terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Márcio Furtado promete "muita entrega e vontade rumo à manutenção do GDF"

Esta época a ilha das Flores estará representada na série Açores, uma estreia para a ilha em competições nacionais de futsal. Márcio Furtado estará aos comandos da equipa que foi a maior surpresa da 1ª eliminatória da Taça de Portugal. O treinador florentino, em entrevista ao «Região Desporto», traça a manutenção como objectivo para esta estreia e diz que a sua equipa deixará sempre muita entrega e vontade. Elege o Matraquilhos como candidato ao título e diz que todos apontam o Grupo Desportivo Fazendense como principal candidato à descida, querendo mostrar que estão errados Márcio Furtado lamenta ainda o pouco conhecimento que tem das demais equipas da série Açores de futsal.

Região Desporto: Daqui a poucos dias tem início a terceira edição da série Açores de futsal. A equipa do Grupo Desportivo Fazendense fará a estreia num campeonato nacional da modalidade. Quais os objectivos para esta estreia duma equipa florentina na série Açores de futsal?
Márcio Furtado: Uma vez que nos vamos estrear na competição e é tudo uma novidade para este grupo de trabalho, temos de ser realistas e tentar fazer o máximo de pontos para alcançar a manutenção que já seria uma grande vitória para este clube e para a nossa ilha.

RD: O que se pode esperar deste Fazendense?
MF: Podem esperar uma grande atitude da equipa, muita entrega e uma vontade enorme de dignificar o nome do clube e da nossa pequena ilha. Queremos vencer todos os jogos, pois só com essa ambição conseguiremos alcançar os nossos objectivos. Mesmo que não consigamos vencer, vamos deixar tudo em campo a tentar.

RD: Julga que essa possa vir a ser a série Açores mais equilibrada de sempre?
MF: Para nós que estamos longe é difícil dizer porque, como disse anteriormente, não tenho grande conhecimento das equipas. Penso que todos consideram o Fazendense como o principal candidato à descida, por todas as razões e mais alguma. Somos estreantes, somos da ilha das Flores e as equipas da Associação de Futebol da Horta que estiveram anteriormente na série Açores também não deixaram a melhor imagem. Cabe-nos a nós demonstrar que estão enganados.

RD: Quais as principais novidades no seu plantel para o ataque a esta série Açores?
MF: O plantel é praticamente o mesmo que conquistou o título de campeão da Associação de Futebol da Horta na última época. Temos a entrada de um guarda-redes, pois no ano passado em muitos jogos tivemos apenas um guarda-redes disponível e era uma das lacunas no plantel. Dentro do nosso mercado reduzido encontrámos mais três jogadores para ajudar o grupo a ficar mais forte.

RD: Tem o plantel que desejava para atacar esta série Açores?
MF: Temos o plantel possível para as nossas limitações uma vez que estamos isolados de todos e fizemos uma equipa com jogadores da ilha das Flores ou elementos que estão a trabalhar cá. Neste clube ninguém é remunerado e assim vamos continuar, pois não queremos cometer os erros que outros cometeram na nossa ilha no passado. Não podemos hipotecar o futuro do clube por uma aventura, por isso digo muitas vezes que tenho o melhor plantel do Mundo.


RD: De forma surpreendente a sua equipa eliminou o Marienses na Taça de Portugal na visita a Santa Maria, mas acabou eliminada na segunda eliminatória. Qual o segredo para a estreia num reduto complicado com uma vitória? E o que correu mal na segunda partida no Alentejo?
MF: Acredito que [a vitória na primeira eliminatória da Taça] tenha sido uma surpresa mas apenas para quem não viu o jogo e quem não conhece a nossa equipa. Penso que o Marienses foi surpreendido pela exibição confiante da minha equipa e o resultado foi inteiramente merecido. Quanto ao jogo em Almodôvar [segunda eliminatória da Taça] foi uma realidade diferente, passando pela viagem longa, uma temperatura a que não estamos habituados e um pavilhão muito complicado. Isso para além do valor do adversário que era uma boa equipa enquanto nós tivemos um dia muito mau em que nada saiu bem por isso fomos eliminados com justiça, infelizmente para nós.

