quinta-feira, 31 de março de 2011

Santa Cruz esteve presente na BTL'11

O Município de Santa Cruz das Flores, na continuidade da política de anos anteriores, esteve representado na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), integrando a Associação Regional de Turismo pela primeira vez.

Para além de diversas brochuras e do guia turístico que foram distribuídos, houve provas de produtos florentinos muito apreciados por parte de todos os anónimos que nos visitaram, bem como de agentes turísticos, demonstrando também muito interesse e curiosidade em conhecer e aprofundar informações relativas à nossa ilha.


Notícia: sítio da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Nuvem radioactiva japonesa nos Açores

Os níveis de radiação detectados até agora não comprometem, no imediato, a saúde humana.

Esta nuvem é proveniente de fugas radioactivas das centrais nucleares no Japão.

Félix Rodrigues, perito em poluição da Universidade dos Açores, declarou esta manhã à [rádio] Antena 1 Açores que não há razões para alarme. "Estamos a detectar gás, Xenon 133, os gases são os primeiros a chegar. Têm um ciclo de vída que os deve levar a desaparecer num mês. Não creio que deva haver qualquer nível de preocupação, é uma radiação com níveis comparáveis aos emitidos pelas rochas ou pelo solo, são níveis muito residuais, não têm qualquer significado em termos de saúde pública".

Félix Rodrigues vai continuar a analisar as concentrações radioactivas nos céus das ilhas, provenientes do Japão.


Notícia: RDP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

Governo Regional contratualizou a elaboração do Inventário do Património Baleeiro dos Açores

A Presidência do Governo [Regional], através da Direcção Regional da Cultura, contratualizou com o Observatório do Mar dos Açores (OMA) a elaboração do Inventário do Património Baleeiro dos Açores.

Com sede da Fábrica da Baleia de Porto Pim, na Horta, o OMA é uma associação técnica, científica e cultural, sem fins lucrativos, que foi criada em 2002 por 23 sócios fundadores ligados ao Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.

Nos termos de um contrato de cooperação técnica e financeira publicado em Jornal Oficial, o Governo [Regional] compromete-se a atribuir ao OMA um subsídio de 29 mil euros pelo fornecimento do Inventário do Património Baleeiro dos Açores, bem como pela cedência dos direitos de autor desse levantamento. Em contrapartida, o OMA fornecerá o Inventário do Património Baleeiro Imóvel dos Açores, “constituído por uma base de dados e um banco de imagens”.

A inventariação contratualizada deverá abranger varadouros, rampas de varagem/alagem de cachalotes, pátios de desmancho e esquartejamento de cachalotes, casas de botes, áreas de derretimento de “baleias” a fogo directo, fábricas de processamento de cachalotes, vigias de baleia e vestígios arqueológicos de locais de encalhamento de cachalotes nos portos e estações baleeiras artesanais. De todos os bens imóveis e sítios inventariados deverão constar, entre outros elementos de identificação, a localização e mapeação, proposta de datação/contexto temporal de edificação, caracterização do seu contexto histórico, descrição, referências bibliográficas e imagens.


Notícia: rádio Atlântida e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

sábado, 26 de março de 2011

Atenção: a hora muda neste domingo!

A chamada “hora de Verão”, que coincide no arquipélago com o tempo universal coordenado (UTC), entra em vigor no próximo domingo [amanhã], dia 27.

A mudança da hora efectua-se adiantando os relógios 60 minutos às zero horas de domingo. O regime da “hora de Verão” vigorará nos Açores até ao último domingo de Outubro próximo.

Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 25 de março de 2011

VI Censo de Milhafres nos Açores

Envolver os cidadãos numa campanha de protecção e conservação dos milhafres dos Açores de uma forma lúdica é o objectivo do VI Censo de Milhafres, organizado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), e que irá decorrer já este fim-de-semana.

Organizado desde 2006, o Censo de Milhafres é um método simples e prático de observação e registo de uma das espécies de aves mais comuns no arquipélago e que permite aos cidadãos serem “cientistas” por um dia. Carla Veríssimo, da SPEA adianta que esta iniciativa pretende obter mais dados e informações sobre os comportamentos dos milhafres nos Açores.

