quarta-feira, 31 de julho de 2013

Assim foi a Festa de Nossa Senhora do Carmo, no lugar da Ponta da Fajã


Extremo mais ocidental da Europa, Ponta da Fajã Grande, ilha das Flores, Açores.

Dia da Nossa Senhora do Carmo num fantástico dia de Verão proporcionou a todos os que rumaram a esta localidade para cumprir uma promessa, seguir a sua fé, ou simplesmente passear... o certo é que a igreja, datada de 1898, esteve repleta de gente e na regência das cerimónias eucarísticas/religiosas estiveram dois párocos, padre Trigueiro e David, sendo este último a presidir às cerimónias com a colaboração/ajuda do diácono Luís Alves.

Esta localidade da Ponta da Fajã conta com cerca de 10 habitantes em média, não obstante foram algumas centenas os que marcaram presença para acompanharem de perto esta festa. De salientar que nesta cerimónia teve lugar um baptizado, acto raro por estas paragens. Mais uma vez com a participação da Filarmónica Nossa Senhora dos Remédios, da freguesia da Fajãzinha, sob a batuta do maestro José Gabriel Eduardo.

A todos muito obrigado, em especial à Luísa pelas fotografias e ajuda à produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Cartaz do Cais das Poças 2013

Pode consultar o programa deste Cais das Poças 2013.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Lacticínios produzidos na ilha das Flores


A ilha das Flores é sem dúvida uma pérola no Mundo. Por cá a Natureza é de uma benevolência incomparável: o ar puro, as águas... por todos estes motivos e muitos outros, juntando o conhecimento humano, existem produtos de qualidade rara e ímpar. Assim sendo, os lacticínios da ilha das Flores têm ao dispor de todos uma gama variada de produtos derivados do leite.

Deixo-vos as imagens de uma pequena demonstração por parte da Cooperativa Ocidental, que decorreu na Aldeia da Cuada no passado dia 25 de Julho. Deliciem-se com as imagens e degustem com a imaginação; pois o que imaginarem, na realidade é bem melhor... o que é nosso, no que é nosso.

Obrigado a todos os que tornaram possíveis estas imagens: Cooperativa Ocidental, Aldeia da Cuada, Luísa Silveira e todos os presentes.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

domingo, 28 de julho de 2013

Economia paralela regional atinge 32%

A economia paralela nos Açores situa-se nos 32% do Produto Interno Bruto (PIB), superior em seis pontos percentuais à que se regista no todo nacional, de acordo com um estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude.

O estudo, encomendado pela Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, concluiu que em 2012 o valor da economia paralela, ou não registada, ascendia a cerca de 1.200 milhões de euros por ano, o que representa cerca de 4.800 euros por pessoa.

Em 1980 os valores da economia paralela nos Açores eram inferiores à média nacional, mas um crescimento acentuado no espaço de uma década colocou a Região à frente do país, tendo-se mantido um crescimento semelhante desde então.

"Se a economia não registada nos Açores tivesse a média da OCDE e sobre esse diferencial, que passaria para economia oficial, fosse cobrada a taxa média de imposto de 20%, haveria uma receita adicional [para as Finanças] de 100 milhões de euros", salientou Óscar Afonso, coordenador do estudo.

Para o investigador, a disparidade de dados entre o todo nacional e os Açores pode ser justificada pelas características do arquipélago, que podem estar na base de uma economia paralela maior, como sejam "a situação económica actual, a informalidade existente, a significativa intensidade das relações de vizinhança, os conflitos de interesse decorrentes da proximidade cidadão-Estado e a (in)capacidade de regulação e fiscalização".

O aumento de impostos na Região no próximo ano, por via da redução do diferencial fiscal, pode provocar um aumento da economia paralela, na opinião de Óscar Afonso, tendo em conta que os estudos comprovam que, por cada ponto percentual de impostos diretos ou indiretos no PIB aumentado, a economia registada cresce 0,65 pontos percentuais. De acordo com os cálculos efectuados, estima-se que se não forem tomadas medidas concretas de combate à economia não registada, o valor cresça cerca de 0,47% por ano, podendo em 2020 ultrapassar os 35% do PIB dos Açores.

O presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo salientou que a instituição tem alertado desde 2008 para as consequências do "flagelo" que é a economia paralela, tendo em conta que "provoca concorrência desleal muito forte": "É um grande obstáculo ao crescimento do Produto Interno Bruto da Região, ao desenvolvimento, inovação e competitividade das empresas açorianas, mas é também um condicionante e implica a precariedade do emprego", frisou Sandro Paim.

A economia não registada inclui não apenas a economia subterrânea (fuga de impostos), mas também a economia ilegal e o autoconsumo.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e «Negócios».
Entretanto, o volume de mercadoria transportada por via marítima caiu em todo o arquipélago e os armadores chegaram a acordo para retirar mais um navio na operação de carga para os Açores.

Saudações florentinas!!

sábado, 27 de julho de 2013

Livro "Heróis à moda dos Açores"

A obra "Heróis à moda dos Açores" contém cerca de quinhentas palavras e expressões típicas do arquipélago, anunciou o coordenador geral da colecção, que visa preservar a língua portuguesa com humor.

“O que nós apresentamos são cerca de quinhentas palavras e expressões típicas dos falantes dos Açores, sendo que todas essas palavras que estão nesse dicionário do corisco estão incluídas nos cinco contos de humor sobre os Açores, que estão publicados no próprio livro”, revelou João Carlos Brito, acrescentando tratar-se de um livro “acessível a todos”.

“O objectivo desta coleção é abordar os regionalismos, as chamadas linguagens marginais, calão e gírias de um determinado grupo de falantes. Depois tínhamos também por objectivo preparar uma coleção em que o humor estivesse sempre presente”, disse o linguista e escritor João Carlos Brito, para quem a língua é “um rico património imaterial que não se pode perder”.

