domingo, 31 de julho de 2016

Voz de Aurea marca presença entre vivências e tradições no Cais das Poças

A cantora Aurea e Boy Teddy são os cabeças de cartaz do Cais das Poças 2016. Em dias diferentes vão atuar para o público, integrando a festa que se faz em tributo da identidade cultural florentina.

O concelho mais populoso da ilha das Flores vê o festival arrancar em força na sexta-feira com aquele que é um dos seus principais motivos de orgulho: o cortejo etnográfico Vivências e Tradições.

É sempre um momento em que Santa Cruz se traja a rigor, fazendo desfilar o passado e a identidade cultural florentina nas principais artérias da vila. Exibem-se os carros alegóricos construídos a preceito para manter vivos os costumes de outrora e os intervenientes no desfile aprumam-se empenhadamente a condizer com os ‘tempos idos’.

Razão suficiente para os emigrantes - que por essa altura voltam à terra Natal - acorrerem de forma significativa ao momento e se deixarem emocionar com as memórias e com um pedaço de história das suas vidas que foram obrigados a abandonar. O presente também não deixa de marcar presença no cortejo, quanto mais não seja pela adesão dos mais jovens que vestem ‘personagens’ de um tempo que não foi seu... Mas não importa, o que interessa mesmo é fazer a festa enquanto dela ainda é tempo.

Também por isso, pelas 22h30 sobe ao palco do Cais das Poças a banda micaelense Blackout com um repertório variado que promete meter os festivaleiros a mexer. Segue-se, entretanto, a aguardada atuação de Boy Teddy, uma das sensações do momento do kizomba. ‘Number One’ e ‘Já Decidi’ são ‘apenas’ alguns dos temas do artista moçambicano que vão poder ser ouvidos e dançados no festival. Depois, claro, e para garantir que a diversão se prolonga até às tantas a organização não descurou o convite a dj’s, pelo que Pedro Cazanova e Tigue serão os primeiros a ocupar a cabine de som na presente edição.

No sábado, seguindo-se ao desfile de marchas que volta a ter lugar na Rua da Conceição, tem início o concerto do grupo local Full K Ords, numa espécie de aquecimento para a atuação da cabeça de cartaz, Aurea. Para fechar a segunda noite em beleza, como não poderia deixar de ser, estarão os dj’s Kevu e New House.

No domingo, e último dia do certame, o palco dá lugar às atuações do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Ponta Delgada, do Grupo Etnográfico da Associação Cultural das Velas e dos alunos da Escola de Música da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, que antecedem os momentos musicais do grupo K7 Pirata e do artista Show Flores.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sábado, 30 de julho de 2016

Cais das Poças abraça o mar das Flores

As festas Cais das Poças decorrem no próximo fim-de-semana e, segundo a autarquia de Santa Cruz, tem vindo a afirmar-se como cartaz de referência para residentes e visitantes da ilha das Flores.

Todos os anos, no Cais das Poças "aportam" milhares de pessoas que fazem dele festa, aproveitando para beber e saborear da cultura da ilha e sobretudo do concelho de Santa Cruz das Flores.

A festa surgiu em 2010 e, desde então, tem vindo a confirmar-se como “a maior festa do grupo Ocidental”. Quem o garante é o vereador Fábio Medina, que à medida que as edições avançam vai vendo o Cais das Poças receber mais gente e mais juventude. “De ano para ano, as festas têm vindo a crescer e o fluxo turístico tem aumentado, quer pelos emigrantes e curiosos que nos visitam, quer também pelos estudantes e jovens que regressam ou vêm para se divertirem nas festas”, disse o vereador.

Mas porque razão o evento junta tantas pessoas numa ilha tão pouco central como a das Flores? A pergunta “é legítima”, considera Fábio Medina, tratando de esclarecer o que torna diferente de tantos outros: “esta é uma festa voltada para o mar e vale a pena porque para além da animação noturna - com artistas de renome nacional - tem para oferecer um conjunto de experiências e vivências que tiveram o seu berço na ilha das Flores”.

Há, portanto, um programa preparado para abarcar as várias gerações e ‘sentá-las à mesa em amena cavaqueira’. Nesse propósito de se entrecruzarem as gerações (e elas com as tradições florentinas), Fábio Medina realça “o torneio de pesca desportiva, o cortejo etnográfico, o caldo de peixe e os vários espaços de gastronomia típica da ilha das Flores” a que o Cais das Poças irá dar lugar. O vereador para a área da Cultura e Ação Social não pôde precisar o número de visitantes que o evento vai atrair nesta edição, mas as previsões são “as melhores”, ou não tivesse a AtlânticoLine contemplado uma rota marítima para a ilha das Flores na sexta-feira e outra de regresso no domingo.

Tempos houve em que os festejos do Cais das Poças se realizavam no mês de Junho, desfavorecendo a dinâmica social e económica que o município pretendia. A alteração da festa municipal para o mês de Agosto não reuniu o consenso de toda a comunidade florentina, mas tanto a autarquia como a Associação de Jovens das Flores - as entidades promotoras do evento - estão certas dos efeitos positivos da mudança. “Agosto é naturalmente um mês mais favorável pelas suas condições meteorológicas, além de que é uma altura privilegiada para os turistas e os ‘filhos da terra’ espalhados pelo arquipélago e pela diáspora poderem vir cá”.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Finalmente... A rede de abastecimento de água à Ponta Ruiva vai ser remodelada

A Câmara Municipal de Santa Cruz irá investir mais de 500 mil euros na remodelação da rede de abastecimento de água ao lugar da Ponta Ruiva.

Foi aprovada a candidatura ao programa comunitário Açores 2020 relativo ao concurso público “Reforço de abastecimento de água ao lugar da Ponta Ruiva, freguesia dos Cedros, concelho de Santa Cruz das Flores” com comparticipação de 85%.

A obra foi adjudicada à empresa Tecnovia Açores e prevê-se o seu início durante o mês de Outubro próximo, devendo estar concluída no início de Novembro de 2017.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Município das Lajes cria órgão consultivo

O Município de Lajes das Flores criou recentemente o Conselho Municipal da Juventude do concelho de Lajes das Flores após aprovação de regulamento próprio em reunião da Assembleia Municipal, realizada no dia 28 de Junho de 2016.

A criação deste órgão consultivo pretende trazer a juventude lajense à participação e discussão das políticas de juventude, de modo a que o Município lajense possa mais facilmente dar resposta às suas necessidades, contribuindo para facilitar a fixação de jovens no concelho das Lajes.

Este Conselho Municipal de Juventude permitirá a reunião dos diversos representantes de jovens do concelho das Lajes com o principal objetivo de promover a discussão das matérias relativas às aspirações e necessidades da população jovem residente no concelho de Lajes das Flores.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 26 de julho de 2016

PSD aprovou listas das Regionais 2016

A Comissão Política Regional do PSD aprovou as nove listas de ilha e a lista do círculo regional de compensação com apenas um voto contra em duas delas, finalizando o processo de definição das candidaturas do PSD/Açores às próximas eleições legislativas regionais de 16 de Outubro.

Bruno Belo mantém-se como cabeça de lista no círculo eleitoral da ilha das Flores, seguido da doutora Cecília Estácio em número 2. Compõem o resto da lista de candidatos do PSD: José Costa, Alice Rocha, Rita Rodrigues, Adriano Câmara, Adelina Silveira, Vera Furtado, Diogo Vieira e José Augusto Baldes.