O VI Censo Milhafres é uma iniciativa que conta com a colaboração voluntária dos cidadãos, uma vez que “não necessita de ter conhecimentos muito específicos”. Os voluntários que queiram participar nesta campanha terão que levar uma ficha do Censo disponível no site da SPEA, escolher um percurso e registar os quilómetros de observação. Desde 2006, esta iniciativa já permitiu observar cerca de 2.100 milhafres nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

O Censo de Milhafres 2011 decorre neste sábado [amanhã] e domingo em sete ilhas açorianas, já que não existem registos desta espécie nas ilhas das Flores e Corvo.


Notícia: rádio Atlântida e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Criação do Parque Marinho dos Açores

Depois da criação dos parques naturais de ilha, o Governo [Regional] vai agora criar o Parque Marinho dos Açores. O Parque abrange uma vasta zona que começa a partir as 12 milhas de cada ilha e que vai muito para lá das 200 milhas.

O mais complicado será fiscalizar toda esta área marinha. O Governo [Regional] dos Açores quer gerir uma vasta zona marítima que até agora pertencia a águas internacionais. Até às 12 milhas da costa, as zonas marinhas à volta dos Açores já pertencem à jurisdição dos parques naturais de ilha. Mas para lá do que a vista alcança, vai nascer o futuro Parque Marinho dos Açores, explicou à [rádio] Antena 1 Açores, Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar.

O Parque Marinho inclui 11 áreas marinhas protegidas, desde o banco de pesca D. João de Castro, até aos montes submarinos Lucky Strike, Menez Gwen e Raibon. Nestas áreas, a actividade da pesca passa a estar condicionada, e até a investigação científica fica sujeita a regras. A intenção é preservar todos estes locais, embora a fiscalização continue a ser o "calcanhar de Aquiles". A proposta do Governo [Regional] já deu entrada no Parlamento e será agora submetida à apreciação dos deputados.


Notícia: RDP/Antena 1 Açores e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Voluntariado em quintas ecológicas

Há um programa de voluntariado chamado WWOOF que junta trabalho em quintas biológicas e pessoas de todas as nacionalidades. A sigla parece complicada mas uma rápida tradução diz-nos que são oportunidades em quintas biológicas por todo o Mundo.

Os proprietários das quintas oferecem cama e comida na mesa. Quem chega trabalha na quinta e aprende mais sobre agricultura biológica. Estas quintas existem por todo o mundo, e estão sempre dispostas a receber voluntários de qualquer nacionalidade. Nos Açores existem 3 destas quintas.

Pode funcionar como uma forma de viajar mais barata, mas em geral, é uma filosofia de vida. Começou na Inglaterra nos anos 70 e expandiu-se por todo o mundo. Assenta numa troca: o voluntário oferece trabalho numa quinta biológica e recebe estadia, alimentação e experiências autênticas.

Rodrigo Rocha coordenador da wwoof Portugal diz que, todos os anos, passam pelo país cerca de 1.500 voluntários que se espalham por 103 quintas. 3 destas são nos Açores: São Miguel, Santa Maria e Flores. Mas a tendência é para crescer.

Há quintas para todos os gostos. É só escolher. Experiências rurais por 3 meses, 6 meses, por um ano, onde todos ajudam neste regresso às origens.


Notícia: RDP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 22 de março de 2011

Mar açoriano: a fome e a lixeira

Em Abril de 2010 publicou o semanário «Tribuna das Ilhas» um artigo da minha autoria intitulado “A Pesca do Chicharro”, no qual alertava para o elevado número de licenças de pesca com redes de argola passadas para barcos da ilha de São Miguel que fazem a pesca do chicharro. Passado um ano, o peixe continua a ir para lixeira e os pescadores, que normalmente fazem esta pesca, a ganhar soldadas miseráveis!

Os Açores beneficiam-se de situação geográfica privilegiada relativamente a muitas outras paragens, pese embora o facto de, nos últimos anos, os Invernos serem bastante rigorosos e, por consequência, os pescadores ficarem por longos períodos sem poder sair para o mar. Claro, quando o tempo permite, todos procuram pescar o máximo possível e então a oferta (no caso chicharro) é muito superior ao consumo. Descem substancialmente os preços na Lota e há mesmo peixe que não consegue ser vendido, tendo como destino a lixeira.

