sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Boas entradas no Ano Novo!

Saudações florentinas!!

«Brumas e Escarpas» #15

O ciclo do milho na Fajã Grande, nos anos 50

Parte VII – Quebrar espiga e desfolhar

Depois de sachados, corridos e desbastados os milheirais cresciam de dia para dia. As suas folhas muito verdinhas e esticadas entrelaçavam-se umas nas outras e balouçavam como ondas ao sabor das brisas matinais e os caules amarelos, canelados e esguios, tornavam-se altíssimos, enfeitando-se lá no alto com umas flores brancas que cobriam os campos como se fossem dezenas, centenas de mantos esbranquiçados e fofos como que a cobrir uma boa parte da freguesia. Algum tempo depois, eram as maçarocas a despontarem nos milheiros, pequeninas e sorridentes, com as suas barbichas douradas, a crescerem e a amadurecerem acariciadas com o Sol do Outono.

Quando as folhas e o caule começavam a alourar e com as maçarocas já durinhas, (resistentes à unha) era altura de quebrar as espigas. Esta operação também não era fácil e requeria arte, técnica e sabedoria. Primeiro, porque tinha que ser feita na altura adequada e quando já não prejudicasse o crescer da maçaroca e consequentemente dos grãos de milho. Em segundo lugar, porque a espiga ou pendão devia ser quebrada no nó certo e adequado, ou seja, pelo primeiro nó do milheiro logo acima da maçaroca, devendo para tal obedecer a um toque ou movimento afoito, destemido e certeiro da mão de quem o fazia, tarefa que nem todos sabiam efectuar. Dobrado o milheiro noutro sítio não mais se quebraria à mão. Era necessário, nesse caso, recorrer à navalha ou outro objecto cortante, o que demorava bastante tempo. Acrescente-se que muitos agricultores, sobretudo os mais jovens, recorriam sempre ao corte da espiga com uma navalha ou com uma foice porque não sabiam cortá-la à mão, o que, segundo a opinião dos mais velhos, era mais prejudicial para o milho.

A espiga geralmente não era quebrada toda no mesmo dia, mas em dias sucessivos para que assim permanecesse mais verde e fresquinha para alimentar os animais. Alguns agricultores, no entanto, preferiam, depois de quebrá-la ou cortá-la, deixá-la a secar em cima dos maroiços ou contra as paredes e depois de seca guardá-la nos palheiros para alimento dos bovinos, no Inverno.

Algum tempo depois, era a altura de desfolhar o milho. Dias antes apanhavam-se folhas e folhas de espadana que se cortavam em pedacinhos, os quais, por sua vez, se desfiavam em tiras fininhas com as quais se faziam pequenos molhos. Estes eram presos numa alheta das calças e com eles se iam amarrando as folhas do milho à medida que se iam arrancando dos milheiros, formando “pavias” ou “mãos-cheias” que eram penduradas num ou noutro dos milheiros junto à maçaroca, para que secassem melhor e, alguns dias depois, na altura da recolha, fosse mais fácil encontrá-las e recolhê-las. O desfolhar, no entanto, não era tarefa fácil pois exigia-se que a folha fosse arrancada do milheiro com a bainha, o que, sobretudo para os menos experientes, revelava-se um pouco difícil e demorava muito mais tempo. Alguns “desfolhadores” mais expeditos faziam-no com muita arte e perfeição e até conseguiam amarrar as “pavias” de folhas com uma outra folha. Outros para extrair a folha com a bainha faziam-no muito lentamente dado que a despegavam do milheiro uma por uma e com as próprias unhas. Nesse caso, porém, a desfolha ficava perfeita e as “pavias” para além de mais rentáveis também ficavam mais bonitas. Curiosamente esta era uma das tarefas em que os agricultores mais se ajudavam uns aos outros, fazendo-o, por vezes, até de noite, aproveitando a Lua Cheia ou recorrendo às Petromax que alguém ia segurando sobre a cabeça por entre os milheirais.

A rama depois de seca e enxuta era acarretada para junto de casa em carros de bois ou aos ombros e guardada nas casas velhas ou de arrumos, destinando-se a alimentar o gado nos rigorosos dias de Inverno, durante os quais era impossível ir aos campos buscar comida verde e fresca para os animais.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Orçamento e Grandes Opções do Plano municipal de Santa Cruz para 2011

A Assembleia Municipal de Santa Cruz reuniu, no passado dia 10 de Dezembro, para analisar e aprovar o Plano e Orçamento do município para 2011.

