quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Furacão Gaston a caminho dos Açores

O furacão Gaston está a deslocar-se pelo Atlântico e perdendo força, estimando-se que chegue aos Açores no sábado já sob a forma de tempestade tropical.

O delegado nos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera afirmou que o furacão Gaston deverá atingir os Açores na madrugada de sábado já enfraquecido, ou seja, na categoria de tempestade tropical, afetando sobretudo os Grupos Ocidental e Central do arquipélago com ventos de 65 kilometros por hora e rajadas de 85 km/h.

O Gaston é o sétimo furação a formar-se no Atlântico neste ano de 2016. O primeiro furacão a formar-se foi o Alex, que atingiu os Açores em Janeiro e foi um fenómeno muito raro, que já não acontecia há quase 40 anos, uma vez que os furacões nesses meses são muito raros, sendo a sua época normal de formação entre Junho e Novembro.


Notícia: «Diário Insular» e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Encaminhamento de passageiros das low cost dificulta as ligações para residentes

O encaminhamento gratuito dos passageiros chegados nas low cost estão a encher os voos inter-ilhas da SATA, assim dificultando imenso as ligações em voos inter-ilhas para os residentes nos Açores.

Voos cheios dias a fio nas ligações entre os Açores e o Continente, mas sobretudo nas ligações inter-ilhas estão a dificultar a mobilidade dos açorianos para fora do arquipélago e dentro dele. "Está cada vez pior, é cada vez mais difícil arranjar voo com pouca antecedência, e as pessoas queixam-se", adiantou um residente.

Nos aviões seguem sobretudo turistas que se servem dos encaminhamentos gratuitos entre o arquipélago, garantem os operadores. As viagens, por isso mesmo, são marcadas com muita antecedência, o que limita a mobilidade de quem precisa sair da sua ilha à última hora. Os residentes têm sido, portanto, os mais prejudicados. O problema é relativamente recente; só há pouco mais de um ano é que se deixou de conseguir marcar passagens inter-ilhas de um dia para o outro.


Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Recuperação da Cooperativa Ocidental

No passado dia 19, Vasco Cordeiro visitou a Cooperativa Ocidental destacando o “trajeto de recuperação”, apontando o “apoio técnico que foi prestado e está a ser prestado à cooperativa” e “o programa de apoio à aquisição de novilhas tendo em vista o reforço da produção de leite”.

“É bom constatar que neste momento estas medidas já estão a produzir resultados em benefício dos agricultores da ilha das Flores”, acrescentou Vasco Cordeiro, explicando que no primeiro semestre de 2016 “há um aumento de cerca de 80% no volume de entregas de leite na fábrica”.

Vasco Cordeiro considerou, contudo, ser necessário “ir mais além”, referindo aspetos no funcionamento da Cooperativa Ocidental que necessitam de atenção, como a questão ambiental ou a valorização dos produtos, no sentido de serem criadas condições para que “possa aumentar o rendimento deste setor” na ilha das Flores.

“Este aspeto de valorização dos produtos lácteos dos Açores é uma matéria que não tem a ver apenas com a ilha das Flores, mas com todo o setor leiteiro regional”, adiantou Vasco Cordeiro.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 28 de agosto de 2016

Ensaio literário de Pierluigi Bragaglia foi vencedor do Prémio Daniel de Sá 2016

Em entrevista ao jornal «Diário Insular», Pierluigi Bragaglia afirma que “há mistérios do passado [do povoamento e toponímia das ilhas das Flores e do Corvo] que ainda se poderão desvendar, aliando a investigação documental à ousadia da interpretação”.

Venceu o prémio literário Daniel de Sá, na categoria de ensaio, com o trabalho «Novas luzes sobre o povoamento e topónimos das Flores e Corvo: João da Fonseca e António Carneiro no Reino, em São Tomé e Príncipe, em Cabo Verde e nos Açores». Como surge este trabalho? Por que razão decidiu dedicar-se a este tema?

Já me dedico à História do arquipélago há muito tempo, sendo historiador com licenciatura finalizada no longínquo ano de 1992 com tese sobre os Açores e residente na ilha das Flores há 25 anos, durante os quais publiquei várias obras de cariz histórico e/ou turístico, com edições patrocinadas pelas autarquias locais, ou autofinanciadas. Como surgiu este trabalho... Surgiu da gaveta onde tinha acumulado, ao longo de vários anos, uma série de inspirações de múltiplas origens, desde artigos de jornal a livros, páginas da internet, etc. Este trabalho pode definir-se como a edição, o desenvolvimento de um somatório de "palpites" heterogéneos, que ganharam força e que se vieram interligar, como num puzzle, à medida que os fui aprofundando.

Que correlação existe, enfim, entre estas personalidades e estes lugares?

O João da Fonseca é o conhecido promotor da inicial colonização das ilhas das Flores e Corvo, todavia a sua figura sempre foi abordada de forma muito superficial, referido por qualquer fonte de forma automática e repetitiva: o ensaio propõe um esboço biográfico com vários pontos inéditos ou esquecidos. O António Carneiro foi simplesmente a mais poderosa "eminência parda" dos Descobrimentos portugueses, tendo sido aparentemente o "inventor" da própria palavra Descobrimentos, sendo secretário e conselheiro particular de três soberanos diferentes na era dourada da monarquia, envolvido em praticamente todos os assuntos do Reino e do Ultramar. O facto de ter redescoberto, ou revelado e frisado, a proximidade laboral, profissional e até de parentesco de António Carneiro com João da Fonseca, permitiu concluir que o grande secretário - assim como a historiografia nacional o tem recordado - teve uma influência notável também na colonização das ilhas das Flores e Corvo.

Há, na sua opinião, muita História por explorar no que diz respeito ao povoamento e à toponímia que as ilhas das Flores e do Corvo ainda têm?

Com certeza há sempre zonas sombrias, mistérios do passado que no futuro se poderão desvendar, aliando a investigação documental à ousadia da interpretação. O ensaio apenas ilumina novas diretrizes de pesquisa, ao longo das quais penso que ainda muita informação se poderá quantificar e qualificar mais corretamente, retificar e melhorar.

Este trabalho não é o primeiro que desenvolve sobre os Açores. Foi, aliás, autor do primeiro guia turístico sobre o arquipélago editado em Itália. A propósito: como vê esta vaga de turismo que parece estar a chegar à Região? Os Açores estão na moda. As ilhas correm o risco de perder a sua identidade?

Numa Região de beleza paisagística ímpar como os Açores, é natural que o turismo tenha que chegar em números sempre maiores. Ao longo destes anos vividos no arquipélago, através de escritos e palestras públicas, cansei-me de sugerir modalidades de turismo adaptadas à realidade local, não invasivas e amigas da natureza. Em 1995 escrevi o primeiro roteiro dos trilhos pedestres nos Açores, que são hoje uma das ofertas principais da Região, mas que ainda carecem de investimentos adequados, que correspondam à promoção que deles se faz. Houve promessas de turismo sustentável que não foram mantidas, como a definição da carga máxima de turistas por ilha, a abolição de touradas e vacadas, ou a realização inútil de avultados investimentos, como por exemplo a construção do Aquarium no porto de Ponta Delgada, eventos e empreendimentos contrários ao turismo de natureza que supostamente se quer promover. São contradições que é preciso ultrapassar (maltratar e aprisionar animais para o simples lazer dos humanos), por serem só em favor de supostas tradições, ou do lucro imediato e de um "progresso" um pouco descontrolado: penso que ainda estamos longe do que aconteceu esta semana em Veneza, como já acontecera em Barcelona, com os residentes a afixarem cartazes com o slogan TouristGoAway!, ou TouristGoHome!, mas existe sim, nos Açores, o risco de matar a galinha dos ovos de ouro, com uma excessiva "prostituição" do turismo regional. Apesar da propaganda, ainda é preciso definir um caminho para o turismo que se quer, e tomar decisões firmes acerca desse caminho, o que ainda não foi feito.

