo Ocidental, a lancha “Ariel” assegura, sempre que as condições do mar o permitam, as ligações entre as Flores e o Corvo. As viagens entre as duas ilhas [ocidentais] são feitas às terças, quintas e sábados até 31 de Outubro e depois [dessa data] apenas às terças-feiras e sábados.

No Grupo Central, os quatro navios da Transmaçor asseguram ligações diárias entre as ilhas do Pico, Faial, São Jorge e Terceira, mas não estão previstas viagens para a Graciosa.

No Grupo Oriental, o avião é o único [meio de] transporte regular de passageiros nos próximos oito meses entre São Miguel e Santa Maria.


Notícia: jornal «Público», «Açoriano Oriental», «Jornal Diário» e RTP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Voos inter-ilhas vão ser mais baratos

O Presidente do Governo [Regional] dos Açores adiantou [no passado dia 15] que as tarifas do transporte aéreo inter-ilhas irão baixar entre 15 a 19%, já a partir do dia 1 de Outubro [esta quinta-feira]. De acordo com Carlos César, o objectivo é o de, em consonância com a remodelação da frota da Sata Air-Açores, prosseguir à diminuição das tarifas do transporte aéreo.

Por outro lado, segundo se pode ler em comunicado de imprensa, o “Executivo quer melhorar, globalmente, a eficiência das redes de transportes, de forma a haver menos barreiras no transporte de mercadorias dentro da Região, bem como para o exterior”, dispondo-se ainda a aumentar, no ano que vem, o número de passageiros transportados por via marítima.


Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tribunal condena Ministério da Defesa por "omissão ilícita e culposa" no tempo em que Paulo Portas era ministro

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada condenou o Ministério da Defesa a pagar uma indemnização às associações de pesca regionais pelos prejuízos resultantes da "omissão" de fiscalização das frotas estrangeiras nas águas da Zona Económica Exclusiva dos Açores (ZEE), entre as 100 e 200 milhas, nos anos de 2002 a 2004.

A acção foi interposta pelas associações de pesca açorianas no tribunal. Que deu como provado que o ministério teve uma atitude de "omissão ilícita e culposa" relativamente ao "dever" de fiscalização da Marinha e Força Aérea Portuguesa (FAP) naquela zona. Por essa razão, o Ministério da Defesa terá de pagar aos pescadores "o montante dos prejuízos" que sofreram.

Mas o valor indemnizatório não está ainda determinado porque os queixosos não conseguiram quantificar, até agora, os danos causados às comunidades piscatórias. Fá-lo-ão nos próximos tempos, de modo a que o montante - conforme se lê no acórdão - seja fixado e "liquidado em execução de sentença". Independentemente dessa situação, o presidente da Federação das Pescas dos Açores diz que a decisão, além de inédita, tem "extraordinária importância" para os 4 mil profissionais do sector, para a Região e para o próprio país. Sobretudo porque, segundo Liberato Fernandes, permite "reforçar perante a União Europeia a defesa dos interesses, não apenas da pesca dos Açores, mas de toda a pesca e os recursos marítimos de Portugal".

Considerado como facto provado é que a Marinha e a FAP deixaram de fazer fiscalizações nos mares dos Açores, para além das 100 milhas, após a publicação do Regulamento do Conselho Europeu nº 1954/2003. "Por força das grandes frotas de pesca, como é o caso da espanhola e da de outros estados, os recursos haliêuticos estão a ficar cada vez mais escassos, atenta a grande quantidade de embarcações e as artes depredadoras aplicadas", conclui.

O acórdão revela ter sido do conhecimento das autoridades, regionais e nacionais, que desde Janeiro de 2004 e durante esse ano, mais de 60 embarcações espanholas pescaram entre as 100 e 200 milhas da ZEE açoriana. Uma constatação que leva a conceber o pior cenário. O de que a omissão de fiscalização "acarreta, e acarretará no futuro, danos irreversíveis na conservação dos ecossistemas" inerentes a cada um dos bancos de pesca, os chamados montes submarinos.

A sentença dá ainda conta que, a partir de Novembro de 2003 e até Março de 2004, passaram a vir para a zona "proibida" mais de 40 embarcações espanholas por mês para a captura intensiva de espécies como o espadarte, tintureira e rinquin.

Ao que tudo indica, e de acordo com as informações colhidas pelo «Açoriano Oriental», o Ministério da Defesa irá recorrer desta decisão judicial de primeira instância.


Notícia: «Açoriano Oriental», TSF - Rádio Notícias, TVI 24, semanário «Sol» e notícias.RTP.pt.
Leia-se ainda uma outra notícia: "Algumas comunidades de pescadores nos Açores estão a criar áreas de reserva natural com o objectivo de evitar a pesca e permitir a reposição dos stocks de peixe".

Saudações florentinas!!

"Amigos da ilha das Flores" declarada instituição de utilidade pública regional

A Associação Amigos da ilha das Flores [AAiF] tem como objecto principal desenvolver actividades que promovam o bem estar dos naturais da ilha das Flores e daqueles com quem vivem, bem como incrementar o intercâmbio com a ilha das Flores, com o propósito de realizar acções culturais, sociais e desportivas.