Além do “dicionário do corisco”, onde constam expressões como “Tam requim” ou “Tás-me cegando”, o livro dedicado aos vocábulos tradicionais dos Açores inclui cinco contos, que conjugam a História da Região com as expressões e o humor. O coordenador da coleção referiu que todos os contos foram escritos por açorianos, que gostam de escrever e sentem paixão pelos Açores: Rúben Correia (coordenador local da coleção), Rita Bonança (São Miguel), Paula Espada (Terceira), Gabriela Silva (Flores) e Humberta Araújo (nascida em Santa Maria, mas a viver no Canadá).

Com prefácio da Tia Maria do Nordeste, este livro pretende recordar momentos e personagens históricas da nossa região, bem como tradições, falares e lugares, através de muito humor.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"Chamarrita" aos emigrantes


Por altura da XXVIII Festa do Emigrante que decorreu na vila das Lajes das Flores no passado fim-de-semana, entre a "lista" de músicos José Agostinho Serpa era um dos nomes. Natural da ilha das Flores mas passando cerca de 30 anos fora, regressou recentemente e teve o convite da organização para dar o seu contributo no referido evento, em prol da ilha e de todos os que ali se deslocaram.

No final da actuação foi dedicada uma música e palavras de apreço à comunidade de emigrantes espalhados pelo Mundo. Nessa sequência chamou ao palco Frank Serpa, em representação de todos os emigrantes (sendo ele emigrante nos USA há mais de 40 anos) para interpretar o tema "Chamarrita", porventura o tema musical mais conhecido e popularizado ao longo dos séculos nos Açores e em particular na ilha das Flores.

Bem-haja a todos, em especial os emigrantes, e um grande abraço ao Frank Serpa pela bela representação/execução da "Chamarrita".


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Fábrica de Conservas Santa Catarina conquista prémio 'Melhor dos Melhores'

A Fábrica de Conservas Santa Catarina foi distinguida com quatro galardões nos concursos nacionais de produtos alimentares, entre os quais o "Melhor dos Melhores" na categoria de conservas de atum, com o produto "Filete de Atum com Tomilho".

A conserveira açoriana participou este ano nas categorias Conservas de Pescado e Pastas de Atum, neste concurso organizado conjuntamente pelo Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) e pela Feira Nacional de Agricultura, que está a celebrar a 50ª edição.

Os galardões atribuídos à Fábrica de Conservas Santa Catarina incluem ainda a medalha de ouro e a medalha de prata na categoria pastas de peixe, respectivamente pelo Paté de Atum com Oregãos e pelo Paté de Atum, além de uma medalha de prata na categoria conservas de atum, pelo Filete de Atum com Molho Cru.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Aumento de impostos para os Açores

A Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República aprovou a proposta do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, rejeitando todas as alterações que os Açores queriam introduzir. A revisão da Lei de Finanças Regionais foi ontem votada na especialidade e hoje discutida e votada em plenário.

A diminuição de 30 para 20 por cento do diferencial fiscal entre os Açores e o Continente é o assunto mais polémico da lei agora aprovada: a nova Lei de Finanças Regionais vai obrigar os açorianos a pagarem ainda mais impostos em 2014, mais IVA, mais IRC e mais IRS.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Grande riqueza potencial no nosso mar

Recolhidas bactérias no mar dos Açores que podem vir a combater o cancro: cientistas portugueses e americanos recolheram bactérias marinhas ao largo das ilhas de São Miguel e Santa Maria, que podem vir a ser utilizadas no combate de várias patologias, entre as quais o cancro.

A revelação foi feita por Ana Lobo, professora catedrática do departamento de Química da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, que esteve envolvida no projecto. Para além de Ana Lobo, estiveram envolvidos dois investigadores da Califórnia e dois da Universidade dos Açores, bem como outros da própria Universidade Nova de Lisboa e elementos exteriores àquela academia que procederam a recolhas a mais de mil metros de profundidade nas águas dos Açores.

“Trata-se das prodigiosinas que nós isolamos das bactérias recolhidas no mar dos Açores e que são antibióticos, anticancerígenos, antimaláricos, imunossupressores. Portanto, têm uma grande gama de actividade farmacológica e estão a ser já desenvolvidos, alguns deles, em versão farmacêutica”, declara a cientista. Ana Lobo aponta que o projecto, apoiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia, teve como objectivo justamente “descobrir compostos marinhos” de bactérias marinhas que “podem ser úteis” como “possíveis medicamentos” ou que “possam originar medicamentos”.

A cientista refere que após a recolha dos compostos de origem marinha foi feita uma triagem no Centro Biotecnológico de San Diego, na Califórnia. A docente da Universidade Nova de Lisboa aponta que se centraram os trabalhos em estirpes streptomyces, onde descobriram uns compostos conhecidos por prodigiosinas, que são vermelhos, e cujo nome deriva justamente da palavra prodígio. Ana Lobo explica que as bactérias terrestres produzem compostos análogos, que são “conhecidos há muitos anos”, apareceram com “maior intensidade” em estátuas italianas de santos, que “supostamente choravam” sangue, gerando manifestações religiosas.

A cientista refere que as prodigiosinas são metabolitos secundários, ou seja, compostos orgânicos que não estão directamente envolvidos em processos de crescimento, desenvolvimento e reprodução dos organismos, que se formam na bactéria depois desta ter crescido e que podem permitir a geração de produtos sintéticos e biológicos. Ana Lobo considera que “foi interessante” que a sua equipa viesse a encontrar uma estirpe marinha não estudada com compostos análogos aos que existem em “espécie terrestre”.