Está, entretanto, a preparar outras obras sobre os Açores?

A preparar concretamente ainda não, até por estar finalmente a gozar de um ano sabático, após ter saído da indústria turística depois de 25 anos de trabalho continuado, ao vender o bed&breakfast que possuía na Fajã Grande. Todavia, tenciono investir o valor deste prémio Daniel de Sá na pesquisa para a realização de mais uma obra sobre os Açores, uma história extraordinária cujo princípio ainda mora na minha gaveta, e que deverá estar pronta só dentro dos próximos dois ou três anos.

Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

sábado, 27 de agosto de 2016

Limpeza de zonas costeiras nas Lajes

Ao longo desta época balnear, a Câmara Municipal das Lajes em parceria com a associação AmbiFlores, o Serviço de Ambiente da ilha das Flores, a Capitania do Porto de Santa Cruz das Flores e com a colaboração da Junta de Freguesia da Fajã Grande, deu continuidade à limpeza da orla costeira para recolha de lixo marinho no concelho das Lajes.

Nesta operação foi abrangida toda a extensão do areal da Fajã Grande, das piscinas naturais da Salema à zona balnear da Fajã Grande bem como o rolo da Fajã Grande. Nas Lajes, a Fajã Lopo Vaz, o Calhau da Dura e a praia da Calheta. Ao longo destas linhas de costa foram retirados mais de 1600 Kg de resíduos.

A Câmara Municipal das Lajes agradece a colaboração de todos os voluntários e apela ao correto encaminhamento dos resíduos produzidos, evitando assim acumulações desta dimensão.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Multibanco em Ponta Delgada custa mil euros mensais à Câmara de Santa Cruz

A Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores paga mil euros por mês à Caixa Geral de Depósitos para que a população da freguesia de Ponta Delgada possa dispor de uma caixa multibanco na sua localidade.

O presidente da autarquia, José Carlos Mendes afirmou à Antena 1 Açores que o encargo de cerca de mil euros por mês vale a pena pelo serviço prestado: “Para fazerem um simples carregamento de telemóvel, pagar água ou eletricidade, aceder aos serviços essenciais financeiros tinham de deslocar-se à sede do concelho fazendo uma distância de cerca de quarenta e tal kilómetros. Chegávamos ao absurdo das pessoas terem que pagar um táxi pagando cerca de 20 euros, às vezes para fazerem uma movimentação financeira de 5 ou 10 euros. A Câmara de Santa Cruz está efetivamente a pagar pela prestação do serviço”.

A Câmara Municipal das Lajes também está a negociar com o banco uma caixa da rede ATM para a freguesia da Fajã Grande.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Lúcia Silva é cabeça de lista do PAN

A cabeça de lista do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) pelo círculo da ilha das Flores às próximas eleições regionais, a 16 de Outubro, é Lúcia Silva, técnica superior de Educação.

A candidata, de 45 anos, natural da ilha das Flores e a residir em Ponta Delgada (São Miguel), disse que esta é a sua primeira experiência partidária, adiantando que “desde sempre” as suas ideias passaram pela “defesa do ambiente, animais e pessoas”, pelo que aceitou o desafio do PAN. “É o único partido que me faz sentir estar de acordo com as minhas ideias, de um mundo melhor, mais harmonioso”, adiantou Lúcia Silva, reconhecendo contudo que o PAN “ainda tem pouca implantação” nos Açores, mas é “cada vez mais conhecido, o que é positivo”.

A cabeça de lista do PAN pelo círculo eleitoral da ilha das Flores lamentou o desinvestimento na produção agrícola biológica, área que considera ser necessário apostar. Lúcia Silva defendeu, ainda, ser necessário “colocar em causa o paradigma vigente do crescimento infinito”, explicando que o PAN pretende “trazer medidas que reforcem as questões da educação e da consciência para uma gestão inteligente e equilibrada dos recursos naturais. Apostar no bem-estar e no desenvolvimento equilibrado é tão bom para o planeta como para quem habita nele”, acrescentou.

Esta é a segunda vez que o PAN se candidata às eleições legislativas regionais dos Açores, onde há quatro anos concorreu apenas pelo círculo eleitoral de São Miguel, tendo conquistado 680 votos.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Balanço possível dos deputados regionais "florentinos" nesta X legislatura açoriana

Provavelmente constitui a mais miserável representação política que a ilha das Flores alguma vez teve na Assembleia Legislativa Regional... só eventualmente equiparável à III legislatura açoriana (1984-1988).

Com base nos dados publicamente disponibilizados pela Assembleia Legislativa Regional abaixo se mostra um balanço quantitativo do trabalho político dos deputados regionais "florentinos" nesta X legislatura açoriana.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Alexandra Manes (BE) preocupada com "flagelo" do desemprego nas Flores

Cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral da ilha das Flores nas próximas eleições regionais, Alexandra Manes manifestou preocupação pelo "flagelo" do desemprego nesta ilha e criticou a precariedade associada aos programas ocupacionais.

Alexandra Manes, de 41 anos, considerou “alarmante a despreocupação do PS em relação à precariedade que os programas ocupacionais potenciam”, considerando que o partido que governa os Açores “encontrou esta medida para fomentar a precariedade laboral”.

Natural da ilha das Flores e militante do BE desde 2009, Alexandra Manes adiantou que o objetivo da candidatura é “promover a ilha, apostando naquilo que tem de melhor. Desde 2009 que a ilha das Flores integra a rede de Reservas da Biosfera e pouco ou nada foi feito para beneficiar deste galardão”, referiu a cabeça de lista do Bloco, defendendo ser “imprescindível envolver toda a ilha no usufruto” deste título através da “certificação de uma marca que represente a autenticidade ecológica que oferece e para onde os vários setores convirjam”.

A candidata bloquista manifestou, ainda, o desejo de tornar a ilha das Flores num destino de “turismo sustentável, melhorando as infraestruturas” e os transportes que “promovam a saída de residentes e a entrada de turistas para a ilha”.

Alexandra Manes adiantou que “o primeiro contacto que teve” para liderar a lista do Bloco de Esquerda partiu “de um grupo de pessoas naturais e residentes na ilha das Flores que não se reveem nas candidaturas que estão a ser apresentadas”, tendo aceitado o desafio.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

PJ deteve mulher por crime de incêndio

A Polícia Judiciária identificou e deteve uma mulher de 47 anos de idade, pela presumível prática do crime de incêndio em hospedaria na ilha das Flores.