A Associação Amigos da ilha das Flores, no âmbito da sua actividade desenvolveu em 2005 um projecto social que visa dar apoio a pessoas carenciadas que se desloquem da ilha das Flores à ilha de São Miguel por motivos de saúde; a Associação, para a realização do projecto social em causa, estabeleceu protocolos de cooperação com as Câmaras Municipais de Santa Cruz e de Lajes das Flores, bem como com as onze juntas de freguesia da ilha das Flores.

Notícia: blogue da Associação Amigos da ilha das Flores [1 e 2], Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

«Preto no Branco» #35

Legislativas/09
Asfixias democráticas, apneias eleitorais e (as)fictícias institucionais

Tudo isto concorre para dar cabo do Estado de Direito Democrático.
Tudo isto reflecte a insustentável fragilidade do Sistema e vem agudizar o descrédito dos Órgãos de Soberania.
Tudo isto coloca o País à inteira mercê dos algozes do costume, enquanto o Sistema está “por um fio”, moribundo.
Há muito que temos vindo a clamar contra diversos indicadores, premonitórios desta letargia... há muito que reclamamos a (inevitável) refundação da República... mas este não será o sítio nem o timing indicados para escalpelizarmos o assunto com inteira propriedade.
Em todo o caso, ressaltam alguns tópicos. Que conste e para que se registe.

Asfixia democrática

Varre o Estado, de cima abaixo. Os cidadãos, quando não a sentem, pressentem-na. Nas mais variadas e prosaicas situações...
Em Lisboa, o PSD acusa o PS. Na Madeira, o PS acusa o PSD. Nos Açores, o PSD acusa o PS...

Resultado: PS e PSD, asfixiados que estão, asfixiam-se mutuamente. Mutuamente, estão a ser os 2 principais responsáveis pela asfixia do País.

Apneia eleitoral

O PS promete, o PSD não descompromete. Quando um arrisca o outro vacila. No dia seguinte, invertem-se os papéis. Entretanto, de um lado e doutro, as oposições internas vão amolando facas...
No essencial, (independentemente das “causas fracturantes”, que perante a crise e quando comparados com o que verdadeiramente atola Portugal, não passam de “fait divers”), ambos estão reféns das clientelas que alimentam. Nenhum deles assume diferenças estruturais, com clareza. Nenhum deles convida a discutir opções políticas, a sério.

Resultado: A campanha eleitoral reduz-se a comentários estridentes das gaffes e dos incidentes do outro. O debate é, acima de tudo, um espectáculo mediático. Ganha quem tem mais truques. Os apoiantes são, cada vez mais, figurantes arrebanhados para buzinar e agitar bandeiras à hora dos “prime times” das TV´s. As “Jotas”, por exemplo, contentam-se em contentar “os seniores”, com a boa organização das suas “claques”.

As(fictícia) institucional

Como se tudo isto não fosse bastante, a Presidência da República, garante do regular funcionamento das instituições, e reserva moral do Estado, acrescente-se, vê-se envolvida num “Watergate” à portuguesa. Se a desconfiança já abalava gravemente a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais, a “nuvem negra” alastrou-se. Agora, também impende sobre Belém...
E falamos “apenas” de Órgãos de Soberania. Por ora...

Resultado: O clima de suspeição que inunda o Estado é uma vaga que não deixa pedra sobre pedra. Tudo faz ruir. Em cascata. Como um “castelo de cartas”. Quando a vulnerabilidade do Estado fica ao nível de um “castelo de cartas”, o Poder “cai na rua”. Quando o Poder “cai na rua”, é “o fim da picada”.


Mais 3 notas, em pé de página:

- Não se pense que os tumores malignos que afectam as mais altas instituições do Estado são coisas “... de lá longe, que dizem respeito a uns quantos Senhores apenas, e que nada importam à vida de cada um”. Antes pelo contrário. As repercussões, para o bem e para o mal, costumam fazer sentir-se imediatamente, ao nível local. Ou não fossem os pequenos/grandes poderes locais os mais próximos das populações, com quem os cidadãos têm que “dialogar” todos os dias;

- No próximo domingo, feito o escrutínio, vai ser “interessante” verificar o resultado da soma dos votos dos dois maiores partidos, e compará-lo com operação idêntica nas anteriores eleições legislativas, desde 1976;

- Nas últimas eleições, para o Parlamento Europeu, o número de votos em branco ficou logo atrás do número de votos expressos no PSD, PS, CDU, BE e CDS/PP. Houve, pois, mais votos brancos que em qualquer um dos outros partidos, à excepção destes.
Há-de ser, portanto, também “interessante” verificar os valores alcançados pelos votos em branco nestas Legislativas/09.

Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ETAR das Flores criticada por deputado do CDS/PP, Álamo Meneses respondeu com a construção de uma nova ETAR

Na ilha das Flores há contaminação [das águas] na Ribeira dos Barqueiros, em Santa Cruz.

A Cooperativa de Lacticínios e o Matadouro da ilha estavam [em finais de Julho último] a escoar resíduos industriais para a Ribeira dos Barqueiros. A denúncia foi realizada pelo deputado [florentino] do CDS/PP, Paulo Rosa. "Descargas industriais da Cooperativa de Lacticínios e do Matadouro da ilha, na Ribeira dos Barqueiros, em Santa Cruz, são sem dúvida um atentado ambiental."

O deputado [regional florentino] exigiu respostas do Governo [Regional]; o secretário [regional] do Ambiente reagiu, Álamo Meneses reconheceu o problema mas declara-o incontornável, sob pena de ser afectada a produção de leite e carne da ilha. Álamo Meneses já assumiu que será construída uma nova ETAR para resolver este problema.