O documento em apreço foi apresentado pelo presidente da Câmara Municipal, tendo Manuel Pereira tecido alguns considerandos acerca do mesmo, realçando os condicionalismos existentes na sua elaboração como os impostos pelo PEC II e as imposições do OGE.

O Plano e Orçamento santacruzense para 2011, ascende a 3 milhões e trezentos mil euros. No entanto, não estão incluídos os montantes para o Centro Multiusos (que será construído através da empresa municipal FloresInvest, esperando-se que as obras tenham início em 2011 e cujo investimento ascenderá a cerca de 4,5 milhões de euros), o reforço e abastecimento de água à Caveira, Ponta Ruiva e Cedros e também a pavimentação do ramal da Ponta Ruiva, cujos investimentos ascenderão a 2 milhões de euros.

Para além das exigências impostas e na continuação do que já aconteceu em 2010, as autarquias sofreram uma redução das transferências do OGE, que no caso [do muncípio de Santa Cruz] implica uma redução de cerca de 160 mil euros. No que se refere ao investimento optou-se por duas áreas consideradas prioritárias em Santa Cruz, como são o abastecimento de água e a implementação do novo sistema de recolha de resíduos.


Debatido e votado, o documento foi aprovado por maioria, com onze votos a favor do PS, um da CDU, dois do PP e três abstenções do PSD.

Notícia: sítio da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

Florentin@s escolheram as 7 maravilhas

Realizou-se no passado dia 16, no anfiteatro da Escola Básica e Secundária das Flores, a Gala das Sete Maravilhas Naturais da ilha das Flores. Entre as [previamente seleccionadas] vinte e uma maravilhas naturais florentinas, a população escolheu as suas sete maravilhas mais bonitas.

O ilhéu do Monchique, a Gruta do Galo, a Gruta dos Enxaréus, a Caldeira Negra, a Caldeira da Lomba, o Poço do Bacalhau e a Rocha dos Bordões foram as sete maravilhas naturais eleitas, numa iniciativa da Escola Secundária das Flores que envolveu a população florentina.


Notícia: «Telejornal» da RTP/Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Leite recebido pela Cooperativa não é classificado... há já quase três meses!

Um funcionário demitiu-se e há quase 3 meses que não há classificação do leite na ilha das Flores. O fabrico de queijo, manteiga e iogurtes têm somado prejuízos elevados.

A Cooperativa de Lacticínios das Flores está a receber leite sem qualidade. Já foram mesmo detectados casos de antibiótico no leite. O que se passa é que os produtores estão sem fiscalização do IAMA.

A Federação Agrícola dos Açores declara o caso como inaceitável. Jorge Rita considerou que em nome da qualidade desejada para a marca Açores, a tutela tem de garantir um sistema de classificação do leite [que seja] eficaz e regular, acrescentando que a lavoura da ilha das Flores é neste momento a maior prejudicada com esta situação.

Em nome da tutela, o Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), reconheceu à [rádio] Antena 1 Açores que a classificação [do leite na ilha das Flores] parou há várias semanas. O único funcionário afecto à classificação do leite na ilha das Flores demitiu-se, e agora a tutela tenta resolver o problema. Manuel Beato, presidente do IAMA, espera resolver o problema da falta de pessoal nas Flores, nos próximos meses.


Notícia: RDP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

Zonas perigosas na Fajãzinha podem não voltar a ser habitadas como antes

regressaram a casa os moradores da Fajãzinha que no [passado] dia 3 de Dezembro ficaram desalojados devido aos deslizamentos de terra provocados pelas chuvas fortes que se fizeram sentir um pouco por todo o arquipélago. No entanto, duas das quatro famílias que tiveram de ser realojadas, dificilmente poderão voltar às suas habitações. 
As suas casas localizam-se em zonas perigosas que o Governo [Regional] quer interditar à habitação. As derrocadas e inundações de 3 de Dezembro deixaram duas casas em perigo de ruírem e outras três sem condições de habitabilidade, tendo os seus moradores sido alojados em moradias da Fajãzinha em melhor situação.