Actualmente vivemos nos meandros de uma crise que uns poucos criaram e que muitos, a grande maioria, está pagando os respectivos custos. Algumas das entidades que praticam a caridade (Cáritas, Cozinha Económica, etc.) quase já não conseguem dar resposta a tantas e tantas solicitações. Hoje não são só os que “tradicionalmente” eram considerados pobres, muitos mais vieram e engrossaram a fileira. Também não há professor que não conheça na respectiva escola casos de crianças com fome. Será que alguém entende que nestas nossas lindas ilhas se passe fome? E cada vez há mais fome! Diga-se o que se disser mas “alimentar” de peixe a lixeira enquanto se passa fome é, no mínimo, um atentado à nossa dignidade!

As licenças para redes de cerco, os subsídios atribuídos para compra e apetrechamento das embarcações que operam com este tipo de aparelho, que à partida podia ser considerada uma boa medida de gestão, só não foi uma vez que tais licenças e subsídios foram dadas indiscriminadamente, mais uma vez não foi tido em conta (a existir) qualquer parecer científico ou estudo económico. Aliás, esta parece ser prática recorrente por parte dos responsáveis por tão importante sector da nossa economia – as Pescas. Veja-se o caso das licenças de pesca para demersais passadas pelas entidades regionais com competência na matéria a embarcações que operam no Mar dos Açores com companhias exteriores à Região (espanhóis, peruanos e outros) e que continuam a delapidar o pouco que nos resta, contribuindo decididamente para mais falências dos pequenos armadores.

Não é tornando os pescadores subsídiodependentes, nem com medidas que estão contribuindo para falências que se dignifica tão importante e imprescindível profissão, que já viveu melhores dias por incrível que pareça. Algo está errado e só quem não quer não entende!


Genuíno Madruga

Artigo de opinião originalmente publicado no «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Na rota do iatismo internacional

Os Açores vão passar a ter 1.860 lugares de amarração nas marinas e núcleos de recreio náutico após a construção do Núcleo de Recreio Náutico das Lajes das Flores.

Segundo o GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores], este número de lugares vai contribuir para “transformar os Açores num lugar privilegiado de atracção do iatismo internacional, dada a sua ímpar localização geográfica”, segundo afirmou o director regional dos Transportes Aéreos e Marítimos, Nuno Domingues.

O governante [regional] realizou uma visita às obras de construção do Núcleo de Recreio Náutico das Flores, que vai ter 17 postos de acostagem para embarcações menores de 6 metros; 25 postos para embarcações com comprimentos entre os 6 e os 8 metros e três postos para embarcações com comprimentos entre os 8 e os 10 metros, além de um cais de recepção com 20 metros de comprimento.

O cais aderente ao molhe de protecção, com 55 metros, permitirá a acostagem de embarcações com mais de 10 metros de comprimento.


Notícia: «Açoriano Oriental».
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sexta-feira, 18 de março de 2011

Encontrados destroços de barco na zona onde ontem desapareceu um pesqueiro

Foram descobertos «destroços não identificados» a cerca de duas milhas da posição onde se encontrava um barco que desapareceu nos Açores há mais de 24 horas.

A Marinha descobriu «destroços não identificados» durante as buscas de um pesqueiro português que está desaparecido nos Açores há mais de 24 horas e cujo último contacto foi feito a partir de um ponto localizado a 275 quilómetros a noroeste da ilha das Flores.

Em declarações à [rádio] TSF, o porta-voz da Marinha confirmou que estes destroços, semelhantes à «anteparas de um navio», foram «recolhidos por uma outra embarcação de pesca que está na zona e que está a colaborar nas buscas».

«Estes destroços foram localizados a cerca de duas milhas da última posição conhecida da embarcação. Não gostamos de especular. São destroços não identificados», acrescentou Santos Fernandes, que adiantou que as buscas vão continuar durante a noite.