A actual ETAR apresenta problemas e insuficiências desde a sua construção, o problema só será resolvido com a construção de uma nova unidade de tratamento de águas.

Notícia: RTP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 20 de setembro de 2009

«Preto no Branco» #34

Cidade-Polícia

Ponta Delgada - campeã do mimetismo regional, que até já fala, imagine-se, em “pulmão verde” - está a criar a sua Polícia Municipal. Nos grandes centros, justifica-se. Mas numa cidadezinha insular e açoriana?
Mais. Berta Cabral pertence a um partido que no seu programa eleitoral para as Legislativas/2009 vem defender (e bem!) a necessidade de reorganização das forças de segurança, designadamente a fusão entre PSP, GNR e outras.
Imaginem agora se a “moda de Berta” pega e começa a reproduzir-se, com a criação de outras forças de segurança municipal, “ilhas acima”?
Pensem agora nos “bons ofícios operacionais”, especialmente “ao serviço” de certos caciques... livra!

Cidade-Feliz
Segundo foi apurado junto dos cidadãos, no âmbito de um estudo realizado em todo o País, Angra do Heroísmo ficou classificada entre as cidades onde as pessoas se declaram mais satisfeitas com a qualidade de vida oferecida pelo local onde vivem e trabalham.
O que é que Angra (“baiana”) tem? É feliz. O ego dos Angrenses está “em cima”. Ora, é disto que os Açores precisam. Parabéns à nossa Cidade Património Mundial.

Cidade-Mar
É impressionante como o património edificado da Horta está devoluto. Os faialenses abandonaram a Cidade. Do Largo do Infante à Praça da República são repetidos os exemplos de degradação urbana. Simbolicamente, a Residencial do Infante e o antigo Grémio Literário ilustram este postal, e de como não se faz cidade.
Com prédios a cair e sem pessoas, a nossa Cidade-Mar está a cair num marasmo que lhe retira graciosidade, alma e doçura, e relega a ilha do Faial para um plano secundário, muitos “furos abaixo” daquele em que deveria estar.
Basta subir a Espalamaca e de lá observar com atenção. Os prédios antigos caem. Entretanto, promovem-se construções novas, de gosto duvidoso, que só descaracterizam a harmonia do anfiteatro urbano e entristecem a nossa Cidade-Mar.

Mais cidades
Vila Franca do Campo e Lagoa querem passar a cidade e disputam agora os critérios legais para justificar o preenchimento dos requisitos que permitam elevar-se.
É óbvio que, no fundo, a questão é de natureza política. Não é por acaso que quando uma (de uma “cor”) reivindicou tal estatuto, a outra (de “cor” contrária) foi lesta e logo veio requerer igualdade de tratamento.
Justifica-se? Depende...
Se sim, também a Madalena há-de ficar mais legitimada para “aproveitar a boleia”. Mas aí, está-se mesmo a ver. Uma vez “contornada” a Lei nos casos de Vila Franca e Lagoa, depois, quem decide politicamente irá, então, invocar as previsões legais em vigor para sustentar as impossibilidades de “mais conceder”...
Resultado: já que a decisão final é sempre política, já que o processo legislativo também é sempre político, e já que a verificação do “preenchimento dos requisitos” acaba por ser fruto de uma “estratégia negociada”, melhor seria que se alterasse a Lei!
É que, caso a ideia seja “pejar” os Açores de cidades, com 4 no Grupo Oriental e 3 ou 4 no Grupo Central... pois então... também há-de ser legítimo reclamar uma para o Grupo Ocidental. A bem do bendito “desenvolvimento harmonioso dos Açores”.
Preto no Branco!

Ricardo Alves Gomes

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

População quer de volta médico afastado por questões administrativas

A população da ilha das Flores admirava o profissionalismo e dedicação de António Góis e o médico retribuía com disponibilidade total, mas esta relação foi bruscamente interrompida por questões administrativas, que os habitantes desta ilha açoriana não aceitam.

Para fazer regressar o médico de quem todos gostam, a população [da ilha das Flores] entregou uma petição na Assembleia Legislativa Regional, que hoje vai ser analisada pela Comissão dos Assuntos Sociais.

“O médico vinha às Flores uma semana por mês e dava consultas pela noite dentro, aos sábados e domingos, muitas vezes sem sequer fazer as refeições, além de ser muito amigo de todos nós”, recordou à Agência Lusa, Maria Antónia Valadão, primeira subscritora da petição.

O amigo de que fala é António Góis, um clínico reformado da Força Aérea, que a população das Flores quer ver regressar a esta ilha no centro do Atlântico, onde se encontra o ponto mais ocidental da Europa.

Actualmente a trabalhar numa empresa que presta serviço no Centro de Saúde da Azambuja, António Góis garantiu à Agência Lusa que “o amor era recíproco”. “Durante os dias que permanecia na ilha visitava todas as freguesias, ia aos lares [de idosos], fazia cuidados continuados e visitas aos domicílios dos doentes acamados”, afirmou o médico, que começou a exercer nas Flores em Janeiro de 2002.

O problema é que “o trabalho era muito” e a deslocação à ilha das Flores implicava que deixasse de ganhar o seu vencimento durante aquele período, pelo que pediu “um aumento da retribuição financeira”. Inicialmente, os responsáveis do Centro de Saúde de Santa Cruz aceitaram pagar, mas a nova administração “levantou problemas administrativos para pagar”, o que fez com que o médico deixasse de ir às Flores desde Março.

