Nos Açores há poucas empresas e uma grande concentração dos lucros
No ano de 2006, os Açores tinham um total de 3.466 empresas que apresentaram lucros tributáveis para efeitos da chamada "derrama" – um imposto que é aplicado pelos municípios e que pode ascender a um máximo de 1,5% sobre o lucro tributável. Mas os dados da Direcção Geral dos Impostos demonstram ainda outra realidade: o número de empresas na Região continua a ser muito diminuto e a concentração dos negócios em poucas empresas é muito elevada.
A nível nacional, o rácio entre empresas com lucro tributável inferior a 150 mil euros e as [empresas com lucro tributável] acima desse valor é de 61% (de empresas com volume [de negócios] inferior) para 39% (de empresas com volume [de negócios] superior). Nos Açores a situação é oposta: há 45% de empresas com volume [de negócios] inferior a 150 mil euros e 55% de empresas com volume [de negócios] superior.
Por outras palavras, a proporção de pequenas e médias empresas [PME's] é ainda muito baixa. A comparação com a situação nacional é clara: a Região tem 0,8% do número de empresas com lucros inferiores aos 150 mil euros e 1,5% das que apresentam lucros superiores.
Em termos de dinheiro, a actual situação parece garantir uma melhor rentabilidade, pois os 1.06% de empresas que a Região tem são responsáveis por 1,23% dos lucros tributáveis. Tudo somado, cada empresa regional obteve uma média de 66 mil euros de lucro tributável, quando a média nacional se fica pelos 57 mil. Em 2006, o lucro tributável nos Açores atingiu os 229 milhões de euros (cerca de 97% respeitante a empresas com lucros tributáveis superiores a 150 mil euros).
Ponta Delgada, que tem 38,3% das empresas, é responsável por 56,6% desses valores, provavelmente devido ao facto de aqui estarem sedeadas algumas das maiores empresas regionais, incluindo as públicas. É, aliás, o único concelho [açoriano] onde a percentagem de empresas é inferior à percentagem de lucros – e apenas em Vila do Porto existe um empate. O concelho [açoriano] onde existe uma maior concentração é o de Santa Cruz das Flores: 79,3% das 29 empresas existentes têm lucros tributáveis superiores a 150 mil euros. Os concelhos [açorianos] onde a concentração é menor são os do Corvo e de São Roque do Pico (respectivamente 33,3% e 36,% de empresas com lucros superiores a 150 mil euros).
Notícia: «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!
18 comentários:
Correcção da notícia: as referências aos limites são de "volume de negócios" e não de "matéria colectável".
Eu não acredito que a maioria das empresas em SC têm lucros superiores a 150.000,oo euros.
Se assim fosse quem não queria ir para SC fazer negócios?
Esta correcção faz toda a diferença.
Não serão dados credíveis, estes ...
Tambem estou achar que estes lucros são um pouco exagerados.Alguem explica melhor como foi feito este estudo?
Vão ao Serviço de Finanças de SC e peçam esclarecimentos.
Lucro, lucro... teve o Transall!!! O governo deu-lhe uma casa nova e ele leva consigo a velha!! às peças mas leva!!!!
mas os franceses já não estão nas flores para que vaia ai o transal...
A pouca vergonha no seu melhor a voltar com comentários da treta!
"lucros tributaveis" e uma coisa que não existe.Ou é "base tributavel" ou é "lucros".O jornalista que escreveu esta treta tem que ir a escola.
quanto ao Transall ele não pediu para mudar de casa, acho bem se ele pode aproveitar alguma coisa.
O jornalista do Diário dos Açores não tem conhecimentos suficientes sobre a matéria.Assim o conteúdo e as conclusões referenciadas no post estão erradas.
O Fórum devia rectificar.