Santos Fernandes acrescentou ainda que a «corveta Jacinto Cândido tem hora estimada de chegada à zona às 9 horas e aguardamos ainda a confirmação da cobertura do acto nocturno por parte de uma aeronave».


Notícia: rádio TSF e «Jornal de Notícias».
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quinta-feira, 17 de março de 2011

SATA consultou autarquias açorianas sobre horários dos voos para o Verão

A SATA decidiu inaugurar este ano uma nova forma de relacionamento com as autarquias [açorianas]. A companhia aérea açoriana remeteu esta semana aos municípios a proposta de horário de Verão IATA, antes de o publicar oficialmente.

Uma forma de evitar os habituais protestos que alguns autarcas faziam, depois de conhecerem os horários dos voos. Durante anos foi assim. Sempre que eram conhecidos os horários de Verão da SATA, sobretudo nas ligações inter-ilhas, logo surgiam vozes a contestar. Ou porque não havia voo aos sábados ou domingos para determinada ilha, ou porque a hora de um voo não permitia a ligação a uma outra viagem para Lisboa.

Para acabar com as habituais queixas dos autarcas, a companhia aérea decidiu, este ano, alterar esse procedimento, enviou uma proposta de horário de Verão às autarquias, e só posteriormente vai publicar o horário definitivo. O objectivo, é que os presidentes das Câmaras Municipais, sobretudo das ilhas mais pequenas, possam pronunciar-se sobre o horários das viagens inter-ilhas e, eventualmente, proporem alterações.

Este novo procedimento da SATA obriga, por outro lado, a companhia aérea a antecipar a programação do horário de Verão, muito procurado pelos operadores turísticos e, naturalmente também, por aqueles que pretendem viajar inter-ilhas, sobretudo, por altura das principais festas de Verão.


Notícia: Antena 1 Açores, «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
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terça-feira, 15 de março de 2011

Cadernos eleitorais desactualizados

Há ideia de que o número de eleitores inscritos nos Açores, superior a 221 mil pessoas, não é real. Esse número poderá estar empolado por não existir uma actualização dos cadernos eleitorais.

Pode ajudar na actualização dos cadernos eleitorais nos Açores, a decisão do Governo da República de extinguir o cartão de eleitor e de o substituir pelo número do cartão de cidadão. Pode ajudar, mas já não virá a tempo das Eleições Legislativas Regionais de 2012.

Os números dos Açores podem não ser correctos. Segundo a Comissão Nacional de Eleições existem mais de 221 mil e 600 eleitores no arquipélago, quando na realidade o número deverá ser inferior. Por isso os números da abstenção no arquipélago são sempre muitos elevados.

A ser aprovada, a proposta do Governo da República só entrará em vigor a 1 de Janeiro de 2013. Até lá os açorianos serão chamados às urnas nas Legislativas Regionais do próximo ano. Mas ainda com cadernos desactualizados.


Notícia: RDP/Antena 1 Açores e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Passados 3 meses a Fajãzinha continua sem soluções à vista e muitos moradores estão bastante descontentes

Já passaram três meses desde o fatídico dia 3 de Dezembro. Nesse dia a pequena freguesia e população da Fajãzinha era assolada por fortes derrocadas que num ápice devastaram casas, garagens, infra-estruturas públicas e até automóveis. Depois de um pronto-socorro muito eficaz e aplaudido por todos, em geral, os cerca de 72 habitantes desta freguesia não se encontram contentes com o actual cenário da Fajãzinha.

É que à memória salta a frase de Álamo Meneses, secretário regional do Ambiente, que na altura das derrocadas afirmou aos populares que durante os próximos 6 ou 7 meses provavelmente não se iria vislumbrar um trabalho de campo porque se iria entrar numa fase de análise e elaboração de projectos de engenharia e arquitectura.

Uma coisa é certa, contactando a grande maioria dos populares, a reportagem do «Diário dos Açores» deu conta que parados estes habitantes não querem ver os trabalhos de recuperação e reestruturação das vias, acessos da freguesia, realojamento dos populares afectados, etc.

