domingo, 31 de outubro de 2010

Empreendimento Pôr do Sol... à venda

Empreendimento composto por doze apartamentos de tipologia T2 e T3 e ainda um T4, a 50 metros do mar numa das zonas mais bonitas da ilha das Flores.

Anúncio inserido em 27 Outubro às 22h33
Anunciante: Castanheira & Soares, Lda.
Preço: 245 mil euros
Tipologia: T3
Área útil: 160 m²
Concelho: Lajes das Flores

Notícia: portal «Custo Justo».
Saudações florentinas!!

sábado, 30 de outubro de 2010

Não esqueça: vem aí a hora de Inverno!

A denominada “hora de Inverno” entra em vigor a partir das zero horas deste domingo, mantendo-se até finais de Março de 2011.

Deve efectuar-se a mudança da hora atrasando o relógio 60 minutos à 1 hora de amanhã (domingo), dia 31 de Outubro.

Refira-se que esta mudança da hora é estipulada por uma directiva comunitária, que determina que os países da União Europeia devem adoptar o horário de Inverno no último domingo de Outubro, independentemente do fuso horário em que se encontrem. O motivo da mudança de hora prende-se com um melhor aproveitamento da luz solar durante os meses de Inverno.


Notícia: «Jornal Diário», rádio Atlântida e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

«Brumas e Escarpas» #12

O ciclo do milho na Fajã Grande, nos anos 50

Parte IV – “Semear milho”

No que concerne à sementeira do milho o maior e primeiro cuidado que havia de se ter era o da escolha da semente. Milho para semear tinha que ser de boa qualidade e, por essa razão, aquele que se queria para semente era seleccionado entre o melhor de toda a produção. Cada agricultor escolhia a terra onde o seu milho era melhor ou uma zona da mesma onde tal acontecesse e guardava-o com maior cuidado. As maçarocas destinadas à semente deviam ser conservadas em lugar apropriado e, por vezes, até deviam ter tratamento especializado, para que o gorgulho, o maior inimigo do milho seco, não as estragasse. Milho semeado que eventualmente estivesse furado pelo gorgulho não nasceria. Quem não conseguisse milho adequado para a sementeira resultante da sua própria colheita, tinha que comprá-lo, de contrário sujeitar-se-ia a uma nula ou má colheita.

Obtida a boa semente agendava-se o dia da sementeira. Nas terras da beira-mar semeava-se em Abril e princípios de Maio e nelas, quando o milho começava a nascer, era-lhe plantada, pelo meio, a batata-doce. Nas restantes terras, porque mais frias, semeava-se quando o tempo já era mais quente, ou seja, no início do Verão.

Numas e noutras terras o milho era semeado em regos feitos por um arado de pau, de forma muito semelhante ao atalhar. Este arado, todo em madeira excepto a ponta que era em ferro, era puxado por uma ou duas reses. Estas, caso não estivessem habituadas ao trabalho, para além do lavrador que ia agarrado à rabiça, conduzindo o arado no sítio certo para o rego, carregando-o para que fizesse um bom rego e tangendo os animais, teriam que ter alguém que andasse na sua frente, conduzindo-as de acordo com as orientações do lavrador que tentava levar sempre o arado de forma a traçar regos paralelos e simétricos de uma extremidade à outra do campo. Era geralmente às mulheres que competia seguir atrás do arado, descalças, de lenço e chapéu na cabeça, atirando os grãos de milho para o respectivo rego. Esta tarefa exigia muita habilidade. Retirando punhados de milho de uma cesta que geralmente levavam enfiada no braço esquerdo iam atirando com a mão direita os grãos, uns após os outros, para os regos que eram sulcados pelo arado. Faziam-no com tanta agilidade e perícia que os grãozinhos caíam direitinhos bem no fundo do respectivo rego onde ficavam muito bem alinhados, juntinhos e equidistantes uns dos outros, para poderem nascer e crescer à vontade. Por vezes eram atirados de dois a dois para que nascesse um par de pezinhos de milho, como se fossem gémeos. Cada rego fechava-se com o abrir do rego seguinte, tapando assim os grãozinhos que ali ficavam a germinar durante alguns dias. Por fim a terra era novamente gradeada e alisada para que os grãos ficassem todos muito bem escondidinhos para que os pássaros os não comessem e também para que germinassem mais facilmente, com a ajuda do sol e da chuva dos dias seguintes. A sementeira do milho, sobretudo se a terra era boa e estava bem adubada, era muito densa e feita de forma a aproveitar muito bem todo o terreno. Este aproveitamento era tal que terminada a tarefa até se semeavam manualmente e com uma enxada os cantos que tinham ficado por lavrar, porque o arado não conseguira lá chegar.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A "Hora do Conto"... na Biblioteca

A Biblioteca Municipal de Santa Cruz leva a efeito a "Hora do Conto". Esta realizar-se-á todos os dias da parte da manhã, sempre que existir uma marcação.

Esta iniciativa é muito importante para as crianças, pois estimula a sua imaginação, enriquecendo o seu vocabulário e mostra-lhes novos mundos que elas desconhecem.

Contamos consigo na nossa "Hora do Conto" para explorar novos horizontes.


Notícia: sítio da Câmara Municipal de Santa Cruz.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conselho de ilha das Flores defendeu a revisão dos horários de voos da SATA para permitir a ligação diária a Lisboa

O Conselho de ilha das Flores pediu [na passada terça-feira, dia 12] ao Governo Regional dos Açores a revisão dos horários dos voos da transportadora aérea açoriana SATA, de forma a permitir uma ligação diária [desde a ilha das Flores] a Lisboa.

Esta posição consta de um memorando aprovado por unanimidade pelo Conselho de Ilha que foi formalmente entregue ao Governo Regional, no quadro da visita estatutária que o Executivo realizou a esta ilha do Grupo Ocidental.

