sábado, 28 de fevereiro de 2015

Workshop de teatro no Museu das Lajes

Na próxima segunda-feira (dia 2) realiza-se no Museu municipal das Lajes o workshop de teatro “Queres ser feliz?”, aberto a todas as mentes criativas.

Este momento formativo tem início com uma apresentação de Terry Costa, o diretor artístico da MiratecArts e fundador do festival Azores Fringe, evento cultural internacionalmente reconhecido, tendo como principal objetivo a promoção das artes performativas e do teatro no concelho das Lajes.

Este workshop de valorização das artes no geral, e do teatro em particular, surge no âmbito das comemorações dos 500 anos do concelho das Lajes, uma vez que se pretende desenvolver um trabalho com especial foco na vertente cultural do concelho.

O teatro e as artes performativas tiveram, no passado, grande importância nas Lajes e é de salientar o trabalho de continuidade que tem sido feito por algumas coletividades, como o Clube Naval das Lajes, ao fazer subir a palco peças de teatro com alguma frequência aquando da organização de eventos públicos.

A realização de atividades de formação como este workshop permitirá aprofundar conhecimentos e adquirir mais competências para que a valorização do teatro, das artes e, em última instância, da cultura, seja uma realidade nas Lajes.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Selagem e recuperação paisagística das lixeiras nas ilhas Reserva da Biosfera

O secretário regional da Agricultura e Ambiente adiantou que se iniciam no próximo mês “as empreitadas de selagem das lixeiras das Flores e da Graciosa, estando previsto começar ainda este ano a selagem dos aterros de Santa Maria e do Corvo”.

“As opções políticas tomadas pelo Governo Regional em matéria de gestão dos resíduos apontam para que a deposição de resíduos em aterro seja reduzida ao mínimo indispensável e que os atuais locais de deposição (lixeiras e aterros) sejam objeto de intervenções de selagem e recuperação paisagística”, afirmou Luís Neto Viveiros.

Para o titular da pasta do Ambiente, “este é um momento de viragem, em que somos protagonistas de uma mudança profunda, ao implementarmos uma das mais importantes reformas estruturais alguma vez feita nos Açores, e é com esta ambição transformadora que continuaremos a trilhar o caminho da sustentabilidade”.

Este é o caminho, afirmou Neto Viveiros, “que fará com que, em 2020, os Açores preparem para a reutilização e reciclagem, pelo menos, 50% dos resíduos urbanos, incluindo papel, cartão, plástico, vidro, metal, madeira e resíduos biodegradáveis”, acrescentando que “a quantidade de resíduos urbanos biodegradáveis destinados a aterro será reduzida para 33%”.

O secretário regional referiu ainda, a título de exemplo, que os Centros de Processamentos de Resíduos das Flores e da Graciosa já encaminham para valorização mais de 85% dos resíduos urbanos recebidos.


Notícia: «Jornal Diário», rádio Atlântida e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Retiro espiritual do clero florentino

Realiza-se de 2 a 6 de Março e será orientado por Cipriano Pacheco, vigário episcopal para São Miguel.

A Diocese de Angra anunciou a realização de um turno de retiro “extraordinário” na ilha das Flores, que será orientado pelo padre Cipriano Pacheco, vigário episcopal para a ilha de São Miguel.

O retiro espiritual vai ter lugar na Aldeia da Cuada, “um sítio recatado que proporcionará o silêncio necessário à vivência própria de um retiro”, informou o porta-voz da Diocese.

Neste retiro participarão para já os três sacerdotes da ilha das Flores, os padres Davide Barcelos (ouvidor), Ruben Sousa e José Alves Trigueiro, bem como os dois diáconos, Luís Alves e Eurico Caetano. De resto, este retiro espiritual pelas suas especificidades servirá já de retiro preparatório com vista à ordenação sacerdotal de Eurico Caetano, que acontecerá no próximo mês de Abril em São Miguel.

Embora o processo ainda não esteja concluído, tudo indica que o diácono Eurico Caetano, professor de Educação Moral e Religiosa Católica na ilha das Flores, onde foi colocado depois da ordenação diaconal em Agosto passado, não esperará pela ordenação de Pedro Aguiar, diácono desde 8 de Dezembro, prevista para o Verão na ilha do Pico.

O retiro extraordinário do clero na ilha das Flores está, no entanto, aberto a outros sacerdotes.


Notícia: jornal «Correio dos Açores» e portal Igreja Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Apoio à deslocação de doentes vai passar a depender do IRS do agregado familiar

Vasco Cordeiro disse que o novo modelo de apoio a doentes deslocados, dentro da Região e para fora do arquipélago, deverá ser publicado dentro de duas semanas e introduzirá "mais justiça".

“Estamos a concluir aquele que é o novo modelo de apoio à deslocação de doentes e que além de diferenças significativas na sua filosofia e metodologia, no fundo visa apoiar mais quem mais precisa”, afirmou Vasco Cordeiro.

O presidente do Governo Regional prevê que o novo modelo seja publicado dentro de duas semanas no Jornal Oficial da Região, tendo ainda revelado que será aumentado o apoio dado aos doentes e que o modelo deixa de ter por base o número de dias de deslocação para [passar a] ter em conta os rendimentos do agregado familiar.

“Por exemplo, no modelo atual, um açoriano que necessite de se deslocar da sua ilha ou para fora da nossa Região para cuidados médicos de saúde, se essa deslocação for até 30 dias, tem um apoio na ordem dos 20 euros [diários]. De acordo com o novo modelo, o primeiro escalão permitirá um apoio diário à volta de 45 euros”, disse Vasco Cordeiro, reconhecendo tratar-se de “um investimento significativo”.