A olho nu é visível uma vala aberta rasgando o meio da freguesia que claramente poderia, já há algum tempo, ter sido devidamente fechada. O “tanque”, terrenos húmidos que se situam logo abaixo do centro da freguesia eram, até ao dia 3 de Dezembro, passagem de uma pequena ribeira. Agora tanto os proprietários como a demais população teme que aquela zona se estabeleça num local sem qualquer uso.

E na zona dos “Rolos” até já há quem queira tornar aquele que é o aglomerar de águas em pastagens numa lagoa, a “Lagoa do Rolo” como é designada por algumas pessoas. Pois os populares além de não estarem virados para um eventual novo local de turismo, mais se interessam que os vários desvios de água que percorrem toda a freguesia voltem ao normal. Normalidade é um conceito que aqueles que estão, nesta altura, desalojados das suas casas gostariam que fosse restabelecida.

E a Central de aproveitamento hidroeléctrico da Ribeira Grande continua a ser uma preocupação para esta pequena população. De uma vista de “presépio”, um vale absolutamente paisagístico, a população da Fajãzinha encontra agora diversas preocupações que teimam em piorar e não remediar aquilo que a Natureza degradou no dia 3 de Dezembro.

Ao que o «Diário dos Açores» conseguiu apurar um abaixo-assinado está também a circular nesta freguesia, uma vez que a EDA pretende fazer a passagem de uma ramal de média-tensão por entre as casas desta freguesia, outra situação que toda a população lamenta caso venha a suceder-se.

Uma coisa é certa, a vontade destes cerca de 70 habitantes é ver a sua freguesia numa situação que se assemelhe ao máximo aquilo que era antes das fortes derrocadas. A participação de Pedro Pauleta num encontro de futebol e jantar agendados para o final de Março na ilha das Flores parecem ser um marco importante para a Fajãzinha uma vez que será mais uma oportunidade para que estes casos que indagam a população possam chegar aos ouvidos daqueles que tutelam as pastas executivas.


Notícia: «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

domingo, 13 de março de 2011

Juntas de freguesia querem ser ouvidas antes da reorganização administrativa

Os 227 eleitos das Juntas de Freguesia dos Açores reunidos no I Encontro Regional recomendaram [ontem] que “a extinção, fusão ou agregação de freguesias decorrente da reorganização administrativa não se faça de cima para baixo”.

No final dos trabalhos que decorreram durante dois dias em Angra do Heroísmo, os eleitos locais pretendem que qualquer reorganização [administrativa] “deve considerar a consulta dos órgãos e populações envolvidas”, lê-se nas conclusões do encontro. O documento final refere ainda que “a reorganização administrativa só tem de seguir o caminho do aperfeiçoamento do modelo actual” para permitir às freguesias “os meios, instrumentos e financiamentos para realizarem a missão específica de cada uma”.

Os autarcas [de freguesia] açorianos defendem ainda que o reforço das verbas do Fundo de Financiamento das Freguesias seja feito “com a aplicação de uma majoração à semelhança do que tem sido feito para com os municípios açorianos”. Decorrente da abertura manifestada pelo vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, para “colaborar numa alteração legislativa que reforce os mecanismos e áreas de cooperação”, os autarcas vão “propor ao Governo a criação dessa legislação”. Pretendem manter a participação dos presidentes de Juntas de freguesia nas Assembleias Municipais por inerência, de acordo com a Constituição da República, bem como defendem transformar em definitivas as competências até agora delegadas pelos municípios.

No I Encontro Regional das Freguesias dos Açores, participaram mais de duas centenas de autarcas das 154 freguesias açorianas que debateram, entre outros temas, a Lei Eleitoral, Reorganização Administrativa e Novas Competências.


Notícia: «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

sábado, 12 de março de 2011

«Brumas e Escarpas» #17

O ciclo do milho na Fajã Grande, nos anos 50

Parte IX – Pendurar no estaleiro

Era nos estaleiros que se guardava o milho, quer os cambulhões em que as maçarocas tinham a casca quer as cambulhadas em que as maçarocas eram encambulhadas descascadas. O milho ali ficava a secar desde o dia da apanha até à altura em que fosse necessário levá-lo para o moinho, a fim de o transformar em farinha.

