sábado, 31 de maio de 2014

«Põe-te a Pau» com Gabriela Silva


A Tia Maria do Nordeste entrevistou a florentina Gabriela Silva. Este programa foi transmitido pela RTP Açores na passada segunda-feira (dia 26), sendo repetido hoje (sábado) às 20h40.

«Põe-te a Pau» é a Tia Maria do Nordeste a entrevistar e "inquietar" conhecidas figuras públicas das ilhas. A Tia Maria coloca de viva voz e sem rodeios as grandes questões do momento que o "povo" sente e só diz "à boca fechada". É um programa irreverente e desconcertante que coloca em cima da mesa, com a pertinência ajustada, os "pontos nos is".


Vídeo: programa «Põe-te a Pau» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Avaria em segmento do cabo de fibra óptica mas não afectou comunicações

O cabo de fibra óptica que liga o Faial às Flores está avariado e não pode ser utilizado. A empresa responsável pela instalação do cabo já ordenou o regresso aos Açores do navio que efectuou a operação em Outubro do ano passado. Apesar da avaria, as ligações por fibra óptica continuam a ser efectuadas através da ligação ao Corvo e à Graciosa.

A empresa FibroGlobal concluiu a ligação do cabo de fibra óptica às Flores e ao Corvo em meados de Outubro do ano passado. Na altura, o navio especializado neste tipo de operação lançou o cabo em três segmentos diferentes: um primeiro segmento que ligou a Graciosa ao Corvo, um segundo entre o Corvo e as Flores, e um terceiro segmento que ligou as Flores ao Faial.

É esta última ligação - que concluiu o anel de fibra óptica entre todas as ilhas dos Açores - que está agora avariada. Os serviços suportados por este segmento continuam operacionais porque a ligação às outras ilhas permite manter o serviço. De qualquer forma, a empresa diz ter acionado imediatamente os mecanismos para reparar a avaria.

A caminho dos Açores já se encontra o navio que lançou o cabo, no sentido de repor as ligações de fibra óptica. O navio Peter Faber deverá chegar a Ponta Delgada no início da próxima semana, seguindo depois para o Faial. A FibroGlobal adianta também que o local da avaria já foi detectado e estima que a reparação não demore mais do que sete dias.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores, edição de ontem (29 de Maio).
Saudações florentinas!!

Piscina aquecida do Município das Lajes teve obras pagas mas nunca realizadas

A Câmara Municipal das Lajes adjudicou à empresa ProjectAngra uma análise às condições de execução das obras de ampliação do Pavilhão Gimnodesportivo com a construção de uma piscina aquecida coberta, considerando o facto de a obra estar parada há algum tempo e a necessidade de resolver a situação com o empreiteiro, de modo a concluir-se este processo em tempo útil, uma vez que esta é uma obra financiada pelo programa ProConvergência, o qual obriga ao cumprimento de prazos definidos.

Daquela análise técnica resultaram apurados pagamentos ao empreiteiro referentes a trabalhos que porém não se encontram realizados, em valor superior a meio milhão de euros. Neste sentido a Câmara Municipal das Lajes, face ao estado actual da obra e ao sucedido, deliberou na passada reunião do dia 22 de Maio notificar o empreiteiro da intenção de resolução-sanção do contrato, bem como dar conhecimento daquele relatório técnico, entre outras entidades, à unidade de gestão do ProConvergência e à tutela.

A situação em causa representará um impacto financeiro de grandes proporções negativas para a autarquia, que poderá implicar graves penalizações para a Câmara Municipal das Lajes, nomeadamente a eventual necessidade de devolução dos montantes recebidos do ProConvergência, que poderão ascender a valores na ordem dos seiscentos mil euros.

Esta situação poderá agravar de forma considerável a já de si difícil situação financeira que o Município das Lajes atravessa e que o actual executivo autárquico veio encontrar quando iniciou este mandato na edilidade.

Logo que a Câmara Municipal das Lajes receba do empreiteiro as explicações devidas, tomará uma decisão final sobre o assunto e disponibilizará então à população toda a documentação associada a este processo, por ser pública, para consulta na página eletrónica do município e nas instalações da Câmara Municipal.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Feira no antigo Mercado de Santa Cruz

Ao longo da História sempre foram registados momentos de crise, de instabilidade na sociedade humana em especial, mas também na vida animal e vegetal, aliás estão quase sempre interligadas. Em tempo de crise o ser humano tenta dar a volta à situação e para tal usa certos meios, uns mais aconselhados que outros, para ultrapassar as situações.

Na ilha das Flores acontecem as mesmas coisas que em terras grandes e bem no centro do Mundo da dita “civilização”. Assim sendo, por cá também são criadas alternativas para ultrapassar essas situações que por esta altura dão pelo nome (aliás muito em voga) CRISE.

A autarquia da vila de Santa Cruz tomou a iniciativa de proporcionar um espaço onde as pessoas podem, uma vez por mês, expor produtos para venda e assim, com mais ou menos sorte, serem os lucros canalizados como ajuda no orçamento familiar. Nesta feira/mercado é possível encontrar a mais variada ementa de produtos que vão desde hortícolas, artesanato, enchidos, produtos em segunda mão e até mesmo refeições ligeiras, tipo pequeno-almoço e muito mais.

Costa Ocidental esteve presente num desses dias em que a afluência não era grande mas era notória a boa vontade e o interesse. Obrigado a todos os intervenientes e a todos os que tornaram possíveis estas imagens.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vaivém Oceanário na ilha das Flores

De 29 de Maio a 3 de Junho, o Vaivém Oceanário lança amarras na ilha das Flores, coincidindo a sua estadia com o Dia Mundial da Criança (no domingo).

A Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, no âmbito do apoio à educação e da formação de crianças, jovens e adultos do concelho, faz deslocar à ilha das Flores o Vaivém Oceanário, que estará junto do campo de futebol em Santa Cruz, de 29 Maio a 3 de Junho para gratuitas visitas de estudo e entretenimento.

Através de um programa sustentado de educação ambiental, o Vaivém Oceanário pretende alertar o público de todas as idades para a importância de alterar os comportamentos para com o meio ambiente e de proteger o nosso património natural. Através de uma série de ações de acesso livre e gratuito, o Vaivém Oceanário vai consciencializar os mais novos para a necessidade urgente de mudarmos as nossas atitudes, com vista à conservação e sustentabilidade dos recursos. São ainda explorados temas como a poluição dos oceanos, o consumo sustentável de peixe e marisco e o impacto da humanidade nas alterações do clima, através de experiências únicas e divertidas. Com a ajuda de todos é possível ajudar a conservar a natureza.

Há 10 anos que o Vaivém Oceanário “navega” pelo país, tendo recebido mais de 150 mil visitantes de 130 municípios, divulgando a missão do Oceanário de Lisboa, oferecendo experiências educativas e levando a literacia dos oceanos até aos cidadãos e motivando-os para a sua proteção, através de pequenas alterações de atitude face ao meio ambiente.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Assim foi o Festival da Canção infantil

Desde há 14 anos que a ilha das Flores vem sendo palco de um encontro de jovens talentos. Este ano não foi excepção e, numa organização da Câmara Municipal de Santa Cruz e do Agrupamento de Escuteiros 691 Nossa Senhora da Conceição, na noite do passado sábado (dia 24) o salão do Grupo Desportivo Os Minhocas foi o palco escolhido para mais esta edição XIV do Festival da Canção Infantil da ilha das Flores.