A cientista portuguesa revela que neste momento se está a entrar nos ensaios clínicos a nível mundial, uma vez que ainda não há “nenhuma droga” derivada destes compostos a ser fornecida aos doentes, acentuando que a “redução da toxicidade” pode ser feita com “alterações simples” ou “relativamente simples”. A docente da Universidade Nova de Lisboa explica que os trabalhos de laboratório “ainda decorrem” e o “processo vai levar o seu tempo” até chegar ao mercado uma substância nova, uma vez que estes são “processos morosos”. A cientista aponta que o interesse nestes compostos é “verificar a química”, “aumentar a sua estabilidade” e “reduzir a sua toxicidade”, para além de outros factores, visando o seu aproveitamento.


Notícia: «Açoriano Oriental» e semanário «Sol».
Saudações florentinas!!

domingo, 21 de julho de 2013

Dificilmente futebol de 11 regressará

No fim-de-semana de 8 e 9 de Junho decorreu o Torneio ilha das Flores, com a ideia de incentivar o regresso do futebol de 11 à nossa ilha, mas a realidade é contraditória: a falta de atletas e dirigentes está a causar dificuldades aos clubes.

Vídeo: «TeleJornal» da RTP Açores, no dia 13 de Junho.
Entretanto, também na Graciosa nesta próxima época pode acabar a competição a nível de ilha por falta de equipas e jogadores locais.

Saudações florentinas!!

sábado, 20 de julho de 2013

"Destino Preferido" europeu para 2014

É uma chancela que vai colocar os Açores sob o foco dos agentes de viagens: o arquipélago foi escolhido para Destino Preferido no próximo ano pela Federação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA).

O acordo entre o Governo Regional e a ECTAA foi apresentado esta semana e vai levar a que o turismo nos Açores esteja ainda mais sob os holofotes ao longo do próximo ano pelos agentes de viagens europeus.

"Os Açores beneficiarão de uma série de acções, associadas ao material informativo e promocional" tanto no "sítio" da ECTAA como em newsletters, apresentações públicas e outros eventos, além de "acesso facilitado e estabelecimento de contactos quer com os agentes de viagens e operadores turísticos associados, quer ainda com todos os membros da ECTAA", resumiu o secretário regional do Turismo e Transportes. As acções relacionadas com a escolha dos Açores como "Preferred Destination of the Year 2014" pela influente federação serão ainda potenciadas por "uma agenda aberta com actividades que se irão desenrolar ao longo do ano da vigência do protocolo", disse Vítor Fraga.

O "Destino Preferido" da ECTAA irá também ser cenário do encontro bianual dos membros da Federação de agentes e operadores europeus. Os Açores, adiantou o secretário regional, "não só participarão na organização do evento, como também terão presença constante nos trabalhos, intervindo com ideias e projectos". Segundo o governante, o protocolo "para além de todos os seus benefícios para a Região Autónoma dos Açores", pretende também potenciar o arquipélago "como destino turístico de qualidade".

em Março deste ano, os Açores tinham passado a ser "Destino Preferido" da Associação Portuguesa dos Agentes de Viagens e Turismo para 2013.


Notícia: suplemento «Fugas» do jornal «Público», «Correio dos Açores», rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Assembleia quer criar Canal Parlamento

A Assembleia Legislativa Regional aprovou [na semana passada] por unanimidade uma proposta do PPM que defende a transmissão televisiva, em canal aberto, dos trabalhos do Parlamento da Região através de uma parceria com a RTP.

"A criação de um Canal Parlamento Açores, que transmita em directo e em canal aberto, as reuniões do plenário e das comissões da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, constitui uma necessidade premente do nosso sistema político", sustentou Paulo Estêvão. O parlamentar do PPM entende, no entanto, que os "enormes custos" associados à criação de um canal semelhante ao da Assembleia da República "tornam inviável" uma solução idêntica no arquipélago, onde a opção poderá passar pela formalização de um protocolo entre o Parlamento e a RTP.

No entender de Paulo Estêvão, a RTP/Açores faz actualmente a cobertura das reuniões plenárias e de grande parte das comissões, dispondo por isso de uma estrutura logística já montada e de "pessoal qualificado", que pode garantir a transmissão televisiva, de forma integral, dos trabalhos parlamentares: "Estes meios terão de ser obviamente reforçados, mas parece evidente que a utilização do sinal e de outros meios logísticos da RTP/Açores permitirá desenvolver um projecto de baixo custo", sublinhou Paulo Estêvão.

A proposta do PPM, aprovada por unanimidade, defende também que o futuro protocolo a assinar entre a Assembleia Regional e a RTP deverá assegurar a "autonomia de gestão" por parte da Assembleia do "espaço de transmissão que vier a ser contratualizado". Tal como acontece na Assembleia da República, deverá também ser criado no arquipélago um "conselho de direcção" do Canal Parlamento Açores, composto por um representante de cada partido com assento na Assembleia Regional.

José Andrade, da bancada do PSD, alertou os deputados regionais para a necessidade de passarem a "valorizar mais o seu trabalho", alertando para a exposição pública a que vão passar a estar sujeitos.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Após uma breve reunião com o ministro-adjunto Miguel Poiares Maduro, o presidente do Governo Regional afirmou esperar a “curto prazo” uma concretização do futuro da televisão e rádio públicas regionais, uma vez que a tutela está “consciente da urgência da definição”.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Actividades náuticas no Emigrante 2013

As actividades ludico-náuticas da Festa do Emigrante 2013 têm início amanhã (sexta-feira) com a limpeza subaquática da baía do porto das Lajes, entre as 13 e as 16 horas.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Zonas balneares deviam ter bandeira distinta a indicar presença de águas-vivas

Objectivo seria alertar todos aqueles que estão a banhos para a presença de águas-vivas, em especial quem desconhece o perigo destes organismos.