Manuel Pereira, autarca socialista [de Santa Cruz] que preside ao Conselho de Ilha, salientou que o horário dos voos da transportadora regional para as Flores obriga muitas vezes os florentinos que se deslocam a Lisboa a pernoitar noutra ilha na viagem de regresso a casa. O comunicado do Conselho de Ilha refere, como exemplo, que, durante o mês de Outubro “não é possível fazer [a viagem] Lisboa-Flores às terças, quintas, sábados e domingos” sem que o passageiro seja obrigado a uma escala prolongada noutra ilha. Manuel Pereira recordou que já alertou o Executivo Regional para esta situação, lamentando que o horário de Inverno da SATA não tenha tido em atenção estas reivindicações, mas afirmou estar com esperança que a situação se altere depois da visita [estatutária] do Governo Regional à ilha das Flores.

Além dos transportes, os conselheiros florentinos estão também preocupados com o sector das comunicações, em especial com a obra de extensão do cabo de fibra óptica às ilhas do Grupo Ocidental, uma reivindicação com mais de uma década que ainda não foi concretizada. O presidente do Conselho de Ilha recordou que a obra “já foi adjudicada”, acrescentando que foi decidido colocar a questão no memorando a apresentar ao Governo Regional por se recear que as restrições financeiras impostas pelo Governo da República possam determinar a suspensão desta obra.

O memorando elaborado pelo Conselho de Ilha das Flores questiona ainda o Governo Regional sobre outros investimentos, como o processo de certificação da iluminação do Aeroporto das Flores, a beneficiação do Porto das Lajes, a reabilitação do Porto das Poças ou a melhoria das estradas regionais.


Notícia: rádio Atlântida, «Açoriano Oriental», «Jornal Diário», RTP/Antena 1 Açores e «Diário de Notícias».
Como resposta, na visita estatutária, o Governo Regional desvalorizou a exigência [realizada pelo Conselho de ilha] de alteração dos horários de voos da SATA para a ilha das Flores.

Saudações florentinas!!

“Visit Azores” com voo incluído = 260€

A campanha turística ‘VisitAzores com voo incluído’, que decorre de 15 de Outubro até 31 de Março de 2011, já recebeu a adesão de 56 agências de viagens e 53 unidades hoteleiras do arquipélago.

Nesta campanha turística, que inclui viagem aérea, são disponibilizados pacotes de viagens a partir de 260 euros por pessoa para cinco noites nos Açores e há promoções dirigidas a casais com filhos.

A “VisitAzores” é uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores e conta com a participação das transportadoras aéreas TAP e a SATA. As duas companhias aéreas “não definiram limites de lugares para esta campanha”.

O presidente da CCIA, Sandro Paim, afirmou na [passada] quinta-feira que esta campanha pretende “aumentar o fluxo turístico nos Açores na época baixa”, altura em que as unidades hoteleiras registam taxas de ocupação muito baixas.

Inicialmente estava previsto que os hoteleiros suportassem os encargos com as viagens dos turistas para os Açores, mas, segundo Sandro Paim, através de uma “união de esforços” e de uma “junção de interesses”, foi possível diluir o preço da passagem aérea no valor final. “Os hotéis reduziram as suas margens e as companhias aéreas SATA e TAP baixaram o custo das passagens para que pudéssemos chegar a estes valores”, frisou.


Notícia: rádio Atlântida e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

'Saudades dos Açores' já permitiu deslocação de cerca de cem emigrantes

O programa 'Saudades dos Açores', criado em 2003 pelo Governo Regional, já permitiu a deslocação ao arquipélago a cerca de uma centena de emigrantes que há mais de duas décadas não se deslocavam aos Açores por motivos económicos.

Esta iniciativa, promovida pela Direcção Regional das Comunidades, destinava-se inicialmente a emigrantes nos Estados Unidos da América e Canadá, foi posteriormente alargado às Bermudas e este ano passou também a abranger o Brasil, proporcionando uma estadia nos Açores de cerca de uma semana.

Este ano, segundo revelou a directora regional das Comunidades, Maria da Graça Castanho, foram apresentadas 31 candidaturas, das quais 15 oriundas dos EUA, 10 do Canadá e as restantes 6 do Brasil. Maria da Graça Castanho salientou que, tendo em conta o número limite de participantes, foram excluídas 11 candidaturas, pelo que se deslocam aos Açores 20 emigrantes dos EUA, Canadá e Brasil.

Estes açorianos que emigraram e não visitam o arquipélago há mais de 20 anos, estarão nos Açores entre 5 e 13 de Novembro, sendo 19 naturais de São Miguel e apenas um de Santa Maria, revelou a directora regional das Comunidades.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Terá saído coradinha de vergonha?

A presidente da Associação de Turismo dos Açores, Cristina Ávila, apresentou hoje o pedido de demissão do cargo, alegando motivos de natureza pessoal.

Cristina Ávila ocupa[va] a presidência da Associação de Turismo dos Açores há cerca de 7 anos, tendo tomado posse pela última vez em Outubro de 2009 para um mandato que apenas deveria terminar em 2012.

O capital social da Associação de Turismo dos Açores é detido maioritariamente pelo Governo Regional dos Açores (40%) e pela transportadora aérea açoriana SATA (30%), estando o restante distribuído pela Câmara de Comércio e Indústria dos Açores e por empresas ligadas ao sector.

A Associação de Turismo dos Açores esteve recentemente envolvida numa polémica relacionada com a realização de uma festa de promoção turística dos Açores [que custou 200 mil euros] por ocasião da Bolsa de Turismo de Lisboa.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida, portal «Agência Financeira» e TurisVer - Portugal Travel Guide.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

XI JuveArte: teatro no próximo sábado

A décima primeira edição do Festival de Teatro JuveArte vai decorrer nos Açores entre 19 e 23 de Outubro, contando com mais de uma dezena de espectáculos em São Miguel, Terceira, Faial e Flores.

