sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dinamismo das associações de juventude

A secretária regional adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares destacou o “grande dinamismo” das associações de jovens das Flores e do Corvo, realçando o número de associações que existem nestas duas ilhas do Grupo Ocidental e o “empenho" que demonstram no desenvolvimento de atividades que interessam aos jovens e à comunidade.

No âmbito das visitas estatutárias do Governo Regional [realizadas em Setembro], Isabel Rodrigues reuniu com as Associações de Jovens das Flores e do Corvo e com responsáveis dos Agrupamentos 691 e 1181 do Corpo Nacional de Escutas, frisando o papel importante que essas associações desempenham ao "incentivar a participação cívica da juventude”.

“Aproveitámos para trocar impressões sobre o vasto conjunto de programas que o Governo Regional tem para as associações de juventude e para os jovens em geral, pelo que foi um momento muito útil de troca de impressões e trabalho”, afirmou.

Isabel Rodrigues presidiu ainda à inauguração da exposição "Corvo de Outros Tempos", organizada pela Associação de Juventude daquela ilha, que elogiou por se tratar de uma recolha de artefactos e instrumentos utilizados antigamente nas atividades económicas desenvolvidas no Corvo: “É uma oportunidade para os mais novos saberem como se fazia antigamente, ao mesmo tempo que é um trabalho importante de preservação da memória da sua ilha e da sua comunidade”.


Notícia: inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
De referir que, entretanto, o Governo Regional abriu concurso para apoiar os espaços TIC na Região, salientando-se que estas ajudas financeiras “vão servir para a manutenção de postos de trabalho, funcionamento do B@dSector e aquisição de novos equipamentos”.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Concerto de cravo por Gustaaf van Manen

No âmbito do seu plano de actividades, o Museu das Flores promove pela primeira vez na ilha das Flores um concerto de cravo. O maestro Guustaf van Manen interpretará obras de Johann Sebastian Bach na Igreja de São Boaventura, hoje (quinta-feira) às 20h30 e amanhã, à mesma hora, no Museu municipal das Lajes.

O concerto insere-se no projecto de descentralização cultural levado a cabo pelo Museu das Flores, numa tentativa de melhor servir a comunidade florentina e captar novos públicos.

A residir nos Açores desde 1980, o holandês Gustaaf van Manen foi professor de piano e órgão no Conservatório de Ponta Delgada, onde fundou o Coro, tendo mais tarde lecionado diversas disciplinas no Conservatório de Angra do Heroísmo, onde exerceu desde 1999 até à sua reforma as funções de presidente do conselho executivo daquele Conservatório. Gustaaf van Manen realizou inúmeros concertos como pianista, organista e cravista, foi diretor musical na Capela americana da Base das Lajes e é organista titular na Igreja do Colégio, em Angra do Heroísmo.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Investigadora florentina vence prémio

Bernardete Melo foi uma das vencedoras da Innovate Competition Fundação AstraZeneca (FAZ), na categoria de investigação translacional.

A FAZ Innovate Competition está integrada no programa científico do Congresso para estudantes de ciências da vida (iMed Conference) e constitui um concurso no qual os jovens estudantes e investigadores são desafiados a apresentar projetos de investigação originais, em que estejam envolvidos e inseridos na vertente da investigação básica ou da investigação translacional.

Este ano, a FAZ Innovate Competition foi composta por duas vertentes: uma primeira apresentação dos projectos em formato de poster científico, tendo os melhores classificados pelo público, mediante votação, sido seleccionados para posterior apresentação oral na iMed Conference.

Destas apresentações orais, o júri escolheu dois vencedores, um por cada categoria na área das ciências da vida, em que a investigadora Bernardete Melo venceu na categoria de investigação translacional, com o projecto "A ressecção do nervo do seio carotídeo previne o aumento de peso e reverte a dislipidémia, em modelos animais de síndromes metabólicos e pré-diabetes".

O prémio atribuído foi uma bolsa de investigação no valor de seis mil euros, que constitui um incentivo monetário para que os investigadores possam dar continuidade a estes projectos nas instituições onde os mesmos estão a ser desenvolvidos.


Notícia: portal «Ciência Hoje» e jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Açores perdem receita de 37,4 milhõ€$

Passos Coelho disse "sim" à redução de 30% em relação às taxas nacionais, mas diz que não pode haver aumento de transferências da República. Assim, a Região fica a perder.

A abertura do primeiro-ministro para alterar dos actuais 20% para 30% o diferencial fiscal nos Açores, anunciada na sua primeira visita oficial a esta Região Autónoma, representa um presente “envenenado” que contraria a proposta do Governo Regional presidido pelo socialista Vasco Cordeiro.

O Executivo açoriano pretendia que a baixa da carga fiscal fosse acompanhada do correspondente reforço das transferências da República para a Região, de modo a compensar a quebra na cobrança dos impostos que constituem receitas próprias da Região. Passos Coelho deixou claro que estava receptivo à redução de impostos, mas contrariou a pretensão do Governo Regional num tema que não fazia parte da agenda da cimeira entre os dois governantes.

A questão foi introduzida pelo líder regional do PSD, com Duarte Freitas a propôr, nas vésperas da visita do primeiro-ministro, a reposição "com urgência" dos 30% do diferencial fiscal no arquipélago (a diminuição máxima que os impostos podem ter em relação ao Continente), dizendo ter "fundadas esperanças" de que haveria resposta positiva de Passos Coelho nesse sentido.

"Esta proposta do PSD/Açores é uma esperteza apressada porque dá com uma mão e tira com a outra. Estamos todos de acordo com a reposição fiscal. O que diferencia o PSD/Açores é que omite a correspondente reposição dos recursos que foram retirados aos açorianos", reagiu o vice-presidente do Governo Regional. Sérgio Ávila acrescentou que "por decisão do PSD e do CDS-PP, os açorianos estão a pagar mais impostos para que o Governo da República poupasse com os Açores".

Duarte Freitas estima que esta medida devolve aos açorianos cerca de 50 milhões de euros. Diferente previsão tem o Governo Regional, que aponta para uma perda de receita na ordem dos 37,4 milhões de euros. Ou seja, os contribuintes locais ganham, mas é o Governo Regional quem perde.


Notícia: jornal «Público».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Primeiro destino turístico de natureza

No espaço de uma década, o Governo Regional quer transformar os Açores no primeiro destino turístico de natureza do país.

O secretário regional dos Transportes e Turismo sublinhou que o sector turístico tem um "papel muito relevante a desempenhar no desenvolvimento" da Região: "Mas estamos a falar de um dos sectores mais competitivos do Mundo", sublinhou Vítor Fraga, dizendo que os Açores são um "destino valioso, mas recente", que está em "competição direta" com outros, "promovidos durante décadas" e já com públicos fidelizados.