Os factos ocorreram na segunda semana deste mês nas instalações de uma hospedaria no concelho de Santa Cruz das Flores, quando a detida por presumíveis razões de vingança contra um outro hóspede ateou durante a noite fogo à sala do estabelecimento, que rapidamente se propagou a outras áreas, provocando danos avultados e colocando também em perigo um estabelecimento comercial de venda a retalho que funciona no mesmo imóvel, bem assim casas contíguas, o que só foi evitado pela pronta intervenção dos bombeiros.

Um dos hóspedes, que se encontrava a dormir no quarto, veio a sofrer ferimentos muito graves, que determinaram a sua rápida evacuação para unidade hospitalar do Continente, onde se encontra internado.

A detida, sem ocupação laboral, foi presente à autoridade judiciária competente com vista à sua sujeição a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas coativas tidas por adequadas. Fonte da PJ esclareceu que a arguida prestou termo de identidade e residência: “o juiz ordenou a sua libertação por não ser possível ouvir a detida em primeiro interrogatório judicial num prazo de 48 horas como determina a lei”, pois “não foi possível fazer deslocar os magistrados à ilha das Flores ou fazer deslocar a detida a outro tribunal”.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Correio dos Açores», «Jornal das 18» da RDP Açores, «Diário de Notícias» e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

domingo, 21 de agosto de 2016

"Requalificação" do Porto das Poças

A empreitada de requalificação do Porto das Poças, em Santa Cruz, ficará pronta em dois anos, indo custar cerca de 10 milhões de euros.

Na cerimónia de assinatura do auto de consignação da requalificação do Porto das Poças, Vítor Fraga salientou a grande importância deste empreendimento, “particularmente para a ilha das Flores e para o Grupo Ocidental”, acrescentando que se irá traduzir numa relevante melhoria para as condições de todos os seus utilizadores, seja no âmbito profissional ou de lazer.

Com prazo de execução de 24 meses, esta obra representa um investimento de cerca de 10 milhões de euros e permitirá a construção de um novo molhe de proteção para toda a bacia portuária, com 302 metros de comprimento, a remoção de diversos afloramentos rochosos, além da dragagem do canal de acesso ao cais, permitindo melhorar as condições gerais de operação e a segurança deste espaço.

A par do benefício para o transporte de passageiros, Vítor Fraga realçou que será ainda otimizada a forma de aproximação ao cais por parte de todas as embarcações marítimo-turísticas ou de pesca, com a largura mínima do canal de acesso a aumentar para 22 metros.

Serão também melhoradas as operações portuárias no cais de Santa Cruz das Flores, bem como a saída em segurança da baía interior, estando também prevista uma intervenção na melhoria da proteção da orla marítima junto ao porto, prevendo a instalação de um farolim com cinco metros de altura.

Vítor Fraga recordou algumas das empreitadas que já foram realizadas ao nível dos portos na ilha das Flores nos últimos seis anos, como a construção do núcleo de recreio náutico, a edificação da gare marítima, os melhoramentos no Porto das Lajes, incluindo o edifício de apoio, a reabilitação da cabeça do molhe, a construção de uma rampa Ro-Ro e a empreitada de prolongamento do cais do Porto das Lajes.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores, rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sábado, 20 de agosto de 2016

Várias velocidades será coesão regional?

Os resultados do ICDIR-Açores revelam que em 2010 a Região era globalmente mais coesa em termos de desenvolvimento do que em 1980.

O Indicador Compósito de Desenvolvimento Intra-Regional (ICDIR) permite a observação das assimetrias das ilhas no âmbito da Região Autónoma dos Açores, nas vertentes da competitividade económica, da coesão social e da sustentabilidade ambiental e na vertente global do desenvolvimento intra-regional. Tem como objectivo medir o posicionamento e a evolução do desenvolvimento de cada ilha no contexto regional, entre 1980 e 2010, nas vertentes económica, social e ambiental.

O Indicador de Competitividade Económica pretende captar o potencial de cada ilha em termos de competitividade dos recursos humanos e infra-estruturas, assim como o grau de eficiência na trajectória seguida (medida pelos perfis educacional, profissional, empresarial e produtivo) e, ainda, a eficácia na criação de riqueza. A única ilha que apresenta um índice de competitividade superior ou igual a 100 (média regional) em todos os anos estudados é São Miguel; mas ocorre um aumento significativo (acima de 7,5 pontos) nas ilhas mais periféricas em termos de dimensão, como Santa Maria, Graciosa, Pico, Flores e Corvo.

O Indicador de Coesão Social procura reflectir o grau de acesso da população a equipamentos e serviços colectivos básicos, bem como os perfis conducentes a uma maior inclusão social e a eficácia das políticas públicas, traduzida no aumento da qualidade de vida. Nesta componente, os resultados mostram um retrato da Região mais equilibrado entre todas as ilhas do que o observado em termos de competitividade económica.

O Indicador de Sustentabilidade Ambiental está associado às pressões exercidas pelas actividades económicas e pelas práticas sociais sobre o meio ambiente. O número de indicadores recolhidos no âmbito desta componente é diminuto e esta foi uma das principais razões para o aparecimento de uma nova versão do ICDIR com início em 2015.

O comportamento diferenciado nas três componentes do desenvolvimento permite identificar perfis diferentes nas diversas ilhas e, de certo modo, agrupá-las. É então possível identificar três grandes grupos de ilhas, correspondentes a diferentes perfis.

O primeiro grupo é constituído por São Miguel, Terceira e Faial, ilhas que aparecem na zona azul ao longo do período. São Miguel é a única ilha que, ao longo das três décadas em estudo, apresenta sempre valores acima da média regional no Indicador de Competitividade Económica e no Indicador Compósito de Desenvolvimento Intra-Regional.

Há depois um segundo grupo de ilhas constituído por Santa Maria, Pico e Corvo com Indicador Compósito de Desenvolvimento Intra-Regional e Competitividade Económica sempre inferiores a 100 mas que no ICDIR se aproximam bastante da média regional (acima dos 9 pontos).

Finalmente, o terceiro grupo formado por São Jorge, Flores e Graciosa, também com Indicador Compósito de Desenvolvimento Intra-Regional e Competitividade Económica sempre inferiores a 100 mas com mais ligeira aproximação à média regional (de 1 a 6 pontos). Ao longo das três décadas em estudo, São Jorge e Flores apresentam desempenhos em termos de competitividade económica e global menor que 100, mas nas últimas décadas aparecem com a Coesão Social ou a Sustentabilidade Ambiental acima da média regional.


Notícia: «Correio dos Açores» e «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Igreja Católica começará a pagar IMI?

Dezenas de paróquias foram notificadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira para pagar o imposto municipal sobre imóveis (IMI).

As cartas das Finanças começaram a chegar no mês passado e dizem respeito a residências paroquiais, salas de catequese, conventos e largos existentes em frente às igrejas.

Em Paço de Sousa (concelho de Penafiel) até as casas mandadas construir pelo padre Américo (fundador da Casa do Gaiato) para alojar pessoas em extrema dificuldade financeira vão, pela primeira vez em 66 anos, pagar imposto. Em Braga vinte padres já se dirigiram à Diocese para contestar o pagamento de IMI em prédios com fins sociais e pastorais, isentos pela Concordata. Aveiro, Bragança, Leiria e Setúbal são outras Dioceses em que o pagamento do imposto foi solicitado.