Fruto de importantes parcerias com entidades públicas e privadas, o XI JuveArte – Festival de Teatro estará, pelo segundo ano consecutivo, em quatro ilhas do arquipélago dos Açores e conta com a participação de grupos teatrais oriundos das ilhas Terceira e Faial e das cidades do Porto, Lisboa e São Paulo (Brasil). O presidente da Associação de Juventude da Candelária, entidade organizadora do evento, congratulou-se com o facto de os grupos teatrais participarem no festival sem qualquer contrapartida financeira.

No último dia do festival (sábado, 23), o teatro chega a quatro ilhas dos Açores, com o Coliseu Micaelense a acolher “À Espera de Godot” pelo Teatro de Giz, da Horta; a Terceira recebe “Invasão” pelo Entretanto Teatro, do Porto; o Faial acolhe “Elas Sou Eu” pelo Novo Teatro, de Cascais; e a ilha das Flores recebe “Os Monólogos da Vagina” pela LC, Sem Companhia, Teatro Experimental da Terceira.


Notícia: «Jornal Diário», rádio Atlântida e jornal «A União».
Saudações florentinas!!

domingo, 17 de outubro de 2010

A ilha das Flores no "Vimeo" (II)

Voltamos a encontrar no «Vimeo» [sítio de partilha de vídeos na internet] um "filme" da ilha das Flores, desta vez sobre a Aldeia da Cuada, intitulado: «The most western island of Europe», da autoria de Alexandre Jesus e com o seguinte texto descritivo: "In the 60s a large number of the inhabitants of Cuada followed the footsteps of many Azoreans who had emigrated to the New World. The village, where so far motor vehicles have never entered, all most of its houses abandoned. Along a Roman-style cobbled street you see a great variety of scenery. The dominant features of this rare beauty are the peculiar formations of basaltic rock, in contrast with luxuriant green of the high slopes, from where impressive cascade of crystal clear water."
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Misericórdia abre «Casa dos Cedros»

A Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz das Flores vai criar quatro postos de trabalho com o projecto «Casa dos Cedros», a lançar já em Outubro. Este projecto de economia solidária nasce nos Cedros, a freguesia mais pobre da ilha das Flores. A iniciativa foi destacada num seminário sobre empreendedorismo e desenvolvimento local feminino, promovido pela CresAçor.

Notícia: «Telejornal» da RTP/Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

«Brumas e Escarpas» #11

O ciclo do milho na Fajã Grande, nos anos 50

Parte III – Preparação das “Terras de Oitono”

Nas chamadas “terras de oitono”, ou seja, naquelas em que era semeado, entre o milho, trevo, erva da casta ou até favas, que ficavam mais distantes do mar e onde durante os meses de Abril e Maio as vacas estavam amarradas à estaca ou “à cordada”, a preparação dos terrenos para o semear do milho era um pouquinho diferente da das terras da beira-mar. Aquelas terras ficavam situadas nos seguintes lugares: Ribeira das Casas, Calhau Miúdo, Mimoio, Ladeira, Fontinha, Alagoeiro, Ribeira, Fonte de Cima, Batel, Bandeja, Queimadas, Vale da Vaca, Descansadouro e, uma ou outra, no Delgado.

Em primeiro lugar, estas terras geralmente não eram enriquecidas nem com esterco nem com sargaço. Por um lado, porque a maior parte dos acessos a muitas delas, como por exemplo às do Mimoio, Ladeira, Queimadas e Bandeja, eram canadas íngremes e apertadíssimas por onde os carros de bois não conseguiam passar e, por outro, porque aqueles produtos eram geralmente gastos nas outras terras. Além disso e, regra geral, estas terras eram muito bem adubadas pelas vacas enquanto lá estavam amarradas à estaca. É que estas ficavam ali presas dia e noite, mesmo em dias de chuva (só em dias de temporal eram trazidas para os palheiros), tendo muitas vezes, para além da comida que a “cordada” das forrageiras lhes proporcionava, um suplemento alimentar constituído por gavelas de erva, de incensos de couve ou de outra comida, precisamente para que os animais permanecessem mais tempo em todos e cada um dos pedacinhos de terra, a fim de estrumar melhor o campo onde, algum tempo depois havia de ser semeado o milho. Apenas quando as terras, por qualquer razão, não eram bem “trilhadas” ou seja adubadas pelas vacas se enriqueciam, então, com um ou dois sacos de adubo ou, eventualmente, com meia dúzia de carradas de esterco.

A batata-doce nestas terras também não se misturava com a cultura do milho. Era cultivada em regime de exclusividade, em terras para tal preparadas e designada por batata-doce de latada e era esta que, por ser de melhor qualidade, se destinava à alimentação das pessoas. Na maioria destas terras cultivava-se o milho em regime de exclusividade, pelo que este nascia e crescia orgulhosamente só, até deitar espiga. Só então por entre os milheirais já crescidos e espigados se espalhava a semente de trevo ou de erva da casta que depois era coberta ou misturada na terra com um ancinho para de seguida nascer, crescer e florir após a apanha daquele cereal, transformando os campos em maravilhosos tapetes verdes matizados de vermelho, branco, rosa e azul, com que as vaquinhas se haviam de regalar mais tarde.

De resto, todo o processo de preparação do terreno, no que dizia respeito ao lavrar, gradar e atalhar, era rigorosamente igual aos das outras terras. Primeiro eram lavradas com o arado de ferro, de seguida gradadas uma e duas vezes, com a grade de bicos para desfazer os “torrões” e, mais tarde, atalhadas. No entanto, o lavrar aqui era muito mais difícil e tornava-se mais cansativo para os animais que puxavam o arado, uma vez que o terreno estava rigorosamente muito mais endurecido.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Contratos de ajuste directo... alguns (misteriosamente) desapareceram!

Os casos detectados de desaparecimento de contratos têm todos a ver com o Governo Regional dos Açores.

Do sítio oficial do Governo da República [para contratos públicos de ajuste directo] desapareceram dois contratos de ajuste directo feitos por organismos do Estado. Em causa está um contrato relativo à iniciativa das «Novas Sete Maravilhas de Portugal», no valor de um milhão e meio de euros, pago pela Associação de Turismo dos Açores. O outro contrato [também realizado pela Turismo dos Açores] é referente a uma festa organizada no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa, a rondar os 200 mil euros.