Informação sobre a existência de águas-vivas nas zonas balneares devia estar indicada de uma forma perceptível para todos, em especial os turistas que muitas vezes desconhecem o perigo do contacto com estes organismos.

Na opinião de Ana Cristina Costa, da Universidade dos Açores, a Região deveria reflectir sobre a utilização de sinalização que alertasse para a existência de águas-vivas, como por exemplo a criação de uma bandeira nova, à semelhança do que já acontece noutros países como a Austrália: “Poderia pensar-se numa nova bandeira que se hasteasse em conjunto com as outras, talvez com alguma indicação gráfica da presença de águas vivas”, sugere a investigadora.

O objectivo é impedir que turistas, que desconhecem o mar dos Açores e os potenciais perigos destes organismos, se firam com o contacto com as águas-vivas. Outra sugestão é que as placas informativas existentes nas zonas balneares deveriam ter informação sobre os perigos das águas-vivas e os primeiros socorros em caso de contacto.

As águas-vivas costumam aparecer nas zonas balneares quando a temperatura da água do mar começa a subir e o vento está de sul, no entanto este ano tem-se verificado que mesmo sem estarem reunidas estas condições estes organismos têm surgido na costa. As águas-vivas são perigosas para os banhistas porque estes organismos possuem uma neurotoxina nos tentáculos - que podem ter seis a sete vezes o tamanho do organismo e nem sempre se veem muito bem porque são muito longos e praticamente invisíveis - que em contacto com a pele causam uma dermatite.

Por vezes surgem também junto à costa caravelas portuguesas que são organismos considerados ainda mais perigosos dada a maior toxicidade da neurotoxina que produzem e o facto de os seus tentáculos serem significativamente maiores. Assim mesmo quando a parte aérea da caravela está afastada, os tentáculos alastram-se por vários metros.

Em caso de contacto com águas-vivas deve-se lavar a zona abundantemente com água salgada e em seguida usar um anti-histamínico. Em zonas balneares vigiadas os nadadores–salvadores possuem kits de emergência para ajudar os banhistas nestas situações. As pessoas mais sensíveis devem deslocar-se ao hospital para tratamento médico. Um outro conselho a ter em conta é que nunca se deve tocar directamente na pele de uma pessoa que tenha acabado de tocar numa água-viva ou caravela porque por vezes parte do tentáculo ou do veneno ainda está presente podendo haver transferência. Do mesmo modo que mesmo mortos estes organismos continuam a possuir a neurotoxina, daí que não se deva tocar neles.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Atlântida será(?) vendido em concurso


É uma dívida que cresce mais de três milhões de euros por ano pagos pelos contribuintes. O navio Atlântida - o mais polémico ferry em Portugal - está parado há quatro anos à espera de comprador, depois da desistência do negócio assinado por duas empresas públicas: os Estaleiros Navais de Viana do Castelo e a AtlânticoLine dos Açores. Os prejuízos globais aproximam-se dos 70 milhões de euros. O Governo da República já anunciou que vai vender o navio até ao final do ano, em concurso internacional.

Notícia: SIC Notícias.
Entretanto, o PSD/Açores defende a reorganização do sistema de transportes nas ilhas de coesão, apontando para as "grandes dificuldades" sentidas pelos seus habitantes ao nível das ligações marítimas, mas também nas aéreas.

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cana-roca poderá substituir o plástico

Para poder manter as alterações climáticas sob controlo, a Europa deve tornar-se uma sociedade com baixo teor de carbono, isto é, com emissões reduzidas de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa. Essa transição criará novos empregos no domínio ambiental e trará ainda outras vantagens, nomeadamente faturas de eletricidade mais baratas, casas confortáveis e modernas, um ar mais limpo e melhores transportes públicos.

Esta campanha visa dar a conhecer as soluções e as boas práticas aplicadas pelos cidadãos, empresas e entidades públicas em toda a União Europeia em cinco áreas: viagens e transportes; produção e inovação; construção e habitação; compras e alimentação; reutilização e reciclagem.

No sítio Web e na página do Facebook da campanha qualquer um pode debater com outros europeus, nomeadamente com a comissária europeia responsável pela acção climática, Connie Hedegaard, o futuro de uma Europa com baixo teor de carbono.

Consultando o sítio pode saber o que acontece perto de si ou partilhar iniciativas. Imbuído deste espírito, Roberto Amorim decidiu colocar dois projectos ambientais açorianos a concurso. “Achas bem” e “Conteira amiga” são os únicos dois concorrentes açorianos, entre 13 portugueses e 269 a nível internacional. O seu mentor apenas pede que todos, açorianos e não só, adiram à campanha e votem nos seus projectos diariamente, “num acto de cidadania, de forma a que todos percebam as potencialidades dos projectos e os divulguem”.


Projecto “Conteira amiga”

Transformar folhas de conteira (Hedychium gardneranum, uma planta invasora também conhecida como cana-roca) numa consistência suficientemente rígida (que pode substituir plásticos, esferovites e espumas de polipropileno) para combater o consumo em massa de plásticos em todo o Mundo. Esta transformação da conteira, após o revestimento e proteção com resina biodegradável, pode produzir vasos de flores, copos, pratos, embalagens diversas, bases, banheiras, paletes para ovos, ninhos de aves, cestos de lixo para escritórios, etc.

