«Jovens florentinos devem saber arriscar», afirma o presidente da AJiF
O principal problema que os florentinos enfrentam é a escassez de postos de trabalho, afirma Tito Nóia, presidente da Associação de Jovens da ilha das Flores [AJiF].
A falta de postos de trabalho é um problema que afecta todos os jovens da ilha das Flores, afirma Tito Nóia, presidente da Direcção da Associação de Jovens local, acrescentando que os mais prejudicados são aqueles que optam por especializar-se e obter um curso universitário. Contudo, nem sempre encontram saídas profissionais. "A ilha [das Flores] é pequena, o que por sua vez acarreta algumas dificuldades na variedade e abrangência do mercado de trabalho".
Para fixar mais jovens na ilha, Tito Nóia diz que é preciso aumentar as ofertas de emprego, ter empresários capazes de ver mais além e investir no futuro das Flores. "Também dependerá, em grande parte, da capacidade dos jovens em encontrar projectos compatíveis com as necessidades da ilha e lançarem-se, eles próprios, nessas áreas. Há apoios comunitários para jovens empreendedores, portanto, é só preciso ter um pouco de visão, dinâmica e fazer as escolhas certas. Isso seria extremamente benéfico para todos", afirma convicto.
"Ser um empreendedor de sucesso não significa arriscar, significa saber arriscar. Um negócio bem pensado tem tudo para dar certo, não importa se a ilha é grande ou pequena, importa é o tipo de negócio em que se aposta", sugere aos candidatos a jovens empresários.
Um dos problemas crónicos [da ilha] das Flores é o dos transportes. "O transporte [marítimo] de mercadorias sempre foi um problema, sobretudo quando o mau tempo chega e as condições não permitem a acostagem. A nível do transporte marítimo de passageiros, com a introdução, este ano, de um sistema de escalas semanais do navio ‘Santorini’, proporcionou-se uma excelente oportunidade de visitar a ilha das Flores e permanecer por cá pelo menos uma semana. Por sua vez, a população local beneficia de maior facilidade em visitar as outras ilhas do arquipélago".
Para dinamizar o desenvolvimento do turismo, Tito Nóia preconiza uma maior aposta nos recursos naturais. "A nossa paisagem, única nos Açores, é tantas vezes desconhecida. Temos que explorar esses recursos e proporcionar a quem nos visita, o contacto com a natureza pura, o sossego, a aventura e o lazer".
Dar a conhecer a ilha [das Flores] ao mundo
O presidente da direcção da Associação de Jovens da ilha das Flores considera que, duma forma geral, o Governo Regional tem respondido às aspirações dos florentinos. "Está à vista de todos que nos últimos anos tem havido muito investimento na nossa rede viária e em infraestruturas que estavam a precisar de intervenção já há muito tempo. O sector dos transportes marítimos e aéreos tem mostrado melhorias significativas. Contudo, penso que o sector do turismo é aquele que tem estado um pouco mais esquecido, em detrimento de outras ilhas. Esta ilha é uma pérola no arquipélago e aos poucos as pessoas descobrem-na, quer através da internet, quer através das referências de quem nos visita. Essa será provavelmente a nossa melhor aposta, dar a conhecer a ilha [das Flores] ao mundo".
Informação e entretenimento
O Clube Informático de Santa Cruz das Flores foi fundado em 1999 e é o resultado de uma série de contactos efectuados entre um grupo de amigos, no qual se incluía o nosso entrevistado. O objectivo da criação do clube visava integrar o programa RSIA - Rede da Sociedade de Informação Açores, que tinha por principal missão disponibilizar à população em geral, e particularmente aos jovens, o acesso às novas tecnologias de informação e o combate à info-exclusão. "Ao longo do tempo aumentámos os equipamentos e o projecto cresceu, com muita participação dos jovens e da comunidade desde o início". A adesão dos jovens florentinos às novas tecnologias tem sido muito significativa. "Desde o início do projecto RSIA até aos actuais Espaços TIC, notou-se um crescimento exponencial da procura, mais ainda após a disponibilização dos acessos ADSL nas Flores. Muitos jovens usam a internet por ser um meio de busca de informação e entretenimento", afirma Tito Nóia.
"Entrevista" integrante da edição de 14 de Setembro do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!
4 comentários:
Mas,afinal essa associação ainda existe???
Tinha a sensação que já não existia.
Muito optimista mas pouco realista.
e dificil ariscar os tubarões grandes tem tudo sem qualidade mas
tem desde 0 cd ao tacho ao penico
cimento puneus livros a roupa
papelaria e muito mais o qeu resta
fala qem sabe e analiza
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