Segundo explicou Vasco Cordeiro, o novo modelo procura introduzir “mais justiça” e passa o apoio a ser dado em função dos rendimentos dos doentes e do seu agregado familiar.

Questionado sobre o apoio dado aos acompanhantes, o presidente do Governo Regional afirmou que no caso do primeiro escalão, o apoio mantém-se “mais ou menos como é atualmente”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Pequenas filarmónicas estão em risco

O Governo Regional aprovou (em Novembro) o Programa regional de apoio às Sociedades Recreativas e Filarmónicas dos Açores, que conta este ano com um montante de 150 mil euros. Em 2016 esse valor será de 200 mil euros.

As entidades candidatas a estes apoios devem, conforme estipula o despacho da Secretaria regional da Educação e Cultura, cumprir cumulativamente os requisitos de possuir sede nos Açores e ter a situação contributiva regularizada perante a Segurança Social e a Administração Fiscal, bem como junto da entidade que atribui o subsídio.

Com 102 filarmónicas, os Açores são a região do país com mais bandas per capita, que mantêm viva uma tradição que remonta ao século XIX e que, com as suas escolas de música, desempenham uma função cultural e social de importância unanimemente reconhecida.

As filarmónicas dos Açores têm até 16 de Março para se candidatarem aos apoios públicos regionais relativos a 2015.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Nova peça d' A Jangada: «A Promessa»

A partir do texto de Bernardo Santareno, A Jangada - Grupo de Teatro apresenta nos próximos dias 27 e 28 de Fevereiro, 6 e 7 de Março, a peça "A Promessa" no auditório do Museu Municipal de Santa Cruz das Flores.

Um espetáculo com direção artística de Joaquim Salvador e actuações principais de Sónia Silva, Domingos Fontoura e Lília Silva, esta nova peça do Grupo de Teatro A Jangada conta ainda com as participações de Alexandre Sousa, António Lopes, Bruno Grilo, Cristina Carvalho, Cristina Ribeiro, Daniela Nóia, Dora Valadão, Eduardo Russo, João Quaresma, José Gabriel, Luísa Borges, Lurdes Caldeira, Mário Ferreira, Nídia Mendonça, Sílvia Nobre e William Braga.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

«Brumas e Escarpas» #85

Os estaleiros da Fajã Grande

Nos anos cinquenta, a Fajã Grande era terra de produção de muito milho, uma vez que este era praticamente o único cereal cultivado em todos os campos da freguesia e estava na base da alimentação de pessoas e animais. Semeava-se milho em todas as terras de cultivo que rodeavam as casas, quer nas que ficavam junto ao mar quer nas do interior e ainda em muitas outras, junto das relvas ou encravadas entre as terras de mato, algumas já bastante distantes das casas. Houve inclusivamente, em anos anteriores, quem semeasse milho no Mato, substituindo a erva das pastagens pela cultura deste cereal. Era pois enorme a quantidade de milho produzido em toda a freguesia. A sua guarda e arrumo, de maneira que se conservasse e mantivesse em excelente qualidade ao longo do ano, afastado dos ratos e protegido do gorgulho, era um problema que urgia solucionar da forma mais prática e eficiente.

Na Fajã nunca foi costume secar o milho no forno, depois de o apanhar para de seguida o debulhar e, então, guardá-lo em recipiente adequado, dentro de casa. Este costume, vulgar em muitas outras localidades açorianas, na Fajã Grande era praticado muito raramente e apenas quando faltava o milho armazenado do ano anterior e o do ano em curso ainda estava verde e, consequentemente, incapaz de ser moído. Assim a maior parte do milho produzido em toda a freguesia era guardado ao ar livre e com a casca, para o que se construíam os estaleiros, onde se penduravam as maçarocas, presas e amarradas em cambulhões de forma organizada. Os cambulhões eram conjuntos de maçarocas revestidas com a casca, presas umas às outras por uma fita retirada de uma das folhas, devidamente torcidas e amarradas conjuntamente nas extremidades com um fio de espadana.

Na Fajã Grande construíam-se três tipos de estaleiros, cada qual deles no entanto com mais do que uma variante.

Os estaleiros mais pequenos e mais fáceis de construir eram uma espécie de grade, feita com dois, três ou quatro paus de lenha com várias tiras de madeira pregadas. A sua construção era simples. Os paus eram colocados paralelos uns aos outros e equidistantes e de seguida neles se pregavam as ripas ou tiras de madeira - às vezes até eram utilizadas canas, porque eram mais fáceis de obter - formando uma espécie de grade, deixando, no entanto, numa das extremidades um espaço de cerca de um metro livre de tiras, sendo esta a parte que assentava no chão e servia de pés. Estes estaleiros eram encostados às empenas das casas e neles se iam pendurando os cambulhões. Para que os ratos não subissem pelos paus até às maçarocas, em cada um deles, logo abaixo das tiras, era enfiada um pedaço de lata velha, devidamente furada e presa de modo a não cair. Se fosse necessário, podia aumentar-se a capacidade destes estaleiros, juntando-se-lhes conjuntos de dois, três ou mais paus e que eram encostados ao lado dos primeiros.