O projecto “Conteira amiga” pretende substituir - por razões óbvias de natureza ambiental - os plásticos, polipropileno, esferovites e espumas compostos de base nos artigos já mencionados. A matéria prima/composição proposta no projeto é quase inesgotável e biodegradável. A vantagem concorrencial do projecto é sustentada no aproveitamento da espécie, planta infestante e desaproveitada, existente em grande abundância e elevadas quantidades nas ilhas dos Açores. O aproveitamento e utilização de uma espécie biodegradável, os reduzidos custos de produção, associados à crescente procura e consumo nos artigos que se propõe transformar, são factores de sucesso deste projecto. É único - penso que seja - não conheço nenhum outro igual.

É inimaginável/incalculável a dimensão/grandeza deste projecto na contribuição ambiental da Humanidade pela eliminação da cadeia de consumo, a retirada dos plásticos, polipropileno, esferovites e espumas compostas. Quem beneficia com o projecto é a Humanidade, são as gerações vindouras. Como(?) é evidente...

Apenas, e até à data, houve resultados experimentais. Recentemente foi estabelecido um contacto com o departamento de Ciências, Tecnologias e Desenvolvimento – DCTD - da Universidade dos Açores, que demonstrou de imediato total interesse e disponibilidade para desenvolver os estudos necessários ao crescimento no respeitante ao suporte cientifico da ideia/projecto.

Há a percepção e antevisão que o projecto é sustentável, especialmente no que concerne aos desejos e necessidades dos outros - gerações vindouras. Acredito ser possível!


Projecto “Achas bem”

Produzir gravetos e troncos para uso como combustível alternativo à madeira em fogões de aquecimento e lareiras em casas. Acendedores bem como os troncos são o resultado de uma prensagem e secagem do material orgânico (estrume de vacas e cavalos). A mistura enriquecida é derivada desta e combinada com o material resinoso esmagado como cones de bolotas de eucalipto, criptoméria seca, de folhas de louro, faia, incenso, etc.

O projecto “Achas bem” pretende, entre muitos outros, reduzir ao mínimo a utilização de matéria combustível - derivados do petróleo e madeira - consumidos desmesuradamente no aquecimento de moradias. A vantagem concorrencial do projecto é sustentada no aproveitamento de matéria orgânica desaproveitada, produzida em elevadas quantidades pelas vacas, cavalos e outros animais. O reaproveitamento e reutilização, os reduzidos custos de produção associados às crescentes necessidades de aquecimento das habitações ao nível mundial são factores de sucesso deste projecto, são soluções. É único - penso que seja - porque não conheço nenhum que utilize a matéria orgânica na consolidação/liga com matéria seca, para obter o objectivo pretendido.

Podemos, num curtíssimo espaço de tempo, e no respeitante a aquecimento, reduzir drasticamente a utilização de madeiras, bem como outros produtos ou matérias similares. Quem beneficia com o projecto - principalmente - são as gerações vindouras. Como(?) é evidente...

Foram apresentados 269 projectos com baixas emissões de carbono. 269 iniciativas que contribuem para que um mundo que nos agrada com um clima de que gostamos se torne uma realidade. Qual é o seu favorito? Vote agora!


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

domingo, 14 de julho de 2013

Já lá vão dez anos de «Fórum»...

  • 2.922 textos publicados
  • Incontáveis comentários d@s leitor@s
  • 723.365 visitas
  • 1.097.821 páginas vistas (mais de um milhão!)
Assim têm sido o(s) «Fórum ilha das Flores»...
Saudações florentinas!!

sábado, 13 de julho de 2013

Melhorar interação dos serviços de saúde

O secretário regional da Saúde comprometeu-se a desenvolver diligências no sentido de optimizar a interação dos serviços de saúde da ilha das Flores com as unidades hospitalares [existentes nas ilhas "maiores"], no que se refere à marcação de consultas, deslocação de especialistas e evacuações aéreas.

Na reunião realizada com o Conselho de Ilha, Luís Cabral registou o parecer favorável deste órgão relativamente às soluções preconizadas para a ilha das Flores na proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde.

Os membros do Conselho de Ilha, propõem, no entanto, a melhoria de alguns aspectos dos serviços e da relação com os hospitais, além de pedirem que não exista um hospital de referência, de modo a que os utentes possam escolher a unidade onde mais fácil ou mais rapidamente possam ser atendidos. Luís Cabral considerou ser possível atender a essa pretensão, de resto consagrada na metodologia preconizada na proposta de reestruturação do sector que está em discussão pública relativamente à complementaridade entre as diversas unidades hospitalares.


Notícia: jornal «Açores 9» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Inauguração da nova loja da Cooperativa

abriu na Rua de São João, em Ponta Delgada, o posto de venda da Cooperativa Ocidental, o primeiro fora da ilha das Flores.

Ali podem ser adquiridos lacticínios da ilha das Flores, como iogurtes (natural, açucarado, meio gordo, aromas de amora, morango, banana e manga), iogurtes líquidos, manteiga, queijo fresco e diferentes tipos de queijo curado (queijo ilha, prato, pouco gordo, tradicional, barra, curado e aromatizado de alho e salsa).

A inauguração decorreu ontem e contou com a presença de inúmeros florentinos residentes em São Miguel, bem como familiares, amigos e demais curiosos que por ali passaram para saborear os produtos da ilha das Flores e também para adquirir alguns dos produtos comercializados naquele novo espaço.

Uma aposta na diferença e na qualidade por parte do responsável da Cooperativa Ocidental, Vitorino Azevedo, que pretende mudar a política empresarial da UniFlores, apostando em novos mercados e novos consumidores dos sabores florentinos, neste caso a oriente do arquipélago.


Notícia: blogue da Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF).
Entretanto foi assinado um protocolo entre a Cooperativa Ocidental e a Associação Amigos da ilha das Flores, passando os associados da AAiF a usufruir de descontos na loja da Cooperativa em Ponta Delgada.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Estrangeiros a viver na ilha das Flores


São vários os estrangeiros que escolheram a ilha das Flores para viver. Não procuram trabalho ou benefícios materiais, mas sim o sossego e a beleza desta ilha do grupo ocidental açoriano. A vida dos estrangeiros nas Flores e a sua integração na comunidade local é o tema deste episódio do programa «Em Foco», da RTP Açores, apresentado pela jornalista Marta Silva.