RD: Conseguiu tirar conclusões desta partida para o campeonato?
MF: Na minha opinião estas partidas foram muito importantes para os jogadores e para mim também, pois permitiram-nos ver o nível em que estamos e onde queremos chegar para além de nos dar competição que não temos na nossa ilha.


RD: O factor casa poderá ser fundamental para o GDF?
MF: Espero bem que sim, foi um dos nossos suportes no apuramento de campeão da Associação de Futebol da Horta. Estou confiante que as pessoas vão aparecer e puxar pela equipa, é a primeira vez que uma equipa da ilha das Flores está na Terceira Divisão de futsal e nem que seja pela curiosidade de ver o que podemos fazer contra equipas teoricamente mais fortes que nós, vão querer dar o seu apoio à equipa.

RD: A sua equipa tem tido a competição necessária para entrar bem nesta série Açores?
MF: Nem lá perto. Tirando os dois jogos da Taça de Portugal, jogamos contra duas equipas de juniores e contra uma equipa de seniores do Minhocas que também não oferece grande competição. Para lhe dar uma ideia: no Torneio de Abertura em 6 jogos marcamos 82 golos e sofremos 13, o que acaba por não ser positivo para nós como também não é positivo para as equipas que defrontámos, pois somos muito mais fortes que os adversários o que também leva a alguma menor aplicação, difícil de aceitar mas de certa maneira compreensível, dos meus atletas. Por isso digo que vamos ter de ir aprendendo ao longo da competição o que é muito complicado.

RD: Este modelo da série Açores é um modelo a manter?
MF: Penso que é o modelo possível e acaba por ser interessante a competição existente, se bem que no caso do Fazendense notámos alguma diferença entre o futsal praticado pelo Marienses e pelo Almodovarense, pois a equipa do Continente demonstrou ter uma outra competição e um futsal mais evoluído apesar de estarem numa competição distrital.

RD: Que mensagem gostaria de deixar aos sócios e adeptos do Grupo Desportivo Fazendense?
MF: Primeiro que tudo quero apelar ao apoio de todos nos nossos jogos em casa e apelar também aos florentinos na Terceira, São Miguel e Santa Maria para nos apoiarem quando nos deslocarmos a essas ilhas. Em seguida quero afirmar que podem contar com um empenho a 100% de todo o grupo de trabalho que está muito motivado para representar condignamente o clube e a nossa ilha.

A estreia do Fazendense na série Açores de futsal teve de ser adiada devido ao cancelamento de voos no final da semana passada, que impossibilitaram a ida da equipa florentina à ilha Terceira para enfrentar a Academia dos Biscoitos. Assim, essa estreia ocorrerá no próximo sábado (dia 11) com o Fazendense a receber no Pavilhão das Lajes a equipa do Clube Escolar de Vila Franca do Campo.
Entretanto já teve início o Campeonato de ilha das Flores de futsal masculino, com a participação de apenas três equipas nesta época.

Saudações florentinas!!

4 comentários:

Anónimo disse...

Força Fazendense

Anónimo disse...

Sò um Mister com garra de dragão fala assim e fala bem .

Anónimo disse...

Qual foi o resultado do jogo do Fazendense com o Clube Escolar de Vila franca do Campo ?

Fórum ilha das Flores disse...

Na segunda jornada da série Açores da 3ª Divisão de futsal [disputada no passado sábado, dia 11] a equipa do Grupo Desportivo Fazendense perdeu por 4-5 com o Clube Escolar de Vila Franca do Campo.

O programa «Troféu», da RTP Açores, fez um pequeno resumo desse jogo de estreia do GDF. Aconselha-se também a vídeo-reportagem da correspondente local da RTP Açores, Susana Soares, sobre esta participação florentina do Fazendense na 3ª Divisão nacional de futsal.