A sua ausência, segundo Maria Antónia Valadão, foi “sentida pelos doentes”, que se uniram em torno de uma petição exigindo o seu regresso e que tem “mais de 600 assinaturas” numa ilha com cerca de 4.100 habitantes.

Maria Freitas, outra subscritora da petição, salientou que “o doutor António Góis é um médico à antiga”, daqueles que “vai a casa das pessoas, fala com elas, esquece-se de comer”. “É difícil encontrar médicos que queiram trabalhar no interior do país e numa ilha afastada como a nossa, ainda é pior”, frisou, recordando que a ilha [das Flores] conta actualmente com apenas dois médicos para atender toda a população.

A Agência Lusa contactou a presidente do Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores e o secretário regional da Saúde para obter um comentário sobre a pretensão da população, mas nenhum se disponibilizou para o efeito.


Notícia: «Açoriano Oriental» e RTP/Antena 1 Açores.
Anteriormente já havíamos publicado o texto: "Assembleia Municipal de Santa Cruz rejeitou voto de recomendação pelo retomar dos serviços clínicos do Dr. Góis".

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

40 milhões de litros de água por dia...

O consumo diário de água nas ilhas dos Açores ascende a cerca de 40 milhões de litros, estimativa que exclui, por impossibilidade de cálculo, a água consumida na limpeza das explorações agrícolas. Só o consumo diário dos bovinos é mais do dobro da água consumida pela população humana residente.

Os valores recolhidos pela Agência Lusa indicam que os cerca de 245 mil habitantes do arquipélago consomem seis milhões de litros de água por dia, que é menos de metade do consumo diário dos bovinos existentes no arquipélago, que ascendem a 13 milhões de litros. O sector empresarial tem um consumo diário de 14 milhões de litros, enquanto o sector público gasta seis milhões de litros da água por dia.

No que se refere ao consumo particular, em média, os que gastam menos água são os 484 habitantes do Corvo, com 130 litros por pessoa/dia, enquanto os mais gastadores são os 2.492 habitantes de Santa Cruz das Flores, com 560 litros por pessoa/dia. Este elevado consumo talvez seja explicado porque na ilha das Flores, que possui água com certa abundância, não existem contadores e os residentes pagam apenas uma taxa de 3,50 euros trimestralmente.

Na agro-pecuária, exceptuando a limpeza das explorações, são gastos diariamente 13 milhões de litros de água para matar a sede a 217 mil bovinos, dos quais 86.720 são vacas leiteiras, estimando-se que cada um beba cerca de 60 litros por dia.

As estimativas apresentadas referem-se a dados recolhidos pela Agência Lusa junto da maioria dos municípios dos Açores e fornecidos pelo Serviço Regional de Estatística, no caso dos concelhos de Nordeste, Povoação e Vila Franca do Campo (São Miguel), Velas (São Jorge), Madalena (Pico) e Santa Cruz (Graciosa). O concelho das Lajes, na ilha das Flores, foi o único que não disponibilizou as suas estatísticas relativas ao consumo de água por particulares e pelos sectores empresarial e público.


Notícia: «Diário de Notícias», «Açoriano Oriental», «Jornal Diário» e «A União».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Festa do 6º aniversário do Moto Clube

Sexta-feira, dia 18

22h Actuação dos Ecos do Ocidente;
1h Rave

Sábado, dia 19

21h Actuação da Tuna dos Escuteiros;
22h Peça do Grupo de teatro "A Jangada";
23h30 Actuação dos Full 'k' ords;
1h Rave-party com dj Miss Nat

Domingo, 20 de Setembro

15h30 Passeio motard

Notícia: blogue do Moto Clube Ocidental. Também haverão petiscos...
Saudações florentinas!!

domingo, 13 de setembro de 2009

«Preto no Branco» #33

Fazenda: a pressão e as águas

Umas semanas sem chover nas Flores e é logo “um período de seca”.
Em Maio passado, que foi muito soalheiro, por altura do Espírito Santo, a água na Fazenda foi tanta que fez rebentar empanques, torneiras e esquentadores. Literalmente. Houve casas inundadas e outras em que certos equipamentos desprenderam violentamente das paredes. Para além dos estragos, alguns moradores apanharam uns sustos valentes.
A Autarquia prontamente mobilizou o seu arsenal e, segundo a voz do povo - pois não houve uma única informação ou esclarecimento à população - o que veio a ser apurado foi que numa das manobras de regulação dos níveis de água nos reservatórios a aselhice foi tanta que “abriram o tanque a toda a força”. Ora, encostas abaixo, a pressão da água na rede atingiu um ponto tal que por onde passava quebrava.
Até aqui, enfim... um erro humano pode acontecer... no contexto da incompetência que já se tornou normalidade. O que já não pode acontecer - e aconteceu - foi a Autarquia, que levou tempo demais para resolver o problema, não ter assumido as suas responsabilidades publicamente. Não. Ficou à espera que os munícipes, pela porta do cavalo e à socapa, fossem minguar um jeitinho aqui ou um favorzinho acolá, para que os danos fossem reparados.

