quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ilhas das Flores e Corvo: agarrados ao computador após ligação à fibra óptica

Uma semana após a chegada da fibra óptica, os habitantes das ilhas das Flores e Corvo estão "mais agarrados" ao computador e os empresários contam concretizar mais facilmente "bons negócios" com esta melhoria das comunicações.

O presidente do Núcleo empresarial das Flores e Corvo considera que a ligação destas ilhas ao cabo submarino de fibra óptica, há uma semana, além de ter “melhorado substancialmente” as comunicações vai facilitar a concretizações de “bons negócios”: “Não tenho dúvidas nenhumas de que vão melhorar quer os contactos com outros parceiros, quer a nível das importações. Isso vai ser uma melhoria muito boa para as duas ilhas”, afirmou Carlos Silva, que representa 47 empresários das ilhas das Flores e Corvo.

Há uma semana que as duas ilhas açorianas do grupo ocidental, onde vivem perto de 4.500 pessoas, estão ligadas ao sistema global de cabo de fibra óptica, uma antiga ambição das populações que só agora foi concretizada e que permitiu melhorar a rapidez de acesso à internet.

Carlos Silva, que também é proprietário de um empreendimento turístico na ilha das Flores, reconheceu que “a melhoria foi muito substancial” quer para os empresários quer para as populações das duas ilhas, alegando não haver dúvidas que “agora a velocidade da internet é mesmo rapidíssima”: “É a tal questão de se ligar ao Mundo com a rapidez que se impunha já há muito tempo e que finalmente chegou. Não vale a pena olhar para trás. Está a funcionar em pleno e oxalá agora haja muitos bons negócios por via dessa rapidez da internet”, disse o presidente de Núcleo empresarial das Flores e Corvo.

Carlos Silva garante que anteriormente, devido à lentidão no acesso à internet, houve “negócios retardados” em virtude da velocidade ser tão baixa que “por vezes havia alguma dificuldade em contactar com os clientes”, mas “não deixamos de fazer negócios”.

Kathy Rita trabalha na única residencial da mais pequena ilha dos Açores, propriedade dos pais, tendo confessado que tem sempre os computadores ligados, não só por questões laborais mas também para poder estar ligada ao Mundo: “Já não há quebras nos vídeos, mesmo na rádio on-line. Já não faz pausas que uma pessoa esperava se calhar meia hora ou 20 minutos para carregar qualquer coisa de um minuto. Agora está muito melhor”, afirmou Kathy Rita, que nasceu nos Estados Unidos e veio viver para o Corvo aos 13 anos.

A jovem, que revelou ter sido das primeiras pessoas no Corvo a estar ligada à internet quando esta chegou na década de 1990, referiu que agora as pessoas utilizam muito mais o Skype para falar com os familiares emigrados e a internet transformou-se numa rotina diária: “O pessoal já passava muito tempo em casa à noite. Agora estão mais agarrados aos computadores, sem dúvida. Até a minha mãe está no YouTube a ver receitas e dicas. Está toda a gente aqui colada aos computadores”, disse Kathy Rita.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

7 comentários:

Anónimo disse...

não retirem a arablica que aquele cabo por onde entrou acredito que chegue ao fim do inverno.

Anónimo disse...

Os bons negócios devem centrar-se na exportação do que temos e não na importação.

Anónimo disse...

muito bem falado o anónimo das 9.10 devemos é esportar e temos que preduzir e é uma boa altura voltar agricultura como batatas doces , branca, milho, bateraba para mandar para são miguel a fim de fazer acucar, e muitas mais coisas que esta Ilha dava nos outros tempos e não havia subsidios nem tractores, e poucos tinham uma junta de bois para lavrar a maioria das pessoas era tude com a força dos seus braços.

Anónimo disse...

Agarrados ao computador era quando tinhamos que passar horas para conseguir entregar uma declaração de IRS, abrir uma mensagem ou encomendar algo.
Agora temos é mais tempo livre.

Anónimo disse...

A ferramenta, em boa hora disponibilizada, abre portas a muitas coisas. Umas boas, relacionadas com negócios e com a circulação de conhecimento, e outras menos boas, que só deseducam.
Saibamos nós utilizar a internet para nos promovermos e criar riqueza.

Anónimo disse...

Eu sou aquele que alguem me aplidou por cana-roca.
Eu já de alguns anos que estava a prever esta crise por isso dizia para se agarra-rem ao sacho mas ninguem gostava da minha conversa e vejam agora onde pára este País é tirar dinheiro dos ordenados de todos e agora nas noticias das sete na SIC Noticias estava a passar no roda-pé a noticia que em 2015 ia haver o triplo dos cortes depois da Troica. Já estou velho mas mesmo assim não sei onde vai parar está a ficar pior do que no tempo do Salazar.

Anónimo disse...

O cana roca tem razão numa coisa.
Este país estourou pelos desincentivos ao trabalho dos péssimos governos que temos tido.
Nos gloriosos anos de Cavaco, (lembram-se?) subsidiava-se a matança de bezerros, o arranque de oliveiras e o abatimento de traineiras.
Os outros, com a concorrência desarmada, prosperaram e nós, fiados numa europa que hoje nos mete os pés, acabamos na ruína.
O cana roca não tem razão noutras coisas.
Hoje o trabalho mede-se pelo que se produz. Há quem numa hora produza muito, sem grande canseira, e há quem num mês não produza nada e ande estrompado.
O sacho, pelas famílias que ajudou a criar, merecia um monumento na melhor praça de Santa Cruz. Mas hoje, consegue-se produzir mais e melhor com muito menos esforço e sem ele.