Para Vítor Fraga é necessário reverter as "aparentes desvantagens" dos Açores em oportunidades, sem nunca pôr em causa valores fundamentais como a "sustentabilidade ambiental". Assim, defendeu que os Açores têm de ser vendidos como um destino "de excelência", um dos "segredos da Europa ainda por descobrir", com uma "natureza deslumbrante todo o ano" e "características únicas a nível natural e ambiental", e rentabilizar a "invejável" localização entre a Europa e a América, captando turistas dos dois continentes.

"Se conseguirmos aproveitar todas estas oportunidades em pleno, podemos numa década fazer dos Açores o principal destino de natureza do país e assegurar para a nossa Região o estatuto de referência em termos internacionais no turismo náutico", afirmou o governante regional.

Reconhecendo que a questão dos transportes é fundamental, Vítor Fraga disse, no entanto, que há que ter a consciência de que os desafios do setor não se esgotam na liberalização das ligações aéreas a duas ilhas do arquipélago, a partir de 2015. Assim, disse ser fundamental a aposta na qualidade e na inovação, sublinhando que "receber bem é sinónimo de criação de postos de trabalho".


Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal «i».
Saudações florentinas!!

domingo, 26 de outubro de 2014

Proteção Civil em todas as freguesias?

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores lançou um apelo às Juntas de freguesia para que criem equipas de intervenção local para atuar em caso de acidente ou catástrofe.

José Dias, que falava no II Encontro Regional de Freguesias dos Açores, entende que os autarcas locais podem dar um contributo importante em matéria de prevenção e apoio às Comissões municipais de Proteção Civil: "Eu gostava de lançar o desafio à constituição das equipas de intervenção local, que são, nem mais nem menos, do que a população residente, com a incumbência de conhecer riscos e vulnerabilidades locais, criando uma cultura de participação na segurança", insistiu José Dias, que admite que este é "um sonho" que persegue há algum tempo.

Em resposta ao desafio lançado pelo presidente da Proteção Civil açoriana, o coordenador regional da ANaFre, António Teles disse que associação está disponível para assumir mais essa competência, sobretudo quando está em causa um "bem essencial" como a vida humana: "Quem sabe, podemos salvar alguma vida e esse é um bem essencial", destacou o responsável nos Açores pela Associação Nacional de Freguesias, acrescentando estar "disponível para fazer esse trabalho".

Mas Jorge Neves, da direção nacional da ANaFre, diz que é necessário clarificar primeiro as competências das Juntas de Freguesia nesta matéria, recordando que a Lei de Bases da Proteção Civil diz que as autarquias devem "colaborar" em matéria de segurança, mas não especifica o papel dos presidentes de Junta: "Este é um conceito que não está devidamente especificado no que diz respeito às competências e aos meios e também quanto à interligação com a restante hierarquia da Proteção Civil", advertiu Jorge Neves.

De salientar que actualmente apenas cinco municípios dos Açores têm planos de emergência atualizados, sendo que as autarquias açorianas admitem rever até ao final do presente ano esses seus desactualizados planos de emergência.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sábado, 25 de outubro de 2014

Madeira e Açores com elevado índice de mortes devido a problemas respiratórios

Madeira e Açores registaram (entre 2008 e 2010) o maior índice de mortes devido a problemas respiratórios da União Europeia, segundo o anuário regional do EuroStat.

A Região Autónoma da Madeira surge na liderança com 294,6 mortes por cada 100 mil habitantes, sendo que logo depois surge na lista os Açores com 195,8 mortes por 100 mil habitantes, registando-se em ambas as regiões elevados níveis de pneumonia e bronquite crónica e aguda, segundo o anuário regional do EuroStat.

O documento mostra ainda que Portugal Continental também apresenta elevados índices de mortes por problemas respiratórios, com valores iguais ou superiores a 115 mortes, com exceção das regiões de Lisboa e Setúbal, enquanto a média na União Europeia é de 85,3 mortes.

O anuário do EuroStat refere ainda que as mortes por problemas respiratórios são quase o dobro nos homens em relação às mulheres, sendo este dado mais expressivo nos casos da Madeira e dos Açores.

Por outro lado é de referir também que um estudo da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos concluiu que os distritos de Aveiro, Leiria e Santarém e os Açores não têm cuidados paliativos e que metade dos doentes referenciados morre sem acesso a este tipo de assistência.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Domingo passamos à “hora de Inverno”

Portugal, à semelhança de toda a União Europeia, atrasa os relógios no próximo domingo e entra por cinco meses na "hora de Inverno".

Na madrugada de domingo, os relógios atrasam 60 minutos à 1h00 nos Açores. Portugal passa a estar alinhado com o tempo universal (tempo médio de Greenwich, TMG), conforme informação do Observatório Astronómico de Lisboa.

Estar alinhado com o tempo universal significa que está no fuso horário zero (igual ao do meridiano de Greenwich, que se convencionou usar como marcador para o tempo). A mudança da hora acontece em todos os países da União Europeia.

Na Europa, a norma começou na altura da I Guerra Mundial e teve como objetivo poupar combustível numa altura em que este era racionado. Atualmente já não há um impacto económico, mas apenas social, já que os horários de trabalho coincidem mais com a luz solar. Ainda assim, a União Europeia reavalia a manutenção dos horários de Verão e de Inverno de cinco em cinco anos.

É certo que os dias vão escurecer mais cedo, mas também é certo que é bom ter mais uma hora na noite de sábado para domingo do último fim-de-semana de Outubro, independentemente da forma de a usar.


Notícia: «Diário de Notícias», jornal «Público» e RTP.Notícias.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

António Maria Gonçalves expõe em PDL

Até 12 de Dezembro poderá ser admirada a obra de António Maria Gonçalves e o seu talento, cuja faceta artística surpreende quem aprecia pela primeira vez as suas obras.

Teve lugar na passada sexta-feira (dia 17), na sede do PSD de Ponta Delgada (São Miguel), a inauguração da exposição de pintura de António Maria Gonçalves, florentino e ex-deputado regional. A mostra de 27 quadros poderá ser visitada todos os dias úteis na sede regional do PSD/Açores em São Miguel.

De acordo com o pintor micaelense Martim Cymbron, António Gonçalves evidencia uma curiosidade em trabalhar em vários géneros pictóricos e demonstra ser um explorador nato na utilização de vários materiais, usando-os para compor uma obra. A sua criatividade vem ao de cima através das composições que faz e tem um traço bastante livre abstraindo-se desta forma das antigas regras académicas, mergulhando no mundo do abstraccionismo e figurativo.

