A (nova) Fábrica da Baleia do Boqueirão vai ser Centro Cultural e Ambiental
O Centro Cultural e Ambiental do Boqueirão, em Santa Cruz das Flores, vai permitir aos florentinos reviverem as suas memórias ancestrais. No local será ainda construído um Hotel [de 4 estrelas].
Foi já aprovado o projecto de recuperação e adaptação a Centro Ambiental e Cultural da [antiga] Fábrica da Baleia do Boqueirão, em Santa Cruz, uma das maiores unidades fabris do género nos Açores, cuja construção remonta ao início da década de 40 do século passado.
Segundo a arquitecta Ana Laura Vasconcelos, autora do projecto, por estar localizado numa zona histórica e fabril de Santa Cruz, "o Centro Interpretativo pretende ser mais do que um edifício, integrando um novo conjunto edificado que nasce da requalificação de toda a zona: a recuperação do património histórico do volume edificado da [antiga] Fábrica [da Baleia], a construção de um Hotel de quatro estrelas a norte da mesma, do Centro Interpretativo nos antigos tanques de óleo, a reconstrução da antiga Casa dos Botes e a requalificação de todo o espaço exterior adjacente e de acesso ao mar".
"É, deste modo, uma vasta rede urbana que nasce e que pretende marcar, com qualidade, a vila de Santa Cruz". "Um Centro Interpretativo - pode ler-se na memória descritiva do projecto de arquitectura - é um edifício vocacionado para uma perspectiva didáctico-pedagógica, que pretende, acima de tudo, dar a conhecer o espaço, tema ou conteúdo em que está inserido. Deste modo, e de acordo com a generalidade dos Centros Interpretativos que se tem vindo a desenvolver na Região, foram estabelecidos critérios de adequação (ou intervenção) ao lugar, assim como um programa específico que apele à 'interiorização' e divulgação do espaço e/ou lugar em questão".
"Num edifício como este - prossegue a arquitecta Ana Laura Vasconcelos - que pretende dar a conhecer as questões do meio marinho e orla costeira e do mundo baleeiro, 'in loco', funcionando até como uma possível extensão da Fábrica, pretende-se que o mesmo [Centro Interpretativo] seja adaptado formalmente ao contexto, e detentor de qualidades arquitectónicas que evoquem o lugar em questão. Esta é uma das questões que temos vindo a argumentar porque acreditamos que estes edifícios/espaços de divulgação devem reflectir (formalmente) o que de melhor o lugar apresenta".
A proposta [para o Centro Interpretativo] pretende - adianta a responsável pelo projecto de arquitectura - participar e integrar-se de forma activa e de acordo com a envolvente próxima, constituindo-se como uma pausa onde é possível desfrutar da condição singular do território envolvente.
Espaço de contrastes
A ideia do projecto para a recuperação do património arqueológico da [antiga] Fábrica da Baleia e para a criação do Centro Ambiental e Cultural, sustenta a arquitecta Ana Laura Vasconcelos, "tenciona manter as características do lugar, evidenciando-as, quer a nível programático, quer a nível dos materiais e texturas a utilizar. Para tal, o projecto para o Centro de Interpretação Ambiental passa pela recuperação dos antigos tanques de armazenamento de óleo, numa tentativa de (re)utilizar um espaço perdido e intensificar a ligação entre os dois programas e espaços em questão: o Centro [Cultural e Ambiental] e a [antiga] Fábrica [da Baleia]".
Concentrado num espaço enterrado, envolto por um muro de pedra natural, o projecto [do Centro Interpretativo] "aproveita" os espaços intersticiais entre os tanques existentes, trabalhando num jogo de luz e texturas e conferindo-lhe uma unidade espacial. Um espaço de contrastes entre claro e escuro, uma vez que as tampas de acesso aos tanques são utilizadas como lanternins que favorecem, de forma distinta, a entrada de luz em todos os espaços interiores.
Reviver memórias
Pretende-se que a recuperação do património histórico e museológico do volume edificado da [antiga] Fábrica [da Baleia do Boqueirão] esteja direccionado em duas vertentes: cultural e natural, ambas de carácter didáctico-pedagógica. A dinamização destes espaços passa pela integração dos mesmos num programa museológico de desenvolvimento sustentado, permitindo, não só, um conhecimento por parte dos turistas, mas também, a oportunidade de reviver memórias de um património adquirido pelos habitantes florentinos. Convertendo estas especificidades em área construída, o programa apela à "interiorização" e divulgação do espaço e/ou lugar em questão, nomeadamente através de salas de exposição (quer permanentes, quer temporárias), videoteca, gabinete ou arquivo de apoio e sanitários.
Notícia integrante da edição de 6 de Julho do semanário regional «Expresso das Nove».
Saudações florentinas!!
18 comentários:
Pró ano, Santa Cruz já é cidade! Não há Porto que vos valha!
já é cidade do bairro alto.
Noto aí uma certa animosidade... será dor de cotovelo?
pelo menos o nosso presidente foi falar do nosso desnvolvimento ao
cavaco silva lajes
nós para sermos a capital das flores teria-mos que falar do nosso desenvolvimento e com muitas coisas para apresentar ao presidente assim como a nossa doca agora as piscinas ets, etc,
Exacto! E dos processos em tribunal, e das dívidas do presidente, e dos "sacos azuis", e dos tachinhos, e do transparente processo eleitoral das últimas eleições... olha. agora perdi-me. Já não sei de que concelho estou a falar.
Espero que requalificação da zona envolvente da fabrica da baleia traga tambem um monumento ao baleiro Florentino e suas familias.
espero agora que o governo tambem faça um hotel na fabrica da baleia das lajes.
Espero é que paguem a quem contribuiu para estes dois projectos, e ainda continua a zero!...
Os hoteis das Flores são uma boa merda.Parece barracões da tropa.
Não cheguei a saber: O JL foi ao encontro com o PR ou não?
Eles agora são muito amigos.
foi foi dizer que tinha o maior parque de maquinas avariadas
com as maquinas vai descobrir o desimvolvimento
O JL é um bom "mestre".Administra o concelho mais lindo dos Açores.As freguesias estão limpas e organizadas.Quem o diz são os turistas das outras ilhas.No concelho de Sta Cruz as freguesias andam cheias de esterco, lama e lixo.Só se salva as ruas dos "senhores" da Vila...
mas que vai sujar as lajes
não a nada
Se eu fosse o JL cobrava portagem para quem quisesse entrar no concelho das Lajes, pois os que vêm de foram, principalmente os de Santa Cruz, só deixam lixo e bebedeiras...
Alguém tem de pagar a taxa do lixo e não vai ser quem anda sempre a limpar...
enquante eles gastarem umas coroas não vamos cobrar nada nem semos homens para isso são sempre bem vindos que o tempo das revalidades já acabou.
A guerra da areia ainda não acabou.
E vai haver a guerra do lixo.O JL já está a preparar-se para não ser enganado...
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