Nova lagoa... é santuário de aves raras
A derrocada de Dezembro na Fajãzinha fez nascer junto ao mar uma pequena lagoa que tem todas as condições para ser um 'santuário' para a observação de aves raras.
A derrocada do passado dia 3 de Dezembro na Fajãzinha, fez brotar uma nascente de água que criou uma nova lagoa junto ao mar - um caso quase único nos Açores, onde as lagoas são interiores - no que deverá ser um espaço de eleição para atrair as aves americanas que ali têm agora uma óptima 'base' logística para as suas migrações. "Foi incrível o que ali aconteceu, porque tínhamos projectos para inundar zonas daquela parte da ilha das Flores, criando habitats para as aves americanas que ocorrem no Outono ao Grupo Ocidental, projectos que já estavam a criar pó na prateleira e agora esta lagoa caiu do céu", afirma Gerbrand Michielsen, membro da equipa Birding Azores, que reúne um grupo de entusiastas da observação de aves na Região. A Lagoa do Rolo é agora "a mais ocidental da Europa".
Este holandês, ligado à agricultura biológica e aos trilhos pedestres, que há mais de duas décadas vive nos Açores, descobriu esta nova lagoa numa visita de trabalho e começou logo a sensibilizar as autoridades locais e o Governo Regional para a necessidade de preservar o novo 'santuário' para as aves. Até agora as reacções têm sido positivas e espera-se que o Governo possa proteger aquela área, indemnizando os proprietários que viram os seus terrenos alagados.
A observação de aves (birdwatching) tem grande potencial nos Açores, sobretudo no Grupo Ocidental. Por exemplo, o Corvo é considerado um 'paraíso' para a observação de aves americanas, "algumas delas só vistas antes uma ou duas vezes na Europa", explica Gerbrand Michielsen, para quem "na ilha das Flores podemos ver ainda mais espécies raras do que no Corvo". A nova lagoa tem condições de se manter, pois é alimentada por uma nascente de água e, mesmo que ela venha a secar, a proximidade da lagoa face à principal ribeira das Flores deverá garantir a sua preservação, canalizando-se subterraneamente a água da ribeira.
Gerbrand Michielsen integra a equipa Birding Azores, liderada por um sueco, que reúne um grupo de estudiosos estrangeiros das aves. Mas os açorianos também já começam a despertar para esta realidade e têm especialistas conceituados nesta área. Para se ter ideia do poder que uma ave rara pode ter, Gerbrand Michielsen lembra que vieram pessoas de propósito a São Miguel no ano passado para ver uma ave rara que esteve perfeitamente observável durante três meses num lugar bastante insuspeito: a avenida marginal de Ponta Delgada.
Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!
7 comentários:
«indemnizando os proprietários que viram os seus terrenos alagados»
O busilis, como é evidente, não é o melro!
Bom habitat para o «Pato Bravo»...
Há males que vem para bem.
Aves raras sao esses estrangeiros que veem para o nosso pais e tentam palrrar muito.
Vivem nao sabemos bem dequê. O nao queremos saber. Ainda querem proteger isto e aquilo!! Nos queremos é que em outubro venham muitos patos para podermos fazer umas belas caçadas.
Sem mais nem menos, de uma hora para a outra, as aves raras americanas descobriram um paraíso, numa lagoa efémera e lamacenta formada há meia dúzia de dias na Fajãzinha.
Esta gente fala para não estar calada.
Só pode.
este nabo de anónimo das 13,41 não ve que é assim que a ilha tem nome e é divulgada para o mundo em grandes revistas de tiragens mundiais.
Ainda bem que a grande maioria dos Açoreanos nao se baixou até o nivel deste senhor anonimo que vive num regiao que tem mais pessoas a viver no estangeiro onde sao bem vindos e nao consiga viver com meia duzia deles. Coitadinho.
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