quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Hora do Ofício: oficina de tecelagem

Atualmente, e em muitas regiões do país, a indústria caseira da tecelagem corre o perigo de extinção devido sobretudo à concorrência do comércio urbano e consequentemente à falta de artesãos que se dediquem a esta tradição artesanal. É, portanto, necessário proteger este património cultural, dignificar o saber-fazer e reforçar a sua capacidade de resistência.

Num abandono que tende a generalizar-se nos Açores, a tecelagem na ilha das Flores depende de uma única artesã, Maria da Conceição Câmara. Aprendeu a tecer em criança e ainda hoje mantem a atividade e a disponibilidade para a ensinar a quem demonstre interesse.

Sob a orientação e coordenação da artesã Maria da Conceição Câmara, as participantes desta oficina aprenderam a urdir a teia e a montá-la no tear, tecer usando a lançadeira e fazer os acabamentos das peças. Estas são as etapas do processo de aprendizagem inicial que a oficina “Tecelagem - Hora do Ofício”, organizada pelo Centro Regional de Apoio ao Artesanato ao longo de cerca de 100 horas na Vila das Lajes, se propôs realizar na expectativa de perpetuar esta tradição na ilha das Flores, onde a fiação e a tecelagem do linho e da lã foram, em outros tempos, atividades de grande expressividade.

Alguns foram os participantes/formandos, ao todo sete, que durante alguns meses frequentaram esta oficina. Sob a orientação da artesã Maria da Conceição Câmara, o balanço final foi positivo, até porque os trabalhos apresentados são disso prova. Aqui ficam as imagens possíveis.

Obrigado ao Centro Regional de Apoio ao Artesanato pela autorização da recolha de imagens, a todos os participantes e ao Museu das Lajes (onde foram captadas algumas imagens e onde decorreu a formação). Obrigado especial à Luísa Silveira, pela imprescindível ajuda nas imagens, bem como na produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa ideia.