Construídos sempre muito perto das casas, geralmente num quintal, numa courela ou até no curral das galinhas, os estaleiros na Fajã Grande tinham quatro formas diferentes. Uns, os maiores que eram também os mais comuns e usuais, tinham a forma de um telhado de casa acentuadamente inclinado, assente sobre grossos barrotes de madeira, as faces laterais constituídas por tiras ou “taliscas” de madeira, paralelas umas às outras, em forma de grade e pregadas aos paus das arestas e a outros que as subdividiam em duas ou três partes. Era nesta tiras que se penduravam com arte e sabedoria os cambulhões cujas maçarocas tinham casca, e que ficavam de tal maneira expostos de maneira que a chuva não penetrasse e atingisse as maçarocas e os ventos ciclónicos do Inverno não levassem o próprio milho pelos ares. Apenas as faces das cabeceiras e a da base não tinham tiras pelo que ficavam abertas a fim de que o ar circulasse por entre as espigas e estas não deteriorassem ou apodrecessem. No interior também eram pregadas tiras paralelas à base onde se penduravam as cambulhadas, ou seja o milho descascado. A armação destes estaleiros assentava em quatro ou seis pés, todos de alvenaria caiada e muito lisos a fim de evitar a subida dos ratos.

Havia outros estaleiros muito semelhantes a estes no tamanho mas em forma de cubo, assente em cima de quatro pés, semelhantes aos outros. Os cambulhões com casca eram pendurados nas quatro faces laterais, ficando abertas, para entrada do ar, a base e a parte superior. Estes estaleiros eram raros.

Outro tipo de estaleiros, mais simples e mais pequenos eram os formados apenas por quatro paus. Estes eram enfiados na terra, equidistantes uns dos outros mas de tal maneira inclinados que se juntavam na parte superior sendo então amarrados com um forte arame, formando uma espécie de pirâmide cujas faces também eram cravejadas de tiras paralelas, nas quais eram pendurados os cambulhões, quer com casca quer sem casca. A protecção contra os ratos obtinha-se através da colocação de umas folhas de lata no cimo dos pés. Estes estaleiros eram de construção esporádica e normalmente eram construídos quando o milho não cabia no estaleiro principal.

Finalmente e construídos pelas pessoas que tinham pouco milho, havia uns estaleiros muito mais simples e constituídos por quatro ou cinco paus paralelos uns aos outros e nos quais se pregavam as ripas, formando uma espécie de grade que se encostava geralmente às empenas das casas e onde se penduravam os cambulhões.

Pendurar o milho nos estaleiros era uma arte e exigia sabedoria e experiência. Os cambulhões começavam a pendurar-se de baixo para cima, umas maçarocas ficavam viradas para fora e outras para dentro, formando uma espécie de cobertura de telhado até chegar à trolha, ou seja, aresta oposta a base e que tinha que ser muito bem coberta, sendo para tal elaborados uns cambulhões maiores.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cagarro é a Ave do Ano em 2011

O cagarro foi escolhido como a Ave do Ano em Portugal pela Sociedade Portuguesa para o estudo das Aves (SPEA), revela nota enviada à imprensa.

O cagarro, também conhecido por cagarra ou pardela-de-bico-amarelo, é uma ave marinha que nidifica no Continente, Açores e Madeira, regressando nesta época do ano aos seus territórios de reprodução, depois de uma longa viagem pelo Atlântico Sul. É uma ave marinha pelágica, o que significa que apenas vem a terra para nidificar, sobretudo em ilhas e ilhéus. O cagarro, com estatuto vulnerável segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, tem 75% da sua população mundial nos Açores.

Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Governo Regional admite vir a dar ajuda à comunicação social regional privada

Devido às acentuadas dificuldades por que o sector passa, o Governo Regional admite apoiar a comunicação social açoriana, ainda que não se saiba que medidas serão tomadas neste âmbito.

Uma das medidas que o Governo Regional dos Açores está a equacionar para apoiar as empresas privadas da comunicação social nos Açores é o lançamento de campanhas publicitárias regulares.

O executivo regional anunciou, na sexta-feira [passada, dia 4], a aprovação de uma “orientação” tendo em vista a criação de instrumentos de apoio à comunicação social privada nos Açores, na sequência da actual crise que atinge o sector no arquipélago.

