quinta-feira, 30 de março de 2017

Cortar matas de criptoméria... em espera

João Ponte foi ouvido ontem pela Comissão parlamentar de Economia sobre o projeto de resolução do PCP que recomenda ao Governo Regional a abertura de concurso para cortes nas matas de criptoméria na ilha das Flores.

O secretário regional da Agricultura e Florestas considera que os povoamentos de criptoméria geridos pelo Governo Regional na ilha das Flores encontram-se “em bom estado sanitário”, razão pela qual “não se justifica, para já, o corte ou a exploração dessas áreas públicas”.

João Ponte afirmou que a colocação de áreas públicas à venda está associada a diferentes fatores que têm pesos diferentes nas diversas ilhas e que se prendem com a necessidade de rejuvenescer e reconverter as áreas florestais geridas pela Região, a procura de material lenhoso em cada uma das ilhas, a oferta do setor público e do setor privado, a capacidade de exploração e transformação existente em cada uma das ilhas. O secretário regional disse ainda que “não se verificou nenhum pedido para corte de áreas públicas nas Flores”.

Tendo em conta a idade, prevê-se o rejuvenescimento e reconversão florestal dos povoamentos num curto prazo (5 a 10 anos) e a consequente oferta pública de madeira, que se estima 13 hectares por ano, para ser sustentável. Por estas razões, “não se deu início ainda à exploração das áreas públicas de matas de criptoméria na ilha das Flores”. João Ponte adiantou ainda que “tal não invalida que, caso surjam interessados, o Governo Regional disponibilize de imediato áreas para corte, de forma sustentável e sem prejudicar o setor produtivo privado, tal como já tem feito em situações semelhantes, noutras ilhas”.

Tendo em conta o referido projeto de resolução do PCP foi efetuada uma deslocação à ilha das Flores para avaliação geral do Perímetro Florestal e verificar a estabilidade mecânica dos povoamentos. No relatório da avaliação conclui-se que o Perímetro Florestal da ilha das Flores não apresenta áreas com clareiras ou outras situações de falta de estabilidade mecânica à ação do vento. Assim, não se verifica urgente a necessidade de intervir nestes povoamentos florestais na ilha das Flores.


Notícia: jornal «O Breves», «Tribuna das Ilhas» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

O PPD/PSD diz que as confusões feitas pelo Sr Secretário entre a Azorina e a Direcção Regional de Florestas - são gravíssimas... Também acho. A nossa felicidade colectiva está ameaçada por essa caldeação.