Notícia: «Jornal de Notícias» e «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Evacuações médicas são extraordinário serviço prestado pela nossa Força Aérea

Desde o início do ano, a Força Aérea realizou 111 evacuações aeromédicas nos Açores, sendo que a maioria registou-se entre as ilhas da Região e 20 entre o arquipélago e o território continental.

“Neste ano na totalidade das evacuações aeromédicas estiveram envolvidos 128 doentes e a Força Aérea realizou bem mais de 200 horas de voo em todas elas”, avançou o coronel Rui Roque.

Segundo o porta-voz da Força Aérea, a maioria das evacuações médicas é feita entre ilhas dos Açores, com o transporte de doentes para o Faial, Terceira e São Miguel, únicas dotadas de unidades hospitalares. Desde Janeiro de 2016 foram ainda realizadas 20 evacuações médicas dos Açores para o Continente, duas através de uma aeronave C-295 para transportar mais do que um doente em simultâneo e 18 através do Falcon 50.

O coronel Rui Roque adiantou que no ano passado mais de metade das missões de evacuações sanitárias foram feitas nos Açores: “Estamos a falar de 183 missões das quais resultou o transporte de 217 doentes e a realização de cerca de 390 horas de voo por parte das aeronaves da Força Aérea. Nesta tipologia de missão foram feitas 406 missões a nível nacional [no ano passado], ou seja, praticamente metade foram feitas nos Açores em 2015”.

A Força Aérea Portuguesa tem sempre “em prontidão um dos três Falcon 50” cada vez que é feita a solicitação de transporte de doentes entre os Açores e o Continente por um dos três hospitais açorianos. Segundo o coronel Rui Roque, o Falcon 50 “é a aeronave que garante de forma mais rápida”, quer o transporte de doentes, quer de órgãos humanos que têm pouco tempo de vida útil.

Em 2016, a Força Aérea Portuguesa já efetuou em território nacional 19 missões de evacuação de navio e 60 missões de busca e salvamento “com a salvaguarda de 35 vidas no mar”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RTP Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Nova ponte pedonal na ribeira Grande

A Câmara Municipal de Lajes das Flores, em conjunto com o Governo Regional, está a proceder à reconstrução de uma ponte pedonal na ribeira Grande, entre as freguesias da Fajãzinha e da Fajã Grande. Desta forma pretende-se repor um percurso que havia ficado interrompido com a destruição da ponte, e dotar assim o concelho das Lajes de mais uma rota pedonal para o setor do turismo numa das zonas mais procuradas e visitadas da ilha.

Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Balanço possível dos deputados regionais "florentinos" nesta X legislatura açoriana

Provavelmente constitui a mais miserável representação política que a ilha das Flores alguma vez teve na Assembleia Legislativa Regional... só eventualmente equiparável à III legislatura açoriana (1984-1988).

Com base nos dados publicamente disponibilizados pela Assembleia Legislativa Regional abaixo se mostra um balanço quantitativo do trabalho político dos deputados regionais "florentinos" nesta X legislatura açoriana.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Fazendense já tem calendário do futsal

Na semana passada foi realizado o sorteio da primeira fase da Série Açores da Segunda Divisão Nacional de futsal, tendo o calendário ditado que a 22 de Outubro na jornada de abertura da prova o Grupo Desportivo Fazendense vá a São Miguel defrontar o estreante Atlético Clube de Ginetes.

A temporada 2016/17 da Série Açores do Campeonato Nacional da Segunda Divisão de futsal masculino conta com a participação de três equipas da ilha Terceira (Matraquilhos, Casa da Ribeira e Posto Santo), três equipas de São Miguel (Atalhada, Norte Crescente e Ginetes), o florentino Grupo Desportivo Fazendense e o picaroto Boavista de São Mateus.

Saudações florentinas!!

domingo, 14 de agosto de 2016

«Brumas e Escarpas» #110

O desastre do Corvo

Quase todos os anos por altura da Festa da Senhora dos Milagres partia da ilha das Flores uma lancha com pessoal da Fajã Grande para participar na mais importante e maior festa da ilha vizinha. Muitas famílias da mais ocidental freguesia açoriana tinham os seus amigos e conhecidos no Corvo, em casa de quem se hospedavam sempre que ali se deslocavam para a festa, ou simplesmente para efectuar algum negócio ou por outro motivo qualquer. Pela Senhora da Saúde, acontecia o contrário; eram os corvinos que então se deslocavam à Fajã, hospedando-se nas casas dos que lhes haviam dado guarida pela Senhora dos Milagres. Algumas pessoas da Fajã até seguiam para Ponta Delgada a pé e daí, da freguesia das Flores mais próxima do Corvo, faziam viagem para aquela minúscula ilha.

Corria o ano de 1942. Muitos peregrinos da Fajã decidiram ir ao Corvo à Festa da Senhora dos Milagres, uma tradição que se mantinha desde há muitos anos. Organizou-se a excursão, fretou-se o gasolina e na tarde do dia treze de Agosto com quarenta e cinco passageiros, quase todos da Fajã e da Ponta, partiu do cais com destino ao Corvo o gasolina Senhora das Vitórias, também conhecido pela Francesa. A partida atrasou-se e a embarcação chegou ao Corvo já noite escura. Ao aproximar-se da ilha, o mestre viu uma luz em terra e, cuidando que era o pequeno farol que indicava o porto, rumou a terra. Infelizmente a luz não era a do farol, nem o porto era ali e o Senhora das Vitórias enfiou-se, precipitadamente e de rompante, sobre as baixas dos Laredos, abrindo um enorme rombo a meio, enchendo-se de água e provocando grande pânico entre os passageiros. A confusão foi geral, a precipitação tremenda e o terror gigantesco. Não havia luz alguma por ali perto, cada qual procurava salvar-se e salvar os seus familiares que a muito custo encontravam ou nem chegavam a encontrar, acabando por perder a vida neste acidente dezasseis passageiros e ainda um dos proprietários da embarcação de nome António Jorge de André Freias, residente nas Lajes. Da Fajã Grande morreram: António Cardoso de Freitas, Maria Garcia Ramos, Elvira Vitória Ramos, Maria dos Anjos Freitas Henriques, Ercília Garcia Ramos, José Inácio Luís, Glória Barbeiro, João Furtado Sousa, Ana Fagundes e Violante Cândida. Da Ponta faleceram Lídia Freitas Dias, Aurora Inês Freitas, José António Filipe, Manuel Furtado Silveira e Teresa Serpa. Também perdeu a vida neste acidente José Caetano Gangão, natural e residente da Fajãzinha.

Diziam as pessoas mais antigas que quando a notícia, no dia seguinte, chegou à Fajã, “parecia um dia de juízo”, pois todos os que tinham familiares embarcados na véspera para o Corvo cuidavam que eram eles os falecidos. A freguesia encheu-se de gritos e de prantos, de confusão, de terror, de angústia e desespero, à medida que os nomes dos mortos iam sendo conhecidos.

No entanto, no Corvo, as autoridades e os responsáveis pelos destinos da ilha, com os limitadíssimos recursos e meios de salvamento que dispunham, tentavam recolher os náufragos e prestar auxílio às vítimas. O local, porém, era longe do povoado e de difícil acesso. Os meios de transportes nulos e os náufragos, quer os mortos quer os vivos, foram transportados a ombros. Havia apenas um médico na ilha. Após muito esforço conseguiram levar os mortos para a Casa de Espírito Santo do Outeiro, onde foram estendidos no chão, sem lhe serem prestados os primeiros socorros, não sendo, provavelmente, assistidos da melhor forma.