O Governo Regional deverá publicar no próximo ano as Cartas de risco geológico dos Açores. Nesses documentos, [ainda] em preparação, poderá mesmo vir a ser indicado que as fajãs são locais perigosos para se viver, pelo que o Executivo [regional] poderá mesmo avançar para a proibição de habitações nesses lugares a partir de 2012. 
As derrocadas têm sido frequentes nos caminhos de acesso a estes lugares junto ao mar, o que tem obrigado a obras dispendiosas.


Notícia: «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

SATA admite vir a reduzir os salários

A transportadora aérea açoriana SATA admitiu baixar os salários dos seus trabalhadores a partir de Janeiro, cumprindo as orientações previstas no Orçamento do Estado, mas aguarda instruções do Governo Regional sobre a matéria.

“O que se afigura como provável nesse domínio é o corte nos vencimentos dos trabalhadores com rendimentos mensais superiores a 1.500 euros” conforme o estabelecido no Orçamento do Estado para o próximo ano, adiantou o porta-voz da companhia. Segundo José Gamboa, a SATA aguarda porém indicações do accionista da transportadora, que é o Governo Regional, seguindo as orientações que venham a ser dadas às outras empresas do sector público regional.

A Agência Lusa apurou de fonte da [empresa] eléctrica açoriana, EDA, que esta empresa regional de capitais maioritariamente públicos também se prepara para cortar nos salários a partir de Janeiro.

O Parlamento [regional] açoriano confirmou esta semana uma norma inscrita no Orçamento Regional de 2011 que prevê a atribuição de uma “remuneração compensatória” aos cerca de 3.700 funcionários [públicos] açorianos com rendimentos entre os 1.500 e 2.000 euros destinada a impedir quebras nos seus rendimentos em consequência dos cortes salariais estabelecidos em sede de Orçamento do Estado.

A norma em causa, proposta pelo Governo Regional, esteve na base da decisão do representante da República, José António Mesquita, de vetar politicamente o Orçamento Regional do próximo ano, que voltou a ser votado por maioria no Parlamento [regional] açoriano e terá agora de ser publicada.


Notícia: «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Entretanto, os sindicatos dos trabalhadores das empresas públicas [regionais] EDA e SATA não aceitam que os seus funcionários sofram cortes salariais em 2011, e dizem-se «discriminados» por não terem acesso à remuneração compensatória prevista para os funcionários da administração [pública] regional dos Açores.

Saudações florentinas!!

Presépio na freguesia da Fazenda

Presépio da Igreja do Senhor Santo Cristo dos Milagres
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Deputado socialista arrasa estudo sobre o transporte marítimo de passageiros

O deputado socialista na Assembleia Legislativa Regional, Lizuarte Machado, considera que o estudo encomendado pela Secretaria Regional da Economia à BMT Transport Solutions é um documento “sem utilidade, economicista e cheio de contradições”.

Em entrevista ao «Jornal do Pico», Lizuarte Machado começa por dizer quer se está perante um estudo “com muito pouca utilidade, que faz uma razoável recolha de dados, afirma um extenso rol de lugares-comuns, entra em várias contradições e em piores conclusões”, mas adverte, “não era de esperar que fosse diferente, já que foi elaborado em tempo recorde por técnicos que não conheciam a Região, os quais, aliás, foram acompanhados por elementos do Conselho de Administração da AtlânticoLine que ao longo dos anos conduziram o processo da forma desastrosa que é de todos conhecida e nunca foram capazes de apresentar uma única ideia útil”.

Voltando à carga, o deputado [regional] socialista considera que o documento “não tem em conta as especificidades regionais e esquece que numa análise puramente economicista muitas das nossas ilhas não seriam servidas por nenhum tipo de transporte o que inviabilizaria a nossa sobrevivência enquanto comunidade insular”. “Não é por acaso que o próprio estudo refere que as conclusões devem servir apenas como mera orientação e não como meio seguro de actuação”, acrescenta.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Entre os 5 melhores destinos de viagem

A revista «Forbes» descreve os Açores como um dos cinco destinos do mundo capazes de oferecer “uma experiência única”.

Segundo dicas da editora do sítio de viagens Smarter Travel, Anna Banas e Tom Hall, dos guias de viagem Lonely Planet, a revista «Forbes» avança, para além dos Açores, com o Hotel do Gelo em Jukkasjärvi, na Suécia, o Blue Lagoon, na Islândia, Madagáscar e a Lagoa Bioluminescente em Porto Rico.