Nove foram as canções a desfilar num palco repleto de jovens talentos com idades entre os cinco e onze anos. Com músicas e letras escolhidas a dedo e de acordo com os desejos de cada intérprete, a orquestração ficou a cargo do maestro José Gabriel, aliás como já vem sendo hábito, apresentando um naipe de 15 excelentes músicos que nos presentearam com interpretações de elevadíssima qualidade. Aqui quero deixar um louvor ao Coro que acompanhou todos os temas em desfile, bem como o hino deste XIV Festival da Canção Infantil.

A saber, as classificações foram as seguintes: a primeira classificada foi Joana Freitas - com o tema “O meu Mundo é a Música”, com letra de Nélia Freitas e música de Hélder Bettencourt; a segunda classificada foi Iolanda Feleija - com o tema “Arco Iris”, com letra de Gabriela Silva e música de Hélder Bettencourt. Ainda sendo atribuído o prémio para a melhor letra – Gabriela Silva; e música - Hélder Bettencourt.

Muito obrigado a todos os intervenientes, a todos os que tornaram possíveis estas imagens, bem como à Luísa Silveira responsável pela recolha das imagens do XIV Festival da Canção Infantil da ilha das Flores.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.

As duas jovens cantoras melhores classificadas neste XIV Festival da Canção Infantil vão representar a ilha das Flores no Festival Baleia de Marfim (na ilha do Pico) e no Festival Sol Maior (na ilha Terceira).

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Foi adjudicada a selagem das lixeiras

O Governo Regional adjudicou a empreitada de execução da selagem de duas lixeiras municipais a céu aberto na ilha das Flores, pelo valor de cerca de um milhão de euros, ao agrupamento Tecnovia–Açores e Somague Ediçor.

A empreitada, prevista no Plano Estratégico de Gestão de Resíduos dos Açores (PEGRA) e inscrita na Carta Regional de Obras Públicas, tem um prazo de execução de 120 dias e visa eliminar locais não apropriados para destino final de resíduos e a sua requalificação paisagística, favorecendo a qualidade ambiental e a saúde pública.

Hernâni Jorge, director regional do Ambiente, lembra que ao longo do último ano os lixos produzidos na ilha das Flores têm sido depositados no Centro de recolha e processamento de Resíduos. Agora resta apenas selar as lixeiras, pois "as lixeiras na ilha das Flores já não estão a ser utilizadas, o que o Governo Regional neste momento vai encetar é o processo com vista à selagem e reabilitação paisagística desses espaços".

Esta empreitada surge na sequência da entrada em pleno funcionamento do Centro de Processamento de Resíduos e Centro de Valorização Orgânica por Compostagem da ilha das Flores.


Notícia: jornal «Açores 9», RDP Antena 1 Açores e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 25 de maio de 2014

XII Sopas de Espírito Santo da AAiF

A Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) promove no próximo domingo (dia 1 de Junho) a sua décima segunda edição das Sopas de Espírito Santo à moda das Flores, que terá lugar no Salão Paroquial de São José, em Ponta Delgada, pelas 13 horas.

Do programa das XII Sopas de Espírito Santo da AAiF constam os preparativos no sábado, com a bênção da carne, do pão e do vinho, além da Alvorada pelos foliões de Espírito Santo, enquanto que no domingo terá lugar a procissão com as coroas e bandeira de Espírito Santo, acompanhados pelos foliões, do Salão Paroquial para a Igreja de São José onde será celebrada missa às 11 horas.

Pelas 13 horas serão servidas as tradicionais Sopas de Espírito Santo à moda das Flores, que serão confeccionadas pelos cozinheiros Fátima e António Dias, vindos de Santa Cruz das Flores. Além das Sopas, haverá também carne assada, massa sovada, arroz doce e prova de queijo.

Haverá tempo ainda para as habituais rifas e arrematações, bem como para animação pelos foliões de Espírito Santo, que, tal como no ano passado, é constituído por florentinos residentes em São Miguel que aceitaram o desafio da direcção da AAiF para constituírem um grupo de Foliões à moda das Flores.

Esta actividade de cariz cultural integra o plano de actividades da AAiF para 2014, enquadrando os seus principais objectivos de promover o bem estar dos naturais das Flores e daqueles com quem vivem, bem como realizar acções que promovam a própria ilha das Flores.


Notícia: jornal «Correio dos Açores» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

sábado, 24 de maio de 2014

Rali das Flores prejudica festa do Corvo

O deputado Paulo Estêvão acusou o Governo Regional de "prejudicar gravemente" o Festival do Moinhos, na ilha do Corvo, ao apoiar a realização de um rali, na mesma data, na vizinha ilha das Flores.

Após aperceber-se que ocorrem na mesma altura, o deputado corvino considerou "inaceitável" que o Governo Regional apoie os dois eventos, que se realizam ambos entre 15 e 17 de Agosto: "A decisão de apoiar e promover dois eventos em simultâneo no Grupo Ocidental ou é estúpida e incompetente ou então é mal-intencionada", apontou Paulo Estêvão, recordando que existe "um sem número de datas livres ao longo de todo o ano" para realizar o rali das Flores, sem ter de coincidir com os festejos do Corvo.

No seu entender, o apoio do Governo Regional e de várias empresas do setor público empresarial regional à primeira edição de uma prova motorizada que integra iniciativas musicais e de lazer na ilha das Flores, "constitui uma agressão" à ilha do Corvo, que tem a "tradição secular" de celebrar a festa de Nossa Senhora dos Milagres (que inclui o Festival de Moinhos), a 15 de Agosto.

O dirigente monárquico lembrou também que o Festival dos Moinhos, realizado numa ilha com apenas 400 habitantes, atrai muitos florentinos ao Corvo, cenário que teme não se repetir este ano: "O Governo Regional está a infligir-nos um grave prejuízo económico e a prejudicar gravemente a divulgação turística da ilha [do Corvo]", insistiu Paulo Estêvão, para quem esta situação representa "uma afronta e uma ofensa ao culto da Nossa Senhora dos Milagres".

O deputado do PPM garante nada ter contra o rali da ilha das Flores, mas diz que não pode aceitar esta "tentativa do Governo Regional de estrangular" as maiores festas da mais pequena ilha açoriana.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Açores 9» e «Açores 24 Horas».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Aves marinhas sob várias ameaças

Um técnico da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPeA) alertou para as ameaças que as aves marinhas enfrentam, como as capturas acidentais, a invasão de espécies exóticas ou os resíduos de plástico que ingerem por acidente.

