terça-feira, 11 de setembro de 2012

Agricultor convertido à hidroponia

A hidroponia é a técnica de cultivar plantas sem solo e na qual a água (aditivada com nutrientes) substitui a terra.

Mário Ledo é agricultor a tempo inteiro há 10 anos. Antes praticava agricultura tradicional e desde Outubro do ano passado que, por influência de um colega, decidiu optar pela hidroponia para o cultivo de alface e agrião. Não se arrependeu, pois embora seja uma técnica ainda relativamente desconhecida da maioria dos açorianos permite um crescimento mais rápido das plantas, proporciona maior rentabilidade, menos mão de obra, menos adubos e inseticidas e não esgota solos (porque não os utiliza), entre outras vantagens.

Actualmente Mário Ledo tira uma média de 1.200 quilos de alface por semana, que se destinam a abastecer o mercado interno. Cultiva também agrião e no curto prazo tenciona acabar com todas as suas estufas tradicionais.

“Olhe, se tivesse essas alfaces em terra necessitava de muito mais tempo e do dobro ou mesmo do triplo da área para ter a mesma rentabilidade. E precisava de mais empregados e mais cedo ou mais tarde o solo iria ficar saturado”, enfatiza Mário Ledo, que admite estar “convencido e convertido” a este modo de produção, assim como a sua família: “antes a minha esposa nem queria estar perto das estufas por causa da terra, agora não se importa de vir cá ajudar-me. Isto até dá para andar de fato e gravata aqui dentro”, afirma em jeito de brincadeira.

O agricultor explica que as plantas são colocadas em canais por onde circula uma solução nutritiva, composta de água e de nutrientes dissolvidos em quantidades individuais que respeitam a necessidade de cada espécie. A solução é controlada para manter as suas características, sendo feita a monitorização de pH e de concentração de nutrientes.

Assim, ao observar os resultados que surgem em mostradores e com um simples ajustar de botões, Mário Ledo não só programa a alimentação das plantas como assegura o controlo de todo o processo que funciona em circuito fechado, pois a água da chuva que é enviada de um grande reservatório para as estufas depois é devolvida para ser recuperada e reutilizada.

Apesar destas vantagens, Mário Ledo chama a atenção para o facto de o custo inicial de investimento ser superior ao de uma exploração com estufas convencionais.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Não vejo nenhuma inovação nesta noticia.
A hidroponia já se pratica na Ilha das Flores e os produtos são comercializados num supermercado em Santa Cruz, já há bastante tempo.
Produtos de grandíssima qualidade.

Anónimo disse...

Dao sempre o valor é aos de fora!
Aqui em santa Cruz um jovem já pratica a hidroponia hà muito tempo.
Talvez nao se sabe porque ele nao pediu apoios!
Se tivesse andado a pedinchar dinheiro dos incentivos, todos sabiam!!!!!

vmsmedina disse...

hidroponia é bom no espaço ou na lua onde não há solo. O equilíbrio da planta não é um acto cientifico é uma relação dinâmica entre os organismos do solo (biliões) e a saúde do vegetal. Tb é bom para quem não gosta da terra nem da Terra.
Um bom controlo dos nitratos só com monitorização constante. É um investimento sem retorno quando em pequena escala. INGENUIDADES

Anónimo disse...

mais um esperto!!!!
quem disse que nao ha monotorização constante???os produtos aqui das Flores são de otima qualidade. o seu produtor está de parabens!!!!

nunobefree disse...

Olá

Estou a pensar iniciar uma produção, qual será o tamanho minimo e qual produto para compensar o que se gasta ?