Por outro lado, José Andrade, comissário da exposição, diz que esta é a primeira exposição de António Maria Gonçalves, que nasceu e vive nas Lajes das Flores, dedicando a sua vida ao bem comum – em todos os patamares do poder local (Junta e Assembleia de freguesia da Fazenda, Câmara e Assembleia municipal das Lajes) ou no órgão máximo do poder regional. Associou o bem comum à sua vida: na música (como compositor e pianista, maestro e cantor), no teatro (como encenador e actor), na literatura (como escritor e poeta) e na pintura.

O homem público pintava em privado. Apaixonado, autodidacta, reservado, experimentalista, revoltado. Pintar era a sua terapia intimista. Mas expor seria arriscar. Até que um dia Duarte Freitas conseguiu convencê-lo a extrair as cataplasmas do casulo. E tanto desafiou o pintor António Maria Gonçalves a expor a sua primeira exposição, que é, no mínimo, surpreendente. O homem multifacetado na vida também o é na pintura, com diferentes temáticas, estilos e técnicas.

Afinal, no extremo ocidental dos Açores, de Portugal e da Europa há um pintor que merece atenção e incentivo.


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Propõe o PCP que pequenos agricultores açorianos sejam isentados de IVA e tenham descontos na Segurança Social

O deputado regional do PCP apresentou uma anteproposta de lei que propõe a isenção de IVA e a redução dos descontos obrigatórios para a Segurança Social dos pequenos agricultores.

“Esta proposta do PCP assinala a importância da agricultura familiar para a segurança alimentar, através da diminuição da dependência externa, para o desenvolvimento económico socialmente útil, para a sustentabilidade e diversificação das atividades agrícolas e para a diminuição do desemprego”, afirmou Aníbal Pires.

A agricultura familiar, a pequena atividade agrícola que emprega sobretudo a mão-de-obra dos vários membros de uma mesma família, tem um papel insubstituível no incremento das produções agroalimentares tradicionais, no abastecimento em alimentos frescos aos mercados locais, no aumento da diversificação agrícola, defesa da biodiversidade, redução da utilização de produtos fitofarmacêuticos e proteção do ambiente.

O deputado regional comunista afirmou que a iniciativa propõe uma redução das contribuições para a Segurança Social com algum significado, considerando que a medida terá um impacto “muito importante na melhoria dos rendimentos dos trabalhadores deste setor e para quem tem como principal atividade a agricultura familiar”, além de efeitos na própria economia regional: “As contribuições que estão determinadas são valores superiores a 30% e aquilo que estamos a propor, embora de uma forma gradativa e em função do rendimento, é uma alteração com três escalões em que essa contribuição para a Segurança Social varia entre 5% e 18,75%”, explicou Aníbal Pires, sublinhando que a agricultura familiar “é estratégica para os Açores”.

O deputado do PCP/Açores alertou que os rendimentos dos pequenos produtores agrícolas têm vindo a ser seriamente afetados devido ao “aumento do custo dos fatores de produção, como os combustíveis, energia, água, acrescidos do insustentável aumento da carga fiscal e de contribuições obrigatórias e de excessiva burocracia”. Uma situação que, segundo Aníbal Pires, “é tanto mais grave quanto os Açores são a região do país onde existe uma maior percentagem de agregados familiares que declaram obter rendimentos exclusivamente da sua própria exploração agrícola”.

Assim, o PCP pretende, como medida de apoio à agricultura familiar nos Açores, reduzir os descontos obrigatórios para a Segurança Social e isentar estes pequenos produtores agrícolas de IVA, permitindo melhorar o seu rendimento e tornando a sua produção mais rentável, como estímulo à dinamização e modernização deste tipo de atividade.

Aníbal Pires destacou o caratér abrangente da medida comunista por vir a ser importante tanto para os Açores como para o país: “Se isto é importante para os Açores, é igualmente importante para todo o país. É evidente que estamos a fazer isto atendendo às especificidades da Região”, sublinhou o deputado do PCP, para quem os efeitos da proposta “em termos da dinâmica económica compensará certamente a diminuição de receita na Segurança Social e em termos das contribuições fiscais”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

«Brumas e Escarpas» #80

O náufrago

O Semedo chegou à porta de casa e levantou a taramela num sufoco. Na cozinha, a mulher e a filha seroavam entre cardas, fusos e resmas de lã, admiradas pelo tardio da chegada. A Deolinda foi a primeira a insinuar com suave ironia: - Só agora?! A estas horas, meu pai há muito que havia de estar na cama.
E como o Semedo embatucasse por completo, a mulher sem levantar olho das cardas: - Boa coisa não andaste a urdir! – E, levantando o rosto, sem esmorecer a cardação, prosseguiu – Credo, home! Que cara é essa?! Parece que viste o Eiramá!

O Semedo, a crescer numa tremulação que acicatava cada vez mais o pasmo das duas mulheres, lá foi desembuchando: Fora ali, para os lados do Rolinho das Ovelhas... Ele, o Bosseca, o Zé de Mateus e o Caboz, na mira dos caranguejos, do Canto do Areal ao Rolinho. Eis senão quando avistaram uma embarcação a aproximar-se de terra, junto ao Rolinho. Eles a correr que até parecia que deitavam os bofes pela boca fora... mas qual o quê? Quando lá chegaram, a maldita tinha zarpado. Apenas uma pequena chata, abandonada, a balancear no vaivém da maré. Ao voltarem, deparam-se com gemidos angustiantes. Um vulto de homem, sabia-se lá de onde, que nem americano falava, enfiado na aba de uma pedra, a chorar e a gemer... Pelos vistos tinha sido ali abandonado. Trouxeram-no e, ao chegar ali, bonito serviço! Os outros a pisgarem-se, cada um para seu lado e ele a ficar só, com o homem... fora da porta. Haviam de lhe dar guarida, lá em casa.

A mulher e a filha nem queriam acreditar! Meter em casa um homem, sabia-se lá de onde e de que religião. Àquelas horas da noite... Nem pensar!

Mas no dia seguinte toda a freguesia louvava o Semedo. Fosse da Cochinchina, fosse do Japão, fosse de onde fosse, aquilo era um ser humano. Um gesto muito bonito, o do Semedo.

Mas os rumores não tardaram. Aquele homem devia ser um ateu, um criminoso, um facínora, semelhante ao que há muitos anos também ali desembarcara e, de tão mau que fora, após a morte, por castigo, fora atirado para o Poço do Bacalhau. Que o tivesse deixado, o Semedo, onde o encontrou. Havia de morrer à fome, que é o destino dos criminosos e dos sacripantas! E depois... com uma filha solteira lá em casa... Hum! Não havia de sair coisa boa dali.

Porém, em casa do Semedo todos se afeiçoaram depressa ao suposto náufrago. O homem era delicado, correto, submisso e de trato afável. Apenas um senão: ninguém o entendia e ele não percebia patavina do que lhe diziam e tinha a estranha mania de, todos os dias, tracejar um risco no muro da cerca do porco. Sabia-se apenas que se chamava Dimitri e que, muito provavelmente, devia ser russo e não acreditava em Deus.