Apesar de ainda não terem sido divulgadas medidas concretas, o comunicado final do Conselho de Governo [Regional] adianta que abrangerão o “auxílio à manutenção de postos de trabalho” e apoios nos “custos de funcionamento das empresas”, nomeadamente no que se refere a comunicações e energia. O “fomento de campanhas publicitárias regulares de interesse público, em simultâneo, em todos os órgãos de comunicação social privados da Região” é outra das medidas adiantadas no documento.

A intenção de promover estes apoios surge na sequência da ronda de contactos que o secretário regional da Presidência, André Bradford, manteve com todas as empresas privadas de comunicação social dos Açores.


Notícia: «Jornal Diário», «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 8 de março de 2011

Faltam-nos vigilantes da natureza

Portugal tem 230 vigilantes da natureza no Continente e Regiões Autónomas, mas precisa de mais 500 [vigilantes] para fazer face às necessidades do território, disse o presidente da associação de profissionais do sector.

"É difícil fazer um trabalho sério com tão pouca gente", afirmou Francisco Correia, no final do XVI Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza, que reuniu no Parque Biológico de Gaia cerca de 60 profissionais. "Se compararmos com o que existe em Espanha, segundo dados do ano passado havia seis mil vigilantes da natureza. Assim se vê como os Governos olham para o ambiente. Em Portugal, olha-se muito mal", salientou.

Francisco Correia realçou que o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade tem apenas 121 vigilantes, estando os restantes ao serviço das comissões de coordenação regional, das regiões autónomas e das administrações regionais hidrográficas.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, só no arquipélago da Madeira é que existe um número "equilibrado" de vigilantes da natureza (35, mais quatro em admissão), o que já não acontece nos Açores (cerca de 30 para as nove ilhas).

"Nas Regiões Autónomas, os vigilantes da natureza têm uniformes condignos. No Continente, o uniforme nunca está completo", afirmou, acrescentando que também há falhas no equipamento, nomeadamente viaturas e barcos.


Notícia: RTP/Antena 1 Açores e «Jornal Diário».
Relembre-se uma notícia de Maio de 2009: "Governo Regional admite recrutar mais vigilantes da natureza (se necessário)".

Saudações florentinas!!

domingo, 6 de março de 2011

Metade dos presidentes estão fora da corrida às Câmaras Municipais em 2013

Presidentes de Câmara [por lei] impedidos de concorrer em 2013 poderão sair mais cedo. Mapa político [autárquico] vai mudar.

São mais de metade os [actuais] presidentes de Câmara Municipal que, por força da limitação de mandatos, não podem [re]candidatar-se em 2013. Nos bastidores, prevê-se que a saída precoce comece a repetir-se entre os 158 autarcas em causa. É uma alteração significativa no mapa político [autárquico].

Dos [actuais] 308 presidentes de Câmara Municipal, 160 candidataram-se pelo menos três vezes consecutivas. Ficaram, assim, impedidos de concorrer nas próximas eleições [autárquicas em 2013], por força da lei de limitação de mandatos.

Nos Açores existem 5 casos desses impedimentos legais: José Carlos Carreiro (no Nordeste), Berta Cabral (em Ponta Delgada), Jorge Rodrigues (na Madalena) e... João Lourenço (nas Lajes das Flores) e Manuel Pereira (em Santa Cruz das Flores).


Notícia: «Jornal de Notícias».
Saudações florentinas!!

sábado, 5 de março de 2011

Descobertos monumentos funerários que podem ter mais de dois mil anos

Dezenas de hipogeus (estruturas escavadas na rocha usadas no Mediterrâneo como sepulturas) foram descobertos nas ilhas do Corvo e da Terceira. Estes monumentos poderão ter dois mil anos, o que poderá indicar a presença de outros povos nas ilhas anterior à dos portugueses.

Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), Nuno Ribeiro, existem dezenas de hipogeus no Corvo, estando todos à vista. Aparentemente, tratam-se de monumentos muito antigos, situados em zonas onde não houve agricultura. Na Terceira surgiram vários vestígios das estruturas em causa; no entanto, não houve quaisquer trabalhos arqueológicos no local. Há também indicações de que possam existir hipogeus na ilha das Flores.