Adriano Câmara é também o candidato florentino que ocupa o oitavo lugar na lista do círculo regional de compensação encabeçada por António Marinho, atual líder do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa Regional.

As listas do PSD apresentam 82 por cento de candidatos que nunca antes haviam concorrido às eleições legislativas regionais. A abertura do partido à sociedade açoriana foi outro dos objetivos alcançados com estas listas de candidatos que incluem 25 por cento de independentes e 43 por cento de mulheres.

O PSD/Açores apresenta também sete novos cabeças de lista, sendo as ilhas da Graciosa e das Flores as únicas que repetem os mesmos cabeças de lista da derrota eleitoral em 2012.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

CMLF mantém licença para vacada na Festa do Senhor Santo Cristo da Fazenda

O presidente da Câmara Municipal de Lajes das Flores assegurou hoje que mantém a licença municipal para a realização de uma vacada, no âmbito da festa religiosa do Santo Cristo na freguesia da Fazenda, evento que está a gerar grande contestação popular.


“Em relação à programação não interferimos e, neste caso, também não abrimos exceção”, afirmou Luís Maciel, acrescentando que o Município das Lajes tem apoiado, “de forma mais ou menos regular, todas as festas concelhias e comissões de festa”.

Uma petição pública, já assinada por quase uma centena de cidadãos, pede ao presidente da Câmara Municipal de Lajes das Flores que retire a licença municipal à realização da vacada ou que o evento seja retirado do programa da festa religiosa. A festa do Senhor Santo Cristo, na freguesia da Fazenda, decorre de 28 a 31 de Julho, tendo previsto para sábado (dia 30) uma vacada.

O documento, também enviado ao bispo de Angra, considera que as touradas ou vacadas em nada contribuem para educar os cidadãos, põem “em risco, de forma absurda, a integridade física e até em algumas ocasiões a vida das pessoas”, argumentando que no concelho de Lajes das Flores “não há este tipo de tradição”.

Além disso, os peticionários lembram também que a autarquia de Lajes das Flores deveria corresponder aos critérios do galardão de Reserva da Biosfera, atribuído à ilha em 2009, que implica “o respeito pela natureza, ambiente e animais”.

Luís Maciel adiantou que foi solicitado ao Município das Lajes e autorizado o pedido para a realização da vacada, que a responsabilidade pela festividade e programação é da comissão de festas e que a autarquia apoiou as mesmas com 1.500 euros.

Por se tratar de uma festa religiosa, os peticionários defendem que a Diocese de Angra se devia pronunciar, alegando que “o Papa Pio V condenou as touradas, por considerar espetáculos alheios à caridade cristã”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 24 de julho de 2016

Campeonato regional de botes baleeiros

Decorreu nas Lajes das Flores entre 15 e 17 de Julho o Campeonato Regional de Botes Baleeiros. Integrado no programa da XXXI Festa do Emigrante, o evento náutico contemplou a realização de provas de remo e de vela.

O bote “Maria Armanda” do Clube Náutico das Lajes do Pico foi o primeiro classificado na prova de remo, seguindo-se no pódio o bote “São Miguel” do Clube Náutico de Santa Cruz das Ribeiras e o bote “São João” do Clube Naval da Graciosa. Participaram ainda nesta prova a Junta de Freguesia do Capelo, o Clube “O Cachalote” e o Clube Naval de Santa Maria.

Na prova de vela venceu o bote “Capelinhos” da Junta de Freguesia do Capelo, ficando em segundo lugar o bote “Senhora do Socorro” da Junta de Freguesia do Salão e em terceiro o bote “Maria Armanda” das Lajes do Pico. Participaram também nesta prova a Junta de Freguesia de São João, os Clubes Náuticos de Santa Cruz das Ribeiras e Aliança Calhetense, o Clube Naval das Lajes das Flores, o clube “O Cachalote” e os Clubes Navais de Santa Maria e da Graciosa.

Esta foi a primeira vez que a ilha das Flores recebeu provas do Campeonato regional de botes baleeiros. Esta iniciativa, cuja organização esteve a cargo do Clube Naval de Lajes das Flores, contou com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Lajes das Flores, constituindo um meio de promoção e valorização do concelho mais ocidental da Europa.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

sábado, 23 de julho de 2016

Região com menos progresso social

Açores são a região de Portugal com menos progresso social, ocupando o 239º lugar entre 272 regiões europeias.

Porque o PIB não chega para melhorar a vida das pessoas, a Comissão Europeia acaba de lançar uma nova forma de comparar o progresso social nas 272 regiões europeias. O índice de progresso social foi publicado no semanário «Expresso», onde se fica a saber que, nesta nova abordagem ao desenvolvimento regional, a região metropolitana de Lisboa surge em 173º (a região portuguesa melhor posicionada) e os Açores na cauda com a posição 239.

Em vez dos habituais indicadores económicos como o PIB e o emprego, este índice de progresso social considera cinquenta indicadores alternativos que importam à vida das pessoas, desde ter saúde e poder aquecer convenientemente a casa, até prosseguir os estudos e ter liberdade para escolher o que fazer na vida.

O índice de progresso social não faz a conta à riqueza de cada região no final do ano, como é o caso do PIB, tendo como objectivo saber se a região consegue satisfazer as necessidades básicas da população, se garante o crescente bem-estar de todos e se cria as condições para que cada pessoa possa atingir o seu potencial.

Nos vários tópicos analisados em cada região, estão temas como nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, alojamento, segurança pessoal, acesso ao conhecimento básico, acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, sustentabilidade do eco-sistema, direitos individuais, liberdades e escolhas individuais, tolerância e inclusão e acesso à educação superior.


Notícia: jornal «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

No próximo ano letivo a Escola das Flores vai implementar projecto-piloto de ensino especializado em desporto

O secretário regional da Educação destacou o carácter inovador da implementação nos Açores do ensino especializado em desporto.

Esta modalidade de ensino, que arrancará no próximo ano lectivo a título experimental em seis escolas da Região, integra-se nos objectivos do ProSucesso – Açores pela Educação, programa integrado de promoção do sucesso escolar.

Nesta fase de projeto-piloto apenas dirigido aos segundo e terceiro ciclos, o ensino especializado em desporto será ministrado no ano lectivo 2016/2017 em seis modalidades desportivas a cerca de 250 alunos das escolas Básicas e Integradas Roberto Ivens e de Ponta Garça e da Secundária das Laranjeiras (na ilha de São Miguel), da Escola Tomás de Borba (na ilha Terceira) e na Escola Básica e Secundária das Flores.

“Trata-se de uma experiência de inovação pedagógica única no contexto nacional”, frisou Avelino Meneses na apresentação do ensino especializado em desporto.

A iniciativa resulta da parceira entre as Direcções regionais da Educação e do Desporto, que “colocam em evidência a utilidade social da escola”, a qual deve “conferir aos estudantes de hoje e cidadãos de amanhã competências acrescidas nas dimensões académica, profissional, económica e social, obtidas pelo combate ao insucesso e abandono escolares”, defendeu Avelino Meneses.

A implementação nos Açores desta modalidade de ensino é também “o corolário de uma tradição persistente” nas escolas do arquipélago, quer no âmbito da disciplina de Educação Física, quer no desenvolvimento do programa Desporto Escolar.

Sendo sujeita a uma avaliação externa, esta modalidade de ensino será alargada nos próximos anos às outras unidades orgânicas do Sistema Educativo Regional. A expetativa é que “o sucesso deste projecto se traduza no seu alargamento às demais 40 unidades orgânicas do Sistema Educativo Regional”, frisou Avelino Meneses.