Os dias passaram e o Semedo via em Dimitri o filho que nunca tivera e Deolinda apaixonara-se, como nunca. Pior. Dimitri, agora já a balbuciar as primeiras palavras em linguagem que se entendesse, também se declarava em juras de amor, enquanto pela freguesia cada vez mais se comentava, à socapa, que ali havia marosca.

O Semedo, apavorado, foi bater à porta do vigário. Havia que casá-los, quanto antes. Mas para o prebendado, o casamento não servia para encobrir poucas vergonhas e aquele homem era um ateu, vindo de um país onde a religião católica era odiada. Além disso, não tinha papéis que demonstrassem o seu baptismo. Que tirasse o cavalinho da chuva o amigo Semedo que casamento é que não havia de haver.

E não houve, o que não foi obstáculo a que Dimitri e Deolinda se envolvessem, às escondidas dos progenitores, em desvelos e fascinações.

E quando Deolinda não mais pode ocultar a gravidez, o falatório transformou-se em aleivosias insultuosas. A mãe definhou de vergonha e o pai pô-los porta fora, injuriando-os, ameaçando-os, deserdando-os. Poucos dias demorou a ira do Semedo e a debilidade da sua consorte. Foram os primeiros a acudir aos vagidos de um pequerrucho que, numa tarde de Setembro, lhes quebrava o veneno do desgosto e lhes despertava o bálsamo da ternura.

E o pequeno Gervásio crescia entre o enlevo dos pais e a ternura dos avós. O vigário não lhe pode negar o baptismo. A alegria, o encanto e a felicidade reinavam em casa do Semedo e na freguesia já ninguém se lembrava que o pai do pequeno Gervásio era, afinal, um náufrago abandonado na ilha, talvez um criminoso, com quem a Deolinda do Semedo vivia amancebada.

Numa noite, porém, o inesperado aconteceu. Dimitri saiu de casa e nunca mais regressou. De manhã, o Cardoso afirmava a pés juntos que um bergantim se havia aproximado da enseada do Rolinho das Ovelhas e nele tinha visto embarcar um homem. A partir do dia seguinte, todas as tardes depois do pôr-do-sol a Deolinda do Semedo, lavada em lágrimas, sentava-se sobre um rochedo, à beira mar, com o filho ao colo, apontando-lhe um horizonte indefinido.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Noite dos Sons e Sabores internacionais

O Lions Clube Pérola do Ocidente organiza a Noite de Sons e Sabores Internacionais no próximo sábado (dia 25), pelas 19h30, na Casa do Povo das Lajes.

Este jantar de cariz solidário tem como objetivo a angariação de fundos para a aquisição de camas para o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia das Lajes. Apresentando uma ementa variada este evento terá a participação dos estrangeiros residentes na ilha das Flores, trazendo os sabores dos seus países.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

domingo, 19 de outubro de 2014

Assim foi a Festa do Cais das Poças

A abertura da Festa do Cais das Poças 2014 foi dedicada à etnografia, num desfile com cenas do nosso imaginário colectivo que em muitos dos casos não se distanciavam da realidade em nada, até porque tudo foi pensado ao pormenor, desde a indumentária, o local, os artefactos utilizados, as personagens, os animais... Todo o trabalho envolveu muitas pessoas, personagens envolvidas directamente no desfile foram umas centenas e imaginem quantas mais estiveram na retaguarda para tornar tudo possível.

As noites do Cais das Poças 2014 foram dedicadas à música com os Full K’ Ords, Chave d’Ouro, animação de rua (de altíssima qualidade) ao cuidado dos Sax N’Fun e os FuNgis MagiC tRuXiS. Entre a panóplia de actividades e concertos ainda podemos encontrar o concurso de pesca desportiva, jogos tradicionais, os “Ar de Rock”, a Orquestra Ligeira da Povoação, aula de fitness com o ginásio Viva Mais Fitness, folclore, passeios de barco, alguns grupos musicais da ilha e muito mais.

Os dias desta festa de início de Agosto ficaram pautados pela grande afluência da população que, com a ajuda do tempo, marcou presença de forma ordeira para desfrutar da variedade de artistas e degustar os diferentes paladares nos restaurantes e tascas criadas para o efeito, bem como rever amigos, familiares, conhecidos ou mesmo fomentar novas amizades.

A organização está de parabéns, bem como A Jangada - Grupo de Teatro como o seu vasto leque de actores e com a estrondosa capacidade de encenação e direcção de actores a cargo de Joaquim Salvador, que fez questão de pessoalmente orientar e delinear o cortejo de abertura da Festa do Cais das Poças 2014, não ficando, na minha opinião, nada ao acaso.

Obrigado a todos os que tornaram possíveis estas imagens e à Luísa Silveira pela captação das imagens e imprescindível ajuda na produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sábado, 18 de outubro de 2014

Vulnerabilidade às alterações climáticas

O arquipélago dos Açores é uma das regiões do país mais vulnerável aos efeitos negativos que as alterações climáticas podem provocar em Portugal.

"É um handicap negativo, o facto de sermos ilhas. Traz-nos dificuldades acrescidas, mas é também um trabalho mais aliciante", reconheceu o secretário regional da Agricultura e Ambiente no final da primeira reunião do grupo de trabalho que vai elaborar o Plano Regional para as Alterações Climáticas, que junta técnicos dos departamentos do Governo Regional e representantes do Laboratório Regional de Engenharia Civil e da Serviço de Proteção Civil dos Açores.

Segundo explicou Luis Neto Viveiros, este grupo de trabalho vai preparar um caderno de encargos que será depois lançado a concurso público internacional, para a elaboração do Plano Regional para as Alterações Climáticas, que o Governo Regional espera que esteja concluído dentro de ano e meio: "Pretendemos definir estratégias para mitigar esses efeitos negativas das alterações climáticas, no sentido de termos uma Região cada vez mais segura e protegida destes fenómenos extremos que, de quando em vez, ocorrem", sublinhou.

O secretário regional da Agricultura e Ambiente lembrou que este grupo de trabalho terá como documento base o estudo elaborado pelo professor universitário Brito de Azevedo, que coordenou, a convite do Executivo dos Açores, a Estratégia Regional para as Alterações Climáticas.

O estudo considerava "expectável um aumento da temperatura do ar entre 1 a 2 graus nos Açores" e um eventual aumento de "dias de Verão" e de "noites tropicais", bem como uma diminuição da precipitação e uma maior probabilidade de fenómenos meteorológicos extremos: "Atendendo à tendência do aumento da temperatura superficial do oceano, estão criadas as condições para que as tempestades de origem tropical subam mais no Atlântico, atingindo com mais frequência e maior virulência a latitude dos Açores", lê-se no documento.