Dos Açores, Anne Banas não deixa passar o cozido das Furnas: “Há um sítio onde podemos cozinhar a comida em fontes geotermais, deixá-la lá e ir buscar quando está pronta. Os melhores restaurantes da zona servem todos o cozido das Furnas e são uma das maiores atracções de São Miguel”, descreve Banas.

Sobre os Açores a revista «Forbes» diz que são “uma experiência que mistura o sabor europeu com uma herança cultural atlântica única”, realçando ainda a “dramaticamente bela natureza” e “as lagoas em crateras de vulcões no conjunto de nove ilhas de origem vulcânica que têm o português por língua e uma cultura e cozinha próprias”.

Todos os cinco lugares são, segundo a revista «Forbes», ou “lugares com floras e faunas muitas vezes únicas e formações geológicas impressionantes” ou paisagens esculpidas pela mão do homem como os hotéis esculpidos no gelo.


Notícia: jornal «Público».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Freguesia da Fajãzinha ainda sente efeito das derrocadas do passado dia 3

Na Fajãzinha os efeitos das derrocadas do dia 3 de Dezembro ainda se fazem sentir. Os trabalhos de limpeza de inertes são demorados. Toneladas de lama, terras e pedras interrompem ainda a estrada que liga a Fajãzinha ao resto da ilha das Flores. Um novo acesso foi já construído em tempo recorde para permitir aos camiões e máquinas limparem a localidade. Toneladas de inertes são retiradas todos os dias e, mesmo assim, aos acessos principais não é fácil chegar. Governo [Regional], Câmara [Municipal] das Lajes e privados fazem com pessoas e máquinas a drenagem e limpeza mesmo com alguns riscos.

Notícia: «Telejornal» da RTP/Açores (outro vídeo suplementar).
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Espectáculo de Natal... na Biblioteca

A Biblioteca Municipal de Santa Cruz apresenta hoje pelas 19h30, um espectáculo de Natal intitulado "Um Sonho de Natal". Este trabalho será feito pelas nossas crianças e abrange um vasto leque de demonstrações artísticas, nomeadamente teatro, dança, canções de Natal e presépio vivo.

Haverá também uma pequena exposição com os trabalhos manuais feitos durante a quadra natalícia. No final da noite, vamos ter um convívio entre as crianças, os seus pais e todos aqueles que nos visitarem.

A Feira do Livro que se prolongará até ao dia 23 de Dezembro, irá estar em funcionamento para quem desejar adquirir prendas de última hora para o seu Natal.


Notícia: sítio da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Autarquias açorianas mais endividadas

Segundo os dados recolhidos pela [rádio] Antena 1 Açores, as dívidas das autarquias açorianas cresceram 21% no passado ano, revelando assim que os municípios açorianos estão sem liquidez.

De entre as autarquias açorianas, Lajes das Flores, Povoação e Praia da Vitória são os três municípios onde as dívidas mais cresceram. O aumento foi de 1.329%, 163% e 119% respectivamente, e (em termos gerais) as dívidas da Povoação ascendem aos 37 milhões de euros, em Ponta Delgada aos 30 milhões e em Angra do Heroísmo aos 27.

Ao todo são cerca de 219 milhões de euros de liquidez negativa em 2009 nas autarquias dos Açores, agravando-se em mais de 104% de 2008 para 2009 [que foi ano de eleições].


Notícia: «Jornal Diário» e RDP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mau tempo impediu SATA de aterrar

O voo, com origem na ilha Terceira e com destino à ilha das Flores, viu-se obrigado [na tarde do dia de hoje] a voltar para trás, devido ao mau tempo que se faz sentir.

O mau tempo que está afectar o arquipélago, nomeadamente o forte vento que se faz sentir em algumas ilhas, está a prejudicar as ligações aéreas na Região.


De acordo com informações de fonte da transportadora aérea açoriana, o voo que era suposto aterrar [esta tarde] na ilha das Flores teve mesmo de regressar à ilha Terceira.

Nas Flores ficaram também retidos 31 passageiros, que aguardam agora que as condições atmosféricas permitam que os voos se realizem com segurança, bem como disponibilidade de aeronave e tripulação.


