sexta-feira, 29 de abril de 2016

Hídrica da Fajãzinha arranca este ano?

O plano de investimento da EDA Renováveis prevê para 2016 a construção de uma nova Central hídrica na ilha das Flores, na zona da Ribeira Grande.

Atualmente, oito das nove ilhas do nosso arquipélago já dispõem de parques eólicos, com 46 aerogeradores instalados, responsáveis por cerca de 9% do total da produção de energia na Região.

A EDA prevê concluir em 2017 a cobertura da rede de parques eólicos nos Açores com a instalação de aerogeradores na ilha do Corvo, um processo iniciado em 1988 em Santa Maria. Segundo disse David Estrela, a energia eólica no arquipélago produz cerca de três vezes mais do que a energia hídrica, que só tem Centrais instaladas nas ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Flores.

Para o administrador da EDA Renováveis, pensarmos que as ilhas poderão ser energeticamente autossuficientes não é um mito, mas "é economicamente inviável" devido aos custos associados, nomeadamente com o armazenamento da energia para meses de menor produção.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

13 comentários:

Anónimo disse...

Contrariamente ao que se diz não é economicamente inviável.
O que é inviável ao bolso dos Açorianos são os preços praticados, quando os valores do barril de petróleo desceram para um quarto.

Anónimo disse...

é de desconfiar ano de eleições

Anónimo disse...

De facto não se percebe. Quando o preço do petróleo era quatro vezes o atual o custo da eletricidade era mais baixo, agora, com o barril a 28 euros, o kilowatt é mais caro...

Isto percebe-se?

Quem é que ensaca o diferencial e onde é que é investido? Em São Miguel, como a tradição manda?

Anónimo disse...

Este é um tema que merece aqui um debate sério, no qual devem participar as pessoas em geral, os consumidores, mas também, desejavelmente, pessoas com conhecimentos técnicos experienciados na matéria. Isto porque se trata de uma área muito complexa e com regras muito próprias, nomeadamente quanto à formação dos preços da produção, aos custos associados à exploração e até quanto ao suporte do investimento.

Não podemos esquecer que a EDA é uma empresa pública, com capitais do Governo Regional dos Açores e com responsabilidades em todas as ilhas, que eu penso que tem exercido bem. Desde que chegou às Flores melhorou muito a qualidade e a estabilidade da nossa electricidade, investiu imenso e explorou e ampliou os recursos naturais e parece querer continuar a fazê-lo. Podemos questionar é o preço, sobretudo o nosso nas Flores, porque temos uma componente de renováveis importante, mas isso faz parte da politica regional de atender ao conjunto das ilhas.

Tivemos a solução na mão: investimento feito pelo Governo da República a fundo perdido, no âmbito do Acordo Luso-Francês e criação de um organismo público para administrar e explorar. Só que administramos mal. Administramos através de leigos na matéria que tinham legitimidade mas não tinham competência e deu no que deu. Enquanto durou o Acordo Luso-Francês e se contou com o apoio da Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos tudo bem, quando ficamos entregues a nós próprios e não nos soubemos reestruturar, tudo mal.

Eu de início discordei, em sede própria, da entrega de mão beijada à EDA de todo um património que tínhamos e podíamos potenciar e continuar a ter energia de qualidade e barata. Para isso era indispensável reestruturar a administração, adquirindo um engenheiro electrotécnico que assumiria a gestão técnica e proporia os investimentos necessários, mantendo a gestão autárquica. Não quiseram. Ninguém queria perder poder. Assim, perdemos tudo. Mas hoje reconheço que funciona.

Anónimo disse...

Funciona para São Miguel que absorve a fatia grossa dos investimentos. Funciona para os fornecedores de combustível que tem mercado garantido. Não funciona para quem quer produzir renováveis, que se depara com incontáveis barreiras. Não funciona para os consumidores que apesar dos custos de produção serem mais baixos, paga a energia mais cara.

Anónimo disse...