Para financiar os projetos que serão realizados no âmbito deste grupo de trabalho sobre as alterações climáticas, o Governo Regional já inscreveu nos planos de atividade de 2015 e 2016 mais de 600 mil euros destinados a estas áreas.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

FAP resgata dois tripulantes de veleiro

Dois tripulantes de um veleiro com o motor avariado, que navegava a cerca de 110 quilómetros a oeste da ilha das Flores, foram ontem resgatados pela Força Aérea Portuguesa.

Segundo o Comando da Zona Marítima dos Açores, os dois tripulantes, ambos de nacionalidade sueca, seguiam no veleiro Chilom que navegava “sem energia a bordo e com as velas seriamente danificadas pela força do vento".

"O veleiro, registado em Gibraltar, largou das Bermudas a 19 de Setembro em direção aos Açores, tendo sido surpreendido pelo mau tempo já na fase final da viagem", sendo que o pedido de auxílio foi recebido ao final da manhã de quinta-feira (ontem).

Na operação de salvamento esteve empenhado "um helicóptero EH-101 e o avião C-295 da Força Aérea Portuguesa para resgatar os tripulantes, tendo um deles suspeita de fratura das costelas".

O Comando da Zona Marítima dos Açores adianta ainda que os tripulantes foram resgatados "a meio da tarde, em condições muito adversas, com ventos na ordem dos 80 quilómetros por hora e ondulação de 8 a 10 metros", e foram posteriormente transportados para o Hospital Santo Espírito, na ilha Terceira.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal de Notícias».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Arrancou a campanha SOS Cagarro 2014

De hoje até 15 de Novembro decorre mais uma edição da campanha SOS Cagarro, num período que coincide com a saída dos cagarros juvenis dos ninhos para o seu primeiro voo transoceânico.

O arquipélago dos Açores alberga cerca de 188 mil casais reprodutores de cagarros, ou seja, 75% da população mundial da subespécie Calonectris diomedea borealis e 60 a 65% da população mundial da espécie Calonectris diomedea, sendo, por isso, crucial a sua proteção e conservação nas ilhas açorianas.

A campanha SOS Cagarro decorre nos Açores desde 1995, tendo como principal objetivo envolver as pessoas e entidades no salvamento dos cagarros juvenis encontrados junto às estradas e na sua proximidade.

Durante os meses de Outubro e Novembro, os cagarros juvenis começam a abandonar os ninhos e, no seu primeiro voo, podem ficar desorientados por luzes fortes, correndo o risco de cair em locais expostos, o que os torna vulneráveis a diversos perigos, nomeadamente ao atropelamento por veículos.

No ano passado foram salvas quase 7 mil aves, cerca do dobro do número médio registado nos últimos sete anos. Alguns dos cagarros juvenis salvos nos Açores há mais de sete anos já regressaram ao arquipélago para acasalar e ter as suas crias.

Pretende-se que a Campanha SOS Cagarro também se assuma como uma atividade participativa de eco-turismo, promovendo a sua sustentabilidade e a promoção do arquipélago, através de ações inclusivas de conservação ambiental. Nesse sentido, os agentes turísticos são convidados a divulgar esta campanha, permitindo desta forma que os turistas possam participar ativamente na campanha, contribuindo para a proteção desta emblemática ave marinha da Região.

As brigadas e ações de sensibilização ensinam como recolher os cagarros juvenis e onde os entregar para posterior libertação, sendo facultadas caixas aos automobilistas. Para saber como participar na campanha SOS Cagarro 2014, os voluntários podem contactar o Parque Natural da sua ilha ou consultar a página da internet soscagarro.azores.gov.pt.


Notícia: rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Nova peça do Grupo de Teatro A Jangada

Na próxima sexta-feira (dia 17), A Jangada vai estrear a sua nova peça «O Urso», uma farsa em um acto do dramaturgo russo Anton Tchekhov, no auditório do Museu municipal das Lajes. No dia 19 (domingo) acontecerá a apresentação d' «O Urso» na Casa do Povo de Ponta Delgada.

A tournée florentina desta nova peça do Grupo de Teatro A Jangada será retomada a 31 de Outubro na Casa do Povo da Fajã Grande, sendo que as apresentações finais de «O Urso» serão a 1 e 2 de Novembro na sala de espectáculos dos Minhocas.
Todas as atuações desta peça da Jangada começam às 21h30.

Saudações florentinas!!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Encontrado cadáver no Porto das Lajes

Um homem foi encontrado morto dentro de um carro submerso no mar, junto ao porto da vila das Lajes das Flores, disse fonte da Capitania local.

Por volta das 16h30 de hoje, as autoridades marítimas da ilha das Flores (Polícia Marítima e Capitania) receberam um alerta por terem sido observados "objetos pessoais" a flutuar junto ao cais do Porto das Lajes, explicou o adjunto do capitão da Capitania de Santa Cruz das Flores, tenente Abrantes.

Para o local foram mobilizados mergulhadores do corpo de Bombeiros de Santa Cruz, que localizaram uma viatura submersa e, lá dentro, o corpo de um homem, residente na ilha, que tinha entre 35 e 40 anos. Segundo o tenente Abrantes, homem e viatura estavam desaparecidos desde a noite de ontem (segunda-feira) e o caso está entregue agora às autoridades judiciais, desconhecendo-se as razões da queda do carro à água.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal de Notícias».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Exposição de fotógrafos amadores locais

O Parque Natural da ilha das Flores e a Câmara Municipal das Lajes, em parceria com o GeoParque Açores, organizam a exposição «Fotografia aos Olhos da Ilha das Flores», criada com maravilhosas fotografias de autores locais e onde se aprecia a beleza da ilha das Flores através dos olhos dos seus habitantes.

Esta exposição será inaugurada amanhã (dia 14) e estará patente no Museu municipal das Lajes até 31 de Outubro.

Saudações florentinas!!

domingo, 12 de outubro de 2014

Rever gestão das Reservas da Biosfera

Região vai passar a dispor de um Comité MaB Açores (Man and the Biosphere), que irá contribuir para rever o modelo de gestão das nossas Reservas da Biosfera.

“O facto de dispormos, atualmente, de três Reservas da Biosfera e de estarmos confiantes de que as fajãs de São Jorge se lhes juntarão em breve, aconselha que repensemos o modelo e a sua estrutura de gestão, bem como a respetiva promoção, numa perspetiva integradora, que em simultâneo promova a partilha de experiência e potencie as vantagens específicas de cada Reserva da Biosfera. Para tanto, criaremos um Comité MAB Açores”, declarou Luís Neto Viveiros.

