Para aproveitar o melhor dos Açores
Da mesma maneira que os Açores se tornaram um santuário de observação de cetáceos, o arquipélago corre agora o risco de se tornar um posto privilegiado para observação de viajantes felizes. Não é preciso binóculos para o constatar: eles andam aí.
É verdade que os turistas, portugueses e estrangeiros, descobriram há muito que estes pedaços de terra firme no meio do oceano Atlântico podem ser mágicos, mas desde que em 2015 as companhias aéreas low-cost começaram a voar para os Açores, o fenómeno tem sido avistado com maior frequência.
A "culpa" de tantas caras felizes é das paisagens naturais, com muitas tonalidades de verdes e castanhos, em contraste com o azul do mar. Mas há mais: o bife à regional de São Miguel; os queijos (e as amêijoas) de São Jorge; o gin tónico do Peter Café Sport, no Faial; a imponência da montanha do Pico; a flora da ilha das Flores; as belas e pitorescas ilhas Graciosa e Santa Maria; a manta de retalhos (campos divididos por muros de pedra vulcânica) da Terceira; e, já agora, a pequena ilha do Corvo, com os seus 430 habitantes.
Onde dormir na ilha das Flores: uma aldeia que é um hotel
A Aldeia da Cuada funciona como um hotel, só que, em vez de quartos, os hóspedes dormem em casas reconstruídas a partir das ruínas de uma aldeia abandonada - como que a pedir uma nova categoria de turismo rural só para si. A aldeia, que nos anos 60 ficou deserta quando os últimos dos seus habitantes emigraram, é hoje formada por sete casas do tipo T1, sete T2, um T4 e um T6.
Sendo um hotel, não prescinde de restaurante e bar, oferece serviços de transfer e orgulha-se das suas casas de pedra, que mantêm a traça original. A aldeia é tão convidativa que apetece lá ficar o tempo todo, mas resista a essa vontade, porque vale a pena passear a pé pela ilha das Flores. Não faltam fajãs, lagoas, cascatas que caem de 300 metros, museus e igrejas para ver.
Onde comer na ilha das Flores: restaurante Pôr do Sol
Só para contrariar o que se diz de restaurantes com vista, este, por ficar no topo de uma arriba, combina um belíssimo pôr-do-sol (se chegar a tempo) com deliciosos pratos tradicionais da ilha.
A não perder: volta à ilha de barco
"Terra à vista!" é algo que garantidamente não irá gritar. É que a ideia deste passeio é precisamente ver a ilha a partir do mar - possivelmente na companhia de golfinhos. Seis é o número mínimo de pessoas para que o barco zarpe, com ponto de encontro no Hotel Ocidental.
Notícia: revista «Sábado».
Saudações florentinas!!
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