Notícia: «Telejornal» da RTP 1, «Diário de Notícias», «Público», «Jornal Diário» e (inicialmente, ontem no) «Diário dos Açores».

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Cumpra-se então isso nas Flores, já!

Carlos César contra depósito ilegal de lixo: o presidente do Governo Regional diz que é preciso acabar com o depósito "vergonhoso" de lixo nas ribeiras e linhas de costa dos Açores.

Notícia: Telejornal da RTP/Açores (com vídeo).

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fim das ligações marítimas em 2010

Serão efectuadas, durante o Inverno, apenas as ligações entre as ilhas das Flores e do Corvo, pelo barco Ariel.

O navio Santorini terminou hoje as operações de transporte marítimo de passageiros e viaturas em 2010. Marcando o fim das ligações entre as ilhas dos Açores deste ano, a empresa realizou hoje uma última ligação entre Santa Maria e São Miguel, pelas 9 horas.

A AtlânticoLine refere ainda que, “apesar de completamente alheia à situação, lamenta profundamente os transtornos causados aos passageiros afectados [nos últimos dias] pelo mau tempo”.


Notícia: «Jornal Diário».
Entretanto, continuam as negociações entre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo e o Governo bolivariano da Venezuela para a venda do ferryboat Atlântida.

Saudações florentinas!!

domingo, 10 de outubro de 2010

Governo Regional visita ilha das Flores

O Governo Regional dos Açores realiza na próxima semana as suas visitas estatutárias às ilhas do Grupo Ocidental, deslocando-se à ilha das Flores de segunda a quarta-feira e ao Corvo na quinta-feira.

Logo no primeiro dia da visita à ilha das Flores, o presidente do Governo [Regional] preside à cerimónia de lançamento da primeira pedra das obras de infra-estruturas do Loteamento da Terça, em Santa Cruz, e, ao final da tarde, inaugura a sede da Junta de Freguesia da Caveira, que foi objecto de obras de remodelação.

Na terça-feira, Carlos César, depois de inaugurar a nova Escola Básica 1,2/Jardim de Infância das Lajes, visita nessa mesma vila as obras de construção do Centro de Resíduos das Flores, para mais tarde, já na outra vila florentina, presidir à cerimónia de inauguração da unidade de hidroterapia do Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores e ainda à reunião do Executivo [Regional] com o Conselho de Ilha.

Para o último dia da visita governamental à mais ocidental das ilhas do arquipélago está agendada a inauguração do Caminho dos Ferros Velhos, uma obra integrada na reabilitação de 21,4 quilómetros de estradas regionais da ilha das Flores.

Durante a visita [estatutária], vão ser também inaugurados o Miradouro do Lajedo, o reservatório de abastecimento de água à lavoura dos Vales, em Santa Cruz, e as obras de beneficiação do caminho rural da Caldeira da Lomba.

A habitual reunião do Conselho do Governo [Regional] decorrerá durante a tarde de quarta-feira, ao que se seguirá a leitura do comunicado final.


Notícia: jornal «A União» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sábado, 9 de outubro de 2010

223 passageiros retidos na ilha das Flores deverão viajar este domingo

Um total de 223 passageiros que tinham voos "com origem e destino para a ilha das Flores", estão retidos devido ao cancelamento de ligações da SATA Air Açores, provocado pelo mau tempo. Entretanto, a AtlânticoLine estima retomar "a partir das 00h01" as ligações marítimas entre as ilhas dos Açores, canceladas desde quinta-feira no arquipélago.

Devido ao mau tempo, a SATA Air Açores cancelou ligações de e para a ilha das Flores, afectando um total de 223 passageiros, que só deverão ser transportados este domingo.

O porta-voz da SATA, José Gamboa, adiantou que "do total dos 223 passageiros, 109 são de ligações [aéreas] canceladas hoje, enquanto os restantes estão retidos desde quinta-feira".

Segundo a SATA, a operação aérea entre as restantes ilhas "decorre com normalidade", tendo a transportadora efectuado hoje voos para "as ilhas de São Jorge, Pico e Corvo". A transportadora pretende repor no domingo as ligações canceladas, caso as condições meteorológicas assim o permitam.


Notícia: jornal «Destak», SiC e «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

100 anos do Farol da Ponta das Lajes

Embora em 1881, como reflecte o Plano Geral aprovado dois anos mais tarde, se previsse a edificação de um farol na Ponta dos ilhéus de Água Quente, acabaria em 1894 por se decidir instalá-lo na Ponta das Lajes.

Conforme consta da memória descritiva e justificativa:

"Tendo sido encarregado de estudar e escolher, com o capitão-de-fragata Xavier de Brito, um ponto ao S.E. da ilha das Flores para a collocação de um pharol, depois de termos percorrido todos os pontos ao sul da ilha das Flores, desde a Ponta do Capitão até à rocha Alta, achamos que o único sítio (...) era a Ponta das Lajes ou Ponta S.E. da ilha das Flores.

A Ponta das Lajes acha-se situada entre a Ponta do Capitão (para Este) e a Ponta da Lomba Grossa (para Oeste). As razões que nos levaram a escolher este ponto de preferência a qualquer outro foram a sua situação avançada para Sul Este que lhe faz abranger um sector de 208º, a sua pouca altura acima do nível do mar e a proximidade em que se acha da vila das Lajes que fica apenas a 1,5 kilómetros do sítio escolhido para a collocação do pharol e as boas condições geológicas do terreno que devem simplificar a construção.

O farol na ponta SE da ilha, ilumina não só o Sul, o que é de grande vantagem para a navegação que vinda da América procura esta luz, mas também o canal entre a ilha das Flores e a do Fayal."