Ora, depois da pressão na água da rede, veio a pressão, mais ou menos descarada, própria do nepotismo esclarecido regente, passada à boca pequena, “... bom, o esquentador fica prometido... mas ainda temos que ver mais umas coisas...”.
Como se já não houvesse água pela barba, passado pouco tempo, a maquinaria foi mandada outra vez acima. Desta feita, para iniciar o “saneamento básico” (designação que a Edilidade pomposamente aprendeu a dar à construção de fossas sépticas colectivas para meia dúzia de casas – que precisam, de facto). Vai daí, e foi um tal escavacar a estrada municipal, iniciando-se a empreitada mesmo em frente da Igreja (na Rua Dr. José de Freitas Pimentel, se a toponímia ainda for a mesma) talvez para que toda a gente pudesse ver o que é o poder de “Um Concelho em Progresso”, com muita acção.
Resultado: É vergonhoso, para não chamar outra coisa.
Os danos causados pela hiper-pressão da água nas casas vão sendo reparados às pinguinhas – agora, as pressões são outras...
O “saneamento”, esse, também “é para se ir fazendo”, esperando-se ocasião oportuna para repor a via e asfaltar com “tapete novo”. De encher os olhos. Antes de um tal Domingo. Talvez dê direito ainda a inauguração, com mais sopas e foguetes.
As pressões, nestas águas mais escuras que as primeiras, agora também são outras… tiradas a papel químico de umas cartilhas antigas, que alguns ainda sabem de cor.
Quanto à oposição, tem tantas culpas no cartório como a regência. Cai na tolice de ir ao caldeirão, engasga-se, e fica sem poder abrir a boca.
O que vale, é que ainda há fazendenses que percebem tudo isto com uma limpeza que consola a ver. E vão sorrindo...
Até ao dia em que, num acto solitário, secreto, individual e livre decidirem rebentar com essa maldita pressão, filha da água e do saneamento. Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

sábado, 12 de setembro de 2009

Inaugurado posto territorial da GNR

A inauguração do posto territorial da GNR (Guarda Nacional Republicana) em Santa Cruz das Flores teve lugar na passada quarta-feira (dia 9).

O director regional da Organização e Administração Pública, Victor Santos, acompanhou o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, na inauguração do posto da Guarda Nacional Republicana. Na ocasião, o director regional sublinhou que “a Região tem de se congratular sempre que o Governo da Republica cumpre o seu dever de investir nos serviços desconcentrados do Estado, tal como aconteceu agora com as obras inauguradas em Santa Cruz e [no dia anterior] na Praia da Vitória”.

Victor Santos acrescentou que “em ambos os casos, a satisfação é ainda maior porque foram intervenções de grande qualidade em imóveis situados nos centros dos núcleos urbanos e que qualificam em termos urbanísticos os locais onde estão implantados, contribuindo para a valorização do património”.


Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A um mês das Eleições Autárquicas...

Os órgãos das autarquias locais são as instituições representativas de governo popular que se encontram mais próximas de todo e qualquer cidadão, onde este pode e deve exercer o seu poder de exigente escrutínio público e democrático.

Encontramo-nos precisamente a um mês de distância do dia de votação das Eleições Autárquicas 2009; entendemos que em período de (pré)campanha eleitoral para órgãos de governação local (e de grande proximidade), uma activa consciência cívica e cidadã deve ser exercida directamente no terreno pelas próprias pessoas contactando com quem se candidata a esses órgãos democráticos representativos.

Assim, por um período de um mês (ou seja, até ao dia de votação das Eleições Autárquicas 2009) vimos suspender a possibilidade de serem efectuados comentários no «Fórum ilha das Flores» sobre a temática em contenda nestas eleições: assuntos autárquicos.

Ainda duas breves notas: mantemos plena disponibilidade para publicação no «Fórum ilha das Flores» de textos de opinião sobre a temática autárquica florentina (que nos sejam enviados por email e com a sua autoria devidamente identificada); mantém-se a possibilidade de serem efectuados comentários a textos do «Fórum ilha das Flores» que não versem sobre a temática já referenciada.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

«Preto no Branco» #32

É crime na Ribeira da Cruz!

São notórios os benefícios dos investimentos que têm vindo a ser feitos em obras de recuperação e melhoramento das estradas regionais das Flores. Acontece que, se até há bem pouco tempo a rede viária estava bem pior a todos os níveis, o certo é que casos há em que o perigo é iminente e algumas zonas apresentam elevados riscos, designadamente no troço Santa Cruz – Lajes. O que se passa na pedreira da Ribeira da Cruz é um escândalo e é duplamente criminoso.

É criminoso do ponto de vista ambiental. Como é que o mesmo Estado (a administração regional, entenda-se) que ordena que sejam levantados autos de contra-ordenação quando é arrancado um pé de urze (queiró) tem a desfaçatez e o descaramento para autorizar e assistir ao desfalque daquela formação rochosa de cima abaixo, incluindo a expropriação da flora e fauna ali existentes, num esquartejar que desfigura completamente a beleza do vale?

Como é que o mesmo Estado permite ainda que seja instalado, uns metros mais adiante, um parque industrial improvisado, com todo o tipo de tralha e bagunça nas redondezas, que mais faz lembrar um filme do tempo da Revolução Industrial ou um campo de refugiados?