Notícia: «Correio dos Açores», «Diário Insular» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Parque de campismo de Santa Cruz

O futuro parque de campismo e lazer de Santa Cruz irá situar-se a poucos metros das piscinas naturais do Altio, tendo “soberba vista sobre o mar e plenas condições para ser elemento dinamizador e pólo de desenvolvimento de toda aquela zona balnear”, afirma a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores no seu Boletim autárquico.

Este espaço será dotado de diversas infraestruturas que em conjunto vão funcionar como espaço de lazer: parque de merendas com churrasqueiras, zona de recreio infantil, campo de voleibol e parque de campismo com edifício de apoio.

O custo estimado da obra será de 350 mil euros, com prazo de execução de nove meses.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Açores: local ideal para observar estrelas

A reduzida poluição luminosa faz dos Açores um local ideal para observar estrelas, "produto turístico" que atraiu o ano passado quase 12 mil visitantes ao Observatório Astronómico de Santana.

“Não há muita poluição luminosa, o que tem permitido ao Observatório de Santana (apesar de localizado perto da Ribeira Grande e de Rabo de Peixe) ter ainda um céu onde é possível ver a Via Láctea”, afirmou Pedro Garcia, um dos quatro técnicos de divulgação científica que trabalham no único observatório astronómico existente no arquipélago.

Pedro Garcia adiantou que, além dos visitantes açorianos, o Observatório de Santana tem recebido “muitos turistas interessados em fazer observações”, destacando que, através dos telescópios existentes, “é possível ver muita coisa no céu” e que as nuvens nos Açores “não são um problema” para a astronomia amadora que se pratica em Santana.

A celebrar 15 anos em 2016, o Observatório Astronómico de Santana passou por um período difícil, tendo estado encerrado vários anos, mas desde 2008 funciona de forma permanente como Centro de Ciência.

Além do funcionamento diário, o Observatório de Santana realiza desde 2010 nas primeiras sextas-feiras de cada mês observações noturnas das estrelas. Também há três anos que se iniciaram as observações noturnas destinadas às famílias, tendo os observadores amadores à espera um telescópio fixo e vários telescópios móveis espalhados pelo terraço do edifício.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Saber valorizar e oferecer o que temos

As ilhas açorianas têm património e belezas notáveis e todas são diferentes. Para alguns a ilha das Flores terá a maior beleza natural, mas para todos é, pelo menos, uma das mais lindas, com muito para desfrutar concentrado em poucos quilómetros quadrados.

A ilha das Flores está a ser muito procurada pelo turismo, como as demais e o Continente português também. Um fenómeno que também tem a ver com a conjuntura mundial, mas é necessário não só aproveitar o rendimento presente, como sobretudo consolidar o futuro. Se quisermos afirmar e desenvolver o turismo, temos de ser muito rigorosos na forma como recebemos e sabermos valorizar e oferecer o que temos.

Numa ilha como as Flores os turistas não podem socorrer-se da procura, na periferia, do que aqui lhes faltar. Já bastam os inconvenientes e imprevistos atmosféricos, mesmo no Verão, que deveriam motivar, por parte dos serviços oficiais de promoção do turismo e dos próprios operadores, a oferta de alternativas criativas, nomeadamente de natureza cultural, desportiva ou lúdica, que impeçam os que nos visitam de exasperarem.

Deveria ser feito um trabalho envolvendo todos os agentes económicos do sector, que serão concorrentes mas não podem ser inimigos, bem como os serviços do Governo Regional e as diversas autarquias locais, que para além das suas próprias intervenções devem, se necessário, assumir o papel de motivadores do diálogo, moderação e articulação.

Os turistas não querem apenas ver natureza exuberante, mas também desfrutar de um bom serviço nos restaurantes, nos bares, nos táxis e demais transportes. Querem descobrir as tradições e festas. Não acham aceitável que o comércio de géneros alimentares não se abasteça em qualidade e em quantidade. Querem encontrar nos restaurantes os aperitivos, os pratos e as sobremesas tradicionais e comer peixe fresco e marisco de águas despoluídas. Para felicidade deles e vantagem económica nossa, o mais possível confeccionados com produtos produzidos localmente.

Encontrei já, no Continente, pratos cozinhados quase sem sal, diziam-me que por exigência da ASAE. Um restaurante não é um hospital e não se pode dar cabo da enorme riqueza nacional que é a cozinha portuguesa. O exagero de sal não é saudável, mas há pratos tradicionais que não o dispensam. Faça-se ementa com alternativas e informe-se bem o cliente.

Um turista satisfeito pode voltar; e seguramente publicita o destino.

Como para muitos católicos a prática religiosa não tem férias, importaria ter à porta das igrejas os horários das missas.


Opinião de Renato Moura, publicada no portal Igreja Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Riscos de cheias sem ouvir as Câmaras

Plano de Gestão de Riscos de Inundações foi aprovado por unanimidade na Assembleia Regional.

O Plano de Riscos de Cheias é criticado pela Associação de Municípios dos Açores, de maioria socialista, porque as Câmaras Municipais açorianas não foram ouvidas antes da sua elaboração. Esta posição das autarquias poderá levar a que o Representante da República peça a inconstitucionalidade do diploma e que o Tribunal Constitucional o devolva à Assembleia Regional para que as Câmaras Municipais açorianas sejam devidamente ouvidas.

A Associação de Municípios deixou claro que a proposta de Plano de Gestão de Riscos de Inundações “viola o direito comunitário e o direito nacional ao coarctar os princípios da autonomia local e as competências legalmente instituídas dos municípios e que estes são as principais entidades visadas no que respeita às questões de gestão de riscos e protecção civil”.

A Associação de Municípios dos Açores enfatizou “a necessidade e a importância de se ouvirem os Municípios de forma efectiva e consequente, aplicando-se um princípio geral de coordenação das intervenções na elaboração daquele tipo de Planos, interessando que os Municípios fossem chamados diretamente a participar em todas as fases do processo que demandassem modelos de concertação territorial e de planeamento, especialmente os mais visados pela definição das cinco bacias hidrográficas definidas na proposta de diploma”.

O Plano de Gestão de Riscos de Inundações considera que o tipo de cheias mais frequente nos Açores “é de difícil previsão, impondo-se uma estratégia integrada e de longo prazo, com incidência no ordenamento do território e especialmente focada em áreas urbanas localizadas em leitos de cheia”.

O principal objectivo do Plano estratégico era a redução das “potenciais consequências prejudiciais das inundações no âmbito da preservação da saúde, do ambiente, das infraestruturas, criando respostas adequadas às especificidades de cada zona”.

Foram identificadas cinco zonas mais perigosas através de avaliação histórica que remontou a algumas dezenas de anos atrás, forma estudada pela equipa que elaborou o Plano através da análise de um conjunto de eventos nas bacias hidrográficas da Região. A conclusão que se retirou foi a indicação de cinco zonas mais perigosas nas bacias hidrográficas da ribeira Grande na ilha das Flores; da Agualva e do Porto Judeu, na ilha Terceira; da Ribeira Grande e da Povoação, em São Miguel.