Uma segunda modalidade era o estaleiro chamado de “pé de cabra”. A sua construção também era simples, mas com maior grau de dificuldade do que os anteriores. Para a sua construção eram precisos quatro paus do mesmo tamanho e taliscas de madeira. Os paus eram amarrados conjuntamente na extremidade mais delgada, sendo depois abertos de forma a afastar as extremidades opostas, simulando uma espécie de pirâmide, em que estas partes serviriam de pés e que seriam enterrados profundamente na terra, de forma ao estaleiro resistir a ventos e temporais. Depois eram pregadas as taliscas de madeira nas diversas faces da pirâmide, a fim de nelas se pendurarem os cambulhões. Para proteger o milho dos ratos utilizava-se uma estratégia igual às dos estaleiros anteriores. Uma variante deste estaleiro era a construção de um igual em tudo, mas apenas com três pés, o que reduzia, significativamente, a capacidade de armazenar o milho.

Finalmente havia um terceiro tipo de estaleiro mais utilizado, com maior capacidade e de mais difícil construção. Era o estaleiro tradicional, constituído por uma estrutura de madeira assente sobre quatro ou seis pegões de cimento, muito lisos e cimentados, para evitar a subida dos ratos. Por sua vez a estrutura de madeira que se encastoava em cima dos pegões tinha a forma do telhado duma casa, mas muito mais inclinada. Um conjunto de barrotes eram ligados a uma trolha pela parte superior e pregadas numa base rectangular. Apenas nas faces laterais eram pregadas as tiras onde se penduravam os cambulhões, sendo que as faces das extremidades ficavam livres para a circulação do ar. No interior do estaleiro e paralelas à trolha superior, geralmente eram pregados barrotes com tiras ou taliscas onde eram pendurados os cambulhões com as maçarocas descascadas, que eram em pequena quantidade, uma vez que resultavam apenas das maçarocas cuja casca era menos resistente ou que menos protegia os grãos. Uma segunda variante deste estaleiro, embora menos utilizada, era diferenciada apenas na estrutura de madeira e na disposição dos pés que eram apenas quatro e dispondo-se sempre em forma de quadrado. A estrutura de madeira que assentava sobre eles tinha a forma de um cubo, aberto na base e na face superior, sendo as ripas pregadas nas quatro faces restantes. Esta variante de estaleiros era de mais simples e fácil construção e julgando-se, por isso mesmo, que representariam um modelo mais ancestral e primitivo do verdadeiro e tradicional estaleiro fajãgrandense.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Fundos €uropeus modernizam agricultura

O Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores até 2020 (ProRural+) foi já aprovado pela Comissão Europeia e tem como principal objetivo aumentar a sustentabilidade do setor agroflorestal no arquipélago.

"O principal objetivo é melhorar a sustentabilidade do setor agroflorestal através do aumento da competitividade da produção agrícola local, reforçando ao mesmo tempo a preservação e recuperação ambiental e das paisagens tradicionais", afirma a Comissão Europeia.

Através do ProRural+, os Açores pretendem apoiar a modernização e reestruturação de cerca de mil explorações agrícolas (7% do total que existe na Região), proporcionar formação a 1.700 pessoas e promover a renovação geracional dos produtores através do apoio a 187 jovens agricultores.

Por outro lado, e no âmbito da gestão de recursos naturais, a Região quer melhorar a utilização dos solos e/ou prevenir a sua erosão, pretendendo o ProRural+ abranger 70 mil hectares com esse objetivo.

A promoção da competitividade do setor agrícola absorve 44% dos fundos do ProRural+, enquanto outros 44% estão destinados à recuperação, preservação e melhoria dos ecossistemas relacionados com a agricultura e as florestas.

Neste último caso, os fundos comunitários serão preferencialmente destinados a compensar os agricultores açorianos dos custos adicionais associados à produção regional, por causa das especificidades naturais da Região, assim como a apoiar investimentos florestais considerados amigos do ambiente. Assim, o ProRural+ pretende abranger 23% da área agrícola dos Açores com apoios à biodiversidade, 23% com ajudas à gestão da água e 58% com apoios à gestão de solos.

O ProRural+, relativo ao período de programação orçamental europeu até ao ano 2020, soma 295 milhões de euros do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural e mais 45 milhões de verbas nacionais e regionais, ou seja, uma dotação global de 340 milhões de euros.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
De referir, ainda, que a Segurança Social trava negócios na lavoura dos Açores, pois os elevados descontos que os lavradores são obrigados a fazer para a Segurança Social estão a levar os jovens a não quererem seguir a profissão. Consequência disso, nos Açores o mercado de transação de lavouras está paralisado.

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

À conversa com Carlos Toste Mendes

Existem certas pessoas que falar sobre elas é muito difícil, pelas mais variadas razões... Existem outras, que pelo seu trabalho e vida pública, está tudo dito/conhecido.

Na ilha das Flores existem algumas pessoas que se encaixam em qualquer um dos perfis acima referidos. Costa Ocidental apresenta este trabalho sobre um jovem florentino que escolheu o Mundo para viver. Mas, como dizia antes, é difícil falar sobre ele, por isso não arrisco qualquer afirmação ou definição, podendo cometer algum erro ou omitir algo de fantástica grandeza.

Assim, e para ficar a saber quase tudo, nada melhor que ver e ouvir esta entrevista conduzida por Gabriela Silva, aliás a quem agradeço profundamente pela disponibilidade e grande profissionalismo que tem colocado em prol desta iniciativa.

Obrigado ao Carlos Mendes pela partilha pública de um pouco da sua vida.

Obrigado à Luísa Silveira pela imprescindível ajuda/colaboração.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Quinhentos anos de concelho nas Lajes

Em 2015 o concelho de Lajes das Flores comemora cinco séculos da sua fundação. A Câmara Municipal das Lajes realiza no próximo sábado (dia 21), pelas 20 horas no Museu Municipal, uma sessão solene que assinala o início das comemorações desta efeméride. Estão a decorrer igualmente este ano as comemorações dos 500 anos da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, pelo que as celebrações destas importantes datas serão efetuadas em conjunto.