O desastre do Corvo que assinala o dia mais trágico da história fajagrandense perdurou anos e anos na memória de todos e muito especialmente na dos familiares daqueles e daquelas que tão tragicamente perderam a vida, naquela fatídica noite de 13 para 14 de Agosto de 1942.

Contava-se que a única criança que viajava se salvou. Um dos passageiros instintivamente ter-lhe-á pegado, trazendo-a para terra sã e salva. Só que esse salvador terá voltado atrás na tentativa de salvar algum familiar, tendo infelizmente perdido a própria vida. A criança salvou-se, mas nunca soube quem foi o seu salvador.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 13 de agosto de 2016

DRaC cria Comissão para conservação e restauro de órgãos de tubos dos Açores

Cinco especialistas foram indicados para formar a Comissão para os Órgãos Históricos dos Açores, que durante os próximos dois anos deverá exercer funções consultivas de apoio à decisão da Direcção Regional da Cultura (DRaC).

Entre as competências desta Comissão inclui-se avaliar e definir prioridades de intervenção, atendendo ao actual estado de conservação dos instrumentos e ao seu valor intrínseco; proceder à análise e avaliação das propostas submetidas à Direcção Regional da Cultura para obtenção de financiamento no âmbito da intervenção nos instrumentos; acompanhar os trabalhos de restauro, em curso e futuros, dos instrumentos objecto de comparticipação financeira e validar cada intervenção mediante emissão de parecer final.

Depois de em 2012 ter sido editado o Inventário dos Órgãos dos Açores, este é mais um passo para promover a conservação, restauro e conhecimento do vasto património organístico existente na Região. Existem cerca de meia centena de órgãos de tubos em oito ilhas do arquipélago, alguns dos quais estiveram sujeitos, ao longo da sua vida útil, a intervenções negligentes e menos esclarecidas.

Com a criação desta Comissão consultiva a Direcção Regional da Cultura responde à necessidade de se proceder à avaliação e definição de prioridades no âmbito da intervenção dos instrumentos que se encontram inoperacionais, bem como proceder à análise das propostas de intervenção e consequente acompanhamento dos trabalhos.

Na ilha das Flores existe apenas um único órgão de tubos, presente na Igreja Matriz de Santa Cruz.


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Prémio literário para Pierluigi Bragaglia

Pierluigi Bragaglia e Paula Sousa Lima venceram a edição 2016 do prémio de humanidades Daniel de Sá nas categorias de ensaio e criação literária.

O prémio de humanidades Daniel de Sá destina-se a galardoar, a cada biénio nos anos pares, uma obra inédita referenciável aos Açores escrita em português por autor nacional ou estrangeiro.

Pierluigi Bragaglia recebe o prémio na categoria de Ensaio com a obra “Novas luzes sobre o povoamento e topónimos das Flores e Corvo: João da Fonseca e António Carneiro no Reino, em São Tomé e Príncipe, em Cabo Verde e nos Açores (séculos XV-XVI)”. Bragaglia nasceu em Itália e desde 1990 que vive na ilha das Flores, onde criou um alojamento turístico – Argonauta. Foi autor do primeiro guia turístico açoriano editado em Itália e depois disso já editou mais outras obras, quer sobre a ilha das Flores quer sobre os Açores.


Notícia: jornal «Correio dos Açores» e revista «NO».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Castanheira & Soares era o terceiro maior devedor açoriano ao BANIF

Atingia o valor de 33,9 milhões de euros a dívida em incumprimento de cinco empresas com sede nos Açores ao BANIF.

De acordo com o semanário «Expresso», as empresas açorianas que faziam parte da lista das maiores dívidas em incumprimento eram o grupo António R. Casanova (no valor de 11,7 milhões de euros), o grupo José Monjardino/Azoria (9,2 milhões), o grupo Couto&Couto e o grupo Castanheira & Soares (ambos no valor de 4,7 milhões de euros) e o grupo Martins Mota (3,6 milhões).

A maioria destas empresas está falida ou em processo especial de revitalização (PER). A lista divulgada pelo semanário «Expresso» revela que há 50 empresas como as maiores devedoras ao BANIF com pagamentos em falta a Junho do ano passado, num conjunto de créditos que atingia os 512 milhões de euros.

A concentração destas dívidas em empresas do sector da construção civil e imobiliário acontece em paralelo com um peso da exposição aos Açores e à Madeira, onde o BANIF tinha uma forte ligação comercial.


Notícia: semanário «Expresso» e jornal «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Poeira do Saara pode chegar a Ocidente

Uma nuvem de poeiras do deserto do Saara cobre os Açores durante esta semana, devendo manter-se até sexta-feira. Previa-se que o fenómeno afectasse apenas os grupos oriental e central, mas vai chegar às ilhas das Flores e Corvo. À partida, estas poeiras são inofensivas para a saúde.

"Esta situação deverá manter-se pelo menos até sexta-feira. A partir de quarta-feira (hoje) a nuvem passará a afetar mais os grupos central e ocidental e menos o grupo oriental”, disse a meteorologista Fernanda Carvalho, da delegação regional dos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

As primeiras previsões apontavam para que as poeiras poupassem as ilhas das Flores e do Corvo, mas de acordo com o IPMA também as duas ilhas do grupo ocidental vão ser atingidas, com efeitos visíveis no céu: “Mantêm-se as condições do céu esbranquiçado, típicos destas situações. Estas poeiras condicionam a aparência do céu e, muitas vezes, confundem-se com nuvens altas”, explicou Fernanda Carvalho.

Segundo a meteorologista, agora “as poeiras encontram-se a níveis mais altos da atmosfera, superiores a mil metros”, mas para o final da semana poderão “estar mais junto à superfície” e por isso com maiores efeitos. “Estamos a avaliar a situação, mas não deverá afetar a saúde pública, o que não quer dizer que não tenha influência sobre as pessoas, sobretudo na respiração e inalação de partículas”, adiantou.

Fernanda Carvalho esclareceu que as poeiras saarianas deverão ser visíveis a olho nu ou podem ser observadas em forma de lama caso ocorram aguaceiros: “Não estamos à espera de precipitação significativa, mas por vezes há alguma precipitação de origem orográfica e então aí há uma remoção da poeira com a precipitação e temos aquele depósito de terra, de lama”.

As previsões da IPMA apontam para que no próximo fim-de-semana a nuvem de poeiras do deserto do Saara (no norte de África) já não esteja a afetar o arquipélago dos Açores.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Ilha das Flores, uma marca de Deus

A ilha das Flores, no arquipélago dos Açores, é um dos mais belos locais a visitar actualmente em Portugal! A razão desta afirmação, aparentemente exagerada, prende-se com o facto de a natureza naquela ilha açoriana se encontrar ainda, parafraseando a antropologia teológica, num estado de justiça original. A comprova-lo está também o facto de ter sido declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO!

As variedades na tonalidade do verde, bem como a riqueza orográfica verificada nas encostas escarpadas, nos declives por entre montanhas e vales fazem da ilha das Flores um cenário paradisíaco onde se pode contemplar inúmeras cascatas que durante todo o ano caem pelas rochas fazendo correr para o mar diariamente milhões e milhões de litros de água! É este o cenário real que encontrará se tiver a ousadia de visitar a ilha das Flores!