Ao alertar para estes perigos, Nuno Barros realçou que o desaparecimento destas aves resultaria numa rutura no ecosistema: "Há várias ameaças e temos focado a nossa atenção na parte de tentar quantificar e caracterizar as capturas acidentais de aves marinhas por parte da indústria da pesca".

Nuno Barros, que falou por ocasião do Dia Nacional da Biodiversidade, que ontem se assinalou, referiu que falta informação acerca da situação em Portugal nesta vertente e é necessário realizar mais estudos: "O desaparecimento de aves marinhas vai significar uma rutura bastante grande no ecosistema marinho porque há espécies que deixam de ser consumidas, vai passar a haver peixes mais pequenos e o ecossistema pode não dar resposta", salientou.

Os problemas enfrentados pelas aves marinhas passam também pelas espécies invasoras nas colónias de reprodução, tanto no Continente, como nas ilhas e ilhéus dos Açores e Madeira, onde, no entanto, há trabalho feito a nível de controlo destes animais.

E há cada vez mais o problema de lixo marinho, nomeadamente os fragmentos de plástico que acabam ingeridos por acidente pelas aves marinhas, que podem morrer porque estes resíduos não se degradam: "As aves morrem de fome com o estômago cheio de plástico", referiu o técnico da SPEA, realçando ainda a contaminação, já que "os plásticos são como um iman para tudo o que é contaminante".

Restos de redes e resíduos de hidrocarbonetos são outros elementos que põem em perigo as aves marinhas. A nível da União Europeia, as estimativas indicam que morrem em artes de pesca cerca de 200 mil aves devido a capturas acessórias em águas comunitárias.

Mas outros fatores podem pôr em perigo estas aves, como as energias renováveis offshore (no mar), uma questão "ainda potencial, mas urgente", a pressão e perturbação da orla costeira e consequente perda de habitat para nidificação, ou os predadores introduzidos em colónias.

Espécies potencialmente afetadas por alguns destes problemas são o alcatraz, a cagarra, a torda-mergulheira, o airo ou a galheta.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Quarteto de Metais atua no Convento

Este concerto integra a Temporada Artística 2014, tendo início às 21h30 do próximo domingo (dia 25) no Convento de São Boaventura.

O Quarteto de Metais é composto por Antero Ávila (tuba), Roberto Rosa (trompete), Paulo Borges (trompete) e Edgar Marques (trompa), interpretando música original para coro transcrita para os instrumentos substituírem as vozes, como era prática no Renascimento e viria a dar origem à música instrumental, que o Quarteto também interpreta.

Neste concerto será feita uma viagem através da História da Música, começando no Renascimento, passando pelo Barroco, Classicismo e Romantismo, para terminar nos nossos dias. O programa inclui a interpretação de peças de Baldassarre Donato, Orlando di Lasso, Giovanni Gabrieli, Johann Sebastian Bach, Georg Händel, Jean-Joseph Mouret, Georg Philipp Telemann, Beethoven, Johannes Brahms, Anton Bruckner, Antero Ávila e Henry Purcell.


Notícia: jornal «Açores 9» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Na noite do passado sábado foi inaugurada no Museu das Flores a exposição de pintura a óleo e acrílico sobre tela da autoria de Certon Kisters, jovem pintor holandês autodidata, que reside nas Flores há cerca de 8 anos e pinta sobre vários temas relacionados com a ilha.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Melhoria e reconversão da rede de distribuição de água nas Lajes

A Câmara Municipal das Lajes tem dedicado grande esforço e atenção à melhoria e reconversão da rede de captação e distribuição de água da rede pública de abastecimento. Uma vez que a água do concelho lajense é a pior dos Açores em termos de qualidade microbiológica, iniciámos importantes intervenções, quer na rede, quer na instalação e implementação dos sistemas de tratamento.

São exemplos destas intervenções a limpeza e desinfecção de reservatórios bem com várias intervenções na rede, como é exemplo a terminada na freguesia do Lajedo na passada sexta-feira.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Operação de transporte de passageiros inter-ilhas irá começar esta semana

A operação anual de transporte marítimo de passageiros e viaturas da Atlânticoline, entre todos os grupos de ilhas dos Açores, arranca esta semana, antes do início do Santo Cristo dos Milagres, as maiores festas religiosas do arquipélago.

As viagens inter-ilhas, com início marcado para 22 de Maio, serão de novo asseguradas pelo Express Santorini, um navio com 115 metros de comprimento, construído em 1974, que é alugado anualmente à empresa grega Hellenic Seaways. O 'ferry', que já se encontra no porto de Ponta Delgada, completa agora 40 anos e é um dos mais antigos da frota do armador grego, tendo capacidade para transportar 630 passageiros e 180 viaturas.

Para o início de Junho está previsto o reforço das ligações marítimas de passageiros e viaturas inter-ilhas, com a entrada ao serviço de um segundo navio, o Hellenic Wind, com capacidade para transportar 660 passageiros e 125 viaturas, alugado ao mesmo armador grego.

A operação anual da AtlânticoLine decorre nos meses da Primavera e Verão, normalmente, entre Maio e Setembro. Em 2013, a empresa transportou cerca de 130 mil passageiros e 17 mil viaturas entre as ilhas dos Açores, uma redução de cerca de 4% a nível das pessoas, mas um aumento de 2% no que toca aos carros, em relação a 2012.


Notícia: «Diário de Notícias» e «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Duas águas balneares de excelência

A lista de águas balneares identificadas como de excelência para a época balnear de 2014 foi aprovada e publicada após uma participada consulta pública, integrando este ano 60 zonas balneares em toda a Região, mais duas do que em 2013.

As águas balneares agora identificadas apresentam uma qualidade ambiental de excelência, atestada pelos resultados do programa de monitorização da qualidade obtidos na época balnear anterior e confirmada pelo parecer da autoridade local de Saúde. Na ilha das Flores são as piscinas naturais de Santa Cruz e a zona balnear da Fajã Grande.

Estas zonas, identificadas pelo seu perfil, devem ser submetidas a identificação durante pelo menos cinco épocas balneares consecutivas. Assim, as entidades gestoras devem assumir o compromisso de garantir a manutenção de condições de usufruto da água balnear ao longo dos anos, nomeadamente em termos das infraestruturas e de qualidade ambiental, para que os banhistas possam usá-las em segurança.

A não identificação de uma zona como água balnear não significa que essa zona não reúne qualidade suficiente para a prática balnear, mas que não foram desencadeados pelas entidades gestoras os procedimentos necessários e previstos na legislação regional que transpõe a Diretiva Europeia que estabelece as regras para o regime jurídico de identificação, gestão, monitorização e classificação da qualidade das águas balneares, assim como da prestação de informação ao público sobre as mesmas.

A pretensão de identificar águas balneares pelas autarquias competentes deve ser comunicada à Direção Regional dos Assuntos do Mar, que disponibilizará todo o apoio para despoletar o processo.


Notícia: rádio Atlântida, «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 18 de maio de 2014

IVA irá subir mais nos Açores

Por causa da fórmula de arredondamento prevista na Lei de Finanças Regionais, a anunciada subida de 0,25 por cento do IVA a nível nacional irá traduzir-se numa subida de 1 por cento nos Açores.