A sessão de abertura iniciar-se-á com a saudação de boas vindas pelo presidente da Câmara Municipal, seguindo-se a intervenção do Ouvidor da ilha das Flores, padre Davide Barcelos. À cerimónia seguir-se-á um concerto com a atuação de Carla Seixas, José Corvelo e Larissa Savchenko.

As comemorações estendem-se ao longo do ano com um conjunto de eventos a serem realizados envolvendo diversas entidades, organizações e coletividades do concelho das Lajes, dignos desta importante efeméride e que permitam prestigiar o Município, estando toda a população convidada a participar nos diferentes momentos que aconteçam nesta celebração.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Carnaval 2015: Dança das Lajes

Todas as tradições têm algo em comum, a sabedoria e conhecimento popular. Dependendo da sociedade onde estão inseridas, as populações tentam preservar esses conhecimentos que, por vezes, têm origens seculares. Os Açores não são excepção e na sua sociedade existem enraizados certos usos e costumes que, com maior ou menor relevância, têm vindo a ser preservados ao longo de gerações. Existem alguns momentos altos e de irrefutável relevância na cultura açoriana, nomeadamente o Carnaval, o Espírito Santo e as festas emblemáticas.

Desta feita, Costa Ocidental registou mais um evento realizado na ilha das Flores: uma dança de Carnaval intitulada “Dança das Estrelas”, com coreografia e alguns temas musicais da autoria do jovem florentino André Santos Serpa (com apenas 17 anos). Como é referido pelo próprio, este é o concretizar de um sonho que já conta com alguns anos. A maturidade em tudo é eloquente, mesmo assim este trabalho é apresentado ao público florentino com um bom nível de qualidade em vários aspectos.

Resta deixar os agradecimentos a todo o grupo, em especial ao André Serpa, pela devida autorização e disponibilidade para que este trabalho fosse possível. A todas as pessoas que tornaram possíveis estas imagens, em especial à direcção do salão da Casa do Povo da Fajã Grande, onde foram captadas estas imagens. À Luísa Silveira, sempre incansável na sua imprescindível ajuda na fotografia e vídeo, bem como na produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Fibrocimento gera queixa à Europa

Grupo de cidadãos vai avançar com uma queixa para o Tribunal de Justiça da União Europeia, devido à presença de amianto nas coberturas dos edifícios escolares nos Açores.

O grupo de cidadãos considera que o surgimento nos últimos tempos de vários casos de cancro na Escola Canto da Maia (na ilha de São Miguel) está relacionado com a exposição ao amianto. Numa comunicação enviada à Secretaria Regional da Educação, os cidadãos criticam a atitude do Governo Regional e acusam os responsáveis políticos de cobardia.

Em resposta, o secretário regional da Educação considera que estas acusações são "abusivas" e "irresponsáveis". Avelino Meneses diz que um estudo efetuado em 2014 prova que as coberturas com amianto nas escolas açorianas não representam qualquer risco para a saúde.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Futuras tarifas para voos inter-ilhas: valores não correspondem às expetativas

A partir de 1 de Outubro de 2015, as ligações aéreas entre as ilhas açorianas vão passar a ter uma tarifa máxima de 120 euros para residentes nos Açores.

Uma novidade das novas obrigações do serviço público de transporte aéreo inter-ilhas açorianas será o facto das novas tarifas passarem a incluir já o preço das várias taxas, que são atualmente acrescentadas ao valor da tarifa. As novas tarifas para voos inter-ilhas terão preços a oscilar entre 60 e 120 euros, mas só a partir de Outubro quando entram em vigor as novas obrigações de serviço público.

O preço máximo de 120 euros representa uma redução face às tarifas atuais entre 8 e 25% conforme as ligações, aplicando-se apenas aos residentes nos Açores. Constitui também uma redução de 40 euros face ao valor atual da tarifa máxima inter-ilhas, que é de 160 euros.

As tarifas dos voos inter-ilhas para não residentes nos Açores manter-se-ão aos preços actualmente praticados.

Estas novas obrigações de serviço público para as ligações aéreas entre as ilhas açorianas vão vigorar pelos próximos cinco anos e terão um custo estimado para a Região de 135 milhões de euros.

Ao abrigo das novas obrigações de serviço público não haverá redução de frequências de voos dentro dos Açores e todos os residentes passam a ter a garantia de haver uma ligação no mesmo dia ao exterior da Região quando saem da sua ilha. Isto significa que sempre que há um voo de ou para uma ilha, os residentes têm garantia de chegar no mesmo dia ao Continente ou de fazer a viagem no sentido contrário (sair de Lisboa e chegar nesse dia à sua ilha, por exemplo).


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário Insular» e «Público».
Saudações florentinas!!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Noite de Fados com vozes da nossa terra

Na passada sexta-feira (dia 13) a discoteca Épika, situada na Fazenda de Santa Cruz (nas instalações da antiga On The Rocks), realizou uma noite dedicada ao fado. Não só fado se cantou, tendo sido também interpretadas canções fora desse género musical. Assim, a noite foi preenchida com os artistas locais Armando Meireles, Arménio Carneiro e José Agostinho Serpa.

O serão pautou-se pela serenidade e uma enorme cumplicidade entre os músicos e o público que assistiu ao espetáculo.

Está de parabéns a organização e esperamos por mais eventos deste género, até porque os Açores têm, sem sombra de dúvida, um enorme leque de compositores e letristas de grande importância no panorama cultural nacional e mesmo internacional.

