segunda-feira, 30 de julho de 2007

Naquele que dizem ser o dia mais quente do ano: «Rainin' in Paradize»

«Rainin' in Paradize» é a música de apresentação do novo álbum de Manu Chao: "La Radiolina", a sair no próximo mês de Setembro; este é o "videoclip oficial" da autoria do cineasta Emir Kusturica mas também pode ser visto um outro anterior vídeo feito [com animação] para esta mesma música.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Império do Espírito Santo da Praça

Durante esta semana decorrem as tradicionais Festas do Império do Espírito Santo da Praça Marquês de Pombal.

Programa das Festas

Dia 26, Quinta-feira

19h - Preparação da carne para as Sopas
20h30 - Alvorada no Império

Dia 27, Sexta-feira


19h - Preparação da carne para os Irmãos
20h30 - Recitação do Terço no Império
21h - Início do Arraial
22h - Actuação dos Ecos do Ocidente
23h30 - Actuação dos The Grove

Dia 28, Sábado

07h30 - Entrega da carne aos Irmãos
20h30 - Alvorada no Império
21h - Lançamento do livro «Espírito Santo em Festa», da autoria de Aurélia Armas Fernandes e Manuel Fernandes
21h30 - Arraial
22h30 - Actuação da artista Tina T
23h30 - Actuação do artista Maninho Baía

Dia 29, Domingo

00h - Início da confecção das "Sopas de Espírito Santo"
08h às 10h - Distribuição de Sopas a quem o desejar
10h - Início do Cortejo com as Insígnias da ilha
11h - Missa Solene, na Igreja Matriz de Santa Cruz
12h - Cortejo com as Insígnias para o Império
13h - Servir das "Sopas de Espírito Santo"
18h30 - "Sortes" das Coroas e "Sortes" dos "Cabeças" para o ano de 2008
19h - Cerimónia do "Despender do Império" com a participação dos Foliões do Monte de Santa Cruz
20h30 - Concerto pela Filarmónica Nossa Senhora dos Remédios
21h45 - Actuação do Grupo Etnográfico da Associação Cultural Lajense
23h30 - Actuação da artista Xana Carvalho

A partir de sexta-feira existirão as tradicionais "Quermesse" e "Barraca da Sorte", bem como Bar e Restaurante com uma grande variedade de pratos, petiscos e bebidas.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Cientistas iniciam Expedição Científica

Cerca de 120 investigadores e alunos iniciaram [ontem] uma expedição de dez dias às ilhas das Flores e Corvo, «a maior [expedição científica]» organizada pelo departamento de Biologia da Universidade doa Açores para aprofundar o conhecimento científico sobre estas duas ilhas ocidentais açorianas.

O director daquele departamento da Universidade dos Açores, João Tavares, adiantou à Agência Lusa que a Expedição Científica conta com investigadores nacionais e internacionais, docentes, alunos de licenciaturas, mestrados e doutoramentos.

Além de Portugal, estão presentes nesta expedição científica investigadores oriundos de Espanha, Alemanha, França, Canadá, China, Brasil, México, Marrocos, Moçambique, Moldávia, Suíça e Índia.

Até 26 de Julho, as equipas vão estudar a orla costeira e a flora das ilhas das Flores e Corvo, actualizar listas de vertebrados terrestres e do inventário de pragas agrícolas, recolher amostras do solo, proceder à actualização da biodiversidade marinha e de água doce, entre outros trabalhos.

João Tavares referiu que uma equipa do Departamento de Geociências vai estudar o vulcão do caldeirão, na ilha do Corvo, e do planalto central da ilha das Flores.

A par das actividades de campo serão realizadas nas duas ilhas 14 conferências e actividades de educação ambiental.

«Aproveitamos este período de pausa lectiva para trabalhar nesta área» da ciência, afirmou João Tavares, indicando que a XIII edição da Expedição Científica integra também alunos do ensino básico e secundário das Flores e Corvo e, pela primeira vez, de duas escolas do Continente.

João Tavares sublinhou que o evento [científico] permitirá recolher novos elementos e aprofundar conhecimentos sobre as ilhas das Flores e do Corvo, dezoito anos após a última expedição realizada pelo departamento de Biologia àquelas duas ilhas do Grupo Ocidental do arquipélago.