A Comissão encarregada em 1902 de propor as alterações a introduzir no Plano Geral aprovado em 1883, pronunciar-se-ia pela instalação na Ponta das Lajes de um aparelho de 2ª ordem, mostrando três clarões brancos de 15 em 15 segundos, cujo preço era de 49 mil francos.

O farol da Ponta das Lajes entrou em funcionamento em 10 de Outubro de 1910, conforme atesta o Aviso aos Navegantes nº 6, de 29 de Agosto de 1910:

"Communica a Direcção Geral da Marinha o seguinte:
Que no dia 10 de Outubro de 1910 principiará a funccionar o pharol da Ponta das Lages, ponta SE da ilha das Flores. O apparelho iluminante é dióptrico de 2ª ordem de rotação, mostrando grupos de 3 clarões brancos e rápidos de 20 em 20 segundos, e compõe-se de dois grupos de três lentes de 0m,70 de distância focal. Está montado em torre de alvenaria, de secção quadrada de 10 metros de altura, do solo à aresta superior da cornija. Sobre esta ergue-se a lanterna de secção circular com murette e cúpula metallica, pintada de roxo-terra. Junto à torre e symetricamente dispostos a Este e Oeste d’ella estão os edifícios, de um só pavimento, para habitação dos faroleiros. A pequena distância a NE fica a villa e porto das Lages. O horizonte marítimo iluminado é de 208º30’. (...) O alcance luminoso em estado médio de transparência atmospherica é de 32 milhas."

O farol da Ponta das Lajes entrou em funcionamento em 10 de Outubro de 1910. A sua torre tem, na sua totalidade, 16 metros de altura e 99 metros de altitude, sendo a fonte luminosa um candeeiro de nível constante a petróleo. A rotação da óptica era produzida através da máquina de relojoaria. Em 1938 o candeeiro de nível constante foi substituído pela incandescência pelo vapor do petróleo.

Foi electrificado através de grupos eletrogéneos em 1956 e a fonte luminosa passou a ser uma lâmpada de 3.000 watts, permitindo um alcance de 29 milhas. A potência da fonte luminosa foi reduzida em 1984 com a instalação de uma lâmpada de 1.000 watts/120 volts, passando o alcance para 26 milhas. O farol foi electrificado em 1990 com energia da rede pública.

Entre 3 de Outubro de 2000 e 18 de Outubro de 2001 decorreram obras de remodelação no farol. Por este motivo, durante este período, funcionou um farolim provisório em substituição do aparelho iluminante do farol. As obras de remodelação do farol ascenderam a 130 mil contos, ficando equipado com a mais moderna tecnologia, suportada em meios informáticos, a partir de 2001, permitindo aos técnicos da Direcção de Faróis entrar no sistema do farol a partir da Central de Faróis, em Paço de Arcos.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quase dois terços da nossa população activa tem apenas formação do 6º ano

Mais precisamente 58,51% da população activa açoriana tem apenas o 6º ano de escolaridade. Se a situação portuguesa é má, das piores da União Europeia e da OCDE, os indicadores dos Açores são ainda piores, mais concretamente os da pior região portuguesa. Percentagens que revelam que mais de metade da população tem uma escolarização mínima; segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, os Açores têm 33,89% da população activa com o 4º ano de escolaridade.

Refere Fernando Diogo (sociólogo e professor da Universidade dos Açores) que um estudo nacional mostra que a probabilidade de se ser pobre aumenta dramaticamente se a escolaridade dos representantes adultos do agregado familiar for inferior à 4ª classe. E sublinha Fabíola Cardoso que os Açores a nível do ensino básico tem apenas 0,8% de incidência de abandono escolar. “Números baixos e assim terá de ser, mas já tivemos números muito elevados e foi um percurso difícil que felizmente está a surtir os seus frutos”, refere a Directora Regional da Educação. “Temos que manter este desígnio porque enquanto houver um aluno a abandonar o sistema de ensino é óbvio que em relação aquele aluno o sistema falhou e nós não queremos falhar com nenhuma criança açoriana”, afirma Fabíola Cardoso.

Um estudo da OCDE revela que em 2008 há uma diferença substancial de rendimentos em função da escolaridade. Quanto maior for a escolaridade, maior probabilidade de os rendimentos serem superiores. Portugal é ainda dos países que mais se valoriza em relação ao efeito qualificação-vencimento. Mas já para os Açores alguns contornos podem dificultar esta apreciação. Para não falar do facto dos Açores ter já de si as taxas de escolarização mais baixas do país, acrescente-se um mercado de trabalho constituído pela força da construção civil, agricultura, turismo e os serviços do Estado. “Fora os serviços do Estado, todos os outros sectores tendem a exigir funcionários com mão-de-obra menos qualificada”, reflecte Fernando Diogo. Ainda assim, “havendo algumas dificuldades ao nível de empregar toda a gente com qualificações elevadas nos Açores, por causa da forma como o mercado de trabalho está organizado e por causa de sectores de actividade fortes, apesar de tudo é uma má ideia não estudar”, considera o sociólogo.

O que se faz para redimir perante tais números? “Iniciativas como as Novas Oportunidades, cursos de educação para adultos e regresso em força dos cursos profissionais à escola”, revela com agrado Fernando Diogo, ou no caso especifico dos Açores “não só através do ensino recorrente [com garantias de que se prolongará pelo menos mais um ano lectivo na Região], como com o programa ‘ReActivar’ que tem uma incidência muito grande precisamente nestes públicos adultos com baixas qualificações e mesmo para os analfabetos”, assegura Fabíola Cardoso.

Nos Açores destaca-se o ensino profissional que tem garantido o sucesso e aproveitamento de muitos, superiorizando percentualmente, e pela positiva, às taxas do restante país. Será talvez “a grande consolação” dos açorianos, que embora não estejam tão mal nos índices económicos que a restante média nacional, fazem parte da mesma conjuntura económica e quando a economia tomba… é para todos. Somadas as ciências mais vale estudar, até porque para Fernando Diogo, que concluiu num tom apreensivo: “as pessoas mais desqualificadas, aqueles indivíduos que estão em situação de pobreza, que são analfabetos, que têm uma 2ª ou 3ª classe, que trabalham em actividades esporádicas e depois não arranjam emprego, que se encontram na base da escala social, não estão a aceder a estas novas oportunidades que estão a ser criadas pelo Governo da República e pelo Governo Regional”.