Obrigado a todos os que marcaram presença, bem como à música, compositores e letristas evocados nesta noite, e a todos os demais.


José Agostinho Serpa

sábado, 14 de fevereiro de 2015

8 milhões de toneladas de plástico

Primeiro cálculo global mostra a verdadeira dimensão do problema. Em 2010, oito milhões de toneladas de plástico foram parar aos oceanos.

As "ilhas" de detritos de plástico que desde há quatro ou cinco décadas estão a agigantar-se em alguns pontos dos oceanos, empurradas pelas correntes, são apenas a ponta do "icebergue" de plástico que polui os mares, mas cuja dimensão real era até agora impossível de calcular. Um grupo de investigadores norte-americanos fez novas contas e chegou a um número: cerca de oito milhões de resíduos de plástico foram parar aos oceanos, só em 2010. A tendência é para crescer, e muito.

Oito milhões de toneladas de plástico num só ano "lançadas" ao mar é o equivalente a sete sacos e meio de compras de supermercado a cada meio metro de costa marítima em todos os 192 países costeiros do Mundo - uma imagem nada agradável para um passeio à beira mar.


Notícia: jornal «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

PS chumba redução de impostos

Manuel Pereira, Arlinda Nunes e demais grupo parlamentar socialista rejeitaram a proposta que recomendava ao Governo Regional a descida urgente dos impostos nos Açores.

A bancada socialista na Assembleia Legislativa Regional chumbou uma proposta de resolução do PSD que recomendava ao Governo Regional que reduzisse os impostos no arquipélago.

António Marinho, deputado do PSD, lamentou que os socialistas continuem a adiar a redução de impostos na Região: "Trata-se de uma decisão que vem penalizar os açorianos, que já podiam estar a beneficiar da redução de impostos desde o início do ano e não estão porque o Governo Regional prefere adiar a decisão".

No entender dodeputado social-democrata, o Governo Regional "não avança com a redução dos impostos" para assim poder ficar "indevidamente com o dinheiro dos açorianos". Opinião partilhada por Paulo Estêvão, deputado do PPM, para quem quanto mais tarde o Governo Regional decidir, mais dinheiro poupa.

Zuraida Soares, deputada do Bloco de Esquerda, lamentou, por outro lado, que esta "guerrilha partidária entre PSD e PS" esteja a atrasar a redução de impostos nos Açores, permitida desde o início do ano no âmbito do Orçamento do Estado para 2015.

O Orçamento do Estado para 2015 permite que as Regiões autónomas baixem até 30% as taxas nacionais do IVA, IRS e IRC. O limite máximo desse diferencial fiscal em 2014 foi 20%.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Primeiro paga-se o bilhete, depois (mais tarde) haverá o reembolso... com que burocracias e papeladas de permeio?

Conselho de Ministros aprovou hoje o diploma que regula o subsídio social de mobilidade para os residentes nos Açores, que assegurará que uma viagem ao Continente custará, no máximo, 134 euros.

Os residentes nos Açores vão passar a receber um subsídio do Estado para as viagens de avião ao Continente, a atribuir diretamente aos beneficiários mas só depois de comprado o bilhete. “O auxílio social é variável por viagem e a sua atribuição vai ser feita posteriormente, sendo primeiro pago o bilhete e depois levantado o apoio”, disse o ministro Marques Guedes.

A liberalização das rotas de São Miguel e da Terceira para o Continente entra em vigor a 29 de Março e resulta de um acordo entre o Governo da República e o Governo Regional, prevendo que os residentes no arquipélago paguem no máximo 134 euros pelas viagens a Lisboa ou ao Porto. Se a companhia aérea lhe cobrar mais do que isso pelo bilhete, os residentes nos Açores são depois reembolsados da diferença, sendo este o chamado subsídio social de mobilidade. Até agora, o Governo indemnizava diretamente as companhias aéreas pelos bilhetes vendidos aos residentes nos Açores.

A aprovação e regulamentação do subsídio social de mobilidade para os residentes nos Açores permite, assim, operacionalizar na totalidade o novo modelo das ligações aéreas entre o arquipélago e o resto do país... com a entrada das companhias ‘low cost’.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário dos Açores» e RTP Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Metas açorianas para as energias renováveis exigem sistemas inteligentes

Marija Ilic passou os últimos quatro anos a estudar uma forma de introduzir sistemas inteligentes de distribuição de electricidade na rede eléctrica dos Açores, em articulação com o projecto Green Islands Azores, lançado em 2009 pelo programa MIT Portugal. Já escreveu um livro com os resultados.

A investigadora da Universidade Carnegie Mellon, que coordena o projecto DyMonDS (Sistemas Inteligentes de Distribuição suportados em Monitorização e Decisão Dinâmica), afirma que "a questão principal é como se controla todo o sistema, de modo a que mesmo quando o vento não sopra possa ser fornecida energia o mais limpa possível. Na ilha das Flores há uma mini-hídrica, na qual é possível controlar a energia produzida, através da barragem. A energia da Central convencional também é facilmente controlável, mas com o vento ou o Sol não é assim. No entanto, é possível prever o vento, com um dia ou uma hora de antecedência, e depois agendar a distribuição de energia para que o fornecimento seja exactamente o necessário."