Notícia: «Jornal Diário» e RDP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Lares de idosos vão ter novas regras

No início do próximo ano entram em vigor as novas regras para a entrada de idosos nos Lares. Há bastantes idosos em lista de espera. Recentemente foi criada a Comissão de Intervenção, Prevenção e Protecção dos idosos.

Notícia: «Jornal da Tarde» da RTP/Açores.
Saudações florentinas!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Eventual erupção vulcânica poderá acontecer nos mares dos Açores... mas sem perigo para as populações

O presidente do Serviço Regional de Protecção Civil dos Açores (SRPCBA) afastou [ontem] qualquer risco para as populações associado à possibilidade de estar a ocorrer uma erupção vulcânica submarina entre as ilhas dos grupos Central e Ocidental do arquipélago.

Apesar disso, e face ao alerta recebido do Centro de Informação e Vigilância Sismológica dos Açores (CIVISA) de que uma erupção poderia estar a ocorrer nessa área desde o início de Dezembro, a Protecção Civil acompanha o “fenómeno com atenção”, garantiu Pedro Carvalho à Agência Lusa.

O presidente do SRPCBA adiantou que a situação foi também comunicada às autoridades marítimas para diligenciarem a possibilidade de recolha de informações por embarcações que naveguem na zona em que eventualmente se estará a registar a erupção vulcânica.

Teresa Ferreira, do CIVISA, justificou a suspeita de uma erupção entre as ilhas dos grupos Central e Ocidental, numa zona da crista média atlântica, com o registo de mais de uma centena de sismos nos últimos 10 dias. A investigadora adiantou à Agência Lusa que a zona em causa se localiza a mais de 100 quilómetros das ilhas mais próximas – Flores, Corvo, Faial e Graciosa – e a profundidades que vão dos 800 aos 2.000 metros.

A última erupção marítima documentada ocorrida nos mares dos Açores ocorreu em 1998 ao largo da Serreta, na ilha Terceira.


Notícia: rádio Atlântida e «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

SATA irá ter passagens a 88,50 €uros

A SATA anunciou [ontem] as novas tarifas promocionais entre os Açores e o Continente, resultantes da alteração às obrigações de serviço público, que permitem passagens a um preço mínimo de 88,50 euros (ida e volta).

“Neste novo esquema tarifário existem duas tarifas que dão origem a preços totais das passagens, de ida e volta, com taxas incluídas, inferiores a 100 euros”, afirmou António Gomes de Menezes, presidente da SATA.

As novas tarifas promocionais, que estarão disponíveis para venda a partir das 9 horas de domingo [próximo, dia 19], permitem viagens de ida e volta entre os Açores e o Continente a 88,50 euros, a 99,50 euros e a 146,50 euros, incluindo tarifas e taxas.

No caso da tarifa mais barata, a passagem tem que ser adquirida com uma antecedência de 21 dias, enquanto nas duas restantes tem que ser adquirida com uma antecedência de 14 dias. Estas tarifas promocionais continuam a não ser reembolsáveis, mas apresentam agora como novidade o facto de poderem ser alteradas, mediante o pagamento de uma penalidade mínima de 100 euros.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e jornal «Destak».
Por outro lado, a campanha turística ‘VisitAzores com voo incluído’ já assegurou mais de 300 reservas, que representam cerca de 1.500 dormidas nos Açores, promovendo o turismo em época baixa na Região.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mestre José Augusto Lopes

No dia 26 de Outubro de 1928 na vila de Santa Cruz das Flores, numa casa pequenina e modesta, nasceu o menino José Augusto Lopes. Os seus pais Cristina e José, viviam com dificuldades, como acontecia com a maioria dos florentinos dessa época, tinham de retirar da terra e do mar, tudo o que necessitavam para a sua subsistência.

Os nossos antepassados são grandes homens e grandes mulheres de quem nos devemos orgulhar de descender. Eles fizeram de vidas longas de suor, de muita fé e coragem, de muito amor à terra e de apertos de mão para selar contratos que a boca dizia em palavras que o vento não levava..., uma forma especial de viver e de morrer em paz.
José Augusto cresceu nessa ilha das Flores, tão diferente da actual. Jogou com bolas de trapo e bexigas de porcos, jogou à macaca e ao botão, mas foi criança durante muito pouco tempo. Mal terminou a escola primária na sua freguesia, começou a dar dias de trabalho para ajudar os pais. Com catorze anos de idade fixou residência na vila das Lajes, onde aos dezanove, casou com Eduina Espínola Lopes. Desse casamento nasceram três rapazes: José Humberto, Victor e Armando.

