quinta-feira, 9 de abril de 2015

Proteger e divulgar os falares açorianos

O deputado Paulo Estêvão (PPM) entregou, na Assembleia Legislativa Regional, um projeto de resolução que pretende proteger, dignificar e divulgar os falares açorianos.

Segundo o deputado Paulo Estêvão, “os diferentes falares das ilhas dos Açores integram o núcleo fundamental da identidade açoriana. A sua proteção, dignificação e divulgação é – no atual contexto de uniformização levada a cabo pelos novos meios de comunicação e pelo sistema educativo de massas associado à norma-padrão da língua portuguesa – uma prioridade e uma urgência”.

De acordo com o deputado corvino, após quase quarenta anos de Autonomia, os diversos falares açorianos continuam a não gozar da proteção institucional que se impõe. O deputado do PPM defende que “em norma, as variantes de dialetos dos Açores continuam a ser estigmatizadas do ponto de vista social e institucional. Para muitos, as pronúncias e o léxico específico das diferentes ilhas açorianas não são mais que uma língua portuguesa atrasada e mal falada”.

Em algumas ilhas, uma parte importante da grande e secular especificidade lexical dos falares açorianos é desconhecida pelas gerações mais novas. Em geral, o seu uso e conhecimento está em claro retrocesso. Assim, importa adoptar, com urgência, medidas que contribuam para a proteção, dignificação, conhecimento e uso descomplexado dos diversos falares açorianos.

Para Paulo Estevão, “trata-se de apostar forte na manutenção e fomento de um dos mais importantes elementos da identidade cultural do povo açoriano: a especificidade e a riqueza histórico-cultural dos seus diversos falares”.

Nesse sentido, o deputado do PPM quer que o Governo Regional planifique e execute as medidas necessárias para proteger, dignificar, valorizar e divulgar os falares açorianos, nomeadamente através da criação dos mecanismos adequados para promover o seu uso nos órgãos de comunicação social, nos diferentes âmbitos institucionais e no sistema educativo regional.


Notícia: rádio Atlântida e jornal «Diário da Lagoa».
Saudações florentinas!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Falar é uma coisa, escrever é outra.
Não basta a confusão do acordo ortográfico, vem agora este com mais esta.
Como é? Vamos escrever de acordo com a pronuncia?
Nas escolas? A miudagem já não sabe português, quanto mais escrever de acordo com a pronuncia.
E o alentejano porque é que não é também valorizado no continente?
É cada uma...

Ivo Sousa disse...

Link para as pronúncias dos Açores:
clique aqui.

Anónimo disse...

quando a cabeça não tem ideias viram-se para os folares, e estes deputados a ganharem montes de dinheiro já não sabem para que lado ando virarem para caçar mais uns votozinhos para mais um próximo mandato para depois irem para a reforma com uma saca cheia de euros.

Anónimo disse...

É com papas e bolos que se enganam tolos. A papa deste para arranjar uns votos é esta....
A falta de ideias e de lideranças com pés e cabeça é o nosso principal problema. O essencial escapa e o efémero, que não acrescenta um côvado à nossa prosperidade, dá casos, brigas e tardes inteiras de discussão.
Haja paciência......

Ivo Sousa disse...

Link para esclarecer a frase "És dos Açores? Mas não tens sotaque!": clique aqui.