Em dois anos, o Imposto de Valor Acrescentado (IVA) aumentará nos Açores 3 pontos percentuais. Actualmente a taxa máxima de IVA na Região Autónoma é de 18 por cento, subindo, a 1 de Janeiro de 2015, para os 19 por cento.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

Desigualdade social cresce nos Açores

A desigualdade social nos Açores atinge uma das taxas mais altas do país e da Europa. O problema agrava-se com a subida do desemprego que leva cada vez mais açorianos à pobreza.

Os dados foram revelados num colóquio sobre economia social e solidária.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

sábado, 17 de maio de 2014

Força Aérea fez mais um resgate médico

A distância a que o navio se encontrava [cerca de 630 quilómetros a sudoeste da ilha das Flores] obrigou a uma missão de elevada complexidade, que começou a ser preparada no dia anterior.

A Força Aérea efetuou esta quinta-feira um resgate aeromédico de um tripulante do navio mercante CSAV Llanquihue. A embarcação, com bandeira da Libéria, navegava a cerca de 630 quilómetros a sudoeste da ilha das Flores. «A distância a que o navio se encontrava obrigou a uma missão de elevada complexidade, que começou a ser preparada no dia anterior, altura em que foi dado o alerta. O resgate foi efectuado pela Esquadra 751, a bordo do helicóptero EH-101 Merlin com uma equipa do INEM, e pela Esquadra 505 com a aeronave C-295», pode ler-se no comunicado da Força Aérea.

«O pedido de auxílio foi recebido às 15h51 do dia 14 de Maio no Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada. De imediato, o MRCC Delgada contactou o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODUMAR) do INEM, que identificou a necessidade de resgate do tripulante: um homem com 56 anos, de nacionalidade croata. Às 4 horas, a aeronave descolou da Base Aérea número 4, na ilha Terceira, rumo à ilha das Flores. Reabasteceu para aumentar o alcance e, às 08h45, partiu ao encontro do navio, com uma equipa médica militar a bordo. A extração acabou por ser executada com sucesso pelas 12h10, com o helicóptero a voltar em seguida para a ilha das Flores, onde chegou às 14h45», lê-se no comunicado da FAP.

O homem acabou por ser encaminhado para o Hospital do Santo Espírito, em Angra do Heroísmo.


Notícia: TVI 24, «Correio dos Açores» e «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Laticínios florentinos preocupam

É necessário aumentar a produção leiteira florentina. Esta é a conclusão de Neto Viveiros, secretário regional dos Recursos Naturais, tendo afirmado que "a ilha das Flores tem condições para poder voltar a produzir [leite] aos níveis que produziu até há relativamente poucos anos. Isto, em nosso entendimento, é de facto necessário para que possa ter um rendimento e uma produtividade diferente daquela que tem hoje e que permita outro tipo de rendimento à própria Cooperativa".

Na prática, e traduzido em números, é necessário pelo menos voltar aos 2 milhões de litros de leite produzidos no passado. "Neste momento, pelas contas que estamos nesta campanha [a produção leiteira] não chega a um milhão, precisavam mais dos 2 milhões que já produziram. Então a estimativa que temos é que seriam necessários cerca de entre 4 ou 5 milhões de litros [de leite] para termos de facto indústria [de laticínios] devidamente sustentada [na ilha das Flores]", referiu o secretário regional dos Recursos Naturais.

Neto Viveiros fez esta reflexão numa reunião com deputados da Comissão parlamentar de Economia. A Assembleia Regional está a elaborar um relatório sobre o futuro das cooperativas de laticínios dos Açores, que deverá ser levado a plenário em Julho.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Matança de porco volta a ser autorizada mas apenas se for para consumo próprio

O ano de 2014 trouxe novidades legislativas relativamente à tradicional matança do porco.

Nos Açores a tradicional matança de porco é uma prática que remonta à época do povoamento do arquipélago e que, no passado, constituiu uma importantíssima forma de subsistência, proporcionando alimentos que podiam ser armazenados e consumidos durante o ano. O ritual da “matança” desenvolvia-se ao longo de vários dias e dele fazia parte um forte convívio social entre familiares e amigos. Nos dias de hoje, as matanças de porco que ainda se realizam decorrem sobretudo durante o fim-de-semana, envolvendo menos participantes e utilizando novos recursos e instrumentos. Uma tradição que hoje já pode ser retomada, com a segurança alimentar que os tempos modernos impõem.

O despacho, publicado em Diário da República, entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2014. Através deste despacho fica autorizada a matança de animais fora dos estabelecimentos aprovados para este fim. No despacho refere-se que “é autorizada a matança para autoconsumo de bovinos, ovinos e caprinos com idade inferior a 12 meses, de suínos, aves de capoeira e coelhos domésticos, desde que as carnes obtidas se destinem exclusivamente ao consumo doméstico do respectivo produtor, bem como do seu agregado familiar”. Mais acresce que “é autorizada a matança tradicional de suíno, organizada por entidades públicas ou privadas, desde que as carnes se destinem a ser consumidas em eventos ocasionais, mostras gastronómicas ou de carácter cultural”.

Está assim recuperada a autorização para a manutenção de algumas tradições rurais, como a matança tradicional do porco.


Notícia: «Correio dos Açores» e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Pesca com trole é alternativa ao arrasto

Um estudo científico realizado pelo Instituto do Mar (IMAR) do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores conclui que a pesca de palangre "pode ser sustentável" e alternativa à pesca de arrasto.

O trabalho de investigação, publicado na revista «Nature Scientific Reports», revela que os impactos nos ecossistemas do mar profundo "são muito menores" quando é usada a arte de pesca com palangre (com fio) de fundo, em comparação, por exemplo, com a pesca de arrasto.

"Os resultados deste estudo mostram que um lance de pesca com arrasto tem o mesmo impacto no fundo do mar do que 300 a 1.700 lances de palangre", exemplificou Telmo Morato, investigador do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da universidade açoriana, que realça as "diferenças na magnitude" destes dois métodos de pesca.

No seu entender, se for "bem regulamentada" e estiver baseada em artes de linha e anzol, a atividade da pesca de profundidade "poderá ser alternativa" e contribuir para a "exploração sustentável" dos recursos marinhos: "A arte de pesca com palangre de fundo poderá ser uma boa alternativa à pesca de arrasto e pode contribuir para se atingir uma exploração sustentável das pescarias do mar profundo", frisou Telmo Morato.

Esta posição surge na sequência da discussão, entre os membros da comunidade científica, de estratégias que permitam o uso sustentável dos recursos marinhos, minimizando o impacto das atividades humanas e promovendo a conservação do mar. Estes factos são salientados numa notícia alusiva a este trabalho e divulgada pela prestigiada revista científica «Nature».