O titular da pasta do Ambiente falava na abertura do seminário “Reservas da Biosfera – um contributo para o desenvolvimento local”, que decorreu em São Jorge, integrado no XII Encontro Internacional da REDBIOS, onde ocorreu uma mostra de produtos originários das Reservas da Biosfera nos Açores.

O governante açoriano revelou, por outro lado, que o Governo Regional está a preparar “sem embargo, o quadro normativo do sistema de incentivos à manutenção de paisagens tradicionais integradas em áreas classificadas em toda a Região”. Luís Neto Viveiros acentuou que este projeto vai contemplar as paisagens de vinha e pomares em currais, em fajãs e em socalcos, aproveitando o que considera “a experiência e o extraordinário sucesso dos últimos anos dos apoios à reabilitação da paisagem da cultura da vinha do Pico”.

O secretário regional da Agricultura e Ambiente reiterou que ainda este ano, vai ser promovida a revisão do Plano Regional de Educação e Sensibilização Ambiental dos Açores, que dará lugar ao Plano Regional de Educação para o Desenvolvimento Sustentável dos Açores. Luís Neto Viveiros concluiu que serão acrescentados aos projetos de educação e sensibilização ambiental um programa de dinamização que visa “levar a todos – cidadãos e empresas – informação sobre o valor social e económico do nosso património natural e cultural e as vantagens de uma cultura de sustentabilidade, associada ao conceito de economia verde”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
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sábado, 11 de outubro de 2014

Descobertas novas aranhas endémicas

A floresta nativa dos Açores continua a esconder espécies endémicas. Só agora foram identificadas duas aranhas autóctones de Santa Maria e das Flores.

Foram descobertas duas novas aranhas endémicas nos Açores: a Canariphantes relictus pertence ao Pico Alto, em Santa Maria; a Canariphantes junipericola é da ilha das Flores e foi encontrada na Reserva Natural da Caldeira Funda e Rasa, bem como junto à Lagoa Seca. Ambas as espécies não excedem os cinco milímetros e estão muito ligadas aos últimos habitats de floresta nativa da Região.

De acordo com Paulo Borges, coordenador do Grupo da Biodiversidade dos Açores, responsável pelas descobertas, tratam-se de espécies raras que só agora, depois de largos anos de trabalho de campo, foram encontradas. Por serem populações muito pequenas, as espécies em causa estão em perigo.

A aranha de Santa Maria é aquela que corre mais riscos, e o seu nome em latim remete, exatamente, para a necessidade de preservação e conservação do espaço onde se encontram. "Trata-se da primeira aranha endémica de Santa Maria, o que é estranho, porque existem outras noutras ilhas. Achámos que esta estava extinta. Mas é uma aranha exclusiva da ilha, que faz parte de uma zona muito importante", frisou o investigador. O Pico Alto, recorde-se, é considerado um ponto quente da biodiversidade dos Açores, onde se encontram 57 espécies endémicas (21% de todo o arquipélago) concentradas em apenas 0,25% de toda a área de floresta nativa da Região. Trata-se, por outro lado, do fragmento florestal mais reduzido e ameaçado em todo o arquipélago, estando sujeito a uma grande perturbação por parte de espécies invasoras e por parte do próprio Homem.

Também a espécie encontrada na ilha das Flores - ligada aos bosques de cedro do mato - está em risco, sobretudo devido às plantas invasoras que estão a ocupar a zona da Caldeira Rasa.

É por isso que os cientistas estão a preparar documentação para enviar à União Internacional para a Conservação da Natureza, no sentido de classificar as espécies em causa como estando "em perigo", de forma a aumentar, também, os esforços de conservação das áreas florestais em causa. É que as aranhas, adiantam, são um grupo mais sensível a perturbações ambientais dado à sua posição na cadeia trófica, como predadores. O estatuto, lembre-se, já tinha sido pedido para a Serra do Topo (em São Jorge), onde foi encontrada a Savigniorrhipis topographicus, uma aranha restrita àquela zona e que tem apenas 1,45 milímetros.

A descoberta, recorde-se, resulta dos estudos de campo do projeto de investigação "Previsão de extinções em ilhas: uma avaliação em várias escalas", gerido pelo Grupo de Biodiversidade dos Açores. Segundo os investigadores, e durante trabalhos realizados antes de 2010, estas espécies foram confundidas com a Canariphantes acoreensis, já conhecida do Grupo Central. Foram necessárias, por isso, amostras mais completas dos dois aracnídeos para que se descobrisse a sua verdadeira identidade.


Notícia: jornal «Diário Insular».
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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Bombeiros dos Açores começaram a cobrar transporte não urgente de utentes

Apenas os Bombeiros das ilhas das Flores e São Jorge não estão a cobrar o serviço por não terem ainda chegado a um acordo com as Unidades de Saúde de ilha acerca do valor.

As corporações de Bombeiros dos Açores estão desde Setembro a cobrar o transporte não urgente de utentes, sendo que a maioria cobra 10 euros por taxa de saída e 60 cêntimos por quilómetro percorrido.

O transporte não urgente de doentes é cobrado às Unidades de Saúde de ilha quando são estas a solicitar o serviço ou aos particulares quando são os próprios doentes que diretamente contactam os Bombeiros com esse objetivo.

Os Bombeiros começaram a cobrar pelo serviço na sequência de um regulamento do transporte terrestre de doentes nos Açores elaborado pelo Governo Regional, que entrou em vigor no final de Agosto. Entre outros objetivos, esse regulamento visa "garantir o devido financiamento" aos Bombeiros, segundo disse o secretário regional da Saúde.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Menos situações de risco nas ribeiras

Assoreamentos e obstruções continuam a ser os principais problemas registados nas ribeiras dos Açores, revela um relatório que avaliou cursos de água nas nove ilhas açorianas entre Junho e Setembro.

“Foram avaliados cerca de 510 quilómetros de extensão de ribeiras (310 quilómetros de novas avaliações e cerca de 200 quilómetros de avaliações do ponto de situação relativo aos formulários do ano anterior), envolvendo 197 bacias hidrográficas distintas”, afirmou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.

Desde 2012 que é realizado anualmente no arquipélago o relatório do estado das ribeiras nos Açores, que compila dados generalizados sobre o estado dos cursos de água regionais, incidindo na identificação de situações de risco ou que necessitam de manutenção.

“Apesar do aumento da extensão avaliada em 2014, verificou-se uma diminuição do número de ocorrências registadas”, referiu Luís Neto Viveiros, alegando que a maioria das ocorrências se prende com assoreamentos e obstruções resultantes do desenvolvimento vegetal e da dinâmica fluvial. Os casos de instabilidade de infraestruturas e abandono de resíduos correspondem a 10%.