Notícia: «Correio dos Açores», «Açoriano Oriental» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 17 de julho de 2016

«Brumas e Escarpas» #109

Os lavadouros de madeira

Embora situada numa zona não apenas de muitas grotas e ribeiras mas também de muitas nascentes, apenas na década de 1950 a freguesia da Fajã Grande foi abastecida com rede pública de água. Mesmo assim e nessa altura muitas famílias não meteram água em casa, uma vez que o custo de tal adesão era muito elevado para as famílias mais pobres, tanto no que à instalação de canos e torneiras dizia respeito como ao custo da mão-de-obra e até da taxa a pagar mensalmente. Por isso até aos anos cinquenta e sessenta muitas mulheres eram obrigadas a deslocarem-se às ribeiras mais próximas para lavar a roupa. Mas para a maioria das casas as ribeiras ficavam bastante longe e perdia-se muito tempo em idas e vindas, pelo que eram possíveis apenas uma ou duas idas semanais aos locais onde se lavava, destinadas às roupas mais sujas, às peças maiores e mais difíceis de lavar. As roupas mais leves, as peças mais pequenas e menos sujas eram lavadas em casa, em selhas, indo-se se buscar água a uma fonte ou nascente mais próxima. Ora estas selhas tinham como anexo os célebres lavadouros feitos de madeira, muitos deles de fabrico caseiro outros encomendados nos carpinteiros.

Os lavadouros caseiros eram constituídos por uma grossa e pequena tábua de madeira, geralmente de cedro e de formato retangular. A parte inferior, que entrava na selha com água era cortada em forma de V, formando duas espécies de pés que se fixavam no fundo da selha. Num dos lados e um pouco acima dos pés a tábua era escavada, de maneira a formar uma espécie de regos muito próximos uns dos outros ou escarpas simétricas e sucessivas nas quais a roupa, depois de encharcada e ensaboada era esfregada. A extremidade superior da tábua era lisa a fim de que caso a mulher encostasse o peito não se magoasse ou ferisse.

Para o seu uso, bastava colocar a tábua transformada em lavadouro dentro da selha, fixá-la muito bem e esfregar a roupa como se um lavadouro de pedra ou de cimento se tratasse.

Mas o mais interessante para a ganapada miúda é que estes lavadouros quando não usados e colocados nas selhas com água se assemelhavam a um verdadeiro varadouro de barcos. Assim a selha cheia de água era o oceano imenso e infinito onde os pequenitos barcos feitos com pedacinhos de madeira transitavam e que depois eram arrastados pelo lavadouro acima a servir de varadouro e colocados em terra. O diabo era arranjar água para encher a selha... Perante essa dificuldade pedia-se à mulher que lavava a roupa que depois de terminar a sua tarefa não despejasse a água que mesmo assim suja era o nosso oceano, com a vantagem de, no fim, depois de tanto patinharmos nela, ficássemos com as mãos lavadinhas e a cheirar a sabão azul.

Os lavadouros de madeira foram utensílio de grande utilidade para as mulheres e delirante brinquedo para as crianças, dos quais atualmente existem pequenas réplicas vendidas como peças de artesanato.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 16 de julho de 2016

Lajes das Flores recebe grande número de pessoas para a Festa do Emigrante

Luís Maciel, presidente da Câmara Municipal de Lajes das Flores, destaca que o Verão é a altura do ano em que o concelho das Lajes e a ilha das Flores recebem um afluxo muito grande de pessoas, sendo que grande parte permanece para além do período da Festa do Emigrante.

Qual a importância da Festa do Emigrante para o concelho de Lajes das Flores?

A Festa do Emigrante é uma das mais antigas festas municipais dos Açores, e a maior festividade do concelho das Lajes, constituindo assim o seu principal cartão de visita e uma das melhores formas de divulgarmos a nossa cultura, a nossa gastronomia, e o bem receber das nossas gentes, durante quatro dias de festival de artes, música, dança e desporto.

Quais as expectativas em termos da presença de emigrantes florentinos?

É difícil prever com rigor o número de pessoas que se deslocam especificamente para a Festa do Emigrante. Esta é uma altura do ano em que o concelho das Lajes e a ilha das Flores recebem um afluxo muito grande de pessoas, sendo que grande parte permanece para além do período da Festa do Emigrante. Este ano, e graças ao empenho do Governo Regional, teremos o navio de passageiros mais tempo, desde o primeiro ao último dia da Festa do Emigrante, pelo que esperamos que mais pessoas venham à edição deste ano da Festa do Emigrante.

Estão preparadas surpresas para a Festa do Emigrante 2016?

Temos um programa bastante rico e diversificado. Procuramos privilegiar a divulgação e promoção da nossa cultura, nomeadamente os nossos grupos folclóricos, filarmónica, marchas e concertos de grupos locais. Teremos também concertos mais direcionados para a juventude, como os Cais Sodré Funk Connection e os OqueStrada, e vamos ter várias exposições patentes no período da festa, nomeadamente de pintura e fotografia de autores do concelho das Lajes. Vamos ter ainda este ano pela primeira vez uma regata regional de botes baleeiros inserida no programa da Festa do Emigrante.

De que forma o concelho anualmente se prepara para acolher os emigrantes que regressam nesta ocasião?

Sendo a festa de homenagem aos nossos emigrantes, neste período em que normalmente nos visitam, procuramos sempre incluir na Festa do Emigrante a promoção e divulgação das nossas tradições, algo muito valorizado pelos nossos emigrantes. Neste sentido vamos ter também este ano um bodo de leite no Jardim Municipal em frente aos Paços do Concelho.

Ao longo dos anos como tem evoluído esta Festa do Emigrante?

Nós procuramos sempre ir inovando em cada nova edição da Festa do Emigrante, sem perder a matriz que a caracteriza, e que tem a ver precisamente com a divulgação da nossa cultura e das nossas tradições. No ano passado introduzimos pela primeira vez a condecoração com insígnias honoríficas de personalidades de relevo na história do concelho das Lajes, numa sessão solene no feriado municipal. Este ano pela primeira vez haverá a regata regional de botes baleeiros promovida pelo Clube Naval de Lajes das Flores e pela Direção Regional da Cultura.

Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Programa da XXXI Festa do Emigrante divulga costumes e tradições florentinas

Através de animação recreativa e cultural diversificada, a Festa do Emigrante procura mostrar algumas das tradições valorizadas na ilha das Flores.

A trigésima primeira edição da Festa do Emigrante, que decorre de hoje até 18 de Julho nas Lajes das Flores, irá contemplar diversas atividades e animações que honram as pessoas e as tradições florentinas. Assim sendo, de acordo com a vereadora Vitorina Silveira, hoje (sexta-feira) a primeira atividade realizada insere-se nas atividades náuticas a cargo do Clube Naval de Lajes das Flores integrando a regata regional de botes baleeiros que terminará no domingo (dia 17), e com a inauguração de um Eco-Quiosque que funcionará de sexta a segunda-feira, bem como diversas exposições de artistas e artesãos açorianos.

Ainda na sexta-feira (hoje) haverá a sessão de abertura das festas por Luís Maciel, presidente da Câmara Municipal de Lajes das Flores, seguindo-se a palestra “Christiano Júnior: um açoriano fotógrafo na América do Sul” e apresentação da exposição de fotografias de Manuel Magalhães, terminando com recital de piano com Fernando Falcão Martinho. A primeira noite da Festa do Emigrante 2016 contará com a animação musical do grupo local Show Flores, seguindo-se a atuação de Micaela e do grupo Mistérios, terminando com o terceirense Dj Souza.