Cristopher Pham, investigador do DOP e primeiro autor do trabalho, lembra que a pressão das atividades humanas nos oceanos "tem aumentado significativamente nos últimos anos", devido à procura crescente por recursos naturais e minerais, alimentada pelo rápido desenvolvimento tecnológico, que permitiu a exploração em áreas anteriormente inacessíveis: "As atividades humanas (em geral) e a pesca de arrasto de fundo (em particular) estão a ter um impacto devastador nos ecossistemas do mar profundo, alterando a morfologia dos fundos e as suas propriedades físicas, com consequências dramáticas para as comunidades que aí habitam", advertiu o cientista.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário dos Açores» e rádio Atlântida.
De salientar também que a organização Shark Project e os operadores de mergulho açorianos querem o regresso das 200 milhas da subzona dos Açores da ZEE (zona económica exclusiva), visando a "paragem imediata" da captura de tubarões na Região.

Saudações florentinas!!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Impacto/importância da União Europeia

Novo programa da RTP Açores a cargo do jornalista Herberto Gomes, «Açores: 9 ilhas na Europa» pretende mostrar o impacto da União Europeia em cada uma das ilhas açorianas. Esta série teve o seu programa de estreia realizado na ilha das Flores, tendo sido transmitido na passada sexta-feira (dia 9).

Vídeo: programa «Açores: 9 ilhas na Europa».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Fim do Observatório Meteorológico

Autorizada (...) a cessão, a título definitivo, à Região Autónoma dos Açores do edifício do Observatório Meteorológico de Santa Cruz das Flores, com a faculdade de o mesmo ser demolido, por constituir um perigoso obstáculo à navegação aérea na ilha das Flores, devendo a Região Autónoma, como contrapartida, edificar o novo Observatório Meteorológico no Monte das Cruzes, em terreno sua propriedade, num prazo máximo de dois anos e de acordo com as orientações do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. O edifício do novo Observatório, bem como o terreno da sua implantação, passará a constituir património do Estado.

Portaria de 12 de Maio de 1993
in Diário da República, 2ª Série, nº 128, 2 de Junho de 1993
Saudações florentinas!!

domingo, 11 de maio de 2014

Reduzirmos o uso de sacos plásticos

Os consumidores nos Açores vão passar a pagar uma "ecotaxa" por cada saco plástico que comprarem nas grandes superfícies comerciais e no comércio tradicional, segundo uma proposta do PCP aprovada no parlamento regional.

A medida aprovada na Assembleia Legislativa Regional determina que a taxa, destinada a fazer diminuir o consumo de sacos plásticos, pode chegar aos cinco cêntimos por saco.

"A distribuição gratuita de sacos de plástico nos estabelecimentos de comércio a retalho cria sérios problemas ambientais", justificou Aníbal Pires, deputado regional do PCP, que sublinhou que a "abundância" dos sacos provoca a contaminação dos solos e dos cursos de água.

Isabel Rodrigues, do grupo parlamentar do PS, que tem maioria na Assembleia Regional, lembrou que o valor [cinco cêntimos por saco plástico] definido na legislação agora aprovada não é obrigatório e pretende apenas ser um "teto máximo".

“Todos concordarão com o exagero que é o uso de sacos plásticos como meio de transporte de bens”, afirmou Luís Neto Viveiros, recordando que, na Europa, cada habitante utiliza, em média, 188 sacos por ano. Segundo o secretário regional dos Recursos Naturais, transpondo essa média para os Açores e contabilizando pelo número de habitantes, atingir-se-ia 50 milhões de sacos por ano, o que demonstra bem “a atenção que todos devemos prestar a este problema”.

Todos os anos, de acordo com dados da Comissão Europeia, mais de oito mil milhões de sacos de plástico terminam na lixeira, causando sérios problemas de gestão de resíduos devido à sua demorada degradação. As consequências ambientais agravam-se em regiões costeiras e insulares como os Açores, já que os sacos de plástico são considerados um dos maiores responsáveis pela insustentabilidade da vida marinha.

O Governo Regional terá agora 180 dias (seis meses) para regulamentar a ecotaxa a aplicar sobre os sacos plásticos no arquipélago. A medida só irá entrar em vigor um ano após a sua regulamentação, no caso das grandes superfícies, e dois anos no caso do comércio tradicional.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Público» e «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

sábado, 10 de maio de 2014

Fazendense conquista manutenção

A equipa do Grupo Desportivo Fazendense assegurou hoje a manutenção na 2ª Divisão nacional de ténis de mesa. Os jogadores florentinos Leandro Silva, Nuno Vieira, Delmiro Tavares e Marco Oliveira averbaram duas vitórias em dois jogos disputados na fase final (play-out) que decorre este fim-de-semana em Gaia.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Vinte emissoras dão voz às nossas ilhas

Os Açores têm atualmente em atividade 20 rádios em oito das nove ilhas, fenómeno que resulta das caraterísticas do arquipélago e com a importância histórica ao nível da proteção civil, sobrevivendo hoje a maioria delas com dificuldades.

Com maior ou menor dificuldade funcionam atualmente nos Açores cerca de duas dezenas de rádios, quer as chamadas rádios de dimensão regional, quer sobretudo as conhecidas rádios locais”, adiantou José Andrade, antigo radialista e atual deputado do PSD na Assembleia Regional, acrescentando que “muitas delas têm apenas dimensão concelhia ou de ilha”.

A tradição da rádio nos Açores conta já com cerca de oito décadas, sendo que a primeira emissão telegráfica sem fios realizada no arquipélago aconteceu por volta de 1928 em Ponta Delgada, por iniciativa do comerciante Jacinto Pedro Ribeiro.

José Andrade, autor do livro “Aqui Portugal – os primeiros anos da telefonia nos Açores”, argumentou que “por sermos um arquipélago afastado dos grandes centros, com descontinuidade geográfica, dispersos por nove ilhas, localizadas no meio do Atlântico, entre a Europa e a América, os Açores sempre tiveram uma enorme propensão para comunicação social”, assim se explicando o fenómeno, sem esquecer a importância histórica da rádio nas ilhas ao nível de proteção civil.

Em 2013, José Andrade visitou todas as rádios locais dispersas por oito ilhas (a excepção é o Corvo), tendo encontrado “enormes dificuldades”, já que muitas “estão confinadas a um mercado publicitário praticamente inexistente”, mesmo sendo o único órgão de comunicação social da ilha, como acontece com a Rádio Graciosa. “Não têm, portanto, outras receitas próprias que não sejam os apoios oficiais", disse José Andrade, que acrescentou que que "mesmo assim, muitas delas, tiveram de dispensar colaboradores" nos últimos anos, sublinhando que trabalham diariamente para "unir e promover" o arquipélago.

Dados os constrangimentos e a dimensão destas rádios, “muitas delas” integram associações ou grupos nacionais, "para efeitos de transmissão de conteúdos informativos", além de cooperarem com rádios da diáspora, especialmente dos EUA, acrescentou José Andrade.

Com a legalização das denominadas rádios piratas em Portugal no final dos anos 1980, José Andrade disse que se “verificou um crescimento do número de rádios locais nos Açores”, algo que se mantém até hoje um pouco por todas as ilhas e concelhos açorianos “com maior ou menor expressão”.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Mais apoio social mas perdem-se fiéis

Nos Açores está a diminuir a percentagem de fiéis da Igreja católica e o número de baptismos e casamentos.