"O vento foi preocupação deste estudo porque é o maior recurso em São Miguel e nas Flores. Mas também funcionaria com a energia solar", afirmou a especialista em redes inteligentes de energia. No livro «The Tale of two low-cost Green Azores Islands» é abordado primeiro o que acontece ao serem aplicadas aquelas tecnologias apenas às energias convencionais. Depois foi efetuada a comparação com o que acontece ao serem agendadas duas variáveis: a energia eólica e a procura. Neste caso é proposta a gestão de armazenamento adaptado (ALM), ao contrário do que é feito actualmente pelas companhias eléctricas. Estas utilizam o controlo de armazenamento directo, em que há uma tarifa e o cliente concorda com interrupções pontuais do fornecimento. Com o ALM, o consumidor diz, com um dia ou uma semana de antecedência, que quer consumir determinada quantidade de energia e quanto está disposto a pagar. A escolha é do cliente e, com essa informação, a empresa controla o fornecimento de energia.

Nesta investigação é levantada uma questão: será que os veículos eléctricos funcionariam nas ilhas? Concluiu-se que sim, se houver a opção pelo carregamento inteligente, que passa exactamente pela previsão meteorológica e pelo agendamento de modo a que, ao longo do tempo, se possa minimizar o custo da energia. Basicamente, o utilizador não carrega o veículo só quando precisa, planeia carregá-lo com um dia de antecedência. Isto não seria feito directamente pelo consumidor, haverá um software instalado no sistema eléctrico da habitação, que activa e desactiva o termostato, tendo em conta o sinal do operador. Se este envia um sinal a dizer que vai haver muito vento, o software faz o ajuste e decide que o veículo deve ser carregado nas próximas 24 horas, de forma a conseguir reduzir custos e permitir o equilíbrio do sistema de energia. É isto o carregamento inteligente de veículos, por oposição ao carregamento rápido, que é aquele em que toda a gente carrega a bateria ao mesmo tempo e há um pico de energia. O projecto da Universidade Carnegie Mellon visa perceber como incorporar o software DyMonDS no sistema da habitação.

A investigadora Marija Ilic afirma que "não há muito cuidado na definição das metas das energias renováveis, não se pensa no que é melhor para o sistema considerando o que os consumidores querem e estão dispostos a pagar, quanto custa e quais os benefícios ambientais. Não se pode usar apenas o critério “deve ser tudo limpo”. Na segunda fase deste projecto queremos explorar este aspecto: se o Governo Regional quer mesmo ter 75% de energias renováveis nos Açores em 2020, qual a tecnologia necessária? Isto requer o ‘novo SCADA’, novos acordos entre os clientes e os produtores para que a energia seja utilizada da melhor forma. E o mais importante é que isto pode ser feito sem aumentar o preço da electricidade".


Notícia: jornal «Público»
Saudações florentinas!!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Prevenir risco de ribeiras transbordarem

Açores vão ter um plano de gestão de riscos de inundações até ao final do ano. A carta de zonas inundáveis identifica cinco bacias hidrográficas de risco nas ilhas das Flores, São Miguel e Terceira.

Na passada semana, a Agência Portuguesa do Ambiente apresentou cartografia que identifica 54 zonas críticas de inundações em Portugal. “Trata-se de fornecer informação objetiva às populações e aos municípios para gerir o território, tendo em vista a proteção de pessoas e bens”, realçou Nuno Lacasta. Estes mapas podem ser úteis para todas as entidades envolvidas na gestão do território, "designadamente autoridades nacional, regionais e locais de proteção civil, bombeiros, municípios, investigadores, seguradoras, entre outros", salientou o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente.

Com base no mapeamento destas zonas de risco, até ao próximo Verão devem ser elaborados planos de gestão de riscos de inundações, que entrarão depois em consulta pública e deverão ser aprovados até 22 de Dezembro.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Telemedicina deverá avançar em breve

Açores têm 14 projetos de telemedicina para ativar. Já foi adjudicada a plataforma que vai permitir a redução das listas de espera e das deslocações de doentes. O secretário regional da Saúde garante que, em breve, tudo estará a funcionar.

Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

«Brumas e Escarpas» #84

Capachos de casca de milho

Devidamente trabalhados e esteticamente perfeitos, os capachos elaborados com casca de milho, na Fajã Grande eram de muita utilidade. Os capachos mais novos e confeccionados com maior cuidado reservavam-se, com requinte e orgulho, para a porta da sala, onde apenas as visitas mais importantes limpavam os sapatos. Os mais toscos e já demasiadamente usados eram colocados na porta ou portas da cozinha, por onde diariamente passavam muitos pés sujos, algumas botas enlameadas e um ou outro sapato de pele de cabra cheio de esterco. Uns e outros, porém, constituíam os únicos meios de atapetar as entradas de acesso às moradias, impedindo assim, num caso e noutro, que o soalho da casa, esfregado com escova e sabão de uma ponta à outra, apenas uma vez por semana, se conservasse o mais limpo e asseado possível.

De fabrico caseiro e pessoal, a elaboração destes capachos passava por uma fase inicial, que consistia em escolher cuidadosamente as cascas de milho mais perfeitas e adequadas. Não eram utilizadas as exteriores e das interiores era imperioso escolher as mais duras e com maior resistência, as quais eram, de seguida, divididas em lâminas com cerca de meia polegada cada uma. Depois era necessário e imperioso ter a arte e o engenho para entrelaçá-las umas nas outras e fazer uma enorme trança, semelhante à dos cabelos das meninas, mas em que as pontas e as extremidades mais ásperas das cascas ficassem todas para o mesmo lado. Uma vez terminada a trança com o comprimento desejado e necessário ao tamanho do capacho, calculado por estimativa, a trança era cosida do interior para exterior, geralmente com fios de espadana. Seleccionados uns bons centímetros de uma das pontas da trança, ia-se enrolando, apertando, prensando, cosendo e recosendo à volta desta e do chumaço que aos poucos se ia formando o resto da trança, de maneira a que o capacho ficasse com uma forma quase oval. A face que continha as pontas e os rabos das cascas era a mais áspera e que ficava voltada para cima, a fim de que nela rastejassem pés e calçado, enquanto a outra mais lisa e direita constituía a parte que assentava sobre o soalho.

