Pescadores temem falências devido a drástico corte nas quotas europeias
O presidente da Federação das Pescas dos Açores disse recear a falência de armadores da Região num "futuro próximo", por causa dos cortes nas quotas de pesca para o arquipélago impostas pela União Europeia.
José António Fernandes sublinhou que a frota de pesca açoriana foi melhorada e bem equipada na última década com o recurso aos fundos europeus. No entanto, os armadores fizeram esses investimentos com base numa expetativa de negócio que, em alguns segmentos, não se está a concretizar devido às quotas cada vez mais reduzidas ou à proibição de pesca de determinadas espécies por parte da União Europeia. Há, por isso, pescadores a enfrentar problemas e há "receios" de que surjam "falências" num "futuro próximo", afirmou.
Segundo José António Fernandes, só com o "corte drástico" que foi imposto na quota do goraz (que em 2016 será metade da quota de 2013), haverá uma quebra de 1,7 milhões de euros na venda direta em lota deste peixe, o que é relevante para a dimensão do setor nos Açores.
A pesca representa 5% do emprego da população ativa açoriana e 20% das exportações dos Açores, lembrando que o volume de pescado no arquipélago varia muito a cada ano, dependendo da disponibilidade de recursos ou das condições do mar.
José António Fernandes lamentou que a União Europeia estabeleça quotas com base apenas no volume de pescado e não veja que, em certos casos, o seu aumento é sinal de abundância dos recursos.
A redução das quotas de pesca do goraz (em que se inclui o peixão) imposta pela União Europeia no âmbito das suas competências foi drástica, sobretudo a que está prevista para 2016. Ilhas como Graciosa, Flores e Corvo, onde as comunidades piscatórias são muito dependentes da pesca desta espécie, poderão sentir grandes dificuldades em 2016. É por isso que a União Europeia deve ter atenção especial aos pescadores dos Açores.
Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!
4 comentários:
Esta União Europeia vale-nos cada vez menos.
Andamos vendidos a uns subsídios à lavoura e a obras espampanantes que de pouco nos servem.
Os nossos problemas, alguns seculares, ou se mantém, ou se agravam.
A desertificação agrava-se, não se antevendo horizonte para daqui a 50 anos.
Uma só parcela da região - São Miguel - substituiu Lisboa, concentrando tudo à custa do esvaziamento das outras.
O que podemos tirar dos nossos mares é agora tabelado por Bruxelas, que, se deixarmos, põe e dispõe dos nossos recursos.
É este o progresso que queremos?
Foi para isto que sonhamos esta autonomia?
estão sempre com medo n vao pra o mar e agora estão assustados.este presidente no lugar estar sempre passiar que arranje mercado pra outra espécie peixe.
eu nem sei o que faz este presidente e de outras ilhas com tantas viagens e reoniões.
este presidente perdeu a grande mama da cml , agora
a fatura é para essa associação , coitados dos pescadores ceguinhos.
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