Os dados são do Boletim Eclesiástico da Diocese de Angra e referem-se aos anos de 2011 e 2012. A percentagem de fiéis no universo açoriano passou de 91,4 para 85,9 por cento. Também de um ano para outro aconteceram menos 143 baptismos e menos 64 casamentos católicos. A Igreja católica nos Açores realça, no entanto, a subida do número de crianças e jovens que fizeram a primeira comunhão, comunhão solene e crisma.

O estudo publicado no Boletim Eclesiástico estende-se também à acção sócio-caritativa da Igreja católica nos Açores. O número de creches passou de 7 para 15 e o número de casas para pessoas idosas, doentes crónicos ou deficientes também aumentou, passando de duas para seis. Cresceu também o número de centros sociais e paroquiais bem como as irmandades e confrarias.


Notícia: RDP Antena 1 Açores e Ecclesia - portal da Igreja católica.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Peça infantil «Dom Rodrigo, valentão»

Na era das tecnologias, informática e globalização, a internet é uma união global mas sem sombra de dúvida um paradigma da ambivalência que domina a sociedade moderna. Este foi o modo tomado pelo Grupo de Teatro A Jangada para levar à cena uma peça de teatro infantil, cujo tema é exactamente o alertar as crianças (e porque não os adultos) para o perigo que pode ser o mau uso da internet.

Com a excelência e profissionalismo a que já nos habituou, A Jangada proporcionou um serão agradabilíssimo e divertido a todos os que escolheram o auditório da Escola Secundária das Flores para assistirem à estreia de “Dom Rodrigo, o Valentão”, com texto de Fernando Oliveira, encenação de Joaquim Salvador para um elenco de luxo: António Lopes (no papel de Megabyte), Cristina Carvalho (como Ritinha Dedo Rápido), Cristina Ribeiro (Inspectora Sardinha), Domingos Fontoura (Dom Rodrigo), Lília Silva (Dragão Papa Moscas) e Nídia Mendonça (Inspectora Pista Falsa), e não esquecendo todos os que nos bastidores dão o seu melhor para que tudo esteja nos conformes na hora da subida dos panos, a saber e para esta peça: Luísa Gonçalves, Rita Fernandes, Cristina Carvalho, Cecília Estácio, Diana Reis, William Braga, Paulo Mateus, José António Castro e Hélder Pulido.

Após a estreia na ilha das Flores, o Grupo de Teatro A Jangada voou para outras paragens teatrais, desta feita a ilha do Faial. Muitos parabéns a todos os responsáveis pelo estrondoso sucesso que foram as seis actuações em dois dias (28 e 29 de Abril, que estas imagens mostram) na cidade da Horta, mais concretamente no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, onde cerca de 400 pessoas não quiseram perder a oportunidade de assistir a um verdadeiro momento de teatro.

Este vídeo, com o integral trabalho na referida ilha do Faial, é disso testemunho e mostra a altíssima qualidade com que A Jangada - Grupo de Teatro presenteia todos aqueles que têm a oportunidade de usufruir dos momentos teatrais desenvolvidos.

Obrigado ao Grupo de Teatro A Jangada, à Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, à Luísa Silveira pela ajuda na produção e a todos os - que de uma forma ou de outra - tornaram possíveis estas imagens.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Apresentação da Festa do Emigrante

A Câmara Municipal de Lajes das Flores fez a apresentação pública da XXIX Festa do Emigrante, tendo apresentado o cartaz que servirá de base à sua divulgação e promoção. A organização da edição deste ano da Festa do Emigrante ficará a cargo da Associação Cultural Lajense, com apoio do Município e do Governo Regional.

A Câmara Municipal das Lajes pretende sobretudo “promover e divulgar, junto daqueles que visitam o concelho, as nossas tradições e a nossa cultura, nomeadamente nas áreas da música, da dança e da nossa gastronomia”, como afirmou o presidente da Câmara na sessão de apresentação. Deste modo “será dado destaque à nossa etnografia, folclore, filarmónica e às nossas danças tradicionais. Haverá ainda no programa um destaque especial para a juventude, nomeadamente nos concertos e DJ’s, bem como na organização de eventos desportivos. Queremos também mostrar a quem nos visita, o nosso património conservado e recuperado, nomeadamente nas áreas da agricultura e da caça à baleia, sectores que tiveram no passado um grande impacto na economia do concelho”.

Na sessão de apresentação do cartaz, o presidente da Câmara Municipal das Lajes afirmou ainda que “sendo uma das mais antigas e mais prestigiadas festas municipais dos Açores, a Festa do Emigrante celebra sobretudo o regresso à sua terra de origem daqueles que partiram no passado para destinos mais longínquos, sobretudo para os Estados Unidos, em busca de uma vida melhor mas que apesar disso não esqueceram nem cortaram com a ligação à sua terra mãe, dando-lhes regularmente o prazer e a satisfação da sua visita.”


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

«Brumas e Escarpas» #74

O diálogo dos velhinhos

Fajã Grande, ilha das Flores – anos cinquenta. Sentados à Praça, na soleira da porta da casa velha do Laureano Cardoso (a casa que Pedro da Silveira descreve num dos seus poemas e que terá pertencido ao seu avô), dois velhinhos conversam em puro “dialecto fajãgrandês”:

- Wei, home! E antão? Toca a descansá, pr’aí! Tás bunzinhe c’ma pareces?
- Ó home, iste tá mun somenes. Ache qu’apanhei frie, tou sim fastie e cua caganeira dos diabes. Ainda pur cima doim-m’as aduelas qu’é ua coisa feia. Nim sequé me posse agaichar. Tou a modes c’ma tole, nem m’apetece pegá na navalha e falquejá…
- Deixa lá, home, nã crames tante. Antes isso cum soque nun olhe! Mas olha qu’ei fique ben abalade cum isse. Mas ei nã te posse fazê nada. Há uns tempes atrás, tamen andei bem mal amanhade e coa casa cheia de monces piquenes pa m’apoquentar.
- Pois é, home. Na noss’idade é contas e bordões. Istames quase entre a cruz e caldeirinha. Lá vai o tempe qu’agente nan parava in ramo verde. Ei ia ao mate num pé e vinha n’oitre.
- Ó home, fot’avantage! E ei tamen, quand’era nôve, nã tinha lanzeira nenhua. Trabalhava cm’um danade e nunca ranzelei. Sasquei muites dedes, fiz muitas tupadas, até cum dedes degolades e cui pés que pareciim pães de milhe, calcorriei muites caminhes, sempre descalce, trabalhei que me fartei. Às vezes, até parecia que deitava as tripas pela boca fora.
- Ei tamen nã parava in rame verde, home e nunca tive murrinha nenhua. Mas a minha mulhé ten m’ajudade muite. In casa é ua mulhé perfeita de mãos e ben escoimada. Nas terras é u que toda a gente vê: danada p’ra trabalhar. Trabalha c’ua gadanha ou cum ansinhe milhó que muites homes.
- Tens bastanta sorte, home dos diabes. Ei é que tou mum semenes e, ainda pur cima, sozinhe neste munde. Nin sequé um prate de mangão sei fazê, nim muite menes cuzê bole do tijole.
- É triste home, é triste. Mas o milhó é a gente falá in coisas ben más alegres.
- Mixeriques, qués tu dzê?
- Olha, sabes que virim a mulhé do Batoco caldeada cu Sabastião, nos apsteres lá de casa. Dizim qu’era un bonite fandine. Tavim ui dois in coire...
- Virge Maria! Louvade e louvede! Mas tamen o Sabastião... fot’avantage! Aquele sanabagana mete-se é cus fraques. Precisava era qu’álguém lh’aquecesse a pélia. Aqui atrasade, o sanabicha andava a dar arrefiadelas à piquena do Desalmade. E um badameque daqueles, no fim, ainda se põe a arreganhar ei ventas.
- Mas a du Batoco tamen é ua boa bisca e ele, ainda por cima, coitade, já mal s’aguent’in pé, já mal mech’as aivecas, já nã pode cun gate pindurade p’lo rabe. E o pior é que nã s’incherga. Aquilh’é qu’é ua alminha de Deus. E ele cu Sabastião são amigues c’ma porcos.
- Ó home, deixa lá! Isse tamen nã são contas do nosse rosaire. Falemes mas é dei nossas vacas. Olha, a minha Lavrada, benzá Deus obra, dá ua grandeza de leite mas o oitre dia, na relva das Queimadas saltou a parede e até m’arrebantou o estrape da campainha. Agora tenhe que lhe pô ua galocha, mas c’mei nan tenhe nenhua, vou mas é acabramá-la. Ela há-de s’amanhá assim.
- Fazes ben, home, fazes ben. Ei minhas tão mas é no oitone, amarradas à estaca. Dão bem menes consumições, mas ainda onte, chuvia c’ma Deus a da dava, ua delas, puxa que puxa, a sanababicha, lá m’arrebantou o suevo! Amarrei-a cum’ua corda e c’ma ande a corrê o millhe du Areal, tirei-a do tailhe e deitei-lh’o desbaste.
- Já vedei a minha relva da Pedra d’Agua! Pó mês que ven a minha vai dá bezerre.
- Poisei minhas, ua tá dando e a outra vou ingordá-la pá mandá ver os sinhôs de bengala. Já sou mum velhe pa tratá de duas vacas sozinhe.
- Ó home, mas isso é bunzissime! Menes trabalhe e mais móni in casa.
- Agora cá, home. Bota ben sintide nu qu’ei digue. Olha q’ei nunca fui muite agarrad’ao dinheire, e agora, imbarcand’a vaca, nan vou guardá u dinheire nos caninhos, vou mas é cumprá ua barra, ua ministra e ua clauseta nova pá casa de fora e metê áugua in casa.
- Fazes ben, home, fazes ben. Ei é que n’na posse. Só se fosse cum conchas de lapas.
- Ó home, já chega de conversa. Ala botes, mas é pra casa, que já é ben tarde Tou danade p’ra ciá e são horas d’inchê o pandulhe e tim que me deitá cede. Goste de me deitá c’u as galinhas. Até amanhã, se Deus quisé.
- Nã, mas pra casa é quéi nã vou ainda. Vou fica pur aqui mais um bom padaço. Mas ei nã queria ficá a vê navies. Pode ser que chegue algum, cum mais alcuvitices. Até amanhã, se Deus quisé, home.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

domingo, 4 de maio de 2014

Inventariar o património das igrejas

Governo Regional e Diocese de Angra assinaram um protocolo com vista à realização de um inventário de bens culturais em todas as igrejas da Região.

"É interesse da Região ter um inventário completo e rigoroso a todo o património cultural que seja digno de ser protegido, divulgado e qualificado, seja ele propriedade de privados, seja público ou da Diocese", frisou o secretário regional da Educação, Luiz Fagundes Duarte.

Entre 2015 e 2017 será feito um inventário "igreja a igreja", com o apoio técnico da Direção Regional da Cultura, e "depois será feita uma avaliação das peças para saber quais são aquelas que de facto merecem um tratamento especial. Esperamos ao fim de dois, três anos já ter uma noção relativamente fiel deste património e do que é necessário para o preservar", frisou o governante regional.

O protocolo inclui também a realização de ações de formação junto dos párocos e das comissões fabriqueiras "no sentido de os ajudar a olhar pelo património que está à guarda", para evitar que se percam bens. Segundo Luiz Fagundes Duarte, ao longo do tempo foram feitas intervenções "que não obedeciam aos critérios que devem respeitar o que tem a ver com a preservação do património cultural".

O projeto de inventário dos bens culturais da Diocese de Angra, a candidatar a apoios comunitários, terá um orçamento global máximo de um milhão de euros.

A tutela compromete-se ainda a colaborar na conservação e na divulgação dos bens culturais, que vão desde património móvel (pinturas, esculturas, ornamentos, alfaias litúrgicas, paramentos e instrumentos musicais) a património integrado (frescos, talha, azulejaria e tumulária), passando por documentos de arquivos e livros antigos.

Para Hélder Fonseca, vigário-geral da Diocese de Angra, as paróquias não teriam de outra forma capacidade para fazer um trabalho deste género, até porque utilizam o património cultural com outro fim: "Julgo que sem esta colaboração por parte do Governo Regional não era possível, do ponto de vista técnico e científico, a diocese e as paróquias por si fazerem um trabalho de classificação, de inventariação e de formação", frisou, destacando a quantidade de entidades, edifícios e peças que estão em causa.

Hélder Fonseca alertou sobretudo para o risco de se perderem arquivos e documentos, cujas palavras já começam a desaparecer, devido ao tipo de tinta que era utilizada e à humidade.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e portal Ecclesia.
Entretanto foi inaugurada a primeira residência assistida para padres nos Açores, enquanto o bispo de Angra e ilhas dos Açores desafia os jovens a resistirem à “cultura do consumo”.

Saudações florentinas!!

sábado, 3 de maio de 2014

CDEF é campeão regional de voleibol

A equipa do Clube Desportivo Escolar Flores (CDEF) sagrou-se campeã regional de voleibol no escalão de iniciados. Após demorada paragem de 8 horas no aeroporto do Faial, ontem à noite os jovens florentinos chegaram a São Miguel e foram vencidos por 3-2 pela equipa dos Antigos Alunos. Mas hoje ao final da tarde a equipa do CDEF deu a reviravolta nesta final, numa épica vitória por 3-0 (no terceiro set estiveram a perder por 11-17 mas acabaram ganhando 25-21).

Para a posteridade aqui ficam os nomes dos novos campeões regionais em iniciados: Pedro Nóia, Ricardo Bettencourt, Adriano Rodrigues, Denilson Andrade, Henrique Silveira, Afonso Antunes, Henrique Freitas, Rodrigo Anjos, Filipe Vieira, Adriano Oliveira e Gonçalo Silva. E ainda o treinador João Almeida e o professor João Quaresma. Muitos parabéns a todos!