Os capachos de casca de milho eram uma obra-prima que o tempo, as novas técnicas de fabrico e os materiais modernos foram apagando. Hoje são uma espécie de mito que apenas perdura na memória dos mais antigos.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Novas regras para explorar pedreiras

Governo Regional estima que o Plano Setorial de Ordenamento do Território para as Atividades Extrativas entre em vigor até final do ano, com delimitação de zonas que permite disciplinar esta área.

"É um plano que vem regulamentar em todas as ilhas da Região a atividade extrativa, em concreto a exploração de pedreiras, saibreiras e cascalheiras", afirmou o secretário regional da Agricultura e Ambiente.

O Plano, que já esteve em consulta pública, foi elaborado ao longo de dois anos e "respeita o consagrado no Plano de Ordenamento Territorial da Região". Segundo Luís Neto Viveiros, esta é "uma área que carecia de ordenamento".

"O Plano para as Atividades Extrativas define, no fundo, em cada uma das nossas ilhas, as áreas em que é possível licenciar indústrias desta natureza, áreas em que elas poderão ser concessionadas com alguma restrição", sublinhou o titular das pastas da Agricultura e Ambiente, frisando ainda que todas as indústrias envolvidas foram ouvidas, destacando que a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas dos Açores teve "uma participação muito ativa e manifestou a concordância com o documento final".

O mesmo sucedeu em relação a todas as autarquias, que manifestaram o seu consenso. "Houve também um período de discussão pública e foram feitos estudos de impacto ambiental ao longo deste trabalho e, portanto, dada a sensibilidade destas matérias foram desenvolvidas com muito pormenor e cautela todas as diligências para que o documento final satisfizesse e potenciasse a atividade extrativa na Região no respeito pelos valores ambientais", sublinhou Luís Neto Viveiros.

O diploma visa compatibilizar a exploração dos recursos geológicos com a qualidade ambiental e a preservação da paisagem, prevendo zonas de licenciamento condicionado. “Significa isto que existem hoje áreas onde operam indústrias desta natureza mas que, finalizando as suas licenças, não será mais permitido por razões de natureza ambiental”, frisou o secretário regional, acrescentando que os operadores terão a responsabilidade de reabilitar a paisagem.

Por outro lado, Luís Neto Viveiros adiantou que o diploma estabelece as zonas interditadas às actividades extractivas, designadamente áreas da Rede Natura 2000 e áreas protegidas.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Proteção do nosso património cultural

A partir de Março passa a vigorar nova legislação nos Açores relativa à inventariação, classificação, protecção e valorização dos bens culturais móveis e imóveis.

A nova legislação, aprovada em Dezembro pela Assembleia Regional e agora publicada em Diário da República, tem por objectivo “a vontade que os bens classificados conservem e ampliem a sua utilidade funcional”, contra a “classificação mumificadora” que retira o património da utilização colectiva, frisou o secretário regional da Educação e Cultura.

Avelino Meneses salientou, no entanto, que, para que isso seja possível, “o património tem de atrair gente, jamais devendo afastá-la, e os procedimentos de conservação e manutenção dos edifícios terão de ser compagináveis com as expectativas e com as exigências do nosso quotidiano”.

O secretário regional da Educação e Cultura defendeu que entre os principais procedimentos para a defesa do património, a opção “recai inicialmente na sensibilização dos cidadãos” e no “reforço da fiscalização”, a qual deve ser “dotada de meios humanos e meios materiais acrescidos”, acrescentando que só depois deste “exercício de profilaxia movido pela sensibilização e pela fiscalização”, se justifica “a título excepcional, a intervenção coerciva”.

Este novo diploma legal visa a adequação da legislação nos Açores às cartas, recomendações e convenções internacionais definidas pelo ICOMOS e adoptadas pela UNESCO.

O novo diploma debruça-se sobre a classificação, inventariação e registo de bens culturais, a preservação, defesa e valorização da preservação do património classificado, a intervenção no património imóvel, o regime contra-ordenacional e os incentivos à conservação e valorização.


Notícia: «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Açores será "certificado pela Natureza"

A Natureza foi escolhida como o “certificado de qualidade” dos Açores. A economia e particularmente o turismo contam agora com uma nova marca para dinamizar e desenvolver a Região.

O Governo Regional lançou uma "marca da Região" baseada na natureza, que poderá ser utilizada por entidades públicas e privadas para certificação e promoção dos seus produtos.

Montanha, caça (e carne), flores e vegetação, queijo e produção de leite, paisagem e pesca foram os elementos escolhidos pelo Governo Regional e pelas agências publicitárias McCann e HDG para criarem juntos a nova marca Açores, uma identidade visual transversal a todo o arquipélago e que inclui todos os setores de atividade.

"Trata-se de dar particular visibilidade à confirmação de um conjunto de caraterísticas que diferenciam positivamente os Açores e que quando incorporadas em produtos e serviços da nossa economia podem e devem ser valorizadoras do mesmo", frisou o presidente do Governo Regional. Para Vasco Cordeiro, a marca Açores é "um passo decisivo" para o aumento da competitividade da Região, tendo em conta que a globalização obriga a uma estratégia de valorização daquilo que nos Açores é "distintivo, especial e único".