«A expedição é a maior que o departamento realizou até agora», afirmou à Lusa o responsável, acrescentando que a preparação do evento começou há mais de um ano.

Os participantes da expedição, que ficará sedeada no polivalente da Vila de Santa Cruz das Flores, serão instalados em 35 tendas de campismo, disponibilizadas pelo Serviço Regional de Protecção Civil.

A investigação implicou ainda a deslocação de vários meios, como, por exemplo, oito viaturas de São Miguel e uma equipa da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, ilha Terceira.

Os resultados dos trabalhos desenvolvidos ao longo da Expedição Científica serão publicados, em relatório, dentro de seis meses.

Notícia: «Diário Digital» / Agência Lusa.
Saudações florentinas!!

sábado, 14 de julho de 2007

«Corvo e Flores aqui... tão longe»

As nossas pequenas ilhas [açorianas] das Flores e Corvo são duas pérolas com pouco mais de 150 km2. Fácil é percorre-las, de ponta a ponta, admirando as infindáveis belezas [naturais] que têm para nos oferecer, difícil é lá chegar.

E digo difícil porque para além dos constrangimentos causados pelas intempéries [naturais] a que [estas ilhas] estão sujeitas, os popularmente denominados “ventos cruzados à pista”, outros surgem por acção do homem. Dificuldades e constrangimentos que se prendem não só com as disponibilidades de lugares [nos voos], mas, também, com o preço das passagens [aéreas] que se tornam incomportáveis para quem quiser desfrutar daquele cantinho do céu.

Dificuldades atrozes, se não vejamos dois casos recentes:
1º caso: viagem com destino à ilha do Corvo com origem na ilha Terceira e regresso pela ilha das Flores. Não existindo lugares nos voos directos de ida e volta, terá o passageiro de “saltitar” por diversas ilhas até chegar ao seu destino. Para isso, paga 273 euros, para além de levar 6 horas a chegar ao seu destino.
2º caso: viagem com destino à ilha das Flores, com origem na ilha Terceira. Não existindo lugares no voo directo de regresso à ilha Terceira, o passageiro tem de passar pela ilha do Faial. Para isso, paga 260 euros, para além de levar 4 horas a chegar ao seu destino.

Será possível quebrar qualquer tipo de isolamento com tais constrangimentos?
Durante séculos, as ilhas do Corvo e das Flores sofreram por serem as ilhas mais afastadas do arquipélago. Ilhas, com poucos produtos [próprios] para exportar, que não suscitavam grande tráfego comercial. Mas, hoje, parecem sofrer de outro tipo de isolamento, o isolamento imposto pelo homem que, apesar de anunciar e fazer uma série de infraestruturas, esquece-se que tão ou mais importante é lá chegar.

Para além de todos estes problemas de mobilidade que afectam todas as ilhas, em particular [as ilhas d]o Grupo Ocidental, existem outras situações graves que, depois de uma tarde no Aeroporto das Flores, nos fazem pensar como é possível certas coisas acontecerem. É inadmissível que, depois de [haver] voos cancelados pelos tais “ventos cruzados à pista”, os passageiros desesperados que tentam a todo o custo regressar à sua casa ou mesmo os turistas que tentam chegar à ilha seguinte do seu plano de viagem, se deparem com situações que, no mínimo, nos deixam de boca aberta.

Fui um desses passageiros. Apresentaram-me uma solução que aceitei, iria para a Horta onde teria de pernoitar por falta de ligação à ilha Terceira e no dia seguinte lá voaria para a minha ilha. Supostamente, o meu voo com destino à ilha do Faial partia às 19h50, e voltava em seguida às Flores para seguir para a ilha de São Miguel. Quando embarquei observei a longa fila de "check-in" para o próximo voo com destino a São Miguel. Qual não é o meu espanto quando chego ao avião e ouço dizer que [afinal] o avião não voltava [naquele dia] às Flores!

O meu primeiro pensamento foi para aqueles que pacientemente esperavam na longa fila de "check-in" convencidos que iriam para o seu destino naquele fim de tarde. Não me importam as razões de tal decisão, se por falta de iluminação na pista que condiciona o tráfego nocturno, se o limite de horas de voo do pessoal da Sata. Apenas importa a justificação que devia ter sido dada aquelas pessoas que ainda faziam "check-in" para um voo que [já se sabia] não se iria realizar.