1) fui eu próprio quem aqui publicou o texto desta notícia do «Diário dos Açores»;
2) as ligações (a outros "sítios") e a imagem [que constam no nosso blogue, adicionalmente ao texto dessa notícia do «DA»] foram por mim escolhidas/seleccionadas;
3) não sou especial apreciador de julgamentos sumários, por isso não desqualifico [logo à primeira] este trabalho do jornalista do «DA», tomando-o como credível (até que seja/fosse feita efectiva prova em seu contrário);
4) deve ser realizada a clarificação de que «lucro tributável» existe de facto, sendo o «valor obtido com as operações realizadas para a determinação da matéria colectável».
quem mesmo assim ainda queira conferir tal facto, pode fazê-lo constatando duma forma esquemática a fórmula de cálculo do lucro tributável (no "sítio" do IAPMEI) ou confirmando a determinação do lucro tributável [no seu regime simplificado] através da legislação fiscal e tributária (no "sítio" da DGCI);
5) parece-me que o jornalista desta notícia do «DA» afinal se tenha mesmo equivocado em alguns dos termos usados.
se formos conferir os dados tributários constantes nos ficheiros da DGCI [disponíveis nas ligações externas que providenciamos junto com o texto da notícia], constatamos [como aqui foi parcialmente referido no primeiro comentário de um@ anónim@] que (ao longo da notícia do «DA») quando vem escrito "empresas com lucro tributável superior (ou inferior) a 150 mil euros" se devia ler "empresas com volume de negócios superior (ou inferior) a 150 mil euros". isso, caso a fonte original do jornalista para esta sua notícia tenha sido a informação dos dados tributários oficiais que acima referimos.
julgo que esta confusão/troca de termos na notícia do «DA» tenha acontecido devido ao facto do volume de negócios ser um (mas não o único!) dos indicadores para o apuramento do lucro tributável.
6) para os 2 concelhos florentinos atentemos em alguns desses dados tributários [retirados dos já citados ficheiros da DGCI]:
- com volume de negócios inferior a 150 mil euros há 6 empresas em Santa Cruz e 5 nas Lajes, a que corresponde um lucro tributável total de 18.493€72 em Santa Cruz e 600€44 nas Lajes;
- com volume de negócios superior a 150 mil euros há 23 empresas em Santa Cruz e 5 nas Lajes, a que corresponde um lucro tributável total de 2.672.595€16 em Santa Cruz e 277.594€28 nas Lajes;
então, se tomarmos como marco delimitador de fronteira [duma pequena e média empresa (PME) para uma grande empresa] o valor (inferior ou superior a) 150 mil euros de volume de negócios, temos que em Santa Cruz 79,3% das empresas [com lucro tributável] são grandes empresas (23 em 29) e nas Lajes esta ratio é de 50% (5 num total de 10).
assim, se assumirmos plenamente o pressuposto acima enunciado do marco delimitador entre grandes empresas e PME´s [mais de 150 mil euros de volume de negócios] teremos que ter por verdadeira uma das "conclusões" que vêm na notícia do «DA»: Santa Cruz é o concelho açoriano onde existe maior concentração dos negócios, pois 79,3% das empresas são grandes e apenas 20,7% são pequenas e médias empresas.
7) mesmo assim vamos manter o texto da notícia do «DA» como está, pois foi assim mesmo que foi publicado no jornal. se os "erros" aqui identificados forem efectivamente verdadeiros, fica feita a corrigenda nesta caixa de comentários.
bom dia a tod@s!!!
a sim e qeu é falar a gente precisava 1 gestor de contas na camara das lajes a sim
pois, mas vai ter que pagar as propinas primeiro!!!!
Em SC não seria bom haver um especialista em contabilidade, finanças e fiscalidade?
olaré!!
Obrigado pelos esclarecimentos.
Em SC quais são as maiores empresas?
Orgulho bairrista - Vivemos adornados por um orgulho sem fundamento, prontos a entender que nascemos em "Rodondel de baixo,com muita honra", frase corrente mas sem sentido.
a agencia funeraria
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