Então.mas São Miguel também não tem a fatia grosso da população açoriana?
E mesmo assim você não reconhece os investimentos que cá têm sido feitos? Substituição de postes,de travessas,de linhas,remodelação da Central de Além da Fazenda, construção da Central das Lajes,ampliação da hídrica,as torres heólicas a automatização?.... Sinceramente! Reividincar sim,mas honestamente. Os preços não vão ser mais baratos nunca,tire isso da sua cabeça,porque os investimentos são pagos pela produção e pelo consumidores! É assim em todo o lado,como é que havia de ser diferente aqui? Está errado, mas é de Lei.Eu também não concordo mas que fazer? É por isso que eu disse no comentário de 29,16h37, que esta é matéria muito complexa e acrescento, controversa.

Anónimo disse...

Areia para os olhos, não. É em São Miguel que há mais população sim senhor. Lisboa também quando comparada com o resto do país. Se reclamava-mos contra Lisboa, porque era lá que se faziam (e fazem) os investimentos grossos e o resto era paisagem, como é que admiti-mos que aqui, nos Açores, com 9 ilhas, a coisa seja igual? Se comparar-mos o investimento "per capita" feito em cada uma ilha dos Açores, tiramos as duvidas todas e deixamo-nos de conversa.

Repito: como é que quando o barril de petróleo andava a 110 € o preço da eletricidade era mais baixo, e como é que agora, com o petróleo a um quarto desse preço, o preço é mais alto? Os investimentos, os juros e as amortizações fazem-se agora como se faziam quando o petróleo estava caro. Repito: há qualquer coisa que não se percebe nem bate certo.

Argumento: quando as leis estão tortas, endireitam-se. Para isso é que pagamos deputados e um parlamento. As coisas públicas só fazem sentido quando trazem benefícios aos donos, que somos todos nós. Não será assim?

Anónimo disse...

Estamos a ter aqui um diálogo interessante.
A minha visão é a seguinte: no continente, nos Açores ou em outra parte do mundo, onde quer que viva gente, devem ser feitas as infraestruturas essenciais à vivência condigna das pessoas, mas dimensionadas à medida de quantos aí vivem. Se assim não fosse, haveria dois erros: injustiça e desperdício. O que é que se faria nas Flores, e para quê e para quem, com um investimento semelhante ao que é feito na Terceira, já não vou dizer em São Miguel? E o que diriam os terceirenses, nesse caso? Então nós somos 60 mil para pagar impostos, para usufruir e temos o mesmo investimento que 4 mil?
É claro que não pode ser assim. Você fala em "per capita", olhe que eu não sei, mas vistas as contas, porque elas devem estar feitas, se calhar ficamos a ganhar! Não temos estradas boas, comunicações boas, Porto, Aeroporto, Escolas, Unidade de Saúde de Ilha, electricidade de qualidade, transportes terrestres públicos.

O preço do petróleo e a mudança das Leis, não vá por aí, porque a formação do preço da electricidade não é feita com base nos custos de contexto.
Ora diga lá de sua justiça.

Anónimo disse...

A formação do preço da electricidade não é feita com base nos custos de contexto. Então é feita como? Com base em que critérios? Em acordos com organismos nacionais?

Anónimo disse...

já chegaram as máquinas á fagazinha é se a obra não começar antes das eleições morre de novo no congelador.

Anónimo disse...

Agora é só obras á anos vem a classe politica enganando o povo das Flores. Obras que se cumprissem daria um grande desenvolvimento a ilha, e criava muitos postos de trabalho e posso relembrar os nossos deputados das promessas já de alguns anos. Cumpram ou então não prometam. A hídrica na Fajazinha, a eliminação da pista do aeroporto, a reabilitação do porto das poças e de ponta delgada.

Anónimo disse...

e mais tolos são vocês que eu me cansei de dizer aqui que os dois da mesma cor não fazem nada e a prova está á vista, vejam quais foram as obras que o governo fez nas lajes durante estes 3 anos, nada.

Anónimo disse...

será que vem hoje no barco as maquinas para começar as obras na central da fagãzinha.