E tudo isto penaliza a mobilidade para as ilhas mais pequenas do nosso arquipélago, situadas no ponto mais ocidental da Europa. Os turistas que lá vi não pareciam nada satisfeitos, pior devem ter ficado depois.
Mas, parece que tudo isto se resolve com a construção de um certo Hotel perto de um Parque Industrial!?

Post-scriptum: A situação será mais grave se [eu] der ouvidos a certo alvitre sobre um cancelamento [de voo] do dia 30 de Junho devido a avaria técnica, mas cuja justificação pública recaiu sobre [os] supostos ventos cruzados [na pista do Aeroporto].

Carla Bretão

O presente artigo de opinião [acima transcrito] é da autoria de Carla Bretão, deputada regional do PSD pela ilha Terceira, tendo sido (originalmente) publicado na edição "on-line" do jornal «A União» (com a escrita deste artigo a estar datada de 4 de Julho, ou seja, possivelmente alguns dos acontecimentos referidos no artigo reportam-se à viagem da autora às ilhas das Flores e Corvo englobada nas Jornadas Parlamentares dos deputados regionais do PSD, no final do passado mês de Junho).
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Interactividade: a nossa troca de correspondência com @s leitor@s (II)

Voltamos a dar conta da regular troca de correspondência que vamos tendo com @s noss@s leitor@s e visitantes, tentando com que haja (uma ainda maior) interactividade entre tod@s @s que "frequentam" este «Fórum ilha das Flores».
No início do presente mês de Julho, fomos contactados por Fabrízzio Retto Frota, da Universidade do Amazonas, na cidade de Manaus (Brasil), solicitando informação acerca de uma lenda (do passado já muito antigo) da ilha das Flores. Abaixo transcrevemos esse email que nos foi enviado pelo Fabrízzio.

Olá, irmãos florentinos!
Ao procurar informações sobre a ilha das Flores, encontrei o Fórum de vocês na internet. Escrevo de longe (Brasil) e procuro alguém que possa responder a uma pergunta que há anos me intriga: é verdade que, antes da descoberta da América, dois corpos de nativos americanos foram encontrados numa praia da ilha das Flores durante o século XV, assim como troncos com símbolos desconhecidos na época? Li sobre isso num livro antigo do qual não me recordo [do título ou autor], mas a estória ficou na lembrança. Venho há muito procurando essa lenda pela rede [de internet], mas encontrei poucos relatos [e são] meio confusos. Não sei bem se isso ocorreu na ilha das Flores ou nas [espanholas] ilhas Canárias. Acredito que seja nas Flores, pois é a ilha mais ocidental da Europa e, consequentemente, mais próxima da América.

Se alguém souber algo sobre essa estória, PELO AMOR DE DEUS(!), escrevam-me contando mais detalhes. Estou escrevendo sobre as "Grandes Navegações" e quero incluir esse episódio no meu texto, contudo não quero ser leviano quanto aos factos [históricos acontecidos].

No mais, deixo [as] minhas saudações a todos os ilhéus. Espero que confirmem a lenda, pois aí terei mais uma motivação para conhecer os Açores.

Então, quem saiba algo sobre este assunto (podendo assim ajudar o nosso amigo leitor brasileiro) por favor deixe a informação no nosso espaço de comentários a este texto [abaixo] ou contacte-nos por email.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Escola Básica e Secundária das Flores: algumas informações úteis para o próximo Ano Escolar 2007/2008

Para aqueles [pais, encarregados de educação e alunos] que começam já a preparar o próximo ano escolar na Escola Básica e Secundária das Flores, nomeadamente datas e documentos necessários para efectuar as matrículas, planos curriculares, e sobretudo saber quais os manuais escolares adoptados pela Escola, pode agora visitar o seguinte endereço onde se encontram disponibilizadas estas e outras informações adicionais: http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115189010600/.

A [falta de] qualidade(??) da nossa água (pouco??) potável...