É criminoso do ponto de vista da segurança rodoviária. Quem ali passa arrisca-se. E muito. O outro dia, falava com um amigo que frequenta a Praia da Maria Luísa e, a propósito da derrocada fatal ali ocorrida, dizia-lhe: “... mas havia lá uma placa a indicar perigo de queda...”. Ele, e bem, respondeu-me: “... isso da placa não vale nada. Das duas uma. Ou há condições para a praia ser frequentada ou não há. E se não é possível garantir a segurança o Estado só tem que fazer uma coisa: ordenar a interdição da Praia!” Lembrei-me imediatamente da Ribeira da Cruz. É tal qual.

Será que só depois de haver um acidente grave na Ribeira da Cruz é que o Estado vai ordenar a abertura de um inquérito, concluindo pelo encerramento da pedreira?

E já agora. Será que o Estado está em condições de assegurar que as pontes da Ilha estão vistoriadas e preparadas para suportar a circulação constante de veículos pesados, com quantidades de carga, na ordem das muitas dezenas de toneladas?

Será que esses veículos estão a cumprir as disposições que se lhes aplicam, de modo a minimizar o risco inerente à sua circulação?

Não há ninguém que tome uma atitude, de uma vez por todas?

É isso mesmo... durmam descansados e depois gritem que alguém há-de acudir. Responsabilidades? Qual quê? Nada. A culpa nunca é de ninguém.

Se ao menos as indemnizações saíssem do bolso dos próprios, Preto no Branco...

Ricardo Alves Gomes

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Três ilhas açorianas em documentário

De nome «GeoPortugal», a película irá realçar as ilhas da Graciosa, Flores e Corvo.

As três reservas da Biosfera existentes nos Açores (Flores, Graciosa e Corvo), assim classificadas pela UNESCO, estarão em destaque no documentário de carácter ecológico «GeoPortugal». A fita será exibida em Novembro, na cidade de Lisboa, no âmbito das comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra da UNESCO.

Para este efeito, deslocar-se-á à Região, uma equipa de filmagens da produtora Farol de Ideias, responsável pelo projecto. Nos locais, a equipa irá ter a oportunidade de conhecer as referidas Reservas da Bioesfera, bem como os contornos do futuro Geoparque dos Açores. Em evidência estarão também as novidades que os Açores poderão trazer à geomedicina, uma área de conhecimento relativamente recente, que visa estudar os efeitos das concentrações de determinados minerais e elementos da natureza, sobre a saúde humana.

Notícia: «Jornal Diário» e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

«Preto no Branco» #31

A bem classificada e os mal classificados

Quando há uma estratégia definida, tal como os países, também as regiões, as ilhas e os municípios, em especial aqueles de dimensão mais reduzida e localização mais periférica, adoptam os seus planos de desenvolvimento em função dos vectores que os podem diferenciar pela positiva (as ideias âncora, como agora se diz) e apostam nos seus mais elevados títulos, os designados “brands”.

Foi assim, há uns anos, quando alguém (com a visão que hoje parece não haver rejuvenescido ou sequer regenerado) passou a invocar reiteradamente a mais-valia florentina sobre o que o mar das Flores representa e acrescenta à Zona Económica Exclusiva, no contexto económico da Região Autónoma dos Açores, ou quando se levou Sintra (Cabo da Roca) de vencida e conseguiu o reconhecimento político e institucional da ilha das Flores como Ponto mais Ocidental da Europa.

Pois bem.

Como todos sabem, (este «Fórum» e os media em geral deram destaque à notícia), em Maio passado, a UNESCO, graças ao interesse de vários, ao empenhamento de alguns e à sorte de outros, decidiu classificar as Flores como Reserva da Biosfera e incluir a Ilha entre (apenas) 517 outros locais no Mundo merecedores desse estatuto.

Ora, como o Corvo já fora distinguido, temos hoje todo o Grupo Ocidental dos Açores ao abrigo do “grant” da UNESCO, o que, para além de constituir uma enorme janela de oportunidades é também uma enorme responsabilidade, tal como logo tratou de vir dizer o Secretário Regional do Ambiente e do Mar - que lá há-de ter tido as suas razões para dar logo o “recado”.

Sem falar nas baboseiras que alguns partidos disseram sobre a candidatura, o que é mais espantoso é a reacção das autoridades locais e de alguns destacados dirigentes perante a notícia...

É triste, confrangedor e pesaroso ver o que os legítimos mandatários destas almas (oposições incluídas) vieram declarar, através de umas arengas da treta, balbuciadas e arrazoadas, como que a precisar terapia da fala!

Pois claro... não fazem a mínima ideia do significado da decisão da UNESCO, de quão difíceis são as negociações para “arrancar uma decisão deste calibre”, do grau de responsabilidade e de exigência que o novo estatuto implica ou sequer, ao menos, dos proveitos que se podem alcançar.

Na escala de prioridades e na ordem de grandeza dessas cabeças a classificação da UNESCO há-de equivaler, mais coisa menos coisa, à atribuição da Bandeira Azul para as zonas balneares - o que já não é (seria) pouco...

Mais. Podia argumentar-se: “... bom, isso é uma coisa que ultrapassa os foros da Ilha e até da Região, e as instâncias próprias, pela voz dos órgãos e titulares capacitados para tal, na altura certa vieram pronunciar-se... adequada, oportuna e convenientemente...”. Pois, pois... está-se mesmo a ver.

E as medidas locais subsequentes, então? Não vamos falar aqui das lixeiras, saneamento, estações de tratamento, recolha e exportação de resíduos, etc.