Com o slogan “Açores: certificado pela natureza”, a marca destina-se a produtos tradicionais, incluindo o turismo, que se diferenciem "por serem originários de uma Região com uma pegada ecológica de elevado valor ambiental".

As condições de acesso à marca só serão aprovadas em próxima reunião do Conselho do Governo Regional, mas destina-se a "empresas, cooperativas e entidades privadas que desenvolvam atividade nas áreas preponderantes para o desenvolvimento económico regional e fomento da base económica de exportação", em áreas como "promoção do território, artesanato, agricultura, pecuária, agroalimentar, piscícola, vitivinícola, transformação da madeira, turismo, serviços e transportes".

É destacado ainda como objetivo da marca Açores a intensificação de candidaturas de produtos regionais à certificação de Denominação de Origem Protegida (DOP), Indicação Geográfica Protegida (IGP), Especialidade Tradicional Garantida (ETG), assim como o incremento do seu consumo.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Dinheiro Vivo» e SIC Notícias.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Há limitações nas evacuações médicas

O secretário da Saúde afirmou que a Força Aérea mantém "alguns constrangimentos" para responder às solicitações de transporte urgente de doentes nos Açores.

"Felizmente, com a boa colaboração que a Força Aérea tem prestado nessa matéria, com o devido sentido de missão que a Força Aérea possui, todas as questões têm sido resolvidas. Agora, pontualmente têm havido alguns constrangimentos, principalmente no limite de horas do voo de cada tripulação", frisou Luís Cabral.

"O Governo Regional tem feito os devidos alertas. Não podemos fazer mais do que tem sido feito sobre esta matéria", salientou o secretário regional da Saúde, acrescentando que a Força Aérea tem "reconhecido limitações" e existe uma promessa de colocação de mais pilotos na Base Aérea 4. Segundo Luís Cabral, está a ser feita formação de pilotos e comandantes, mas a sua colocação nos Açores depende do Ministério da Defesa.

Apenas três das nove ilhas dos Açores têm hospital, sendo que nas restantes seis ilhas açorianas o transporte urgente de doentes (evacuações médicas) é assegurado pela Força Aérea.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Em breve serão conhecidas as novas regras para ligações aéreas inter-ilhas

Foram aprovadas novas obrigações de serviço público para o transporte aéreo dentro do arquipélago e a realização de concurso público internacional para a sua concessão durante 5 anos.

"As obrigações agora aprovadas serão, oportunamente, objeto de apresentação pública", segundo o comunicado oficial emitido ontem com as conclusões da reunião do Conselho do Governo Regional dos Açores.

O texto diz que foram aprovadas "as obrigações modificadas de serviço público de transporte aéreo regular no interior da Região" e autorizada "a realização do concurso público, com publicidade internacional, para a formação de um contrato de concessão desse serviço público, por um período de cinco anos, pelo valor máximo de 135 milhões de euros".

O Governo Regional aprovou também "o programa e o caderno de encargos de tal procedimento, para o caso de não surgirem transportadoras interessadas em assegurar aquelas obrigações sem compensação financeira".

O transporte aéreo dentro dos Açores é assegurado atualmente pela SATA, a companhia aérea da Região.

O Governo Regional havia já anunciado que iria mudar as regras do transporte aéreo dentro dos Açores, para assim as adequar ao novo modelo de ligações com o Continente que entra em vigor a 29 de Março. A partir dessa data, as ligações de São Miguel e Terceira para o Continente passam a ser liberalizadas (ou seja, deixam de ter obrigações de serviço público).

Atendendo a declarações de membros do Governo Regional nos últimos meses, as mudanças no transporte inter-ilhas devem passar (entre outros aspetos) por uma baixa do preço das tarifas, de forma a que não sejam mais caras do que aquelas que estão garantidas para os residentes nos voos para o Continente (com tarifa máxima garantida de 134 euros).


Notícia: «Açoriano Oriental», semanário «Expresso» e rádio TSF.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Hoje foi Dia Mundial das Zonas Húmidas

A data é assinalada nos Açores com 46 iniciativas realizadas em várias ilhas durante a presente semana.

O Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se comemora a 2 de Fevereiro, é assinalado nos Açores com um programa de 46 acções que incluem actividades de educação ambiental, com o objectivo de salientar o contributo que estas zonas dão para o desenvolvimento sustentável do arquipélago.

Entre os serviços ecossistémicos prestados pelas zonas húmidas destacam-se o abastecimento dos aquíferos e a filtragem natural dos recursos hídricos, a prevenção de fenómenos climáticos (tanto de cheias, como de secas) e os recursos em biodiversidade, geodiversidade e paisagísticos de elevado valor económico, científico, cultural e recreativo.

Madeira para construção, plantas medicinais, alimento para animais, caules e folhas para tecelagem são alguns dos exemplos de materiais que podem ser produzidos em zonas húmidas geridas de forma sustentável.

Em 2015 o tema internacional desta comemoração é “Zonas Húmidas para o nosso futuro”, sendo que no programa de actividades deste Dia Mundial das Zonas Húmidas destacam-se visitas interpretativas a zonas húmidas classificadas no Corvo e em São Miguel, saídas de campo para observação de aves no Faial e na Terceira, uma formação no terreno para Juntas de freguesia em São Miguel e actividades desportivas na Graciosa, em parceria com o Serviço de Desporto.

O planalto central da ilha das Flores (Morro Alto) é a segunda maior área dos sítios Ramsar existentes nos Açores.


Notícia: «Jornal Diário» e «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!