quarta-feira, 6 de abril de 2016

Menos avisos meteorológicos a Ocidente

Entre 2013 e 2015, as ilhas do grupo ocidental dos Açores foram as que registaram menos avisos meteorológicos emitidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“Por incrível que pareça, o grupo ocidental é aquele que tem menos avisos”, afirmou o diretor da delegação regional dos Açores do IPMA. Diamantino Henriques informou que “o grupo central é o que tem normalmente mais avisos por ano”. O responsável explicou que a razão desta situação se deve ao facto da “área abrangida pelo grupo central” ser maior, pelo que “quando uma perturbação se aproxima, demora mais tempo a passar naquele trajeto que nos outros”.

Diamantino Henriques salientou que o grupo ocidental “é mais pequeno, ou seja, ocupa uma menor área”, mas apontou que, “em determinados avisos meteorológicos, supera os outros. Por exemplo, na questão da agitação marítima e do vento, o grupo ocidental supera os outros em média”, explicando que a maior parte dos avisos emitimos pelo IPMA para os Açores relaciona-se com a precipitação.

O diretor da delegação do IPMA nos Açores esclareceu que “quando se aproxima uma perturbação”, normalmente desloca-se de oeste para leste e, portanto, o grupo ocidental é o primeiro a ser atingido. “Quando aparece um aviso é sempre o aviso para o grupo ocidental, ou para o grupo ocidental e central, mas é sempre o grupo ocidental que aparece em primeiro lugar”, referiu ainda o meteorologista.

Segundo dados da delegação regional dos Açores do IPMA, entre 2013 e 2015, dos 433 avisos meteorológicos emitidos para os Açores 58% incluíam as ilhas das Flores e do Corvo, 78% o grupo central e 65% o grupo oriental (Santa Maria e São Miguel). Nos avisos meteorológicos para chuva, as ilhas das Flores e do Corvo têm 46% dos 362 avisos emitidos. Aumenta substancialmente a presença do grupo ocidental nos 120 avisos de agitação marítima (83%) e nos 131 avisos relativos ao vento as ilhas da Flores e Corvo estão presentes em 73%.

Sobre a agitação marítima, Diamantino Henriques explicou que nestas duas ilhas “as ondas são maiores, porque estão mais a norte e são, de alguma forma, afetadas pelas depressões da frente polar no Inverno, que propagam a ondulação com ondas maiores e que, muitas vezes, tornam impraticável a navegação para determinadas embarcações naquela área. As duas ilhas são as mais afetadas pela proximidade da frente polar”, referindo que a mesma explicação se aplica ao vento que gera a agitação marítima.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

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