A «Pro Teste» (revista da DECO) revela uma realidade preocupante ao concluir que «a qualidade da água ["potável"] é bastante questionável em muitas zonas, como o arquipélago dos Açores e em zonas do interior Norte do Continente». Segundo a Associação de Defesa do Consumidor, entre os municípios portugueses com pior água ["potável"], sete deles são açorianos: Nordeste, Velas e Povoação lideram esta lista, seguidos por Santa Cruz das Flores (5º), Lajes das Flores (7º), Santa Cruz da Graciosa (9º) e Vila Franca do Campo (10º).

De facto, o «Relatório Anual do Sector das Águas e Resíduos em Portugal», relativo a 2005 e divulgado pelo Instituto Regulador de Águas e Resíduos, revela que estes sete concelhos [açorianos], juntamente com Lagoa, Ribeira Grande e Horta, estão entre as autarquias que mais desrespeitam o valor paramétrico. Ou seja, o valor especificado ou a concentração máxima ou mínima aceite para uma propriedade, elemento, organismo ou substância.

A DECO aconselha os cidadãos a solicitarem regularmente as análises à qualidade da água, até porque a maioria das Câmaras Municipais atende aos pedidos, chegando mesmo a afixar essa informação nos editais, nos Serviços Municipalizados ou nas Juntas de Freguesia.

Notícia: «Açores.net».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

XXII Festa do Emigrante, nas Lajes

Programa:
Quem pretenda consultar com maior detalhe (em tamanho maior) o programa da Festa do Emigrante 2007, é favor clicar em cima da imagem do programa de cada dia das festas.
Fonte: jornal «O Monchique».

Saudações florentinas!!

Lamentável!!!

Há pouco tempo, alguém que muito prezo, escreveu num jornal local um artigo sobre um génio e os tolinhos... Por agora só vou falar da ideia dum génio tolinho que decidiu transformar a mais antiga casa da ilha das Flores (a até então Casa-Museu Pimentel de Mesquita [fotografia abaixo]), numa Biblioteca Municipal!!!!
Claro, que não sou contra a existência da Biblioteca, mas quanto à solução encontrada já não digo o mesmo! Então, [como localização da Biblioteca Municipal] não seria melhor recuperar a casa onde nasceu o poeta Roberto de Mesquita [fotografia acima] ou o edifício que até há pouco tempo foi sede do Tribunal? Mas, pronto, eu sei, eu sei... Uns são Génios, outros [são] uns simples tolinhos... PS. Peço desculpa ao autor do tal artigo pela minha recuperação do "génio e dos tolinhos".

Ponham os GNR´s a pintar!!!!

Na fotografia, ao lado do chafariz, fica a sede da Brigada Fiscal da GNR, que está num estado degradante há vários anos! Fizeram-se obras de requalificação da Praça Marquês de Pombal, mas esqueceram-se da tinta...

Expedição Científica Flores&Corvo 2007

Entre 16 e 25 de Julho, o Departamento de Biologia da Universidade dos Açores [DBUAç] organiza a XIII Expedição Científica: FLORES & CORVO 2007, destinada àquelas ilhas que já em 1989 foram objecto da IV Expedição Científica [do DBUAç].

Esta Expedição conta com vários apoios institucionais e na [parte] logística [conta] com recursos das autarquias das ilhas das Flores e Corvo. Nela participam 110 expedicionários, entre os quais três dezenas de cientistas de renome internacional, das mais diversas especialidades dentro da área das Ciências Naturais, mais propriamente da Biologia, pertencentes a Universidades e Institutos de Investigação nacionais e internacionais.

Pela primeira vez em Portugal, numa Expedição Científica internacional e desta envergadura, vão participar alunos de duas escolas do Continente, a Escola Básica Integrada das Colmeias [concelho de Leiria] e a Escola B2,3/S de Melgaço [distrito de Viana do Castelo], bem como alguns dos seus professores e encarregados de educação, onde, por meio deste projecto, poderão acompanhar directamente diversas etapas do trabalho científico, orientados por cientistas conceituados.

Atendendo às diferentes nacionalidades e formas de comunicação dos investigadores envolvidos, os alunos terão também oportunidade de exercitar alguns dos seus conhecimentos em língua estrangeira (inglês e francês), o que torna o projecto ainda mais interessante, porque muitos dos participantes são bilingues ou filhos de imigrantes nascidos em países anglo-saxónicos ou francófonos.