A segunda noite da festa (amanhã, sábado) iniciar-se-á com um desfile de motards, prosseguindo com desfile da Marcha da Escola das Lajes. Na mesma noite haverá o desfile da Marcha da Ribeirinha (ilha Terceira), seguindo-se a Marcha oficial da Festa do Emigrante 2016. Atuarão ainda vários grupos como Stereomixer, Cais Sodré Funk Connection, Full'K'Ords e DJ Souza.

No domingo (dia 17) a programação revela o seu cariz tradicional, iniciando com um cortejo do Divino Espírito Santo, com participação das Casas do Espírito Santo e respetivos foliões, seguindo-se a missa solene e o tradicional bodo de leite, concertos de várias bandas filarmónicas e um festival de folclore que contará com a atuação do Grupo Folclórico de Ponta Delgada das Flores, do Grupo Folclórico da Casa do Povo de São João do Pico e do Grupo Folclórico e Etnográfico de Lajes das Flores, seguindo-se uma noite de animação musical que inclui o grupo OqueStrada.

No último dia da Festa do Emigrante (segunda-feira, dia 18) haverá uma intervenção feita pelo autarca Luís Maciel, seguindo-se a atribuição de insígnias honoríficas. Ocorrerá ainda a atuação musical do grupo de cantares Os Cubres, culminando com a atuação do grupo Urkesta Filarmoka.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Continua o envelhecimento populacional com diversidade demográfica na Região

Acentuadas diferenças entre algumas ilhas açorianas relativamente à estrutura populacional, principalmente no que respeita ao envelhecimento. Pico, Flores, Corvo, Graciosa e São Jorge são as ilhas que registam maior envelhecimento populacional.

Em termos demográficos, a sociedade açoriana na sua globalidade é uma das menos envelhecidas no contexto português. No entanto, e seguindo a tendência mundial, os Açores não deixam de apresentar já um envelhecimento populacional, com especial enfoque em algumas ilhas.

Para Gilberta Rocha, coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores, “esta diversidade é o mais importante a realçar, designadamente com ilhas como São Miguel bastante mais jovem do que as outras ilhas bastante envelhecidas há algumas décadas, como é o caso do Pico, Flores, Corvo, Graciosa e agora também a ilha de São Jorge. O envelhecimento quando é demasiado acentuado coloca algumas questões em termos da própria definição de políticas públicas na Região, penso que não poderemos deixar de ter atenção a esta enorme diversidade demográfica”.

Quanto aos jovens, Gilberta Rocha adianta que se tem registado um forte declínio, tendo assim influência no futuro: “A diminuição do número de jovens nos Açores, que é decorrente do declínio da natalidade, tem influência no futuro a longo prazo, ao passo que o envelhecimento pelo aumento do número de pessoas mais idosas é um envelhecimento a curto-médio prazo, designadamente ao nível da saúde e proteção social, ao passo que a falta de jovens vai ter influência na natalidade futura, ou seja, se hoje os jovens terão menos filhos, esses menos filhos terão obviamente menos filhos, mesmo que aumentasse a intensidade da natalidade”.

Portanto, conclui a investigadora da Universidade dos Açores, “as repercussões do declínio do número de jovens e do declínio da natalidade acaba por ser a causa primeira ou mais relevante do envelhecimento e do seu prolongamento”.

Segundo Gilberta Rocha, “se no futuro não se alterar nada na dinâmica demográfica nos Açores, ou seja, se houver uma forte emigração e não entrarem pessoas, a população irá diminuir”.


Notícia: rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Extintas sete zonas balneares florentinas

Existiam 171 zonas balneares classificadas no Plano de Ordenamento da Orla Costeira dos Açores. Este ano são extintas 107 dessas zonas balneares, anunciou o Governo Regional a requerimento do PPM.

Em 2011 havia 58 zonas balneares identificadas nos Açores. Nos últimos cinco anos foram identificadas na Região apenas mais seis zonas balneares, o que leva a que sejam actualmente 64.

No caso da ilha das Flores, existem nove zonas balneares classificadas no Plano de Ordenamento da Zona Costeira e apenas duas foram identificadas pelas entidades competentes. A grande maioria (sete) das zonas balneares florentinas foi extinta este ano por diploma regional redigido em 2011 para entrar em vigor cinco anos depois, ou seja, este ano.

Em termos puramente aritméticos, das 171 zonas balneares classificadas no Plano de Ordenamento da Orla Costeira dos Açores apenas 37,43% foram identificadas como sendo zonas balneares pelas entidades responsáveis.

A questão que se coloca é se as 107 zonas balneares classificadas no POOC e não identificadas podem voltar a ser zonas balneares? A resposta é positiva, já que se uma zona balnear agora extinta tiver condições para ser identificada pode ser tomada decisão governamental nesse sentido.

O Plano de Ordenamento da Orla Costeira classifica como zona balnear “um espaço de interface entre a terra e uma massa de água de superfície, incluindo polas, piscinas naturais ou artificiais ou plataformas artificiais, adaptado ao uso balnear, assegurando banhos associados a banhos de sol, dotado de acesso e estacionamento e de um conjunto de serviços de apoio (...) e em que seja expectável um grande número de banhistas”.


Notícia: «Correio dos Açores» e «Diário da Lagoa».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Viva as experiências do concelho de Lajes das Flores na Festa do Emigrante 2016

Classificado como Reserva da Biosfera da UNESCO, o concelho de Lajes das Flores é rico em belezas naturais, paisagens únicas e deslumbrantes, zonas balneares e atividades de lazer para todos os gostos, sendo parte integrante de um vasto património natural e cultural de excelência que poderá ser desfrutado por todos os seus visitantes.

Para além da realização da tradicional Festa do Emigrante, o concelho de Lajes das Flores também oferece um conjunto de oportunidades para lazer, descoberta e diversão para todos os que visitam este concelho situado na ponta mais ocidental da Europa.

No plano geográfico, este concelho encontra-se envolvido por uma paisagem onde os visitantes podem apreciar vales profundos, abundância de lagoas edílicas, cascatas, florestas e formações rochosas.

Tendo em conta as áreas protegidas, destaca-se as sete lagoas do concelho, sendo estas a Lagoa Negra, Branca, Rasa, Seca, Comprida, da Lomba e Funda. Além disso, outras belezas naturais que proporcionam um espetáculo único aos visitantes são as cascatas da Ribeira Grande, em que o visitante poderá desfrutar do espetáculo que as suas vinte quedas de água proporcionam de uma forma única. Outra atração paisagística passa pelo Poço do Bacalhau, local onde se pode assistir a um rasgar de uma grande rocha escarpada, com uma queda de água de cerca de 90 metros de altura até esta repousar na lagoa. Além disso, a Rocha dos Bordões, considerada pelo município o ex-líbris da ilha das Flores, consiste num monumento natural que se caracteriza sobretudo pelas suas colunas de basalto e nas proximidades da sua base, encontram-se as chamadas Águas Quentes, que se caracterizam por pequenas caldeiras ferventes de água sulfurosa.

A vertente cultural também está muito vincada no concelho de Lajes das Flores, onde o visitante poderá aceder a locais como o Museu Municipal, o Museu dos Laticínios e o Moinho de Água, sendo este uma das principais atrações turísticas da ilha das Flores e do concelho das Lajes em particular. Neste caso, para além dos parques, jardins, miradouros e áreas protegidas, existe também um vasto património edificado, permitindo aos visitantes observarem locais como a Bateria do Cais das Lajes, Forte de Nossa Senhora do Rosário, Forte de Santo António e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, situada no centro da vila.