“Os levantamentos efectuados nas referidas campanhas têm incidido em locais tendencialmente mais problemáticos, atendendo à sua natureza, historial e localização, especialmente no que respeita à salvaguarda de pessoas e bens”, salientou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.

Este tipo de levantamentos permite a identificação de intervenções necessárias, mesmo quando as situações identificadas são da responsabilidade de outras entidades públicas ou privadas, e o planeamento de ações consideradas prioritárias no âmbito dos Serviços de Ambiente.

O relatório do estado das ribeiras dos Açores sintetiza o estado geral das linhas de água na Região, no entanto não se podem prever “as situações que ocorrem ao longo do ano, indissociáveis da natureza dinâmica dos escoamentos, erosão hídrica, alterações no solo, crescimento vegetal e transporte hídrico/fluvial”, afirmou Luís Neto Viveiros.

Na ilha das Flores, o Governo Regional pretende executar no próximo ano a empreitada de requalificação da Fajãzinha, incluindo o desvio das águas pluviais oriundas da encosta sobrejacente à estrada regional.

Os Açores contam com uma rede hidrográfica com cerca de 7 mil quilómetros, distribuída por mais de 700 bacias hidrográficas.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «TeleJornal» da RTP Açores.
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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

À conversa com André Eloy, "o belga"

André Eloy, natural de Liége - Bélgica, é um imigrante radicado na ilha das Flores há várias décadas e que tem desenvolvido actividades no ramo da hotelaria, turismo e artesanato.

Amante da ilha das Flores e do mar, bem como de todas as belezas inerentes, André Eloy pode estar de partida para o seu berço natal mas, e segundo as suas palavras, irá repartir o seu tempo entre as duas terras: a de nascimento e a de acolhimento. Sempre em grande azáfama, teve a amabilidade em aceitar o convite da Costa Ocidental para gravar este trabalho para memória futura.

Mas para ficar a saber quase tudo, nada melhor do que ver e ouvir esta entrevista conduzida por Gabriela Silva, aliás a quem se agradece profundamente pela disponibilidade e grande profissionalismo que tem colocado em prol desta iniciativa.

Obrigado a André Eloy, à Câmara Municipal das Lajes pela cedência do espaço para fazer esta gravação. Obrigado à Luísa Silveira pela ajuda na produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Centro de Saúde precisa de enfermeiros

Os Centros de Saúde das ilhas mais pequenas dos Açores estão a funcionar apenas com um enfermeiro no turno da noite, o que para o sindicato é grave e já não se justifica.

"A partir da meia-noite está um enfermeiro sozinho a assegurar o serviço de atendimento de urgência e o serviço de internamento. Isto não é possível continuar mais. Já existem enfermeiros formados disponíveis para trabalhar", salientou o presidente da direção regional dos Açores do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Segundo Francisco Branco, as Unidades de Saúde de ilhas como Flores, Santa Maria ou Graciosa "não têm ainda o número de enfermeiros suficientes que permita prestar cuidados com segurança", já que o enfermeiro não consegue "tomar conta de 15 doentes internados e simultaneamente vir ao serviço de urgência".

O sindicalista disse não ter um levantamento feito do número de enfermeiros necessários na Região, mas alertou para a situação dos Centros de Saúde das ilhas mais pequenas, já que este ano foi autorizada a contratação de 105 enfermeiros mas os hospitais absorvem a maior parte.

Francisco Branco aproveitou para criticar a forma como os partidos costumam conduzir a discussão em torno do Serviço Regional de Saúde, considerando que tem por base a conquista de votos em vez das reais necessidades dos açorianos.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Assim foi a Festa de Santo Cristo dos Milagres, na freguesia da Fazenda

Desde há séculos que a crença religiosa faz parte das populações, independentemente do credo religioso praticado. Em Portugal, nos Açores e na ilha das Flores são vincadamente crentes na religião católica, bem como as suas práticas.

Desta feita a paróquia da Fazenda realizou a sua festa do padroeiro Santo Cristo, que com todo o rigor e tradição fez as delícias a todos os que ali se deslocaram com a finalidade que só cada um sabe...

A igreja engalanada a rigor, diria mesmo de elevadíssimo requinte e bom gosto, esteve aberta para receber todos os que pretenderam, e foi palco para as cerimónias religiosas que a esta festa estão ligadas, presidida pelo padre José Trigueiro. Ao final da tarde um concerto pela Filarmónica Nossa Senhora dos Remédios, com a qualidade que vem sendo apanágio, para logo depois abrilhantar a procissão que percorreu algumas ruas da freguesia da Fazenda levando consigo inúmeras pessoas que, cada qual a seu modo, viveram cada momento de interiorização e meditação.

Obrigado à Paróquia da Fazenda, aos padres José Trigueiro e José Alcino e ao diácono Luís Alves.

Como vem sendo hábito, Costa Ocidental tenta estar presente no maior número de eventos possível. No fim-de-semana de 1 a 3 de Agosto aconteceram dois eventos de relevância na ilha das Flores: a festa do Cais das Poças sobrepôs-se à festa de Santo Cristo, na freguesia da Fazenda. Dada a impossibilidade de estar nos dois lugares em simultâneo, foram captadas imagens dos dois eventos, no entanto tendo ficado algumas actividades por registar em ambos os casos, mas o elementar e relevante pensamos que foi captado.

Obrigado a todos os que, de uma forma ou de outra, tornaram possíveis estas imagens. Obrigado especial à Luísa Silveira, pela ajuda na produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
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domingo, 5 de outubro de 2014

XV JuveArte leva teatro a quatro ilhas

A décima quinta edição do Festival de Teatro JuveArte realiza-se de 11 a 25 de Outubro, percorrendo quatro ilhas do nosso arquipélago.

O JuveArte é promovido pela Associação de Juventude da Candelária, tendo o intuito de promover o trabalho dos grupos de teatro dos Açores e possibilitar o contacto e a partilha de conhecimentos e experiências com grupos exteriores. A edição deste ano realiza-se na cidade da Horta, Santa Cruz das Flores, Angra do Heroísmo e em Ponta Delgada.

O festival JuveArte 2014 arranca a 11 de Outubro, no Teatro Faialense, na cidade da Horta. No dia 18 de Outubro, Santa Cruz das Flores vai receber o grupo Pedra Mó (da ilha Terceira) com a peça “Violência doméstica, afinal”.

A 24 de Outubro, o Teatro Micaelense recebe o Grupo de Teatro A Jangada com a peça “O Urso”, de Anton Tchekov.


Notícia: «Correio dos Açores» e rádio Atlântida.
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sábado, 4 de outubro de 2014

Regulador recomenda aumento da água

A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA) está a preparar uma recomendação para o aumento das tarifas de água cobradas aos consumidores finais, para que se consiga suportar as despesas dos serviços.

