sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nova esperança no tratamento da doença de Machado-Joseph

Uma equipa internacional liderada pelo investigador Luís Pereira de Almeida, da Universidade de Coimbra, desenvolveu uma estratégia terapêutica que cria esperança ao tratamento da doença neurodegenerativa de Machado-Joseph.

Um estudo publicado agora na revista científica «Brain», da autoria de Luís Pereira de Almeida e Isabel Nascimento Ferreira, aborda a doença a partir de uma falha no mecanismo de degradação proteica e propõe uma terapêutica génica como estratégia para travar o avanço desta doença incurável, revelou uma fonte ligada à investigação.

Segundo os investigadores, ligados ao Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC), a falha dos mecanismos de degradação proteica leva à acumulação no interior dos neurónios de proteínas com conformações alteradas, agregadas em diferentes graus, que se tornam tóxicas.

Nesse sentido, foi investigada a importância do mecanismo de “limpeza” da célula, designado macro-autofagia, na doença de Machado-Joseph, e os resultados obtidos mostram que, em animais com esta doença, “há um bloqueio da macro-autofagia, responsável pela remoção de organelos e proteínas agregadas nas células, e uma diminuição dos níveis da proteína beclina-1 importante para este processo”. “Verificaram ainda que este fenómeno contribui para a acumulação da ataxina-3 mutada, a proteína tóxica envolvida na doença de Machado-Joseph”, refere uma nota de divulgação do CNC.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

2 comentários:

Anónimo disse...

o maior problema nesta doença é que as pessoas que a tem nao deviam arranjar filhos pois ja sabem que em pouco tempo os filhos tambem vao sofrer

Anónimo disse...

Caro anónimo de 16/4,23H11, permita-me que discorde da sua opinião; além de ser legítimo ter filhos, mesmo deficientes,não é certo que um descendente filho de um portador da doença de Machado- Joseph,venha e ser doente.
Tata-se de matéria muito sensível,onde a liberdade individual e o amor pela vida devem estar presentes, cabendo a todos nós respeitar a decisão de cada um.
Além disso, o risco de ter um filho doente,existe sempre.