Ademais, há nela cenários inesquecíveis como por exemplo a Rocha dos Bordões, a fazer lembrar a majestade dos tubos de um grande órgão de uma catedral! Uma maravilha da natureza para quem entra na ilha pelo lado sul, a vila das Lajes, após percorrer o vale com o mesmo nome. Percorrendo a ilha para a zona oeste, encontra o deslumbrante vale da Fajãzinha que pode ser apreciado desde os miradouros Craveiro Lopes e da Cruz. Aqui as cascatas e ribeiras que de Verão e de Inverno correm para o mar são autêntica força da mãe-natureza a reportar-nos ao Criador.

Ainda desde o miradouro Craveiro Lopes poderá apreciar o Poço da Ribeira do Ferreiro, erradamente apontado nas placas toponímicas como poço da Alagoinha. Continuando para o lado oeste da ilha das Flores deparará com a turística Aldeia da Cuada, um microclima no contexto da ilha, lugar propício à realização de um autêntico retiro espiritual. Silêncio, durante o dia, aliado à sinfonia dos pássaros com raiar da madrugada, é um cenário natural ideal para o encontro com Deus.

Continuando o percurso pelo lado oeste da ilha encontrará a Fajã Grande situada à beira mar, com um belo promontório, uma pequena praia e o peso da proximidade das rochas quase a fazer lembrar a narração da glória de Deus que encontramos na literatura profética do Antigo Testamento. Destaque para a ribeira das Casas com a famosa Poça do Bacalhau onde é possível tomar banho.

Da Ponta da Fajã Grande até à freguesia de Ponta Delgada poderá apenas percorrer um trilho que durará umas duas horas até chegar ao farol do Albernaz no extremo norte da ilha. Cerca de vinte quilómetros separam esta freguesia do Norte da vila de Santa Cruz. Neste percurso não deixe de apreciar a vizinha ilha do Corvo, em curvas que oferecem panoramas de grandiosidade inigualável.

Santa Cruz é a porta de entrada numa ilha de 12×10 de superfície (142 km quadrados), com o seu aeroporto de 1400 metros. Das onze igrejas da ilha destaque para a Matriz de Santa Cruz das Flores que apresenta uma frente verdadeiramente imponente. O vale da Fazenda, o Pico da Sé e os panoramas dos miradouros do Pico da Casinha e da Ribeira da Cruz completam um ambiente natural que envolve a mais populosa povoação da ilha, a vila de Santa Cruz!

Termino aguçando a curiosidade para ver as sete lagoas a que o povo chama caldeiras, talvez a roçar a perfeição que o número sete indica na Sagrada Escritura!


Opinião de Ricardo Henriques, publicada no portal Igreja Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Sexta-feira haverá "chuva de estrelas"

“Este ano a chuva de perseidas terá o que chamamos de 'outburst'... ou seja, a sua taxa irá dobrar”, avisa Bill Cooke, especialista da NASA em meteoros.

Por ocorrerem no Verão, as perseidas são das chuvas de meteoros mais populares, apesar de nem sempre serem as mais fortes. Esta "chuva de estrelas" decorre entre 17 de Julho e 24 de Agosto, podendo ser vistos alguns meteoros durante todo este período. No entanto é no pico desta chuva que mais meteoros se poderá ver, com a taxa máxima a poder atingir cerca de 150 "estrelas cadentes" por hora no zénite.

Este ano esperam-se dezenas de meteoros durante toda a noite da próxima sexta-feira para sábado (12 para 13 de Agosto), apesar de em Portugal a Lua em quarto crescente ofuscar alguns dos meteoros menos brilhantes.

Geralmente esta chuva de meteoros chega a gerar cerca de 80 meteoros a cada hora durante seu pico, que acontece no dia 12 de Agosto. Mas segundo o especialista da NASA, a chuva de perseidas em 2016 poderá nos surpreender ainda mais, pois neste ano são esperados cerca de 200 meteoros por hora!

O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) explica que, este ano, o pico de actividade deste fenómeno acontecerá entre as 13 horas e as 15h30, altura que em Portugal o Sol brilha fortemente no céu, impedindo a observação do fenómeno. No entanto, o OAL aconselha os portugueses a “observar as estrelas à noite nos dias próximos do pico e até ao dia 24 de Agosto”, pelo que nem tudo poderá estar perdido para os aficionados da astronomia.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e portal Sapo.tek.
Saudações florentinas!!

domingo, 7 de agosto de 2016

Respeito pelas chamadas ilhas pequenas

Esta semana deslocou-se à ilha das Flores o escritor José Andrade para apresentação pública da trilogia “Anos Decisivos”, que é uma revisitação da “vida política do arquipélago dos Açores, desde a revolução nacional de 25 de Abril de 1974 até à posse do primeiro Governo regional a 8 de Setembro de 1976, nos relatos da imprensa diária dos distritos autónomos de Ponta Delgada (jornais Diário dos Açores, Correio dos Açores e Açoriano Oriental), Angra do Heroísmo (jornais A União e Diário Insular) e Horta (jornais O Telégrafo e Correio da Horta)”.

A trilogia é composta por “1974 Democracia... o 25 de Abril nos Açores” (volume I – editado em 2014), “1975 Independência? O ‘Verão quente’ nos Açores” (volume II – editado em 2015) e “1976 Autonomia! O Governo próprio dos Açores” (volume III – editado em 2016).

O projecto editorial visou comemorar o 40º aniversário da Autonomia dos Açores e o escritor quis que, para além de sessões de lançamento do último livro em Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada, a trilogia tivesse apresentação pública em todas as ilhas neste ano evocativo. No caso das Flores acertou a integração no programa sociocultural da festa Cais das Poças, promovida pelo Município de Santa Cruz das Flores, em sessão a ser presidida pelo presidente da Câmara e na qual seriam oradores “para um testemunho evocativo da sua participação na primeira legislatura do Parlamento dos Açores” os primeiros deputados eleitos pela ilha das Flores, do PPD e PS.

Raramente acontece que em iniciativas desta natureza os escritores tenham a delicadeza de se deslocarem às chamadas “ilhas pequenas”. Quando o fazem deveria constituir uma honra para os habitantes, que a deveriam agradecer, pelo menos, com uma presença suficientemente significativa, capaz de dignificar não apenas a sessão, mas principalmente a própria ilha.

Neste caso a trilogia está recheada de um reportório de factos históricos que são essenciais para a cultura social e política, desconhecidos de muitos cidadãos e até de muitos dos actuais políticos.

A vice-presidente da autarquia presidiu à sessão conferindo-lhe – pelas palavras e atitude – dignidade, mas considero todavia inexplicável que o presidente da Câmara de Santa Cruz se tenha eximido de participar, como também não é plausível a ausência dos actuais dois deputados eleitos pelo PS. Se queremos respeito pelas “ilhas pequenas” sejamos respeitadores; especialmente os eleitos para representar o povo.

Como então partilhei “quem acredita que a História é a mestra da vida, quer conhecer e interpretar o passado com vista a melhorar o presente e a construir o futuro”.