Durante alguns anos continuou a trabalhar em terra e no mar, mas o seu coração pendia muito mais para o mar. Com apenas quinze anos, já atravessava o canal Flores–Corvo. Com o passar do tempo, e porque era necessário assegurar o seu sustento e da sua família, dedicou-se à baleação e à pesca e trabalhou arduamente nas cargas e descargas de navios, muitas vezes em situação de alto risco. Foi nas Lajes, e nos primeiros anos da década de 1950, que adquiriu a sua primeira embarcação de pesca. Contava, com graça, que, nesse tempo, o mar fervilhava de peixe, mas vendê-lo era muito difícil. Palmilhava as freguesias do concelho e nem por um escudo e vinte, conseguia vender cherne à posta.

Apesar de todas as dificuldades, a emigração nunca o seduziu. Inteligente e sonhador como era, ele tinha a certeza que, fora das Flores, não seria feliz nem conseguiria sonhar com nada. Mestre José Augusto sempre pertenceu a esta ilha. Como o mar, as rochas e as gaivotas. Ele era o prolongamento da própria ilha. E a história desta terra não seria a mesma se ele não tivesse “palmilhado” milhas e milhas de mar, desbravando distâncias, salvando vidas, rompendo, qual Apolo, as fúrias de um mar “em brasa”.

Com a chegada dos franceses à ilha das Flores em 1964, para construírem a sua base militar de telemedidas, mestre José Augusto voltou a fixar residência em Santa Cruz, uma vez que todas as cargas respeitantes à base seriam descarregadas nesse porto. Ganhou muito dinheiro e desenvolveu a sua frota de embarcações tendo criado diversos postos de trabalho que contribuíram para o crescimento económico da ilha ao longo de muitos anos. A apanha de algas foi também uma época de ouro para o seu negócio.

Ao longo da sua vida adquiriu mais de duas dezenas de embarcações. Passou mais tempo no mar do que em terra. Transportou durante dezenas de anos correio, carga, e milhares de passageiros entre as Flores e o Corvo. Nas suas lanchas, passaram as mais altas individualidades da vida portuguesa e açoriana. Arriscou centenas de vezes a sua vida para salvar outras, a caminho do Centro de Saúde das Flores, especialmente no tempo em que não havia médico no Corvo, e a pista de aviação daquela ilha não passava de um sonho. Pelo esforço, coragem, capacidade e riscos por que passou nessas viagens, foi condecorado em 10 de Junho de 1994 pelo Sr. Presidente da República Dr. Mário Soares, com o grau de oficial da ordem de mérito.

Mestre José Augusto, foi um exemplo de trabalho, de coragem e de amor ao próximo, e um exemplo de como vindo do nada se constrói a pulso um pequeno império no mar e em terra, império esse, que os seus filhos aprenderam a gerir e ao qual vão dar continuidade com a sabedoria que o pai lhes ensinou desde meninos.


Clique aqui para ler na íntegra este artigo de opinião...
Também os seus sete netos aprenderam sentados no seu colo, os segredos e os riscos do mar, e presentemente o Mauro e o Dario emprestam à empresa Maré Ocidental fundada pelo avô Augusto, a sua juventude e competência.

Sempre que vejo o Mauro, ao leme do Santa Iria, recordo o amor, a emoção e o orgulho com que o avô olhava o neto a efectuar com grande perícia as manobras da primeira atracagem dessa embarcação no Porto das Lajes. Nos seus olhos molhados, estava reflectida a imagem do futuro. A certeza da sua continuidade por mais uma geração.
Nesse dia felicitei o Mauro. Também ele, não conseguia disfarçar a emoção. Falou sobre a viagem desde a Espanha até às Flores, e sobre as características do navio. No final da conversa olhou o avô com um imensurável orgulho e afirmou: Como ele, e graças a ele, vou fazer das estradas do nosso mar, a estrada da minha vida.