Outro aspeto indissociável deste concelho está relacionado com a prática balnear e com as suas diversas zonas de lazer, em que o visitante poderá desfrutar da famosa praia da Calheta, as piscinas naturais da Fajã Grande e a zona balnear da Fajã Grande, que oferece “um cartaz de excelência da ilha das Flores”, sendo um dos espaços mais procurados durante o Verão e que nos últimos cinco anos foi classificada pela Quercus como praia de qualidade de ouro.

No plano gastronómico, quem visitar o concelho de Lajes das Flores poderá apreciar uma confeção culinária bastante diversificada. Assim sendo, a gastronomia do concelho destaca-se pela linguiça com inhames, morcela cozida, caçoila, chicharros, batata doce assada e bolo do tijolo. Outra especialidade gastronómica passa também pela omeleta de erva patinha, também conhecida por erva do calhau, erva corra ou musgão, sendo este o nome que é dado a algumas espécies de algas utilizadas na alimentação no Atlântico Norte e no Mediterrâneo. Por fim, outras iguarias passam também pelos queijos tradicionais, as filhós e a massa sovada.

Relativamente às atividades de lazer, todos os interessados poderão ter a oportunidade de praticar diversas atividades como os tradicionais banhos de mar, mergulho, pesca, observação de cetáceos, percursos pedestres e canyoning em várias ribeiras da ilha das Flores.

No que diz respeito ao alojamento, o concelho das Lajes tem uma oferta vasta e diversificada, permitindo ao visitante hospedar-se em vários alojamentos locais e de habitação, estando estes devidamente enquadrados com toda a paisagem e meio ambiente.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Lajes recebe regata de botes baleeiros

O porto de Lajes das Flores irá receber na sexta-feira (dia 15) o início das provas de competição náutica, com a participação de cerca de 14 botes baleeiros recuperados e oriundos de todo o arquipélago.

Este ano, na trigésima primeira edição da Festa do Emigrante realizada nas Lajes das Flores, uma das novidades apresentadas centra-se na realização da Primeira Regata Regional de Botes Baleeiros, uma iniciativa do Clube Naval de Lajes das Flores. Esta competição surge com o propósito de honrar a tradição açoriana relacionada com a antiga caça à baleia, em que os baleeiros nos seus botes movidos a remos e vela alcançavam as grandes baleias em alto mar.

Assim, a Regata Regional de Botes Baleeiros a ocorrer na ilha das Flores irá iniciar-se na sexta-feira (dia 15) prolongando-se até domingo (dia 17), com a partida marcada junto ao Porto das Lajes. Neste sentido, estão previstas no regulamento provas para equipas femininas e masculinas, que irão concretizar quatro regatas de vela e três regatas a remos, realizadas após as 16 horas de sexta-feira e a partir das 9 horas no fim-de-semana.

Neste evento irão participar cerca de 14 botes baleeiros de várias ilhas do arquipélago que, apesar de restaurados, mantêm o seu aspeto tradicional de forma a evitar a adulteração desta tradição açoriana.

Segundo Carlos Avelar, os Açores contam neste momento com cerca de 41 botes baleeiros recuperados e 11 lanchas, afirmando ainda que “os Clubes Navais têm botes, há Juntas de Freguesia que possuem botes e há também alguns particulares que têm botes”, por isso quem não tiver um bote e quiser participar em regatas regionais “poderá dirigir-se aos Clubes Navais ou às Juntas de Freguesia e tentar iniciar a sua atividade”.

De acordo com o membro da direção do Clube Naval de Lajes das Flores, estes botes baleeiros “foram fruto de grande investimento por parte da Região” no que toca à “conservação e reconstrução” das embarcações, salientando ainda que há ainda “a Comissão Consultiva do Património Baleeiro que se reúne todos os anos e zela por esse património inestimável da nossa Região”, resultando na aposta neste tipo de desporto náutico no Grupo Ocidental.

Em relação a este evento que irá mobilizar apreciadores desta tradição náutica açoriana, Carlos Avelar afirma que a ilha das Flores “foi das primeiras ilhas a balear, devido à influência das baleeiras americanas que aportavam nas Flores”, e que a presença de vários botes baleeiros em água “é uma coisa que mexe com a sensibilidade de qualquer florentino”.

O membro da direção do CNLF adianta ainda que “fora as provas haverá a possibilidade de proporcionar ao público em geral passeios de bote e o contacto com os botes e com as lanchas”, considerando que há turistas e emigrantes que manifestam curiosidade em “participar e ter uma experiência numa embarcação típica”, e afirma que “todo este esforço que a Região fez é a homenagear a antiga caça à baleia porque os botes e o regulamento para a utilização dos botes nestas provas está condicionado a que o bote esteja perfeitamente tradicional”.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 10 de julho de 2016

XXXI Festa do Emigrante aposta em cartaz musical para todos os gostos

A Festa do Emigrante 2016 conta com cartaz musical variado, desde a música ligeira portuguesa à música eletrónica. Micaela, OqueStrada e Cais Sodré Funk Connection são cabeças de cartaz.

Música para todos os gostos e com enfoque no que é nacional e regional - assim se caracteriza o cartaz musical da edição deste ano da Festa do Emigrante. Micaela, OqueStrada, Cais Sodré Funk Connection, Urkesta Filarmoka e DJ Souza são os nomes que vão passar pelas Lajes das Flores de 15 a 18 de Julho.

“Chupa no Dedo” e “Gu-gu Da-dá” são temas que marcaram a música popular portuguesa no final dos anos 90 e início do novo milénio. É Micaela que lhes dá voz, a cantora viaja para a ilha das Flores na sexta-feira (dia 15) e traz, para além destas músicas mais antigas e conhecidas por todo o público, novos temas como “Louca por Ti”, “Seducción”, gravado na Argentina e “Tame Me”. A cantora conta no seu currículo com um álbum de platina e vários álbuns de ouro.

No sábado (dia 16) chegam os OqueStrada. Fundada em 2002, a banda lisboeta junta a música popular portuguesa ao fado. Em 2009 lançaram o seu primeiro álbum «TascaBeat», que obteve grande aceitação junto do público atingindo o disco de platina. No ano de 2014 lançam «AtlanticBeat: Mad’in Portugal». Na ilha das Flores pode esperar-se muita animação e uma festa tipicamente portuguesa.

Os Cais Sodré Funk Connection nascem no bairro que lhes dá o nome em Lisboa. A banda é composta por veteranos da música portuguesa que fazem parte de outros conjuntos musicais como os Cool Hipnoise, Orelha Negra, Mr Lizard, Cacique 97 ou a banda de Sérgio Godinho. No domingo (dia 17) pode esperar uma viagem pela história da música negra, com muito funk e soul. Os Cais Sodré Funk Connection dedicam-se a recriar o som e o ambiente dos clássicos da mítica editora norte-americana Motown, inspirados particularmente por James Brown.

De São Miguel vêm os Urkesta Filarmoka, banda que se caracteriza principalmente pelo humor patente nas suas letras e nas suas atuações enérgicas. Presença assídua em festas académicas por todo o país, os Urkesta Filarmoka voam até às Lajes das Flores para animarem o povo florentino, e todos os que se dirigirem à ilha na segunda-feira (dia 18), com o seu “pimba rock”.

