sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Capturado peixe de águas subtropicais

Investigadores da Universidade dos Açores e da Universidade de Estugarda estão a estudar o aparecimento de um peixe de águas tropicais e subtropicais ao largo da ilha das Flores.

Ainda é cedo para explicar os motivos, mas os investigadores estão a estudar o aparecimento deste peixe de águas tropicais ao largo da ilha das Flores. O peixe com 14,84 kg, cuja espécie ainda não foi identificada, foi capturado na tarde do dia 30 de Julho, numa cavidade de uma baixa da costa da Fajã Grande, a cerca de 10-12 metros de profundidade, pelos caçadores submarinos Pedro Lima e Sílvio Gonçalves.

Nem os caçadores, nem os pescadores da zona conseguiram identificar a espécie, concluindo que se tratava de uma captura inédita. Através de pesquisas na internet foi possível perceber que se tratava de um peixe do género pargo-luciano, mas a espécie em concreto ainda está a ser estudada pelos investigadores João Pedro Barreiros, João Gonçalves e Ronald Fricke, que se preparam para publicar um artigo sobre esta matéria numa revista da especialidade.

Segundo João Pedro Barreiros, há duas hipóteses que podem justificar o aparecimento deste peixe adulto nos mares dos Açores, mas a resposta exige uma monitorização dos investigadores: “Pode ser uma ocorrência esporádica ou pode ser que haja mais indivíduos já instalados”, explicou. É por isso que já foi lançado um apelo aos caçadores submarinos para que estejam atentos ao aparecimento de espécies diferentes.

“Este ano, outro peixe deste género foi apanhado nas Canárias e pouco tempo depois foi capturado este nos Açores”, frisou o investigador. Esta foi a primeira vez que se registou um peixe desta família na Região, mas não é a primeira vez que aparecem espécies de águas tropicais. Ainda assim, segundo João Pedro Barreiros, é especulativo falar de um eventual processo de “tropicalização faunística”. Por isso, é preciso continuar a monitorizar as espécies que existem no mar dos Açores, até para “conhecer melhor a biodiversidade marinha”.


Notícia: jornal «Correio dos Açores» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

2 comentários:

Anónimo disse...

A corrente do golfo, que como se sabe nos banha todo o ano, sempre arrastou para cá coisas do mar das Caraíbas. Sementes de coqueiro, sementes de palmeira, certas aves e muitas vezes peixes.
Há até quem presuma, e muito bem, que parte do primitivo coberto vegetal dos Açores deve-se a sementes arrastadas para cá pela dita corrente.
Nada de novo portanto.

Anónimo disse...

Notícia de última hora: já se sabe a espécie deste peixe:Joannus Laurencius