Apenas isto: Passaram as principais festas e a época de maior fluxo de turistas. Houve espectáculos, foguetórios, ilusionismo, raves, sopas e caldos para todos os gostos...

Mas, que diabo! Com tantos meios e recursos afectos, não restou capacidade nem interesse para, ao menos num gesto simbólico ou atitude pedagógica, colocar contentores de recolha selectiva de lixos, alargar a rede de “pilhões”, instalar uns cinzeiros de rua, distribuir uns panfletos com informação a sensibilizar os locais e visitantes para o assunto, colocar “outdoors” nos principais pontos da ilha, enfim... já que se estão marimbando para o assunto, talvez pudessem disfarçar com qualquer coisa... mas nem isso!
Devem estar à espera que qualquer dia venham “uns senhores de fora” tratar do assunto... faz lembrar a charada das plantas: “... A) Aqui estão as plantas que pediram. B) E quem é que as vem plantar?”.

Tudo isto era uma comédia engraçada se o assunto não fosse demasiado sério. Tão sério que a elevação da Ilha ao almejado estatuto - ser inscrita no catálogo das Reservas da Biosfera da UNESCO - depois do 25 de Abril, da consagração da Autonomia e da entrada de Portugal na CEE, será, porventura, a notícia mais importante, marcante e histórica que as Flores poderia receber.

Curiosamente, (salvaguardando desde já alguma outra eventual excepção, a que só por lapso não nos referimos), foi o Prof. Monteiro da Silva, num artigo publicado n' «O Monchique», quem mais e melhor atenção deu ao assunto, vendo de longe “o mosquito”, quando outros não enxergam “o boi”, mesmo à frente do nariz. Assim mesmo e Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

domingo, 6 de setembro de 2009

Saudade e Poesia #6

Quadras Soltas

Quanto mais lenha no feixe
Mais depressa coze o bolo;
Quanto mais tolo mais peixe,
Quanto mais velho mais tolo.

Sem teres dom ou vocação,
Tiraste à força um curso;
P'ra não te chamarem cão,
Mas já te chamaram urso.

Quando tu passeios dás,
Muitos espelhos encontras,
Olhas p'ró lado e p'ra trás,
Para te veres nas montras.

Ao entrar tiras as botas
P'ra não sujares o tapete;
Foi um treino - mas não notas,
Que te esqueceu o barrete...

Enquanto tiveste bens,
Viviam outros à míngua;
Gastaste; já nada tens,
Só te ficou foi a língua.

Não deve mandar nas Flores
Os candidatos de fora,
Qualquer ilha dos Açores;
Tem dos seus a toda a hora.

O moleiro tira a maquia,
Quando nos mói a moenda;
O camarário a "quantia"
Contributo da fazenda...

Esmola p'ra ser bem feita,
É dada sem ninguém ver;
Entregue co'a mão direita,
Sem a esquerda saber.

Muitas vezes o andante,
Vê mais que o cavaleiro;
E um esperto ajudante,
Dá ideias ao pedreiro...

Se ensinares teu filho,
Ensina como se faz;
Não vá ele sachar milho
E deixar a erva atrás.

Mastigar de boca aberta,
Só se for batatas quentes;
D'outra forma, é ver s'acerta
A comida entre os dentes.

As redondilhas que fiz,
Não tem meta dirigida;
Mas nalgumas delas diz,
Algo que tem nossa vida.


Denis Correia Almeida
Hamilton, Ontário, Canadá

sábado, 5 de setembro de 2009

Festa de Santo Amaro, hoje e amanhã...

A Festa de Santo Amaro realiza-se, em Ponta Delgada, este fim-de-semana, ou seja, nos dias 5 e 6 de Setembro.

Sábado
20h30 Missa
22h Baile com o duo Nuno & Marina
23h actuação de Shirley Guerreiro
24h continuação do baile com o duo Nuno & Marina

Domingo
12h30 Missa solene
18h Procissão
22h peça do Grupo de Teatro «A Jangada»
23h Baile com o duo Nuno & Marina

Saudações florentinas!!

Mais um posto RIAC na ilha das Flores

O posto da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão de Santa Cruz das Flores foi inaugurado [na passada segunda-feira, dia 31 de Agosto] pelo vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila.

O vice-presidente do Governo, Sérgio Ávila, estimou, [na passada segunda-feira, dia 31 de Agosto] em Santa Cruz das Flores, que a Rede Integrada de Apoio ao Cidadão (RIAC) possa atingir durante este ano os 400 mil atendimentos. Sérgio Ávila fez esta previsão durante a cerimónia de inauguração do posto RIAC de Santa Cruz das Flores. Este foi o terceiro [posto RIAC] a entrar em funcionamento naquela ilha do Grupo Ocidental e o 43º da Região. Segundo explicou o vice-presidente, o número de atendimentos nos postos RIAC tem vindo a duplicar de ano para ano.

No caso das Flores, Sérgio Ávila adiantou que a aposta inicial passou pela instalação dos postos de Ponta Delgada e das Lajes das Flores, considerados prioritários por se situarem em zonas mais periféricas relativamente aos principais serviços. Localizado na zona central da vila, este novo posto RIAC encontra-se a funcionar em instalações que foram cedidas pela delegação local da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos. Cartão de cidadão, passaporte electrónico, licenças de caça e de pesca, pagamentos de água, luz e comunicações são alguns dos serviços disponibilizados pela rede.