Notícia: «Diário dos Açores».
Por outro lado, leia-se uma outra notícia: "parque automóvel dos Açores é dos mais recentes e renovados do país".

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aviso: agravamento do estado do tempo

O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores recomenda que sejam tomadas as devidas precauções.

Uma depressão em fase de cavamento com um sistema frontal associado irá provocar um agravamento do estado do tempo a partir da tarde de hoje no Grupo Ocidental, com chuva por vezes forte, progredindo com um aumento do vento com rajadas que poderão atingir os 100 km/hora e ondas que poderão atingir os nove metros.

No Grupo Ocidental (ilhas das Flores e do Corvo), entre as 12 horas e as 21 horas de hoje esperava-se chuva que poderia ser forte, enquanto a partir das 3 horas de quinta-feira o vento vai aumentar de intensidade, com rajadas entre 64 e 75 km/hora, situação que se manterá até às 3 horas de sexta-feira. Ainda neste grupo de ilhas, o alerta meteorológico hoje divulgado indica que, entre as 6 horas de quinta-feira e as 12 horas de sábado ocorrerá agitação marítima com ondas de noroeste entre cinco a sete metros.

Este agravamento do estado do tempo é originado, segundo o Instituto de Meteorologia, por uma “depressão em fase de cavamento com um sistema frontal associado”.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

«Brumas e Escarpas» #10

O ciclo do milho na Fajã Grande, nos anos 50

Parte II – A preparação dos campos nas terras junto ao mar

A preparação dos terrenos situados entre a beira-mar e as casas, ou seja as terras do Areal, das Furnas e do Porto, para se semear o milho, era efectuada de forma desigual e em tempos diferentes das restantes, ou seja das chamadas “terras do Oitono” e que se situavam entre as casas e as relvas ou até já misturadas com estas e, por conseguinte, mais distantes do mar. Por essa razão aqueles terrenos eram mais quentes e estes últimos mais frios, o que, no que respeita às tarefas do cultivo do milho, obrigava necessariamente a um tratamento e a uma calendarização diferentes.

As terras da zona mais próxima do mar, dada a sua fecundidade, regra geral, produziam vários produtos agrícolas durante todo ano, destacando-se três: couves, milho e batata-doce. A estes porém juntava-se muitos outros produtos: abóboras, bogangos, feijão, cebolas, etc. As couves, que cresciam acompanhadas das abóboras e dos bogangos, antecediam o cultivo do milho enquanto a cultura da batata-doce e as restantes eram simultâneas da daquele cereal.

As couves eram obtidas da plantação da couvinha que desabrochava em canteiros, num ou noutro canto da terra onde as sementes de couve haviam sido semeadas e muito bem adubadas. Os pés de couvinha eram espalhados sobre a terra e plantadas à enxada logo após a apanha do milho e da batata-doce e destinavam-se quase totalmente à alimentação do gado bovino e do suíno, devendo, neste último caso, serem cozidas. Além disso enrijeciam e fortaleciam a terra, pois ao serem cortadas pelo caule afim de serem transportadas em molhos para os palheiros, deixavam no terreno uma raiz muito forte, que, mais tarde, teria que ser arrancada, sacudida e geralmente atirada para cima dos marouços ou então deixada a apodrecer, transformando-se assim numa espécie de estrume vegetal, ajudando a fortalecer o terreno que aguardava o semear do milho. A estes e outros resíduos, porém juntavam-se carros e carros de bois bem cheiinhos de estrume ou de sargaço, que se iam despejando em montículos mais ou menos equidistantes uns dos outros. De seguida, todo este “adubo orgânico” era espalhado equitativamente por toda a terra, com garfos, de forma a cobrir muito bem coberta toda a superfície arável do campo.

Só então se procedia ao lavrar ou “abrir” do terreno, tarefa efectuada com o arado de ferro puxado por uma valente junto de bois ou, para quem não os tinha, uma junta de vacas. Na Fajã havia dois ou três lavradores que tinham junta de bois com as quais “davam dias para fora”, ou seja lavravam os campos de quem necessitava mediante pagamento, tornando-se assim numa espécie de profissionais da lavoura. O arado de ferro, como o nome indica, era em grande parte construído em fero e tinha uma ponta muito bem afiada e uma enorme aiveca lateral, presa ao timão por um gancho que revirava ora para um lado ora para o outro, permitindo assim ao lavrador que a voltasse sempre para o lado do terreno que já estava lavrado. O lavrar dos campos iniciava-se geralmente com três voltas na periferia do terreno, num movimento contrário aos ponteiros de um relógio. De seguida efectuava-se de lés a lés, ao comprido ou ao atravessar do campo, sendo que, no caso de este ser inclinado se efectuar sempre de forma a que o revolver da terra a atirasse para a parte mais alta, permitindo assim ao terreno manter a sua forma e estrutura iniciais.

A etapa seguinte era a de gradar. O objectivo era desfazer as leivas e os torrões, tarefa efectuada com uma grade de madeira, com os picos de ferro voltados para baixo, e em cima da qual geralmente se colocavam algumas pedras bem pesadas. Por vezes, para fazer mais peso, era permitido às crianças, para seu gáudio, sentarem-se em cima da grade. Outras vezes era o próprio homem que a segurava com uma corda, que a guiava e que conduzia os animais que se colocava de pé em cima dela, substituindo ou aumentando o peso das pedras. De seguida efectuava-se um novo gradeamento, com a grade ao contrário, ou seja com os ferros voltados para cima, sendo que desta feita apenas só pedras lá se colocavam. O objectivo, desta feita, era alisar a terra, a qual, algum tempo depois, era “atalhada” com o arado de pau e novamente gradada, com a grade de costas.
Só então o terreno estava pronto para se semear o milho.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um centro educativo ambiental... online

O SIARAM (Sentir e Interpretar o Ambiente dos Açores) está disponível desde o passado dia 30.