Notícia: programa «Em Foco», emitido a 9 de Julho de 2013.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Nossas lixeiras ainda não foram seladas

As fotografias são de hoje e muito esclarecedoras em vários aspectos:

- o lixo depositado nesta lixeira aumentou em mais de 200%

- agravou-se muito a “qualidade” do lixo ali depositado, sendo mesmo visível os óleos queimados escorrendo no terreno;

- a “cancela” basculante [de entrada neste espaço] está aberta, não obstante haver um cadeado;

- confirma-se que este sítio/lixeira a céu aberto tem algum interesse para alguém, visto que esta é uma propriedade PÚBLICA e nada foi feito para pôr cobro a esta alarmante, degradante, intolerável e deplorável situação!

- como este sítio só tem um acesso (exactamente o que está aberto a tudo/todos) e sendo este lugar propriedade do Estado, porque ainda não foi selada esta lixeira a céu aberto?

Para os menos atentos resta lembrar que, em especial nesta altura do ano, esta estrada é a mais procurada pelas pessoas (em especial os turistas) dada a sua condição de único acesso à zona mais bonita da ilha das Flores... sendo que esta LIXEIRA situa-se a cerca de 10 metros da referida via pública.

Assim continuamos a viver num paraíso, onde a liberdade se cruza com a libertinagem, onde o dever cívico é desconhecido de muita gente. Trata-se neste caso de uma lixeira, um atentado contra a Natureza e a Humanidade, visto esta lixeira a céu aberto estar em plena área do Parque Natural da ilha das Flores que é Reserva da Biosfera desde 26 de Maio de 2009.

Saudações florentinas!!

terça-feira, 9 de julho de 2013

«Ó Zé aperta o Cinto» pel' A Jangada


A Jangada - Grupo de Teatro levou à cena a revista à portuguesa “Ó Zé aperta o Cinto”, mais uma monumental encenação de Joaquim Salvador com dezenas de actores que desfilaram pelo palco com os mais variados desempenhos/papéis mas sempre com o profissionalismo e rigor que já vem sendo hábito, o que torna este grupo um dos melhores do país na sua categoria.

Apesar de serem amadores, este grupo tem provas dadas de um enorme profissionalismo e qualidade. Com actuações na Região e no Continente, A Jangada não põe de lado a hipótese de voos mais altos com saídas além-fronteiras.

Obrigado ao Grupo de Teatro A Jangada, à Luísa Silveira e a todos os que tornaram possíveis estas imagens. Bem-haja a todos e muitos parabéns.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sabores florentinos em São Miguel

A Cooperativa Ocidental abre, na próxima quinta-feira, uma loja de produtos lácteos florentinos na maior cidade açoriana.

A Cooperativa Ocidental vai abrir uma loja em Ponta Delgada, mais precisamente na Rua de São João, na próxima quinta-feira (11 de Julho) pelas 20h30.

A loja terá para venda todos os produtos produzidos na ilha das Flores pela Cooperativa: desde manteiga, queijo fresco e iogurtes aos deliciosos queijos (tradicional, prato, pouco gordo, curado, alho e ervas)... enfim, os deliciosos sabores da ilha das Flores.


Notícia: «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

domingo, 7 de julho de 2013

À conversa com o diácono Luís Alves


Luís Alves vive intensamente a sua vida e o quotidiano da ilha das Flores, em especial da freguesia de Ponta Delgada onde nasceu há 61 anos. Professor, político/autarca, poeta/letrista, músico, actor, homem de família, homem do teatro, catequista durante 35 anos, membro do coro da Igreja de Ponta Delgada e diácono após 5 anos do estudo de teologia, jogador de futebol, dirigente desportivo, director da Casa do Povo local e ainda do Grupo de Folclore da Casa do Povo de Ponta Delgada das Flores.

Luís Alves é tudo isto e muito mais. Para uma pessoa como este senhor, as minhas palavras são dispensáveis. Por isso recomendo que se deliciem com o que ele diz, fala e pensa... os dotes/dons são só para alguns. Este senhor é um desses que eu incansavelmente ouço sempre que tenho possibilidade. Parabéns ao Luís Alves e que por muitas gerações continue a dizer/proclamar aquilo em que acredita e a deliciar aqueles que conseguem captar essa mensagem.

Luís Alves é actualmente um dos três diáconos dos Açores. «Só não posso consagrar a hóstia nem perdoar os pecados, uma vez que sou casado. Meu Deus, eu às vezes não acredito na quantidade de coisas que faço ou já fiz», foram palavras expressas ao jornalista Nuno Ferreira.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sábado, 6 de julho de 2013

Honrar a palavra dada... era antigamente

Com a apresentação [por Paulo Portas] do pedido de demissão [do Governo], que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer.
> Ponto 2 do comunicado de demissão de Paulo Portas

O primeiro-ministro(?) Passos Coelho anunciou hoje que o novo acordo de coligação entre PSD e CDS/PP prevê a subida de Paulo Portas ao cargo de vice-primeiro-ministro, com a responsabilidade da coordenação das políticas económicas, o relacionamento com a troika e a reforma do Estado.
Notícia: "sítio" do CDS/PP

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Apresentação da candidatura autárquica do PSD à Câmara das Lajes: Alice Ramos

A engenheira zootécnica Alice Ramos candidata-se à Câmara Municipal de Lajes das Flores com a missão de manter nas mãos do PSD este mais ocidental município açoriano, ao qual quer imprimir “crescimento social”.