Notícia: «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Iniciativa “Voto sem Fronteiras”

A Assembleia da República recebe[u] esta sexta-feira à sua porta, a partir das 12 horas, a iniciativa popular legislativa «Voto sem Fronteiras», com o objectivo de recolher assinaturas para a alteração da lei eleitoral que “obriga” os açorianos que se encontram no Continente a terem de viajar de avião para poderem votar pelo seu círculo eleitoral.

Segundo uma nota de imprensa, o objectivo da iniciativa é permitir o voto por correspondência e o alargamento do voto antecipado para os açorianos, como forma de combater a abstenção.

Será construído um avião de papel de grande dimensão, designado “Voto sem Fronteiras”. Serão também distribuídas mãos para colocar ao pescoço, como forma de protesto às limitações colocadas ao direito de voto. Os slogans principais desta acção de sensibilização serão “se queres votar e não tens pais ricos...” e “o direito de voto não deve ser uma excentricidade”.

A iniciativa é promovida pelo cabeça-de-lista independente do Movimento Mérito e Sociedade (MMS) [concorrente] às [eleições] Legislativas 2009 pelo círculo dos Açores, Pedro Dias Marques. Estima-se a participação de mais de 25 pessoas na iniciativa que tem por objectivo permitir o exercício do “direito fundamental” do voto. A recolha de assinaturas do «Voto sem Fronteiras» continuará nos Açores a partir de 5 de Setembro.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Candidatos autárquicos nas Lajes

Já são conhecidas as listas de candidatos às próximas Eleições Autárquicas de 11 de Outubro. Deixamos aqui os primeiros nomes das listas que se candidatam aos diferentes órgãos das autarquias locais do concelho das Lajes das Flores (Câmara Municipal, Assembleia Municipal e as diversas Assembleias de Freguesia).

Câmara Municipal

PSD - João Vieira Lourenço, Armando Meireles Monteiro e José Floriberto Lourenço;

PS - Luís Maciel, Victor Rosa e Paulo Nunes.


Assembleia Municipal

PS - Paulo Reis, Maria Conceição Gomes e José Gabriel Eduardo;

PSD - António Maria Gonçalves, Nelson Furtado e Hélio Freitas.


Assembleia de Freguesia das Lajes das Flores

PS - Luís Caramelo, Silvério Câmara e Arlinda Nunes;

PSD - Esmeralda Lourenço, Liliana Rosário e Francisco Freitas.


Assembleia de Freguesia da Fazenda

PS - Marco Oliveira, Victorina Silveira e Hermenegildo Amaral;

PSD - Maria Regina Pires, Emanuel Lopes e Jorge Gomes.


Assembleia de Freguesia da Fajã Grande

PSD - José Teodósio Fragueiro, Maria Lídia Oliveira e José Jorge;

PS - Sofia Machado, João Carlos e Lígia Costa.


Assembleia de Freguesia da Lomba

PS - Emanuel Maciel, Mário Freitas e Ana Reis;

PSD - Bruno Belo, Maria Patrícia Vieira e Eliseu Câmara.


As Assembleias de Freguesia da Fajãzinha, Lajedo e Mosteiro apresentam-se com lista(s) para o Plenário de Cidadãos Eleitores depois de 11 de Outubro, por haver menos que 151 eleitores inscritos nessas freguesias.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Candidatos autárquicos em Santa Cruz

Já são conhecidas as listas de candidatos às próximas Eleições Autárquicas de 11 de Outubro. Deixamos aqui os primeiros nomes das listas que se candidatam aos diferentes órgãos das autarquias locais do concelho de Santa Cruz das Flores (Câmara Municipal, Assembleia Municipal e as várias Assembleias de Freguesia).

Câmara Municipal

PS - Manuel Pereira, José Carlos Mendes e Elisabete Nóia;

PSD - Hélio Ramos, Lisete Ferreira e Rogério Barcelos;

PP - Rosa Cravinho, Hernâni Peixoto e José David Cardoso;

CDU - João Paulo Corvelo, Sónia Sousa e Miguel Mateus.


Assembleia Municipal

PS - Graça Camacho, David Diogo e Luciano Botelho;

CDU - Paulo Valadão, José Ramos Mateus e Horácio Cravinho;

PP - Paulo Rosa, Lília Silva e José Emanuel Sousa;

PSD - João Quaresma, Nídia Mendonça e Vera Rodrigues.


Assembleia de Freguesia de Santa Cruz das Flores

PSD - José Francisco Fernandes, Laurénio Salvador e Patrícia dos Santos;

PP - João Furtado, Nelson Dias e Mónica Alves;

PS - Joseph Costa, José António Furtado e Marisa Gomes Dias;

CDU - José Ramos Mateus, Anabela Câmara e Horácio Cravinho.


Assembleia de Freguesia de Ponta Delgada

PP - Anselmo Furtado, Sílvia Freitas e Bruno Custódio;

PS - António Avelar Xavier, Carla Nóia e Luís Fernando Pacheco;

PSD - Nelson Rodrigues, Débora Alves e José Custódio;

CDU - José Vieira Freitas, João Paulo Corvelo e José Luís Cabral.


As Assembleias de Freguesia dos Cedros e da Caveira apresentam-se com lista(s) para o Plenário de Cidadãos Eleitores depois de 11 de Outubro, por haver menos que 151 eleitores inscritos nessas freguesias.
Saudações florentinas!!