sábado, 7 de outubro de 2017

Faltam enfermeiros nas ilhas pequenas

O presidente da Secção regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros alerta para a falta de profissionais nas ilhas mais pequenas.

Viver numa realidade insular, no caso dos Açores uma região ultraperiférica, acrescenta grandes dificuldades no acesso à formação e à possibilidade de partilha de conhecimentos. Por exemplo os enfermeiros que fazem mestrado, doutoramento, investigações de âmbito clínico e que por viverem em ilhas têm dificuldade em ir a congressos ou eventos científicos, porque sai cara a viagem. E se vivem em ilhas mais isoladas, como Flores e Corvo, decorrem custos acrescidos, o que não é compatível com os parcos rendimentos dos enfermeiros.

Outra questão prende-se com a acessibilidade dos cidadãos açorianos aos cuidados de saúde. É preciso ter em conta que no Inverno, com mau tempo, quando uma ilha está isolada, está de facto isolada, porque muitas vezes não há ligações marítimas e aéreas, o que obriga que os enfermeiros e médicos e outros profissionais (equipa multidisciplinar) que estão nos Centros de Saúde destas ilhas sejam detentores de um conjunto de domínios técnicos, científicos e humanos para dar respostas a necessidades que são irrepetíveis noutras regiões do país.

A Secção regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros foi a única que conseguiu, em parceria com o Governo Regional, determinar com rigor serviço a serviço, Centro de Saúde a Centro de Saúde, Hospital a Hospital em toda a Região, o número de enfermeiros em falta, que são 291.

A tutela assumiu publicamente o compromisso no horizonte temporal de 4 a 5 anos para suprimir estas necessidades, mas a Secção regional da Ordem dos Enfermeiros não pode concordar com este horizonte temporal. Há Centros de Saúde e Unidades de Saúde nos Açores que precisam de uma intervenção imediata, pois não se compadecem com os prazos de meses ou de anos. Há situações gritantes na Região Autónoma dos Açores de necessidade imediata de pessoal de enfermagem.


Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Nunca houve tantos enfermeiros na Ilha das Flores como há hoje em dia , só que a maior parte deles estão em casa a ganharem brutos ordenados sem trabalharem. Será que é preciso mesmo mais malandros para esta Ilha? Quanto aos médicos são suficientes se quiserem trabalhar e não estarem a passear sempre. Pois nesta pobre Ilha não foi há muitos dias que uma doente foi ao centro de saúde a uma urgência, mas digo era mesmo urgência e não a brincar e o respetivo ''medico'' que estava de urgência perguntou quem era o medico de família, quando disse o nome do medico, este suposto medico que nem teve a coragem de aparecer mandou dizer , essa pessoa que venha amanhã que o seu medico de família vai estar ca. Estamos muito mal em termos de saúde nesta Ilha, mas porque temos maus '' profissionais'' se podemos chamar esta gente de profissionais.

Anónimo disse...

e professores??? quando é chegam mais??

Anónimo disse...

O secretário e os seus discípulos que respondam agora...

Anónimo disse...

os que estão chegam e "sobrão"!

Anónimo disse...

Quanto aos professores, não estou dentro do assunto e até acredito que faltem alguns, pois penso que existe o mesmo problema todos os anos, concordo que é um problema grave pois as crianças sem professores não podem ter sucesso escolar, mas o que vejo também é que alguns pais querem que os professores façam milagres com os seus filhos, pois eles só querem é que eles estejam entretidos com um telemóvel ou um computador a jogar , enquanto os pais fazem o mesmo enquanto estão em casa. Na minha modesta opinião acho que os pais também têm a obrigação de ajudar as suas crianças e podem mesmo fazer trabalhos com eles e ajudarem como puderem e souberem claro, mas fazendo trabalhos escolares com eles. Há muitas maneiras de ajudar uma criança a estudar, mas para isso é preciso que os pais tenham paciência, o que não vejo que esteja a acontecer. Mas com isto não estou a dizer que não é preciso professores, porque claro que sim, isso é fundamental, mas seria bom se alguns pais dedicassem mais tempo aos seus filhos, iam ver que ajudava muito.