domingo, 11 de maio de 2008

Empresas das ilhas das Flores e do Corvo correm o risco de fechar

As empresas do grupo Ocidental deviam beneficiar de uma redução da carga fiscal, sob pena de terem de fechar as portas, diz o representante da Câmara do Comércio e Indústria da Horta.

Apesar dos incentivos para os empresários das Ilhas de Coesão serem aliciantes, mas tendo em conta a dimensão ultraperiférica das Flores e do Corvo, são ainda necessárias medidas suplementares. A ideia é defendida por Carlos Silva, representante Câmara do Comércio e Indústria da Horta naquelas duas ilhas. "O Governo terá de equacionar a redução de impostos (IVA e IRC) para as empresas sediadas nas Flores e no Corvo. Se isto não vier a acontecer, a curto prazo, poder-se-á assistir ao encerramento de algumas firmas e ao consequente aumento de desemprego", refere.

O empresário - proprietário do empreendimento de turismo rural Aldeia da Cuada - entende que o Corvo e as Flores não são diferentes de outras ilhas apelidadas de pequenas. Com um número cada vez maior de jovens a obter a sua formação superior no exterior, torna-se difícil fixá-los nas ilhas de origem. "Provavelmente uma saída interessante seria se alguns destes jovens optassem pela criação de micro ou pequenas empresas ligadas ao sector de serviços".

Toda a gente sabe que o tecido empresarial das Flores e do Corvo, dada a sua pequena dimensão, é muito frágil. "Esta fragilidade tem a ver sobretudo com a fraca densidade populacional e com os problemas de acessibilidades às duas ilhas". O principal desafio que se coloca neste momento aos empresários, sustenta Carlos Silva, "é o de vencer a crise económica e o de aproveitar ao máximo os incentivos disponibilizados pelo novo quadro comunitário".

O representante da Câmara do Comércio e Indústria da Horta nas Flores e no Corvo é de opinião que o Governo Regional dos Açores tem dado resposta a parte dos anseios das populações do grupo Ocidental. "O Núcleo Empresarial faz uma apreciação positiva dos investimentos. No entanto, não posso deixar de reconhecer que as prioridades não foram, todas elas, devidamente avaliadas". Carlos Silva é peremptório: "Sem boas e frequentes acessibilidades nunca poderá haver desenvolvimento, e sem desenvolvimento o tecido empresarial destas ilhas irá passar por muitas dificuldades". De resto, Carlos Silva entende que os empresários corvinos e florentinos também deviam fazer parte das preocupações dos governantes. "Deveria ser proporcionada formação profissional nas diferentes áreas empresariais".

Ilha do Corvo ficou de fora do turismo sénior
Carlos Silva acha que o projecto de turismo sénior - recentemente implementado pelo Governo Regional dos Açores - é muito favorável, porque vem dinamizar o sector em períodos menos favoráveis para os empresários das ilhas mais pequenas. Contudo, refere, "não entendo - e acho que muitos açorianos não entendem -, dentro desta lógica e por maioria de razões, porque é que a ilha do Corvo ficou de fora deste roteiro, sabendo-se que haveria muitos açorianos que gostariam de a visitar e que seria uma mais valia para o frágil tecido empresarial daquela ilha". O Núcleo Empresarial das Flores e do Corvo faz um apelo ao Governo Regional dos Açores para "rectificar esta injusta decisão e para que venha a incluir o Corvo na lista de ilhas que passarão a usufruir deste projecto". "Só com a inclusão do Corvo é que se poderá afirmar que este projecto abrange todas as ilhas que têm tecidos económicos frágeis e onde a palavra coesão faz verdadeiro sentido".

"Entrevista" integrante da edição de 20 de Março do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!

3 comentários:

Anónimo disse...

Favor linkar:

www.adportugal.org/

O Dr.Ricardo Alves Gomes é um dos Fundadores da Aliança Democrática Portugal....

Anónimo disse...

Simplesmente mais um partido!Welcome and goodbye!Na página dos links deu a impressão de ter preocupações a mais com a Pretogália,mau sinal!

Anónimo disse...

Nimguém fez um comentário sobre este asssunto sério...
O que talvez quer dizer que nimguem está penssando...
« e se eu perder o meu emprego»