sábado, 19 de agosto de 2017

SATA vai trocar bombeiros por privados

Os serviços de socorro e emergência dos aeroportos das ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo vão passar a ser assegurados por uma empresa privada, quando sempre foram assegurados pelas Associações Humanitárias de Bombeiros locais.

O concurso público promovido pela SATA Aeródromos está em fase de conclusão e prevê a adjudicação do serviço de socorro e emergência nos aeroportos do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo pelo período de três anos por um valor base de 4,4 milhões de euros. Duas empresas que prestam serviços similares nos aeroportos de Lisboa e no Funchal e Porto Santo, apresentaram propostas para o concurso promovido pela SATA Aeródromos.

As Associações Humanitárias de Bombeiros que presentemente prestam o serviço à SATA Aeródromos ainda equacionaram a possibilidade de concorrer em consórcio mas desistiram devido às exigências do caderno de encargos no que se refere à formação dos recursos humanos e os requisitos impostos pela Autoridade Nacional de Aviação Civil, para a certificação necessária para a prestação de serviços.

O presidente da Federação dos Bombeiros dos Açores disse à RDP Antena 1 Açores que estão a ser desenvolvidos esforços junto do Governo Regional e das Câmaras Municipais das quatro ilhas para que cerca de meia centena de bombeiros que prestam esse tipo de serviço nos aeroportos possam ser recrutados pela empresa que vencer o concurso: “Esses bombeiros têm experiência de muitos anos e agora estão confrontados com a situação de não saberem qual será o seu futuro profissional”, disse Manuel Silvestre.

Com a entrada de empresas privadas no serviço de socorro e emergência daqueles quatro aeroportos açorianos, as corporações de bombeiros daquelas ilhas deixam de receber cerca de um milhão de euros por ano da SATA Aeródromos. Nos outros quatro aeroportos açorianos com gestão da ANA (Santa Maria, Ponta Delgada, Horta e Flores), o serviço de socorro e emergência é por agora e ainda assegurado pelos Bombeiros através de protocolos.

Entretanto, o deputado florentino João Paulo Corvelo questionou o Governo Regional sobre o afastamento dos Bombeiros dos aeroportoos geridos pela SATA. O deputado comunista pretende saber se a decisão de privatizar o serviço de socorro e emergência foi tomada por iniciativa da tutela e se já existe a informação de quantos bombeiros açorianos vão perder o emprego devido ao facto da SATA adjudicar o serviço a privados.

Por outro lado, João Paulo Corvelo pretende saber se existem também elementos sobre as implicações financeiras para as Associações Humanitárias de Bombeiros que irão advir da não renovação dos protocolos existentes para a prestação do serviço de socorro e emergência de aeródromo naquelas quatro ilhas.


Notícia: Antena 1 Açores, «Diário Insular» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

9 comentários:

Anónimo disse...

E o Aeródromo das Flores não vai por privados mas, não dou muitos meses que vaia acontecer igual a os outros, para lá vamos.

Anónimo disse...

Parabéns ao senhor deputado, marido da dama do chazinho, este monstro de inteligência, que evitou que a mesma situação acontecesse aos bombeiros das Flores, que não fazendo nenhum, ganham um ordenadão no aeroporto. Com um bom deputado é assim, sempre à frente. Muito obrigado senhor da grande cabeça

Anónimo disse...

Para começar, as Flores é Aeroporto e não um aeródromo. Assim sendo é gerido pela francesa Venci que recentemente adquiriu a Ana.
Por enquanto os aeroportos da Venci vão continuar como estão mas no futuro, ninguém sabe.
Quanto aos Aeródromos pertencentes à SATa, sabemos que a empresa não está bem financeiramente. Há que começar a poupar de alguma forma. Agora são os bombeiros, depois serão os funcionários em excesso.

Anónimo disse...

Será uma questão de tempo para que todos funcionem da mesma forma?

Anónimo disse...

Isto é tudo muito bonito, mas será que a segurança das pessoas esta assegurada?

Anónimo disse...

Há regras que tem de ser escrupulosamente cumpridas. É a segurança das pessoas que está em causa. Como em tudo na vida, quem tem unhas é que toca viola.

Das duas uma: ou a Sata racionaliza, coisa que devia ter feito sempre, ou morre porque não pode com a concorrência das lowcost.

Como é que alguns fazem viagens de milhares de quilómetros ao preço da uva mijona e a Sata impõe para os voos entre ilhas preços muito acima dos 100€? Como é que se vai de Roma para Nova Iorque por 147,49€ e se paga nos Açores por um voo de meia hora 150€? A escala reduzida justifica isto ou há outras coisas?

Como é do conhecimento público, os empregos na Sata são cobiçados e muito apetecíveis, desde o administrador ao bagageiro. Para nossa desgraça, os políticos, sabem isso. É preciso um desenho?

Anónimo disse...

A Sata nunca deveria ter saído da Terceira, era o lugar que estava mais bem localizado para todas as Ilhas.

Anónimo disse...

O Aerógromo das Flores mais cedo mais tarde vai acontecer o mesmo.

Anónimo disse...

Acham que Vasco Cordeiro é um Ditador quase Totalitário com ligações à Russia?