Este centro educativo ambiental online contém um "repositório de informação que foi construído e pensado essencialmente para o sistema educativo". Estão disponíveis um conjunto de materiais que permitem a qualquer professor "descarregar a partir dali as imagens, sons ou textos e construir as suas próprias lições", adiantou o secretário regional do Ambiente e do Mar. Segundo Álamo Meneses, o lançamento deste projecto em 2010 tem um significado muito especial, pois é uma forma de assinalar o Ano Internacional da Biodiversidade, que ocorre precisamente durante o corrente ano.

O novo sítio aborda áreas como a Situação Geográfica, Fauna, Flora, Vegetação, Zonas Costeiras, Paisagem, Vulcanismo e Cavidades Vulcânicas. Sob o tema genérico "O Homem e a Natureza", o projecto trata ainda de temas como o Património Cultural, Reservas da Biosfera, Energia e Recursos Hídricos, Naturalistas nos Açores e Centros de Interpretação.


Notícia: «Jornal Diário», rádio Atlântida e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Jornadas Parlamentares do PS/Açores nas ilhas ocidentais... foram canceladas

O previsível agravamento do estado do tempo nos próximos dias nas ilhas das Flores e do Corvo originou o cancelamento das Jornadas Parlamentares do PS/Açores, que deveriam começar na terça-feira.

Os socialistas açorianos, tendo em conta as previsões meteorológicas para o resto da semana, recearam que o estado do tempo pudesse inviabilizar a presença dos deputados regionais na reunião da Comissão Permanente da Assembleia Legislativa dos Açores que está marcada para sexta-feira.

Nesta reunião, que terá lugar na Horta, estará em discussão a revisão constitucional no que se refere à extinção do cargo de Representante da República. O PS e o PSD estão de acordo quanto à extinção deste cargo, mas não se entenderam ainda quanto à distribuição dos seus poderes, defendendo os socialistas que devem ser maioritariamente atribuídos ao presidente do parlamento regional, enquanto os social-democratas entendem que devem passar para um novo cargo, cujo titular deve ser eleito em sufrágio universal.

As jornadas parlamentares do PS/Açores deveriam começar na terça-feira no Corvo, a mais pequena ilha do arquipélago, onde os deputados iriam visitar algumas obras em curso, como a Torre de Controlo do Aeródromo, o Pavilhão Multiusos ou a nova Lota. Ao final da tarde, os deputados regionais socialistas seguiriam para a vizinha ilha das Flores, onde permaneceriam até quinta-feira em visitas e contactos com entidades locais.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 3 de outubro de 2010

Última actividade sísmica sentida pela população da ilha das Flores data de finais do séc. XIX ou início do séc. XX

As ilhas das Flores e do Corvo encontram-se localizadas num ambiente designado por intraplaca.

‘A frequência dos tremores de terra que está em relação com as grandes linhas de fractura da crosta terrestre’, ou seja, a sismicidade, é um fenómeno a que os açorianos, regra geral, estão habituados. Mas nem todos... mais para ocidente, concretamente nas ilhas das Flores e do Corvo o senso comum e o registo histórico não considera da mesma forma tal acontecimento e rege-se pela salvaguarda de que tal não acontece, pelo menos, com a mesma frequência. E aqui parece existir algum consentimento por parte dos especialistas. A placa tectónica americana, da qual fazem parte as ilhas do Grupo Ocidental e o vulcanismo activo são duas formas susceptíveis de actividade sísmica, mas os registos históricos e as informações das estações locais, e não locais, de rastreio desta acção não dão azo a registos mediáticos ou científicos tão intensos como a das restantes ilhas dos Açores.

De acordo com Teresa Ferreira, coordenadora do CIVISA (Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores), o enquadramento geodinâmico quer da ilha das Flores quer do Corvo é completamente distinto do enquadramento das restantes ilhas do Grupo Central e do Grupo Oriental. Flores e Corvo encontram-se localizadas num ambiente designado por intraplaca, estão no interior de uma placa tectónica (a americana). As outras ilhas estão numa zona de fronteira de contacto com duas placas tectónicas (a placa euro-asiática e a placa africana). Mas há mais a acrescentar ao puzzle que forma a geologia das ilhas açorianas. Entre a ilha das Flores e a ilha do Faial passa a crista média atlântica que é outra zona de fronteira de placas tectónicas, que de norte a sul tem uma fronteira em contacto entre placas distintas (numa zona mais a norte o contacto dá-se entre a placa americana e euro-asiática e mais a sul entre a americana e a africana). “Esta zona de fronteira é uma zona submarina onde vai tendo regularmente actividade e também actividade vulcânica, uma vez que é uma das muitas regiões do globo onde se está quase que continuamente a gerar a crosta oceânica”, explica Teresa Ferreira.

E é aqui que entra o registo do Instituto de Meteorologia que informou no passado dia 13 de Agosto que pelas “7h58 foi registado nas estações da rede sísmica do arquipélago dos Açores um sismo de magnitude 4.2 na escala de Richter e cujo epicentro se localizou a cerca de 330 kilómetros a sudoeste da freguesia do Lajedo”. Mas como esclarece Teresa Ferreira, não ocorreu na ilha das Flores, mas muito longe (mais de 300 kilómetros), simplesmente as Flores é a ilha que se encontrava mais perto do epicentro. Ou seja, “por vezes são registados sismos “na ilha das Flores” com origem na crista média atlântica (nos seus diferentes sectores - mais a norte ou mais a sul - dependendo da magnitude do evento e se as ondas sísmicas geradas têm energia ou não para chegar até próximo das ilhas) o que não significa que possam ser sentidos. Só seriam sentidos se fossem bastante fortes”, aclara Teresa Ferreira.