Opinião de Renato Moura, publicada no portal Igreja Açores.
Saudações florentinas!!

sábado, 6 de agosto de 2016

Cais das Poças dinamiza economia local

José Carlos Mendes, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, destaca que o Cais das Poças é uma festa de cariz popular que pretende promover o lazer e o convívio entre as pessoas, e dar a conhecer as tradições e costumes do concelho florentino.

Como é que o município de Santa Cruz das Flores vive estas festividades?

A festa municipal Cais das Poças tem essencialmente um cariz popular e tem por objetivo promover o lazer e o convívio entre as pessoas, dando a conhecer as nossas tradições, os nossos costumes e as nossas vivências, divulgando e promovendo o concelho de Santa Cruz, em particular, e a ilha das Flores, em geral.

Como caracteriza o programa do Cais das Poças deste ano?

Este ano temos um cartaz que é bastante apelativo, resultante de um investimento significativo para a dimensão do nosso Município, mas que é plenamente justificado dado que vem dinamizar e revitalizar a economia do concelho. Pretendemos que esta festa seja uma referência no Grupo Ocidental, um ponto de encontro nas férias de Verão de todos os santacruzenses que estão espalhados pelo mundo e que queiram visitar nesta altura a sua terra, por isso tratamos sempre de ter um cartaz apelativo que vá ao encontro de todas as faixas etárias. Este ano, como habitualmente, teremos muita música, desde conjuntos e bandas locais, passando pelo folclore, as danças e as marchas, e também teremos artistas e bandas de nível nacional como é o caso da Aurea, que é a nossa cabeça de cartaz no sábado, o Boy Teddy e o DJ de renome nacional Pedro Cazanova.

Não podemos esquecer os nossos restaurantes e tasquinhas onde certamente não faltarão os nossos pratos tradicionais.

A etnografia é também um ponto alto das nossas festas com o cortejo Vivências e Tradições, que é realizado na sexta-feira, e conta com uma participação muito grande da nossa população. Outra atração é o concurso da pesca desportiva, que este ano vai contar com três equipas que vêm de São Miguel e duas equipas francesas.

Temos um programa de festas variado e a pensar em todos públicos, porque o queremos ter uma festa com muita cor, muitos sabores e muitas tradições.


De que forma as festas contribuem para a dinamização do tecido económico do concelho?

Nestes dias dezenas e dezenas de pessoas acorrem a Santa Cruz, tanto da ilha das Flores como de fora da ilha. As pessoas de fora da ilha geralmente permanecem no período da festa e ficam mais alguns dias, o que se repercute de forma muito acentuada na economia local, promovendo toda a dinamização de setores como a restauração, a hotelaria, as empresas de animação marítimo-turísticas e a animação noturna. Portanto, as festas promovem uma grande dinamização da nossa economia.

Numa altura em que se intensifica o turismo no arquipélago, as mudanças de paradigma no transporte aéreo têm contribuído para a ilha das Flores receba mais visitantes?

Nós temos sentido muito as mudanças nos transportes aéreos, com a redução do preço das passagens e o início dos voos low cost, o que garantiu um aumento do número de pessoas que nos visitam. Mas no Verão os emigrantes e os naturais da ilha das Flores que estão espalhados pelos Açores aproveitam para regressar de forma a coincidir com as festas municipais.

Da parte da AtlânticoLine quero agradecer a colaboração que tem dado ao Cais das Poças porque este ano o navio de passageiros vai estar nas Flores durante o período das festas, chega na sexta-feira e só regressa na segunda-feira, o que vai permitir que um maior número de pessoas possa visitar Santa Cruz nesta altura.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

PS repete quase todos os cabeças de lista

O PS/Açores divulgou ontem os seus candidatos às eleições regionais de 16 de Outubro próximo, repetindo cabeças de lista em oito das nove ilhas do arquipélago.

Na ilha das Flores o cabeça de lista é, de novo, Manuel Pereira. Desta vez será secundado por José Gabriel Eduardo, sendo que a ainda deputada Arlinda Nunes segue em número 3. Compõem o resto da lista de candidatos do PS: Ricardo Barcelos, Selénio Freitas, Marta Soares, Beto Vasconcelos, Ânia Vasconcelos, Fernanda Nóia, António Horácio Silva e Luís Serpa. O mandatário do PS neste círculo eleitoral da ilha das Flores será José Carlos Mendes, actual autarca de Santa Cruz.

Arlinda Nunes é também a candidata florentina pelo PS no círculo regional de compensação, ocupando o terceiro lugar. Mas desta vez a posição elegível de algum socialista por este círculo eleitoral deverá caber ao graciosense Ricardo Ramalho (número 2 nesta lista do PS).

Na apresentação dos candidatos, Vasco Cordeiro salientou “a tranquilidade e o envolvimento de todo o partido” na elaboração das listas que decorreu no ‘timing’ e nos termos fixados pelo PS. Sobre as listas, aprovadas por “unanimidade e aclamação” pelo secretariado regional, Vasco Cordeiro referiu que traduzem “a capacidade de renovação do PS e de abertura”, referindo que o partido “conseguiu chamar à participação um conjunto de personalidades especialmente qualificadas” da sociedade açoriana.

Manuel Pereira, aposentado com 60 anos de idade, é o cabeça de lista socialista mais idoso em todos os círculos eleitorais, apenas seguido de próximo pelo graciosense José Ávila (56 anos). Todos os restantes cabeças de lista socialistas nestas Regionais são sub 46.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Do mar à mesa e da tradição ao prato... são várias as iguarias do Cais das Poças

Os mais genuínos sabores da gastronomia da ilha das Flores vão ser servidos à mesa nas festas Cais das Poças. A décima primeira edição do Concurso de Pesca Desportiva Embarcada garante o famoso caldo de peixe que será oferecido no domingo.

No Cais das Poças vão sempre desembocar os sabores e saberes gastronómicos que se cozinharam pacientemente durante gerações na ilha das Flores... São uma tentação e uma ameaça à balança, mas uma leveza e deleite para a alma. E não é preciso procurar muito pelo local do crime, uma vez que nos três dias de festa, o próprio recinto vai reunir quatro restaurantes e oito quiosques. Nesses espaços, o marisco e os pratos típicos são os suspeitos do costume, pelo que os festivaleiros poderão contar com uma ementa que contempla caranguejos, lapas, cracas e cavacos, bem como as mais variadas iguarias tradicionais: a linguiça com inhame, a caçoula, a morcela com ananás e a dobrada, estão entre os exemplos referidos pela organização.

A aposta na cozinha típica da ilha das Flores é, aliás, uma imposição dos promotores do evento. Apesar de constarem outras ofertas menos convencionais dos menus dos espaços de restauração, todos eles têm obrigatoriamente que fazer constar “pelos menos três pratos típicos” da gastronomia florentina.

Entretanto, a viagem gastronómica a que a organização convida não se esgota aí. Há ainda o afamado caldo de peixe para reconfortar o estômago dos festivaleiros mais irreverentes e de todos aqueles que o queiram provar. É gratuito, oferecido a toda a população e o peixe vem quase do anzol para a mesa.