Esta equipa de iniciados masculinos do CDEF assegurou assim a participação na fase final do Campeonato Nacional de voleibol, em representação dos Açores e da ilha das Flores como campeão regional, título que tão brilhantemente conquistou hoje.

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Mar profundo europeu está cheio de lixo

Garrafas, sacos de plástico e redes de pesca foram alguns dos tipos de lixo humano encontrados no mar profundo da Europa, segundo um estudo que destaca a necessidade de acções para impedir o aumento do lixo nos ambientes marinhos.

"O lixo foi encontrado ao longo de todo o Mediterrâneo e costas da Europa, estendendo-se até à crista dorsal mesoatlântica, a 2 mil quilómetros de terra", lê-se no recente trabalho de investigação que envolveu 15 organizações de toda a Europa e foi liderado pelo centro do IMAR da Universidade dos Açores, sediado no Departamento de Oceanografia e Pescas.

"A grande quantidade de lixo que chega ao mar profundo é um assunto de importância mundial. Os resultados do estudo destacam a extensão do problema e a necessidade de acções para prevenir a crescente acumulação de lixo nos ambientes marinhos", sublinham os investigadores.

De acordo com o estudo, "o lixo é um problema no ambiente marinho ao ser confundido com alimento por alguns animais, podendo enlear corais e peixes - um processo conhecido como 'pesca fantasma'. Concluímos que o plástico foi o item de lixo mais comum no fundo marinho, enquanto o lixo associado às actividades da pesca (redes e linhas presas no fundo) são particularmente comuns em montes submarinos, bancos e cristas oceânicas", precisou Christopher Pham, investigador da Universidade dos Açores.

Há várias consequências negativas do mar servir de lixeira. Além da questão estética, os peixes, mamíferos e outros seres que vivem no mar podem confundir o lixo com alimento. As redes de pesca podem prender e ameaçar a vida de mamíferos marinhos, aves, tartarugas, assim como animais que vivem no leito do oceano. O lixo que se mantém a flutuar no oceano transporta muito mais rapidamente espécies exóticas entre diversos pontos do globo do que as correntes marítimas.

Por outro lado, os plásticos que se vão acumulando no mar são uma fonte de químicos tóxicos que podem matar a fauna marinha. Estes “poluentes orgânicos persistentes podem acumular-se nos tecidos dos consumidores e podem ser transferidos na cadeia trófica para os predadores, incluindo os humanos”, explica o artigo.

"Esta pesquisa demonstrou que o lixo humano está presente em todos os habitats marinhos, das praias às zonas mais profundas e remotas dos oceanos", observou Christopher Pham. "A maior parte do mar profundo continua inexplorada pelos humanos e esta é a nossa primeira visita a muitos destes locais, pelo que ficámos chocados ao descobrir que o lixo chegara lá primeiro que nós", acrescentou o cientista.

Segundo o estudo, foi encontrado lixo "em praticamente todos os locais investigados, com o plástico a contribuir globalmente com cerca de 41 por cento e aparelhos de pesca abandonados com cerca de 34 por cento do total", tendo também sido descoberto "vidro, metal, madeira, papel/cartão, roupa, cerâmica e outros materiais não identificados".

O cientista Christopher Pham sublinhou que "no geral, as acumulações mais densas [de lixo] foram encontradas nos desfiladeiros submarinos profundos" e a investigadora Veerle Huvenne, do Centro do Oceanografia de Southampton, explica que "os desfiladeiros submarinos formam a principal ligação entre as águas costeiras e o mar profundo" e que "os desfiladeiros localizados perto de grandes cidades costeiras, como o desfiladeiro de Lisboa ou o de Blanes (em Barcelona) podem transportar o lixo marinho até profundidades superiores a 4.500 metros".


Notícia: semanário «Sol» e jornal «Público».
Recentemente uma campanha internacional de recolha de resíduos aquáticos abrangeu cinco ilhas dos Açores e este fim-de-semana ocorre uma operação de limpeza costeira em larga escala no Faial.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

De ilhas de degredo a paraíso turístico

Em 40 anos de democracia e autonomia conquistadas pela Revolução dos Cravos, os Açores deixaram de ser ilhas de degredo, desenvolveram uma economia baseada numa agropecuária competitiva e depositam esperanças num novo ciclo de crescimento baseado no turismo.

Já antes dos anos 1960, o arquipélago dos Açores era terra de desterro para oposicionistas à ditadura, mas naquela época houve "uma coincidência entre essa realidade e as escalas que se faziam nos Açores com as tropas que iam para a guerra colonial". Essa circunstância fez estacionar em São Miguel alguns jovens milicianos anti-salazaristas, como Manuel Alegre, que se cruzavam com os oposicionistas locais e outros desterrados, como Melo Antunes, explicou Maria Inácia Rezola, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.

Quanto às ilhas, estas deixaram de ser olhadas como terras isoladas nestes últimos 40 anos e procuram hoje ser vistas como um novo paraíso turístico para determinados mercados. O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Mário Fortuna afirma que os Açores são hoje “radicalmente diferentes” e que os “índices de desenvolvimento económico se alteraram de forma significativa”.

Com o “novo enquadramento político” (a constituição da Autonomia), foram canalizadas verbas “significativas” para os Açores, o que permitiu a evolução económica, tendo ainda havido o contributo dos fundos europeus e as transferências ao abrigo do acordo das Lajes, explicou Mário Fortuna.

O economista da Universidade dos Açores salientou que a agricultura de subsistência evoluiu para uma “agropecuária competitiva” e para uma indústria de laticínios forte (o leite representa 30% da produção nacional), acrescentando que a Região transformou as pescas num setor de exportação e que o turismo tem tido “incrementos bastante significativos”. Para Mário Fortuna, há “uma perspetiva de crescimento positiva” no turismo e a Região deve apostar na “qualidade” e nos nichos ligados ao turismo de natureza.

É hoje consensual que as nove ilhas foram equipadas a nível de infraestruturas, que “todos os indicadores sociais e culturais melhoraram espetacularmente” e o Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’ multiplicou-se por dez, como escreveu Mota Amaral, ex-presidente do Governo Regional.

Mas há também vozes que recorrentemente alertam para o problema da “coesão”, apontando que as ilhas mais pequenas poderão ficar para trás no desenvolvimento. Como no resto do país, apontam-se também críticas à aplicação dos fundos europeus em muitos investimentos "não reprodutivos".

Entre os desafios a vencer, estão também índices de desenvolvimento social que, apesar da melhoria, são, em alguns casos, os piores do país. É o caso do insucesso escolar e do abandono escolar precoce, que o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro reconheceu e sublinhou nas intervenções públicas que fez ao longo do primeiro ano do mandato que iniciou em Novembro de 2012, ser "um desafio absolutamente vital" e "estratégico", apelando para um "sobressalto cívico" nesta matéria, por considerar que o futuro da Região se joga na qualificação dos açorianos.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!