Está também prevista a visita a escolas das Flores e do Corvo, porque o convívio entre colegas da mesma idade do Continente e das ilhas será igualmente enriquecedor para todos. Finalmente, e a convite do Departamento de Biologia da Universidades dos Açores, os alunos ainda irão conhecer a ilha de São Miguel e o seu Campus Universitário em Ponta Delgada.

Este projecto multidisciplinar pretende ser um exemplo de como o ensino básico e secundário regular pode ser lúdico e motivante, mesmo sendo rigoroso e sério, e de como o que os alunos aprendem hoje, pode ser aplicado amanhã para o progresso da Humanidade, e em particular da Ciência, Tecnologia, Ambiente e Sociedade.

A organização desta Expedição Científica garante o alojamento (em tendas da Protecção Civil), as refeições (pequeno-almoço e jantar) e as deslocações das equipas de trabalho nas três ilhas.

Notícia: «Azores Digital».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 10 de julho de 2007

segunda-feira, 9 de julho de 2007

As nossas (tristes) lixeiras a céu aberto

No ano lectivo 2005/2006, alguns alunos do curso de Turismo Ambiental e Rural, do Pólo da ilha das Flores da Escola Profissional de São Jorge, realizaram vários trabalhos para @s «Jovens Repórteres para o Ambiente» [secção portuguesa da «Young Reporters for the Environment»]. Aqui fazemos umas breves referências a três desses (bastante interessantes) trabalhos escolares, todos versando sobre as lixeiras a céu aberto na ilha das Flores.

- «Uma visita de estudo a duas lixeiras», da autoria de Marisa [também disponível no "sítio" da YRE]; neste texto lê-se que "na primeira lixeira visitada, situada no concelho das Lajes, observamos variados tipos de lixo (...) passado um tempo na lixeira o cheiro torna-se cada vez mais insuportável, caso mesmo para ficarmos indispostos. [...] Na segunda lixeira que visitamos, situada no concelho de Santa Cruz, observamos, igualmente, variados tipos de lixos. A diferença verificada é que esta [lixeira], ao contrário da anterior, fica mais exposta visualmente [a todos os que vão] passando pela estrada principal [de ligação ao norte da ilha]."

- «Flores - A ilha Lixada», da autoria de Miguel Fontes [igualmente disponível no "sítio" da YRE]; neste trabalho pode ler-se que "a lixeira do concelho de Santa Cruz encontra-se localizada na parte superior de duas áreas protegidas, enquanto que, a lixeira do concelho das Lajes situa-se ao lado de duas lagoas de beleza incomparável. [...] Para aumentar o problema, as duas Câmaras [Municipais] que dividem a ilha, há anos que estão em desacordo com a localização do futuro Aterro Sanitário da ilha das Flores."

- «As lixeiras a céu aberto na ilha das Flores», da autoria de Arlete Nóia [também disponível no "sítio" da YRE ou para "baixar" directamente o ficheiro deste (bastante completo) trabalho escolar]; neste documento é possível ser lido que "as duas lixeiras existentes na ilha das Flores, uma em cada concelho, [estão] bem perto de zonas visitadas regularmente (...) nestes dois locais a bela paisagem verde dá lugar a uma nódoa na paisagem: lixo, muito lixo - é lixo urbano, lixo comercial, lixo público, lixo industrial, lixo do serviço de saúde, lixo especial - lixo recolhido indiferenciadamente e colocado em bruto nestes locais."

Por fim, no "sítio" da «Young Reporters for the Environment» encontramos também o interessante projecto: «O ponto mais Ocidental da Europa com muita água e vento», pretendendo abordar a temática das energias renováveis [e ambientalmente limpas] mas (aparentemente) este projecto está sem parceiros interessados na sua implementação.
Saudações florentinas!!

domingo, 8 de julho de 2007

Hic, hic!... 'inta... = narcisismo q.b.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Art(&)factos...

Indicaram-me esta pérola, que vale a pena avaliar atentamente, com lançamento a 25 de Outubro próximo na mais pequena ilha do arquipélago.

