Há 25 anos: maior temporal do séc. XX
O maior temporal de que há memória nos Açores ocorreu a 15 de Fevereiro de 1986, fez ontem 25 anos, com rajadas de vento na ordem dos 250 quilómetros por hora e ondas entre os 15 e os 20 metros.
A data foi agora assinalada, simbolicamente, por José Henrique Azevedo, proprietário do famoso café Peter, na cidade da Horta, que decidiu expor no exterior do seu estabelecimento, fotografias, recortes de imprensa e registos meteorológicos daquele que terá sido “o maior temporal do século XX”. “Foi o maior temporal de que há memória nos Açores”, recorda, convicto, o empresário faialense, lembrando que “o dia até não começou mal”, mas que as condições climatéricas foram agravando-se ao longo do dia, e “entre o meio-dia e as quatro da tarde, o vento atingiu os 250 km’s por hora”.
Segundo explicou, o registo da rajada máxima não foi fácil de confirmar, porque, na altura, os aparelhos do Observatório Meteorológico Príncipe Alberto de Mónaco, no Faial, não conseguiam registar ventos superiores a 150 quilómetros por hora. José Henrique recorda que o temporal “surgiu sem aviso” meteorológico, o que não permitiu à população precaver-se devidamente, o que justifica que a tempestade tenha provocado um rasto de destruição em moradias e portos, embora não tenha causado vítimas mortais.
Apesar das más condições climatéricas, o empresário, na altura com 26 anos, saiu à rua com dois amigos para tentar registar, para a posteridade, algumas imagens do temporal. A “aventura” acabou por valer a pena, uma vez que José Henrique fotografou aquela que considera ter sido a fotografia da sua vida: a imagem de Neptuno, o deus do mar, refletida na espuma de uma onda que embateu no Monte da Guia, no lado sul da cidade da Horta. “Realmente é uma figura perfeita, com a cara de um homem, como nariz, boca, olhos, sobrancelhas, cabelo, que eu chamei de Neptuno da Horta”, lembra, com orgulho, José Henrique, acrescentando que aquela é “provavelmente, a fotografia portuguesa mais conhecida em todo o mundo”.
Notícia: «Correio dos Açores» e «O Baluarte (de Santa Maria)».
Saudações florentinas!!
2 comentários:
Vento no século 20 já passou em ponta Delgada das Flores na zona dos Franceses que ultrapassou os 300 km hora, como nós Florentinos estamos habituados a estes temporais nem alarma-mos.
Agente vê cada uma!
Assisti hoje, na televisão de garagem, a um chorriço de asneiras, dificil de imaginar.
Foi tanta tolice, tanta mentirada, tanta presunção, tanta cagança.
Com gente a fazer oposição deste quilate, não temos muito futuro.
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