Santa Cruz para além do Cais das Poças
O património natural e cultural do concelho de Santa Cruz e da restante ilha rosa são possibilidades a considerar num roteiro alternativo ao do festival. As piscinas do Altio, a zona do Boqueirão e a Fajã Grande devem constar do mapa.
Nos intervalos das festas Cais das Poças são várias as oportunidades que o concelho de Santa Cruz das Flores reserva para residentes e forasteiros. Há, portanto, um riquíssimo património natural e histórico no município de Santa Cruz e na ilha das Flores que podem ser seguidos em alternativa aos normais percursos que o certame, por si só, sugere.
Quem é adepto da farra sabe que um bom mergulho no mar depois de uma noite prolongada é ouro. Nesse sentido, as piscinas naturais do Altio, situadas na orla costeira de Santa Cruz, são o mais próximo que um festivaleiro pode estar de um toque de Midas... Há águas cristalinas, translúcidas e uma ilha do Corvo a repousar no horizonte para colocar o ouro sobre o azul.
A oeste da ilha das Flores, as qualidades da água repetem-se na zona balnear da Fajã Grande, freguesia do concelho das Lajes. E se lá não há a ilha negra no firmamento, é onde se pode ver o Sol a encontrar descanso além do ilhéu do Monchique e imponentes cascatas a terminarem o seu caminho no mar. Na ida, no regresso, ou num eventual desvio porque não visitar o Poço da Alagoinha, a Lagoa Negra, a Lagoa Comprida ou mesmo a Rocha dos Bordões? Quem por lá passou diz que é de uma beleza difícil de descrever e deixa o conselho: “Toda a gente tem de lá ir”.
O verde das paisagens circundantes, conjugado com as várias cores das hortênsias que sublinham o nome da própria ilha, fazem dela um espaço de natureza único, onde a floresta laurissilva assume-se também como cartão de visita.
Porém, nem só de natureza vive a ilha das Flores, bem como o concelho de Santa Cruz. É que, apesar da Gruta do Galo e o Parque Florestal da Fazenda reforçarem as ofertas naturais do município, não se pode descurar o património histórico, arquitetónico e religioso. Luís Filipe Vieira convida todos os interessados a visitarem o Museu das Flores, do qual é diretor desde 2000 e sugere ainda uma visita à zona do Boqueirão, onde está a Fábrica da Baleia. Para os interessados na vertente religiosa é recomendada a visita à Igreja Matriz e ao Convento de São Boaventura como destinos a ter em conta. Não se perspetive “ver aqui obras-primas”, alerta Luís Filipe Vieira, mas poder-se-á admirar “o esforço e persistência da população que numa época difícil custeou a construção desses templos”.
Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!
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