Infelizmente o prazo de envio de projectos termina no dia 15 do corrente, mas o Festival não deixará de nos visitar, despertos que são para a cultura aqueles que estão em condições de ajudar este projecto a por cá passar.

Projecto AIDA - Festival Festa Redonda
O Festival Festa Redonda é um evento cultural que vai decorrer nas nove ilhas dos Açores, durante ano e meio. Arranca dia 25 de Outubro e prolonga-se até Abril de 2009. Seguindo uma lógica itinerante, depois de uma inauguração simultânea em todo o arquipélago, cada expressão artística estará em cada uma das nove ilhas por um período máximo de dois meses.
O evento, cujo nome presta homenagem ao escritor açoriano Vitorino Nemésio que escreveu “Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro oferecidas ao Povo da ilha Terceira” (1950), pretende facilitar o acesso de algumas franjas da população açoriana mais votadas ao isolamento a várias formas de cultura, contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico das ilhas do arquipélago e divulgar jovens valores em nove áreas de criação artística distintas.
O Festival Festa Redonda tem a chancela do sector de Operações Culturais do projecto AIDA - Agência de Investimento e Desenvolvimento pela Arte, que desenvolve actividades artísticas e culturais em diversas regiões ultraperiféricas de Portugal e da Europa. Para além dos Açores, a AIDA teve iniciativas nas ilhas da Madeira, Porto Santo, Canárias, Cabo Verde, Baleares, País Basco e Irlanda. O seu objectivo é contribuir para o desenvolvimento dos povos e das localidades, pela Arte e pela Cultura, levando a essas regiões isoladas artistas, programadores, agentes culturais e realizações culturais a que, de outra forma, as populações locais não teriam acesso.
Como projecto de raiz nacional e regional, conhecemos bem a realidade do arquipélago dos Açores e, portanto, estamos conscientes das contingências e das limitações geográficas (meteorológicas) e logísticas das pequenas ilhas. Contrariar esses limites é precisamente a razão do Festival Festa Redonda. É imperioso romper com esse dramático ciclo de isolamento a que algumas destas ilhas e localidades pequenas estão sujeitas, levando até aí iniciativas e bens culturais a que as populações têm direito.


Fonte: Festival Festa Redonda.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

«Comece a roubar já hoje. Amanhã pode ser ilegal...»

Esta frase [que dá título ao presente artigo] é do extraordinário humorista brasileiro Millôr Fernandes que está à beira de completar noventa anos. Ao longo da [sua] vida [Millôr] escreveu cerca de três mil e quinhentas frases do género desta e cada qual melhor. Politicamente independente, [Millôr] foi sempre um crítico feroz da actividade política e toda a sua obra revela sobretudo um sentimento de crítica implacável da corrupção por parte dos homens que exercem o poder. Todavia, no Brasil o fenómeno da roubalheira tem histórias interessantes. De tal modo que já cheguei a sentir a maior das simpatias por alguns ladrões. Nos anos cinquenta, por exemplo, o governador do Estado de São Paulo, de seu nome Paulo Maluf, era um vigarista de todo o tamanho e todo o país sabia. Acontece que era um trabalhador incansável, realizou obras verdadeiramente excepcionais e era muito amigo dos pobres e desfavorecidos. Às tantas [Maluf] resolveu concorrer para Presidente da República [do Brasil]. Como era um grande demagogo, um dia num comício da campanha, perante uma enorme multidão, deixou-se levar pelo entusiasmo, meteu as mãos nos bolsos, retirou duas grandes molhadas de notas e gritou para as pessoas: «Eu roubo MAS EU FAÇO!» Foi aplaudido em delírio. Na eleição [presidencial] perdeu para Jânio Quadros por muito escassa margem. Era aquilo a que se pode chamar um ladrão honesto.

Vejam o que tem vindo a acontecer em Portugal com a história do Apito Dourado, com a Câmara [Municipal] de Lisboa, com a Fátima Felgueiras e sei lá que[m] mais. Têm sido centenas a roubar mas perante as câmaras de televisão todos dizem sempre a mesma frase canalha e irritante: «Estou de consciência absolutamente tranquila!» Pergunto a mim próprio se esses bandalhos têm consciência.