O sismo referido e registado (dia 13 de Agosto), tal como os “provenientes” da crista média atlântica “teriam que ser sismos muito fortes para serem sentidos”, evidencia Teresa Ferreira. E para reforçar tal facto, “o número de sismos sentidos na ilha das Flores é extremamente reduzido em termos históricos. Praticamente não temos quase informação sobre este assunto, pois é muito reduzida (isto no que diz respeito aos sismos de origem tectónica e associados à Região das várias fronteiras de placas onde se encontra situado o arquipélago dos Açores)”, revela Teresa Ferreira.

Os últimos sismos sentidos no ponto mais Ocidental da Europa datam de finais do século XIX ou início do século XX. Isto, tratando-se de informação respeitante a sismos locais, bem como de sismos mais distantes porque “uma zona é afectada em função dos sismos locais (pequena magnitude, mas que cuja magnitude e face à proximidade do epicentro é suficiente para que seja sentido), como também com sismos mais distantes (com magnitude muito maior possam ser sentidos)”, relata Teresa Ferreira que sublinha “para a ilha das Flores a informação é reduzida”, sinónimo de pouca actividade.

Faltando referir, mas não menos importante, que o vulcanismo é também responsável por actividade sísmica. O arquipélago dos Açores tem 26 vulcões e sistemas vulcânicos activos, mas nenhum indicia entrada em actividade e na ilha das Flores há um sistema vulcânico activo (as lagoas) e no Corvo um vulcão considerado activo. A sismicidade, associada aos fenómenos vulcânicos, é uma sismicidade muito mais localizada. Para Teresa Ferreira “a ilha das Flores é uma ilha que apesar de não ter tanta actividade sísmica como as restantes teve num passado recente, em termos geológicos, actividade vulcânica. Por isso do ponto de vista de actividade vulcânica, pensamos que tem potencial para, face à actividade vulcânica ocorrida e que não foi registada há muito tempo (2 a 3 mil anos o que é pouco em termos geológicos), ter actividade vulcânica no futuro. Como tal, é uma ilha que é interessante deste ponto de vista e temos tido um reforço da monitorização dessa ilha”, conta. Por exemplo, a ilha Graciosa com dois sistemas vulcânicos activos, tem a última erupção sensivelmente ao mesmo tempo que a ilha das Flores.

Quanto ao vulcanismo ‘a Ocidente’, “consideramos ter um sistema vulcânico activo, uma vez que as erupções mais recentes são aquelas que deram origem ao centro da ilha: Lagoa Funda, etc, as várias lagoas que são uma das imagens de marca da ilha das Flores”. Ainda assim, e mesmo que tenha havido esporadicamente vigilância sísmica esta “não tem sido feita com a mesma intensidade com que na outras ilhas do arquipélago porque em termos de um conjunto [as restantes ilhas] têm uma actividade muito superior”, frisa Teresa Ferreira. Mais: “quando instaladas e quando algumas estações estão operacionais a sismicidade registada tem sido praticamente local, nula”, afirma Teresa Ferreira, acrescentando que regista-se desde que haja equipamento instalado, mas quanto a sismicidade assinalada à própria ilha das Flores é muito fraca”. E sublinhe-se a actividade é muito fraca em termos de quantidade de registos e na força de energia que estes possuem. Ainda assim, [actividade sísmica nas ilhas das Flores e do Corvo] “merece toda a nossa atenção e temos tentado fazer o reforço de monitorização regularmente”, concluiu Teresa Ferreira.


Notícia: «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

sábado, 2 de outubro de 2010

Desinteresse nos voos para os Açores?

A TAP e a SATA desmentiram à «TV.Net» que a redução das indemnizações compensatórias do Estado possa afastar o interesse dessas companhias aéreas em fazer as ligações aéreas entre os Açores e o Continente.

“A notícia não tem nada de real, não tem qualquer fundamento ou qualquer facto que conduza a estas conclusões”, revelou fonte oficial da TAP à «TV.Net».

Acrescenta mesmo que “o que aparece explanado e explicado não é matéria factual é matéria da própria jornalista” do «Jornal de Negócios» que avançava [ontem] que a TAP e a SATA recebem indemnizações [compensatórias] para efectuarem as rotas dos Açores e caso o valor seja reduzido, [ess]as companhias aéreas podem [assim] deixar de estar interessadas em fazer as viagens por [então já] não ser rentável.

Em declarações à «TV.Net», a mesma fonte explicou que “o serviço para os Açores é um serviço ao abrigo de um estatuto muito próprio... É considerado serviço público. Como tal tem condições e obrigações muito próprias”. E reafirmou que “não há nada neste momento... Tudo está a decorrer normalmente e não existe nada que faça prever uma alteração”.

Também a SATA desmentiu esta notícia. Fonte oficial da companhia açoriana garantiu à «TV.Net» que “em momento algum colocámos a hipótese de acabar com as ligações entre o Continente e as ilhas”. A mesma fonte referiu que não faz sentido essa afirmação “porque a SATA é a companhia aérea dos Açores”. “Neste momento é ainda prematuro qualquer acção sobre o assunto”, acrescentou.


Notícia: TV.Net.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pensionistas com cortes nas reformas, famílias que vão ficar sem abono e funcionários públicos com menores salários: agradeçam-lhe os submarinos!

Paulo Portas (líder nacional do CDS/PP) irá estar este sábado (amanhã) na ilha das Flores.
Os pensionistas que vão sofrer cortes no valor da sua reforma para a qual descontaram durante décadas de trabalho, as famílias que irão perder o direito ao abono pelos seus filhos menores e também os funcionários públicos que vão ver diminuir os seus salários (devido às medidas de austeridade aplicadas pelo Governo do PS de José Sócrates), bem podem ainda dar graças a Paulo Portas pelo nosso "rico" país estar a gastar 2 mil milhões de euros na compra de (tão necessários que nos são!) dois submarinos!
A decisão foi dele! O negócio é dele! Agradeçam, pois então, a Paulo Portas! Sejam agradecidos ao presidente do CDS/PP!