Na apresentação do relatório anual do controlo da água para consumo humano relativo a 2013, o presidente da ERSARA referiu que algumas autarquias açorianas estão a cobrar tarifas de fornecimento “demasiado baixas” para os custos: “Estamos a preparar uma recomendação para apresentar aos nossos parceiros, no sentido de aumentarem as tarifas que cobram aos consumidores finais, de forma a que possam suportar parte das despesas nestes serviços”.

Hugo Pacheco referiu que um eventual aumento no preço da água deverá ter em conta, porém, princípios como o da “acessibilidade” e “sustentabilidade”, além de uma atenção especial às famílias numerosas e carenciadas. O responsável lembrou que a ERSARA apenas poderá fazer recomendações em matéria de tarifas de água, uma vez que essa “é uma competência das autarquias”.

De acordo com a ERSARA, a qualidade da água potável distribuída pelos dezanove concelhos dos Açores é, em geral, de “boa qualidade e boa para o consumo humano”. Hugo Pacheco recordou que, dos 19 concelhos da Região, apenas Lajes das Flores apresentava no ano passado resultados “medianos”, devido à deficiente desinfecção da água. Segundo o responsável, a Câmara Municipal de Lajes das Flores já instalou, em Junho deste ano, um novo sistema automático de desinfecção da água, que, como indicam as análises mais recentes, demonstram que o problema “já está ultrapassado”.

De acordo com os resultados das 21.671 análises à qualidade da água efectuadas nas nove ilhas dos Açores durante o ano de 2013, existiam quatro concelhos que apresentavam um indicador de 100% no parâmetro de “água segura”: Corvo, Santa Cruz das Flores, São Roque do Pico e Angra do Heroísmo. Mais de metade dos concelhos da Região apresentava também um “bom desempenho” em matéria de qualidade da água (superior a 99%) e quatro municípios registavam valores superiores a 98%.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Capturado peixe de águas subtropicais

Investigadores da Universidade dos Açores e da Universidade de Estugarda estão a estudar o aparecimento de um peixe de águas tropicais e subtropicais ao largo da ilha das Flores.

Ainda é cedo para explicar os motivos, mas os investigadores estão a estudar o aparecimento deste peixe de águas tropicais ao largo da ilha das Flores. O peixe com 14,84 kg, cuja espécie ainda não foi identificada, foi capturado na tarde do dia 30 de Julho, numa cavidade de uma baixa da costa da Fajã Grande, a cerca de 10-12 metros de profundidade, pelos caçadores submarinos Pedro Lima e Sílvio Gonçalves.

Nem os caçadores, nem os pescadores da zona conseguiram identificar a espécie, concluindo que se tratava de uma captura inédita. Através de pesquisas na internet foi possível perceber que se tratava de um peixe do género pargo-luciano, mas a espécie em concreto ainda está a ser estudada pelos investigadores João Pedro Barreiros, João Gonçalves e Ronald Fricke, que se preparam para publicar um artigo sobre esta matéria numa revista da especialidade.

Segundo João Pedro Barreiros, há duas hipóteses que podem justificar o aparecimento deste peixe adulto nos mares dos Açores, mas a resposta exige uma monitorização dos investigadores: “Pode ser uma ocorrência esporádica ou pode ser que haja mais indivíduos já instalados”, explicou. É por isso que já foi lançado um apelo aos caçadores submarinos para que estejam atentos ao aparecimento de espécies diferentes.

“Este ano, outro peixe deste género foi apanhado nas Canárias e pouco tempo depois foi capturado este nos Açores”, frisou o investigador. Esta foi a primeira vez que se registou um peixe desta família na Região, mas não é a primeira vez que aparecem espécies de águas tropicais. Ainda assim, segundo João Pedro Barreiros, é especulativo falar de um eventual processo de “tropicalização faunística”. Por isso, é preciso continuar a monitorizar as espécies que existem no mar dos Açores, até para “conhecer melhor a biodiversidade marinha”.


Notícia: jornal «Correio dos Açores» e RDP Antena 1 Açores.
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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Afirmar destino de turismo da natureza

Destacada a importância da realização na ilha das Flores do Encontro Internacional de Canyoning dos Açores para o reforço da Região como destino de turismo da natureza.

O diretor regional do Turismo salientou que o canyoning “é mais um produto que vem enriquecer a oferta turística do arquipélago, onde se proporciona um estreito contato com a natureza, para todos aqueles que têm um espírito aventureiro, permitindo experiências únicas e inesquecíveis num território especial como são as ilhas dos Açores”.

João Bettencourt, que falava domingo na sessão de abertura do Encontro Internacional de Canyoning dos Açores, frisou que o setor do turismo nos Açores “depende da excelência dos seus recursos naturais, onde são desenvolvidas várias atividades económicas, respeitando sempre o princípio do desenvolvimento sustentável”.

O Encontro Internacional de Canyoning dos Açores, organizado em parceria pela Associação de Turismo dos Açores e pela Associação de desportos de aventura Desnível, decorre até 4 de Outubro na ilha das Flores e reúne cerca de 120 participantes de vários países.

O canyoning é uma modalidade em ascensão a nível nacional e internacional, sendo que algumas das ilhas açorianas são consideradas como autênticas mais-valias para a prática da modalidade, sobretudo Flores e São Jorge.


Notícia: «Jornal Diário» e rádio Atlântida.
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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ilha das Flores recebe cinema ao ar livre

Nos próximos dias 8, 9 e 10 de Outubro haverá cinema ao ar livre em três freguesias florentinas.

O projeto “Cinema ao Ar Livre - Açores 2014” surgiu para divulgar de forma gratuita o filme “A Viagem Autonómica”, concretizando desta forma o seu principal desígnio: lembrar e ensinar o que é a Autonomia dos Açores a todos os açorianos (e não só).

O cinema ao ar livre era uma prática muito frequente em todas as ilhas até meados da década de 1970. Este projeto não só recupera esta prática como introduz uma nova forma de animação cultural e turística em 50 locais das 9 ilhas dos Açores.

O filme “A Viagem Autonómica”, produzido e realizado por Filipe Tavares, mostra-nos um jovem açoriano de mochila às costas que na sua vespa percorre as nove ilhas açorianas em procura das origens da Autonomia, transformando a sua viagem numa aventura e num roteiro geográfico sobre os Açores.

Na próxima quarta-feira (dia 8) será exibido o filme “A Viagem Autonómica” na praceta Roberto Mesquita, em Santa Cruz. No dia 9 a sessão de cinema ao ar livre ocorrerá no exterior do edifício antigo da Escola primária das Lajes, e no dia 10 no exterior da Casa do Povo da Fajã Grande.

Todas as projeções deste cinema ao ar livre estão marcadas para as 22 horas e são de entrada gratuita.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!