O meu irmão é que lá nos Açores meteu uns poucos na ordem. O Governo Regional dos Açores é do PS. Na ilha das Flores há dois concelhos - Santa Cruz (em que a Câmara [Municipal] é PS) e Lajes ([em] que [a Câmara Municipal] é do PSD).

Nós somos das Lajes e o meu irmão é acessor do Presidente da Câmara [das Lajes, João Lourenço], um rapaz com a 4ª classe mas extremamente inteligente e [com] uma obra notável à frente da Câmara [Municipal]. Já vai no terceiro mandato [como presidente]. De Janeiro a Março [deste ano], o Governo [Regional] mandou fazer três inspecções aos dinheiros da Câmara [das Lajes].

Uma inspecção por mês sempre na esperança de encontrarem uma falha qualquer. Acontece que o João Lourenço é incapaz de roubar um parafuso ou uma dobradiça à Câmara [Municipal das Lajes] e o meu irmão em questões de honestidade também é implacável. As inspecções à outra Câmara [Municipal, a de Santa Cruz] são sempre meio a fingir com muito chá e bolinhos ao longo do dia e jantaradas de lagosta à noite. O meu irmão foi enchendo, foi enchendo, até que na última inspecção acompanhou os três senhores [inspectores] até ao alto da escadaria por onde se sai [do edifício da Câmara das Lajes] para a rua e disse: «Meus senhores, eu tenho um metro e oitenta e cinco e peso cento e vinte quilos. Chego bem para vocês os três [senhores inspectores]. Portanto fiquem sabendo que se voltarem aqui mais alguma vez até ao fim do ano fiscal [2007], nem chegam a entrar dentro da Câmara [Municipal das Lajes].»

«[Se os senhores inspectores voltarem à Câmara Municipal das Lajes até ao fim do ano fiscal de 2007] Vão descer esta escadaria “de rolo” e olhem que são trinta e dois degraus. Por isso não posso prever em que estado [físico] é que [os senhores inspectores] ficarão quando chegarem ao fundo da escadaria. Solicito o favor de transmitirem este recadinho ao Senhor Presidente [do Governo Regional] Carlos César. E mais não digo. Passem bem.»

Estamos em Junho e não voltou a haver qualquer inspecção à Câmara das Lajes. Quem não deve não teme.

José de Freitas Silva

O presente artigo de opinião é da autoria de José de Freitas Silva, tendo sido (originalmente) publicado na rubrica «Quem não deve não teme» da edição on-line do jornal «Reconquista» (semanário regionalista da Beira Baixa) no passado dia 28 de Junho [e também foi mencionado no agregador da secção de notícias do Sapo Local: Lajes das Flores]. As ligações e os negritos constantes no texto são (como sempre) da nossa responsabilidade.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Fotos & Factos... Arraial de São Pedro

A fim de comemorar o início das férias [escolares] de Verão (ou o final do ano lectivo, como queiram) a Escola Básica Integrada, levou a cabo pelo segundo ano consecutivo o Arraial de São Pedro no passado dia 26 de Junho [terça-feira da passada semana].
Tal como no ano anterior este Arraial contou com a participação de alunos e professores, bem como do pessoal não docente e até mesmo da comunidade em geral que se envolveu em várias actividades apresentadas no decorrer da noite, desde desfile de marchas, até à entrega de prémios relacionados com actividades desportivas realizadas no decorrer do ano lectivo.
Expostos estiveram também trabalhos realizados pelo pessoal não docente de onde se destacam trabalhos realizados reciclando materiais como o papel de jornal.
Em foco estiveram os várias “Bazares” que desde o salgado ao doce, passando pelos grelhados e pelas “caipirinhas” (que agora estão virando moda) serviram de tudo um pouco à muita gente que ali se deslocou.
Nota mais pela forma como esta actividade aproximou a Escola da comunidade, seria positivo que da recentemente empossada Direcção escolar emanassem outras iniciativas à semelhança desta.
Um bem haja a todos aqueles que juntaram esforços para que este evento tomasse forma.