Os monumentos em causa foram encontrados nestes dois locais [ilhas do Corvo e da Terceira] durante um passeio que o arqueólogo Nuno Ribeiro efectuou em Agosto de 2010. O presidente da APIA admite que as estruturas possam ter mais de dois mil anos, mas salientou que a datação desses monumentos "terá de ser fundamentada e averiguada". O arqueólogo acrescentou a importância destes monumentos, observando que, a comprovar-se a antiguidade dos hipogeus, "é possível que a ocupação das ilhas tenha sido anterior à presença portuguesa".


Notícia: «Correio da Manhã», rádio Atlântida e semanário «Sol».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Lei da rolha chega às escolas açorianas

Uma nota do novo assessor da Secretária Regional da Educação para a Comunicação Social, pretende condicionar a comunicação das escolas com os jornalistas de rádios, televisão e jornais.

Em nota enviada aos conselhos executivos de estabelecimentos escolares de toda a Região, o novo assessor para a Comunicação Social da Secretaria Regional da Educação faz saber que deve ser contactado "sempre" e "antes" que os dirigentes das escolas prestem declarações à comunicação social.


Notícia: RDP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Pólo Local de Prevenção e Combate à Violência Doméstica na ilha das Flores

À semelhança do que aconteceu nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge e Pico, a ilha das Flores vai ter um Pólo Local de Prevenção e Combate à Violência Doméstica, que tem como objectivo assegurar uma resposta imediata de suporte às vítimas, numa lógica de co-responsabilização de todas as entidades intervenientes nas diferentes dimensões do fenómeno da violência doméstica.

Recolher informação que permita produzir diagnósticos de caracterização local das situações de violência doméstica, identificar e qualificar os principais problemas existentes e promover soluções adequadas às problemáticas aferidas, são outros dos objectivos destes novos instrumentos de apoio, que congregam entidades públicas e privadas locais com intervenção directa e indirecta na problemática.

A iniciativa insere-se no âmbito do Plano Regional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica, o qual prevê a criação de respostas organizadas em rede, ao nível de ilha ou de concelho, particularmente nas ilhas onde ainda não existem respostas especializadas para esta problemática.


Notícia: rádio Atlântida, «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 1 de março de 2011

Eco Freguesia com recorde de inscrições

Depois do sucesso em 2010, este ano candidataram-se 122 Juntas de Freguesia açorianas, mais dez que no ano passado, abrangendo novamente as nove ilhas da Região Autónoma dos Açores.

As actividades do concurso "Eco Freguesia, freguesia limpa 2011" tiveram início a 14 de Janeiro com a abertura das inscrições e terminam a 30 de Setembro com a avaliação dos trabalhos efectuados. Esta é a segunda edição do concurso que, no ano de 2010, premiou 71 autarquias nos Açores.

O concurso "Eco Freguesia, freguesia limpa" tem como objectivos principais reconhecer e distinguir os esforços das Juntas de Freguesia nas áreas de limpeza, a sua capacidade de dinamizar acções participativas e abrangentes, que incluam a generalidade dos cidadãos interessados, e a eficiência na remoção e no encaminhamento para destino final dos resíduos abandonados que se encontram no seu território. O concurso "Eco Feguesia, freguesia limpa" premeia o bom desempenho dos cidadãos e das entidades intervenientes.

Até ao próximo dia 12 de Março, decorrerá a primeira visita de avaliação por parte do Júri. Esta visita às freguesias inscritas servirá para avaliar a situação de referência e delinear duas estratégias: uma adequada à limpeza e outra adequada à sensibilização ambiental. A Junta de freguesia poderá utilizar estas estratégias ou, livremente, encontrar caminhos alternativos para cumprir os objectivos estabelecidos.

Para além da ilha do Corvo que apenas tem uma unidade administrativa, também as freguesias das ilhas Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores aderiram na totalidade ao concurso. As ilhas Terceira (73%), São Miguel (64%) e Santa Maria (40%) seguem-se em termos de adesão.


Notícia: «Jornal Diário», rádio Atlântida e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!