Já o DJ Souza vai animar a Festa do Emigrante pela noite fora em dose tripla. Um dos disc jokeys açorianos com maior sucesso, já gravou temas com artistas norte-americanos e tem-se dividido entre Lisboa e Amesterdão.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sábado, 9 de julho de 2016

Flores: a ilha mais francesa dos Açores

Há mais de 20 anos, Santa Cruz das Flores bem podia dizer que era o concelho mais francês dos Açores, devido à presença de uma Estação de Telemedidas que imprimiu grande desenvolvimento à ilha das Flores, onde chegou a existir um hospital.

“Os franceses investiram muito na saúde. Tínhamos um hospital devidamente equipado, com dentista, bloco operatório, análises clínicas”, recorda o atual presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, acrescentando José Carlos Mendes que “à conta da Base francesa foram realizados muitos investimentos na rede viária e elétrica da ilha das Flores e até foi construída uma barragem”.

Durante mais de duas décadas, os franceses mantiveram em funcionamento na ilha das Flores uma Estação de Telemedidas, conhecida como Base francesa, infraestruturara militar destinada ao rastreio de mísseis balísticos, que acabaria por ser desmantelada em 1993.

Ainda hoje, a população local, entre ela antigos trabalhadores da Base, “fala muito na estadia dos franceses” na ilha das Flores.

“Foi um ‘boom’ de desenvolvimento muito significativo. Chegávamos a ter mensalmente ligações aéreas diretas da França com a ilha das Flores, um avião que abastecia a Base. Eram produtos que não existiam cá”, relata o autarca de Santa Cruz, lembrando que cerca de 40 portugueses, desde empregadas domésticas, jardineiros, mecânicos ou eletricistas trabalhavam para os franceses.

Na altura, José Carlos Mendes era bancário e atendia “muitos clientes franceses”. Nas Flores chegaram a residir 300 franceses, numa ilha onde a população era pouco mais de 5 mil pessoas. “A população francesa tinha bom poder de compra. Em termos económicos perdeu-se muito com a saída da Base”, frisa o autarca.

Dos franceses recorda serem pessoas que “se relacionavam muito no dia-a-dia” com a população local, uma comunidade “muito dinâmica” que promovia festas de gala na Messe (o atual hotel) “com pompa e circunstância” ou ainda “soirées culturais e concertos”.

Rogério Medina é o atual gerente do Hotel Servi-Flor, edifício arrendado ao Ministério da Defesa instalado numa zona que ostenta ainda o nome "Bairro dos franceses". Durante 28 anos trabalhou como empregado de bar e restaurante na atual unidade hoteleira, onde funcionou a Messe dos franceses, uma “unidade hoteleira que servia para dar apoio aos militares e famílias”.

Para Rogério Medina, “a saída dos franceses foi um terramoto”, considerando que, no caso da prestação de cuidados de saúde, “voltou tudo ao princípio. Chegaram a ser feitos partos na ilha das Flores por médicos franceses, mas atualmente tal não é possível e até para resolver uma fratura no braço é preciso ir para o Faial”, salienta.

O responsável hoteleiro destaca que a ilha das Flores teve, então, investimentos “muito mais cedo que outras ilhas”, como a pista do aeroporto, que foi construída por causa da presença dos franceses.

Mas de França vinham também “muitas novidades”, nomeadamente na área da gastronomia e dos produtos alimentares. “Comecei a conhecer iogurtes aos 14 anos e só muito mais tarde é que chegaram ao comércio”, conta o empresário do ramo hoteleiro, acrescentando que “até fruta, saladas ou as aves muito utilizadas” pelos franceses nas ementas da Messe eram importadas.

Passados mais de 20 anos da desativação da Base francesa, ainda hoje é recordada com saudade a presença dos militares e famílias francesas, assim como o desenvolvimento que a ilha das Flores conheceu através deles.


Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal «Incentivo».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"Novo" navio faz ligação à ilha das Flores

TransInsular aumenta a oferta da capacidade de carga marítima transportada, com o navio Insular passando a integrar a rota Lisboa-Açores-Madeira.

O porta-contentores Insular fez a viagem inaugural para os Açores na passada semana, efetuando o percurso entre Lisboa e Ponta Delgada. No passado domingo o navio Insular aportou à ilha das Flores.

Ponta Delgada, Praia da Vitória, São Roque do Pico e Lajes das Flores são os portos onde o navio Insular vai efetuar escalas na sua rotação nos Açores. Este navio vai efetuar uma ligação quinzenal aos Açores com partida no porto de Lisboa e no regresso faz escala no porto do Caniçal (Madeira), antes de regressar a Lisboa.

Com capacidade para transportar 350 contentores de 14 toneladas, o porta-contentores Insular substitui na rota dos Açores o navio Sete Cidades, que tinha capacidade para 220 contentores. Nos últimos meses tem havido aumento na carga com origem em Lisboa destinada aos Açores, por isso a TransInsular decidiu substituir um dos navios que assegurava essas ligações por outro com maior capacidade. Com esta operação do navio Insular há "reforço da capacidade de carga nas ligações entre Lisboa e os Açores", referiu João Pedro Costa, da TransInsular Açores.

Para além do navio Insular, a TransInsular vai continuar a utilizar na rota dos Açores os navios Monte da Guia e Ponta do Sol. As ligações de transporte marítimo de carga entre os Açores e o Continente são asseguradas pela TransInsular, Mutualista Açoreana e BoxLines com seis navios porta-contentores.


Notícia: «Diário Insular» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Aumento do movimento de passageiros aéreos não é igual para todas as ilhas

Movimento de passageiros cresceu 26% nos aeroportos açorianos no primeiro semestre de 2016, revelam dados do Serviço Regional de Estatística.

A ilha onde o número de passageiros mais cresceu de Janeiro a Junho deste ano foi São Miguel, onde ocorreu um crescimento de 29%. De facto, nos primeiros seis meses do ano passaram 329 802 passageiros no aeroporto de Ponta Delgada, quando em igual período de 2015 haviam passado 255 691 passageiros, registando-se assim um aumento de 74 111 passageiros.

Pico (26%), Terceira (25%), São Jorge (23%), Graciosa (20%) e Faial (18%) também tiveram aumentos muito significativos no movimento de passageiros aéreos no primeiro semestre de 2016. Uma das ilhas dos Açores com menor crescimento de passageiros nos primeiros seis meses deste ano foi Santa Maria com aumento de 2 824 pessoas (crescimento de 12%).

Mas há ilhas onde não se sentiu tanto esse ‘boom’ no crescimento de passageiros nos aeroportos açorianos. São as ilhas das Flores e do Corvo. No caso da ilha das Flores registou-se de Janeiro a Junho deste ano um crescimento de mil e trinta passageiros, que significa aumento de apenas 10,7%. No caso do Corvo o crescimento foi de 56 passageiros.

O mês de 2016 em que (até agora) mais passageiros passaram pelos aeroportos da Região foi Junho com 134 392 pessoas.


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

"Zona balnear" da Poça das Salemas

Para além do acesso pedonal e solários na projetada zona balnear da Poça das Salemas (em Santa Cruz) será construído... um parque de estacionamento.

Este projeto da Câmara Municipal de Santa Cruz visa a criação de um acesso pedonal e uma zona de solário na Poça das Salemas. Com mais esta nova infraestrutura balnear na frente mar da vila de Santa Cruz adjacente ao aglomerado urbano, a autarquia procura criar condições de atratibilidade nos meses de Verão para turistas e locais. Esta intervenção permitirá o aproveitamento do potencial de toda esta zona da orla costeira nordeste para recreio e lazer, bem como a reabilitação paisagística daquela área.