A edilidade de Lajes das Flores é presidida actualmente por João Lourenço, que não se pode recandidatar ao cargo por ter atingido já o limite de mandatos permitido por lei, encabeçando, no entanto, a lista do PSD à Assembleia Municipal das Lajes.

“Sou batalhadora e determinada, acredito que sem trabalho nada se consegue e assumo o compromisso de liderar este concelho rumo ao crescimento social”, afirmou Alice Ramos, ontem à noite, na apresentação da candidatura na Casa do Povo das Lajes.

A candidata do PSD à autarquia lajense prometeu “impor uma voz firme e empenhada, séria e determinada no combate ao desemprego, no apoio à agricultura, às pescas e às empresas, no desenvolvimento turístico e, sobretudo, apostar num gabinete de apoio social”.

“As pessoas são a nossa prioridade”, garantiu, revelando que quer “promover políticas sociais que ajudem os lajenses a ultrapassar este momento difícil”. Alice Ramos disse ainda querer “fomentar o empreendedorismo local, apostar na eficiência e no apoio às populações”. Para a candidata social-democrata “é essencial pensar as Lajes como uma terra com futuro para as próximas gerações. Temos maiores ambições quanto ao futuro dos nossos jovens e, juntos, vamos construir mais”.

A candidata do PSD afirmou, por outro lado, ter “muito orgulho em receber a herança” deixada por João Lourenço, “uma obra de desenvolvimento e de progresso” a que pretende dar continuidade “com uma nova visão, uma nova liderança e uma nova equipa”. “Apostaremos numa autarquia virada para a rentabilização de meios e, para tal, a cooperação entre órgãos do município é indispensável”, explicou, frisando que “um sinal claro dessa intenção é a candidatura do actual presidente da Câmara, João Lourenço, à Assembleia Municipal”, destacou.

Duarte Freitas, presidente do PSD Açores, qualificou Alice Ramos como “dinâmica, lutadora, mulher com garra e jovem”, capaz de prosseguiur “o magnífico trabalho” realizado por João Lourenço.


Notícia: RTP.Notícias.pt, jornal «Açores 9» e revista «Visão».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

«Brumas e Escarpas» #62

Casa com janela sobre o mar

Tia Jerónima sentou-se à janela da sala, apoiando-se com o braço direito, debruçada sobre o peitoril. O Sol há muito que se havia perdido no horizonte mas reinava, ainda, uma claridade, serena, silenciosa e acolhedora. A janela, encravada na empena oeste do minúsculo casebre, abria-se e despejava-se sobre um pequeno e estreito atalho, feito de pedregulhos toscos, emaranhados entre cascalho, desenhado sobre uma rocha a arfar de silvados e vinhedos selvagens, ali mesmo em frente e encavalitada sobre o mar. Descaído sobre o oceano, que se estendia como um enorme tapete azulado e fofo, aquele alcantil que, para além de uns canaviais e uma ou outra figueira ressequida, apenas carregava sobre si a casa de Tia Jerónima, assemelhava-se a uma espécie de trincheira natural, contra a qual, em dias de vendavais e tempestades, o mar se atirava em laivos de raiva e uivos de ganância.

Naquela noite, porém, o mar estava calmo e sereno. Abraçado à intimidade do anoitecer, apenas fazia sentir a sua presença através de uma ou outra pequena onda que, rolando lentamente, se vinha desfazer, num leve e suave murmúrio, junto ao negro areal que o separava do aclive. Uma irrequieta tranquilidade atraente! Um murmúrio de silêncio enternecedor!

Tia Jerónima permanecia, absorta e alheada, sentada à sua janela com vista sobre o mar, com a mão direita sobreposta ao olhar, como que a tapar-lhe as incandescências que o espectro do astro-rei, no seu ocaso, deixara desenhadas no horizonte em traços amarelos, alaranjados, vermelhos e violetas. Mais além, mas muito longe, um crepúsculo emaranhado crescia muito lentamente e parecia tornar-se madrugada, cobrindo uma enorme cidade, de casas altíssimas, comboios, “mexins”, vapores e soldados, atravessada por rios da cor da esperança.

Sentada à janela, com o braço esquerdo debruçado sobre o peitoril e com a mão direita sobre o olhar, a aclarar-lhe incandescências ofuscadas, tia Jerónima via as casas a erguerem-se ao céu, o burburinho das ruas atafulhadas de pessoas, o fumo que se elevava das fábricas, os comboios que passavam a correr, os rios a deslizarem com suavidade, os barcos a perderem-se no horizonte, os homens a arfarem cansaço e os soldados a partirem para a guerra. No ar surgiam pássaros de espuma e nos rios navegavam barcos de papel, cor de laranja, carregados de lágrimas e soluços. Depois a cidade adormecia, as casas fechavam as janelas, forravam-nas de madeira, vestiam-se de escuro e dos telhados saíam rolos de fumo, negro e estilizado. A cidade adormecida era como se fosse uma grande fábrica, uma espécie de fóssil industrial que homens, sonolentos e com bonés de veludo, enfiados até às orelhas, nas manhãs escuras e friorentas, procuravam com avidez, engolindo-o como se fosse um chocolate gigante. Depois transformava-se numa labareda de fumo aguerrida e devoradora e regressava à florescência do casario que, agora, sobressaía mais tenazmente, tornando o universo esverdeado e salpicado de manchas brancas. E os homens, transformados em pastores, agarravam, com uma ganância desusada, aquelas manchas, enchendo-as dentro de sacos, carregando-os às costas como se fossem rolos de lã ou de linho. E a tia Jerónima, sentada à janela da sua casa, também deslizava naquele universo como se fosse uma nuvem de papel, caminhava como se fosse a sombra de uma árvore desfolhada, voava como se fosse um pássaro perdido e sem rumo.

