domingo, 24 de agosto de 2014

“Museu do DOP” continuará a navegar

A investigação científica nos mares dos Açores vai continuar a ser feita com o navio Arquipélago, que "apesar de antigo e de ter algumas limitações" é uma "plataforma muito importante" para diversos projetos, afirmou o secretário regional do Mar.

Fausto Brito e Abreu visitou o navio de investigação gerido pelo Instituto do Mar (IMAR, do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores), que está atracado no porto da Horta (na ilha do Faial), e explicou que apesar das "limitações" a Região vai continuar a apostar neste meio operacional.

"É um navio antigo. Tem algumas limitações relativamente a algumas técnicas que hoje em dia estão disponíveis, como o uso de submarinos com controlo remoto. É um navio relativamente pequeno, que tem também algumas limitações operacionais", admitiu o governante.

Fausto Brito e Abreu lembrou que, no entanto, a embarcação continua a ter um papel fundamental no cumprimento de missões científicas, no que diz respeito à gestão das pescas e dos 'stocks' pesqueiros: "Também é uma plataforma de investigação científica muito importante para uma série de projetos que estão a decorrer com a Universidade dos Açores, através do DOP, e para projetos de investigadores estrangeiros que se deslocam aos Açores", recordou.

O secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia garantiu, no entanto, que o Governo Regional estará "atento" às necessidades dos investigadores açorianos, e que estará "alerta" para a possibilidade de melhorias no futuro.

O navio Arquipélago tem 25 metros de comprimento e encontra-se ao serviço Departamento de Oceanografia e Pescas desde 1993, tendo sido usado "extensivamente" em programas de investigação no Atlântico Nordeste.

Cientistas açorianos relacionados com a investigação no mar garantiram que a situação do navio Arquipélago é “muito pior do que pinta o secretário regional do Mar”. O barco é velho e “há projetos que utilizam tecnologias de ponta que pura e simplesmente não podem avançar, porque a embarcação não sustenta esse tipo de trabalho”, disseram os investigadores. “A investigação [científica] só avança [nos Açores] com um barco novo, apontado para o futuro”, afirmou um cientista.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Consegue-se um barco novo concorrendo a fundos comunitários. Fazendo por exemplo projectos cujas valias justifiquem o investimento.