A plataforma de solário da projetada zona balnear da Poça das Salemas deverá ter uma área de cerca de 82 metros quadrados, com capacidade para 30 pessoas. Tanto a plataforma de solário como o passadiço de circulação serão amovíveis, sendo removidas após a época balnear ou no Inverno.

Está a decorrer o concurso para a realização destas obras. O prazo de execução será de três meses, com custo aproximado de 150 mil euros.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 5 de julho de 2016

GDF não continua com Nuno Vieira

Durante os últimos anos, Nuno Vieira treinou os escalões de formação do Fazendense em ténis de mesa, para além de jogador-treinador na equipa sénior masculina que disputou a Segunda Divisão nacional.

A Direcção do Grupo Desportivo Fazendense comunicou o fim da ligação do clube com o seu anterior jogador-treinador de ténis de mesa:

O Grupo Desportivo Fazendense vem através deste meio informar todos os seus sócios e simpatizantes que Nuno Miguel Simões Vieira terminou a sua ligação como treinador e jogador de ténis de mesa neste clube.

Para sempre ficará o seu contributo na modalidade de ténis de mesa para a ilha das Flores, onde se destaca o trabalho realizado junto dos escalões de formação e as subidas das equipas séniores masculina e feminina aos Campeonatos Nacionais de ténis de mesa, apesar de todas as adversidades e dificuldades patentes na nossa realidade.

Infelizmente não podemos controlar o destino do Nuno Vieira, restando apenas deixar aqui o nosso agradecimento enquanto clube, amigos e família fazendense, desejando os votos de boa sorte na vida pessoal e desportiva com mais sucessos, sabendo que as nossas "portas" estarão sempre abertas a recebê-lo.

Aproveitamos ainda para informar todos os atletas e simpatizantes do GDF que apesar desta enorme "perda" iremos dar continuidade ao trabalho desenvolvido até à data.

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Agricultores reclamam mais veterinários

Os agricultores florentinos estão desagradados com a falta de mais um veterinário na ilha das Flores. Governo Regional autorizou abertura de concurso mas acabou por o suspender.

O pedido para mais um veterinário na ilha das Flores foi feito no ano passado e o Governo Regional respondeu autorizando a abertura de um concurso para dois veterinários para as ilhas do Corvo e das Flores, a 20 de Abril último. O concurso para um veterinário no Corvo está em curso, sendo os três candidatos ouvidos pelo júri nos próximos dias 5 e 6 de Julho.

O espanto e revolta na ilha das Flores deve-se ao facto de o concurso para um veterinário nesta ilha ter sido afinal suspenso. O director regional da Agricultura justifica porque o Corvo foi a prioridade: "Nas Flores ainda está, digamos, a ser processado(?) fazer o concurso. Demos prioridade ao concurso do Corvo porque realmente não havia médico veterinário na ilha."

Na ilha do Corvo o serviço está a ser assegurado por uma veterinária em regime de avença. Na ilha das Flores o serviço é assegurado por um veterinário municipal e outro do Serviço de Desenvolvimento Agrário.

Os agricultores florentinos dizem que o Plano global de Sanidade Animal está em causa na ilha das Flores.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 3 de julho de 2016

Zona balnear da Fajã Grande novamente classificada praia “qualidade de ouro”

Pelo quinto ano consecutivo a zona balnear da Fajã Grande obteve a classificação de praia com “qualidade de ouro”. Esta distinção é atribuída anualmente pela associação ambientalista Quercus às zonas balneares cujas águas apresentam melhores resultados em termos de qualidade.

A Quercus identifica todos os anos as águas balneares em Portugal às quais tenha sido atribuída a qualidade de água excelente nas últimas cinco épocas balneares.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

sábado, 2 de julho de 2016

«Brumas e Escarpas» #108

Os maroiços da Fajã Grande

Na Fajã Grande, assim como por toda a ilha das Flores, existiam muitos maroiços. Noutras ilhas, nomeadamente a noroeste do imponente cone vulcânico que é a montanha do Pico, também existem muitos maroiços. Os maroiços do Pico são típicos e estão a ser alvo de uma investigação arqueológica, dadas as semelhanças inequívocas existentes entre os maroiços madalenenses e outras estruturas piramidais encontradas nas ilhas da Sicília e de Tenerife, nas Canárias. Os maroiços da Fajã Grande, no entanto, pouco tem de semelhante às monumentais pirâmides de basalto negro que caraterizam a paisagem picoense. Mas poderão ter algo comum no que à sua origem diz respeito.

Os maroiços da Fajã Grande, construídos sobretudo entre as propriedades agrícolas, da mesma forma que os maroiços do Pico, terão resultado da necessidade de limpar os pedregulhos dos terrenos de cultivo, embora no caso da ilha do Pico a abundância das fragas e penedos ultrapassasse gigantescamente as existentes na ilha Flores. Essa a razão por que naquela ilha os maroiços adquirem maior estrutura, sendo também mais numerosos.

Mas o que distingue e caracteriza os maroiços da Fajã Grande é sobretudo a sua utilidade, sendo que em muitos deles foram plantadas figueiras e videiras, uma vez que são estruturas mais simples, de superfície plana e férteis. Dizem os estudiosos desta arte arqueológica que quer em Itália quer em Espanha, as sondagens e a recolha de materiais arqueológicos em complexos extremamente semelhantes permitiram estabelecer uma suposta datação, que poderá prolongar-se até às idades do Bronze e do Ferro. Muito provavelmente os simples e utilitários maroiços da Fajã Grande nada têm a ver com isto e são bem mais recentes e possivelmente nunca poderão ser considerados Património da Humanidade, nem têm o encanto e a beleza caraterística dos maroiços da ilha do Pico e que têm despertado, desde sempre, a curiosidade de visitantes e locais. Além disso, têm muita utilidade, pois para além de neles se cultivar a figueira e a videira, muitos serviam para pôr a roupa a coarar, para armazenamento de lenha, para veredas de acesso a outras propriedades, para as crianças brincarem, etc. Por tudo isto e sobretudo porque sem paralelos noutros pontos do globo, talvez nunca cheguem a ter o interesse das monumentais e emblemáticas pirâmides basálticas do Pico ,que no dizer de alguém prometem seduzir os mais céticos num arquipélago com remanescências lendárias - qual Atlântida perdida - onde a fantasia e a história se entrelaçam de forma tão intensa, que se torna difícil descortinar onde começa a ciência e acaba o mito.

Os maroiços da Fajã Grande, infelizmente, nunca lhes poderão seguir as pegadas, até porque a maioria se perdeu entre os meandros das faias, incensos, silvados e cana roca que enchem quase tudo o que eram relvas e terras cultivadas noutros tempos.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Cláudio Gomes fala-nos de cosmologia

O jovem florentino Cláudio Gomes é estudante do mestrado em Física na Faculdade de Ciências do Porto e colaborador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, tendo sido distinguido com o prémio Estímulo à Investigação 2012 da Fundação Calouste Gulbenkian, pelo projeto "O impacto da Energia Escura na dinâmica de enxames de galáxias".

No dia 19 de Agosto de 2015, o Lions Clube das Flores - Pérola do Ocidente convidou Cláudio Gomes para uma palestra sobre cosmologia seguida por observação noturna do céu. Aqui fica a palestra proferida no Salão da Casa do Povo das Lajes.

Obrigado ao Cláudio Gomes, ao Lions Clube Pérola do Ocidente, à Casa do Povo das Lajes e a todos os que de uma forma ou de outra contribuíram para que estas imagens fossem possíveis.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!