PS chumbou corte de criptomérias
A maioria socialista na Assembleia Regional chumbou duas propostas apresentadas por partidos da oposição.
A proposta apresentada pelo deputado florentino João Paulo Corvelo era justificada com a “necessidade urgente” de ser aberto um concurso público para o abate de criptomérias na ilha das Flores e a sua reflorestação, atendendo ao prazo de vida útil da madeira: “Os técnicos estiveram nas Flores e não foram ver a madeira que as Obras Públicas estiveram a cortar na sua oficina, para verem que realmente a madeira está a apodrecer por dentro, porque o tempo de vida desta madeira, em alguns casos, é de mais de 40 anos”, alertou o deputado comunista.
O secretário regional da Agricultura e Florestas contrapôs que não existem operadores suficientes na ilha das Flores, especializados nesta área, que justifiquem a abertura de um concurso público para o abate de árvores que possa ser considerado sustentável: “Para se fazer cortes é preciso pessoal especializado”, salientou João Ponte, notando que mesmo em São Miguel “onde há uma grande tradição de corte de matas, os recursos humanos são escassos”, para concluir que se o Governo Regional abrisse agora um concurso na ilha das Flores “ele iria ficar deserto”.
O deputado António Almeida (PSD) considerou que o Governo Regional deve analisar muito bem por que razão existem poucos operadores nos Açores que se dediquem ao abate de árvores, para concluir que “é preciso criar condições para que os privados” invistam nesta área.
Nos debates ocorridos nesta sessão plenária da Assembleia Regional, após críticas da oposição que garantia que as suas perguntas não haviam sido respondidas, a bancada do Governo afirmava apenas que não havia motivos para exaltações. Afinal, o tempo [de resposta ao dispor do Governo Regional] estava esgotado e todas as questões poderiam ser respondidas nas comissões parlamentares competentes. Isto é, fora do plenário, quando (de preferência) estivessem bastante menos jornalistas.
A jogada é inteligente e até pode parecer muito democrata, mas revela governantes demasiado (des)confortáveis. As questões, sobretudo as mais importantes, são para serem respondidas quando estão presentes todos os deputados e também a comunicação social, que voa até à Horta vinda de vários pontos da Região, supostamente para dar a conhecer às pessoas o que por ali se passa. O plenário devia ser, afinal, o palco onde se discutem e se destinam os rumos para o arquipélago. Remeter esclarecimentos para comissões ou pura e simplesmente fingir que não se ouviu uma determinada questão é já um jogo antigo e que será cada vez mais comum.
Notícia: «Açoriano Oriental» e «Diário Insular».
Saudações florentinas!!
4 comentários:
Mas será que alguns deputados PS percebem alguma coisa de árvores???!! devem ir ao google tirar informações antes das sessões...
Ainda bem que chumbaram o corte das árvores, senão lá se ia o abrigo do gado dos deputados da oposição.
Eles protegem-se ! Não vá o da oposição “ por a boca no trombone”. . E par este tipo de gente que interessam as árvores? No fim do mandato quer e ter os filhos com um bom tacho, brindar a madame com cruzadas de luxo. E quem sabe, com umas plásticas, porque sites de beleza não lhe chegam! Lol É só fogo de vista! E as supostas zangas entre eles é só fachada. Amigos como sempre. Tudo estratégia eleitoral... quem vai para a deputação? Quem vai? A Boa filha a casa tornará! Estratégias?!
Estranho entusiasmo por parte de um partido como a CDU de cortar árvores com objetivos lucrativos, e ainda numa ilha ...verde.
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