terça-feira, 21 de março de 2017

Alterações ao concurso de professores terá efeitos nefastos na Escola das Flores

O grupo parlamentar do PS alterou, por proposta do Governo Regional, a periodicidade dos concursos de professores nos Açores, que vão passar a realizar colocações anuais e não por períodos de três anos.

A proposta do Governo Regional gerou críticas por parte de alguns partidos da oposição, que entendem que esta alteração poderá gerar instabilidade nos quadros docentes de algumas escolas, em especial nas ilhas mais pequenas.

O deputado florentino João Paulo Corvelo lembrou que há ilhas como as Flores, onde a contratação de professores por um período mínimo de três anos "contribuiu, de forma decisiva, para o sucesso educativo".

Também Artur Lima, deputado do CDS/PP, advertiu que "o Partido Socialista não vai demorar muito a reconhecer o erro que está a fazer em relação às ilhas mais pequenas e com dificuldades de fixação de professores".

O secretário regional da Educação entende, porém, que a alegada instabilidade do quadro de docentes das escolas mais periféricas, ficará minimizada com as medidas excepcionais previstas neste diploma, nomeadamente os incentivos à fixação de professores nas ilhas mais pequenas. Avelino Meneses disse mesmo estar convicto de que estas alterações melhoram substancialmente o regulamento do concurso de pessoal docente, indo ao encontro da opinião dos sindicatos de professores.

Maria João Carreiro, deputada do PSD, discordou dos incentivos agora anunciados para a fixação de docentes, por entender que vão acabar por subverter o objetivo do diploma, podendo incentivar "a sair e não a ficar".

Paulo Estevão, deputado do PPM, considerou que as sucessivas alterações do Executivo socialista ao concurso de professores, ainda não vão ficar por aqui, acusando o Governo Regional e a maioria que o suporta de andarem à deriva nesta matéria.

Apesar das críticas da oposição, Sónia Nicolau, deputada da maioria socialista, manifestou a sua satisfação pela aprovação das alterações ao regulamento do concurso de professores, recordando que esta foi uma promessa eleitoral do PS.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

3 comentários:

Anónimo disse...

A mesma gente que criticou o diploma é a mesma que agora o quer. Os mesmos que no ultimo plenário afirmavam a pés juntos que o nosso sistema educativo era péssimo, agora reconhecem que afinal há "sucesso" e este deve-se "a contratação de professores por um período mínimo de três anos". Louvado seja Deus!

Com um mercado a abarrotar de professores, desde quando é que há dificuldade de colocação onde quer que seja? É preciso ser muito mau gestor e não ver um palmo há frente do nariz. Desde quando é que um incentivo para a fixação, afugenta? Porquê?

É preciso ter muita lata de defender agora uma coisa que se criticou. É preciso ser muito velhaco para dizer que há mérito numa coisa onde há dias só se via demérito. É por estas e por outras que as pessoas já nem passam cartão a essa gente, achincalham-nos, e se coíbem cada vez mais de ir votar.

Anónimo disse...

Finalmente uma medida que poderá beneficiar os alunos mais "pobres" visto que num só ano lectivo a confiança e amizade criada/mantida entre alguns professores e determinados alunos/encarregados de educação não será suficiente para que mantenham notas que não correspondem às suas capacidades!
Alguns poderão entender esta mensagem!

Anónimo disse...

E podem ser colocados professores que tenham horário sem redução! E não se sintam os donos da escola! Pena essas continuarem! Umas sumidades! Sorrisos e acenos ... e estão sempre a faltar! Claro... precisam dar umas passeatas! E acham-se as rainhas da ilha!