E lá, em frente à casa com janela sobre o mar, a noite crescia desalmadamente, tornava-se completamente escura, sem Lua e com as estrelas muito tímidas e miudinhas. Mas a tia Jerónima permanecia sentada à sua janela, com o braço esquerdo debruçado sobre o peitoril e com a mão direita a anafar o silêncio da noite, a açular-lhe sonolências perdidas, a acariciar os sabores do escuro, emaranhada em sonhos, ora de encanto e alegria ora de dor e sofrimento. Depois, quebrando um silêncio torturador, tia Jerónima soluçava e estremecia, imaginando o suplicar dos braços agonizantes de alguém que desaparecera, com o Sol, lá no outro lado do Mundo.

E lá pela noite dentro, já quase madrugada, tia Jerónima acordou estrebuchada. Fechou a janela que ficava sobre mar e, na claridade tímida duma vela colocada à cabeceira da sua cama, rezou, como fazia todos os dias, uma oração crente e purificadora, por alma do seu António que a “Calafónia”, fatalmente, nunca lhe devolvera.


Carlos Fagundes

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sopas no Lar de Idosos das Lajes


Por iniciativa de duas funcionárias e logo com o apoio de todos/as colegas e em especial da Direcção da instituição, foi organizada uma comemoração ao Divino Espírito Santo, que por estas paragens é conhecida como Sopas do Espírito Santo.

E se assim o pensaram, melhor o fizeram... nos passados dias 15 e 16 de Junho foi um tal organizar e trabalhar para que tal ideia se transformasse num êxito. E foi mesmo o que aconteceu. O testemunho recolhido a muitas pessoas e as imagens são disso a prova. "A união faz a força" assim foi o precedente para uma comunhão de gostos, paladares, cheiros, satisfação, etc.

Obrigado a todos os que tornaram possíveis estas imagens em especial à Direcção da Santa Casa da Misericórdia de Lajes das Flores e todos os colaboradores desta instituição, aos intervenientes e todos os que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que estas imagens fossem possíveis. Agradecimento especial à Luísa pelas fotografias, ajuda e apoio à produção. Bem-haja a todos.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Aumento das alforrecas causa diminuição de peixes... no Mediterrâneo e Mar Negro

O aumento acentuado das populações de alforrecas, devido à sobrepesca, pode ser uma das razões para a redução das populações de peixes observada nos mares Mediterrâneo e Negro, segundo relatório da FAO.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a sobrepesca, que elimina os principais predadores das alforrecas, é um dos factores responsáveis pela proliferação destes animais, ou pelo aumento repentino do seu número.

Pode seguir-se um “ciclo vicioso”, no qual um grande número de alforrecas se alimenta de larvas de peixe e de juvenis, “reduzindo ainda mais a resiliência das populações de peixe, já afetadas pela sobrepesca”, segundo o relatório da Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo (da FAO). A alforreca “pode ser a gota de água que fez transbordar o copo”, referiu o relatório intitulado «Estudo da Proliferação de Alforrecas no Mar Mediterrâneo e no Mar Negro».

Os efeitos graves que as alforrecas podem ter nas populações de peixes foram demonstrados no início dos anos 1980, quando a mnemiopsis leidyi, uma espécie de alforreca normalmente do Oceano Atlântico, foi acidentalmente introduzida no Mar Negro e teve um impacto “devastador” nas populações de peixe e nas pescas. O problema só foi resolvido depois de outra espécie invasora, a beroe ovate, que se alimenta das mnemiopsis, ter sido introduzida no Mar Negro.

A alforreca tornou-se agora persistentemente abundante em quase todos os oceanos do Mundo, levando alguns especialistas a falar numa “mudança no regime global, de oceano de peixes para oceano de alforrecas”. Entre outros factores para o aumento da espécie nos oceanos estão o aquecimento global, a eutrofização, que aumenta os nutrientes na água, e o uso generalizado de paredões para evitar a erosão costeira e o grande número de portos turísticos, que são os habitats ideais para as alforrecas.

As medidas defendidas para evitar ou lidar com a proliferação de alforrecas incluem a incorporação desta espécie na investigação sobre as pescas, desenvolver produtos à base de alforreca para a alimentação (que já ocorre em países asiáticos) e medicamentos (para o rejuvenescimento humano), estabelecer sistemas de alerta rápido sobre a proliferação, tomar medidas para reduzir a sobrepesca e as emissões de gás com efeito estufa, que causam a eutrofização.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e SIC Notícias.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Quarto Encontro de Violas Açorianas


Uma vez mais o Grupo de Violas Açorianas esteve reunido para o seu concerto em prol da música açoriana, da viola da terra e de uma herança que a todos nós diz respeito... o património cultural imaterial/intangível dos Açores.

Integrado nas festas Sanjoaninas 2013 na ilha Terceira, o auditório do Teatro Alpendre foi o lugar escolhido. Perante um público atento ao desenrolar do programa musical, num silêncio absoluto que levou a bom porto o concerto que decorreu com a tranquilidade e o reavivar de memórias que só com uma grande cumplicidade entre público e músicos se torna possível. A todos os músicos envolvidos, muitos parabéns. Ao público, obrigado.

Agradecimento especial à organização, comunicação social, Grupo de Teatro Alpendre, Luísa Silveira pela captação das imagens e ajuda à produção e todas as pessoas que tornaram possível este IV Encontro de Violas Açorianas, que afinal é de todos e para todos.

O Grupo de Violas Açorianas conta com Rafael Carvalho (de São Miguel), Lázaro Silva (da Terceira), Orlando Martins (do Pico), José Agostinho Serpa (das Flores) e António Reis (da Graciosa).


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!