Antes, contudo, há todo um planeamento que se faz antes do Concurso de Pesca Desportiva Embarcada, também ele um dos chamarizes do cartaz. Um pequeno almoço madrugador no sábado reúne os participantes que no seu decorrer concertam estratégias para trazer o maior número de peixe possível para terra, por entre os desafios, anedotas e provocações clubísticas que ocupam a maior parte desse briefing. Este ano na sua décima primeira edição, a organização prevê que mais de quinze embarcações de pesca desportiva façam parte do concurso e, entre elas, algumas de bandeira espanhola e francesa.

No domingo, então, são cerca de cem pessoas que se dividem nas tarefas de “aviar o peixe” - como se diz orgulhosamente na ilha das Flores -, confecionar o aguardado caldo de peixe e servi-lo às mesas, a partir das 18 horas. O ano passado, recorda a organização, “foram servidas perto de mil e quatrocentas refeições”, um número que no presente certame poderá ser superado.

No mesmo dia, mas às 14 horas, há ainda lugar a um passeio de barco à Gruta dos Enxareús para (re)descoberta da sua beleza geológica e dos seus mitos e lendas.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Financiamento francês para investigação avançada da doença de Machado-Joseph

Universidade de Coimbra obteve financiamento de associação francesa no valor de 49 mil euros para estudar o potencial terapêutico de células estaminais neurais na doença de Machado-Joseph.

Financiado pela Association Francaise contre les Myopathies, o projeto de investigação consiste na transplantação de células estaminais neurais em ratinhos com a doença para avaliar se desencadeia efeitos benéficos.

"A aprovação deste projeto por uma agência de financiamento de renome internacional demonstra que o trabalho que temos desenvolvido nos últimos anos tem qualidade e relevância científica e a importância deste estudo para o avanço do conhecimento no campo da neurotransplantação", refere a investigadora Liliana Mendonça, do Centro de Neurociências e Biologia Celular.

O estudo pretende demonstrar "a possibilidade de obter células estaminais neurais específicas do doente, evitando problemas de rejeição imunológica de células de indivíduos diferentes e questões éticas associadas a outras fontes de células estaminais como os embriões humanos. O transplante de células estaminais neurais poderá ser uma estratégia terapêutica com potencial de substituir neurónios perdidos e/ou danificados e ativar mecanismos de neuroproteção que permitem reduzir a perda neuronal que é significativa nesta doença neurodegenerativa", explica Liliana Mendonça.

A doença de Machado-Joseph é uma doença incurável, fatal e hereditária de grande prevalência nos Açores, sendo caracterizada pela descoordenação motora, atrofia muscular, rigidez dos membros, dificuldades na deglutição, fala e visão, associadas a um progressivo dano de zonas cerebrais específicas.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário dos Açores» e «Observador».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A beleza natural da ilha das Flores é espelhada na hospitalidade da sua gente

A ilha das Flores ainda se debate com o problema da sazonalidade no turismo. Porém, e a condizer com a oferta da natureza, há toda uma hospitalidade que se estende por hotéis, hospedarias e particulares.

A ilha das Flores, atendendo à sua dimensão e localização geográfica, regista uma sazonalidade turística mais acentuada do que outras ilhas açorianas. Ainda assim, por altura das festas Cais das Poças, Santa Cruz vê crescer a chegada de turistas e o regresso de jovens estudantes e emigrantes.

Em Agosto, o bom tempo, a disponibilidade, o gozar de férias, a natureza e as instalações hoteleiras são aspetos que se conjugam para que a ilha rosa possa ser ainda melhor anfitriã para os que a (re)visitam.

Numa altura em que é esperado um aumento do fluxo turístico no município de Santa Cruz, os agentes dizem-se preparados para fazer face à procura.

Santa Cruz das Flores tem três unidades hoteleiras: Hotel Servi-Flor, Hotel Ocidental e o Hotel das Flores. Para uma estadia mais despretensiosa existe ainda a possibilidade de se recorrer às acolhedoras hospedarias florentinas, que sempre deixaram a melhor impressão a quem por lá passou.

E se a procura exceder a que para já se adivinha, “não há motivos para preocupações” refere a organização das festas, uma vez que também as residenciais e alguns particulares se preparam e se disponibilizam para o aluguer de quartos. Poder-se-á estranhar o facto de particulares abrirem espaços das suas casas para abrigar os forasteiros, mas é preciso recordar que mesmo durante o ano a ilha das Flores recebe muita população flutuante, como sejam os professores.

Para os mais aventureiros e amantes do contacto com a natureza, o acampamento pode ser também uma possibilidade. Apesar do concelho de Santa Cruz não dispor de um parque de campismo, locais propícios para esse fim não faltam na ilha.

Aliada ao campismo, a natureza inspiradora e envolvente é convidativa aos passeios pedestres, ao canyoning, à observação de aves, assim como ao mergulho e à pesca desportiva.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Santa Cruz para além do Cais das Poças

O património natural e cultural do concelho de Santa Cruz e da restante ilha rosa são possibilidades a considerar num roteiro alternativo ao do festival. As piscinas do Altio, a zona do Boqueirão e a Fajã Grande devem constar do mapa.

Nos intervalos das festas Cais das Poças são várias as oportunidades que o concelho de Santa Cruz das Flores reserva para residentes e forasteiros. Há, portanto, um riquíssimo património natural e histórico no município de Santa Cruz e na ilha das Flores que podem ser seguidos em alternativa aos normais percursos que o certame, por si só, sugere.

Quem é adepto da farra sabe que um bom mergulho no mar depois de uma noite prolongada é ouro. Nesse sentido, as piscinas naturais do Altio, situadas na orla costeira de Santa Cruz, são o mais próximo que um festivaleiro pode estar de um toque de Midas... Há águas cristalinas, translúcidas e uma ilha do Corvo a repousar no horizonte para colocar o ouro sobre o azul.

A oeste da ilha das Flores, as qualidades da água repetem-se na zona balnear da Fajã Grande, freguesia do concelho das Lajes. E se lá não há a ilha negra no firmamento, é onde se pode ver o Sol a encontrar descanso além do ilhéu do Monchique e imponentes cascatas a terminarem o seu caminho no mar. Na ida, no regresso, ou num eventual desvio porque não visitar o Poço da Alagoinha, a Lagoa Negra, a Lagoa Comprida ou mesmo a Rocha dos Bordões? Quem por lá passou diz que é de uma beleza difícil de descrever e deixa o conselho: “Toda a gente tem de lá ir”.

O verde das paisagens circundantes, conjugado com as várias cores das hortênsias que sublinham o nome da própria ilha, fazem dela um espaço de natureza único, onde a floresta laurissilva assume-se também como cartão de visita.

Porém, nem só de natureza vive a ilha das Flores, bem como o concelho de Santa Cruz. É que, apesar da Gruta do Galo e o Parque Florestal da Fazenda reforçarem as ofertas naturais do município, não se pode descurar o património histórico, arquitetónico e religioso. Luís Filipe Vieira convida todos os interessados a visitarem o Museu das Flores, do qual é diretor desde 2000 e sugere ainda uma visita à zona do Boqueirão, onde está a Fábrica da Baleia. Para os interessados na vertente religiosa é recomendada a visita à Igreja Matriz e ao Convento de São Boaventura como destinos a ter em conta. Não se perspetive “ver aqui obras-primas”, alerta Luís Filipe Vieira, mas poder-se-á admirar “o esforço e persistência da população que numa época difícil custeou a construção desses templos”.


Notícia: suplemento especial do jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!