terça-feira, 3 de julho de 2007

Plano de Ordenamento da Orla Costeira: II Fórum de Participação Pública

De Carlos Pereira da Silva (coordenador da participação pública do Plano de Ordenamento da Orla Costeira da ilha das Flores) recebemos [por email] o pedido de divulgação do II Fórum de (Discussão) e Participação Pública do Plano de Ordenamento da Orla Costeira da ilha dos Flores.
O evento realiza-se na próxima segunda-feira, dia 9 de Julho, pelas 20h30 no Auditório Municipal da Câmara Municipal das Lajes das Flores. Será apresentado e discutido o trabalho até agora executado pela equipa do Plano de Ordenamento Costeiro, para que este possa ser apreciado e serão esclarecidas as dúvidas que possam existir.
Para que o Plano de Ordenamento da Orla Costeira da ilha das Flores possa ser um efectivo elemento de desenvolvimento, a participação de todos é fundamental nesta discussão pública. Ficam também convidados todos os florentinos a visitarem o sítio dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, onde inclusive pode ser consultada mais informação sobre o andamento dos Planos de Ordenamento das Orlas Costeiras de outras ilhas açorianas, sendo ainda possível fazer o registo de participação no Fórum de Discussão lá existente, para se partilhar e discutir ideias.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Fotos & Factos

«Revista a Quanto Obrigas» pel' "A Jangada" - Grupo de Teatro
Riso, gargalhadas e aplausos, muitos aplausos... tal é a qualidade apresentada neste último trabalho do Grupo de Teatro “A Jangada”. Após o cancelamento da apresentação do trabalho “O crime da Aldeia Velha” de Bernardo Santareno, por motivos a alheios à vontade do grupo, o Grupo de Teatro amador “A Jangada” traz ao palco uma nova peça de revista, iniciativa que o grupo leva a cabo anualmente.
Este formato de peça, sempre garantiu ao grupo sessões esgotadas, e apesar de não ser um modelo inovador a verdade é que “A Jangada” desde a primeira revista soube sensatamente moldar o “barro” que dispunha em excelentes peças humorísticas, e uma vez mais “Revista a Quanto Obrigas” não foi excepção.
O salto qualitativo do grupo, quanto a mim, notou-se logo à entrada: um palco sobejamente decorado, colorido e apelativo (como se quer em revista) mas, mais importante ainda, desta feita com uma passerelle bem maior, o que se por um lado tornou o espaço mais pequeno para os espectadores, compensou (e em muito) o desfile das rábulas apresentadas. Logo a seguir é notório o alargamento do elenco a novos talentos, novas vozes como foi o caso da Eliana Ramos que desfilou junto com a já consagrada Armanda Banha. Uma agradável surpresa foi a presença da, respeitada e reconhecida, voz de Armando Monteiro, que terá (tanto quanto sei) feito a sua estreia nestas lides, e que trouxe a este espectáculo a classe com que sempre cativou o seu público.
Outro destaque vai sem dúvida para o grupo de “coristas” que desfilou durante a noite, dançando ao sabor dos quadros musicais sempre enchendo o palco de brilho e cor, uma presença sem a qual uma revista não seria revista, também neste grupo apareceram vários novos talentos que certamente “A Jangada” saberá incentivar a continuar o excelente trabalho.
Outro melhoramento esteve preso com o som, notou-se uma sonoridade mais cuidada, mais variada e bastante bem adequada aos vários quadros apresentados.
Esquecido não pode ficar o magnífico guarda-roupa da peça, que convém referir pela sua exuberância e pela dignidade que conferiu à peça e que levanta a questão se não será altura para começar a pensar sobre o que fazer ao já vasto espólio do grupo, que inclusive esteve parcialmente exposto na feira das Sanjoaninas deste ano e que seria no mínimo imperdoável que se perdesse por falta de meios de conservação, que não falte à sua responsabilidade quem pode ajudar este Grupo, que muito tem dado à sociedade local, a manter a riqueza que é o seu guarda-roupa.
Foram três dias de “casa cheia” nos quais todo o elenco esteve sempre em alta, merecedor da ovação em pé que receberam no final de cada actuação, a perder só ficou quem não “visitou” o salão de festas do Grupo Desportivo “Os Minhocas”, porque o “nosso” Grupo de Teatro “A Jangada” vale tudo o quanto pede pela entrada.
Parabéns a todos.