Eu sempre conheci o mestre José Augusto. Viajei muitas vezes com ele para o Corvo. Pela sua mão amiga e segura, subi e desci dezenas de vezes as escadas dos navios Carvalho Araújo e Ponta Delgada, que ficavam ancorados ao largo da Baía das Lajes. Mas o meu carinho e a minha profunda admiração por ele, nasceram num dia de temporal, em que o mar enfurecido batia nas rochas negras da ilha com tamanha violência, que ninguém ousaria enfrentá-lo. Mas, Mestre José Augusto, recebeu um SOS da ilha do Corvo. Era preciso transportar para o Centro de Saúde das Flores, uma parturiente, que corria risco de vida. Apenas na companhia duma parteira, que passou a maior parte da viagem desmaiada, ele desafiou o mar e conseguiu transporta-la até às Flores. Eu, nessa altura frequentava o Externato da Imaculada Conceição, que funcionava no Convento de São Boaventura, e estava numa aula, que foi interrompida pelo enfermeiro Gabass, então ao serviço da base francesa nas Flores. Ele precisava urgentemente de saber se algum de nós tinha o mesmo grupo sanguíneo dessa senhora do Corvo, que havia perdido muito sangue na viagem e se encontrava em risco de vida. Quis o destino que o meu sangue fosse compatível com o da doente. Na saída do Centro de Saúde, já depois da mãe e do filho estarem fora de perigo, Mestre José Augusto, ainda com as roupas completamente molhadas pelas ondas, correu para mim e deu-me um abraço, que eu vou recordar para sempre. Não trocamos uma única palavra, mas ambos com lágrimas nos olhos sentimos uma felicidade imensa, pelo dever cumprido. Nesse dia percebi a dimensão da sua coragem. Nesse dia percebi que o seu coração era maior do que as ondas que ele havia enfrentado para salvar essas duas vidas. De regresso às aulas, eu transportava dentro de mim muita paz e uma magnifica lição de vida, ensinada por esse homem incrível, e que tem servido ao longo dos anos, para eu olhar com maior atenção para as pessoas que necessitam de ajuda.


Este verdadeiro lobo-do-mar, partiu a 16 de Dezembro de 2006, num dia sem sol e com o mar a soluçar por debaixo da janela do seu quarto. Deixou a sua esposa Lurdes (D. Eduina faleceu em 2002), os seus filhos, netos, noras e restantes familiares e também os seus muitos amigos, com uma saudade imensa.

Os Açores, mas especialmente as Flores e o Corvo, ficaram muito mais pobres com a partida deste homem incrível, que transportava no peito um coração do tamanho do mar e nos lábios um sorriso de menino. Mas, meu querido amigo, eu acredito que continua por aqui, sulcando o nosso mar, amando a nossa ilha, olhando pela sua família e pelos seus muitos amigos, porque quem faz da vida um serviço e um acto de amor; quem faz do existir uma dádiva de afecto, quem se dá aos outros todos os dias, NÃO MORRE.

Recentemente vi e revi imagens recheadas de muita coragem e de alto risco, duma descarga efectuada na ilha do Corvo, pelos seus filhos, netos, e alguns elementos da tripulação do Santa Iria, que já deram a volta ao mundo através da internet.
Os seus ensinamentos estavam bem presentes nessas manobras que as imagens mostram, mas para mim as suas mãos estavam ali a segurar o leme... e a proteger algumas das pessoas que mais ama.


Texto da autoria de Regina Meireles, disponível no sítio da empresa Maré Ocidental.
Saudações florentinas!!

Açores, terra de paz: Sócrates mentiu?!

O primeiro-ministro português, José Sócrates, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, autorizaram que o território nacional fosse sobrevoado por aviões norte-americanos com prisioneiros repatriados da prisão de Guantánamo, e a utilização da base aérea dos Açores nestas operações, revela o [diário espanhol] «El Pais».

Notícia: jornal «Público».

O diário espanhol cita diversos telegramas diplomáticos enviados pela embaixada dos Estados Unidos em Lisboa ao Departamento do Estado, que constam dos 251 mil documentos filtrados pela organização WikiLeaks, sublinhando que esta autorização nunca foi publicamente reconhecida pelas autoridades portuguesas.

“Sócrates aceitou permitir o repatriamento de combatentes inimigos de Guantánamo através da base das Lajes, escreve em telegrama de 7 de Setembro de 2007 o chefe da representação diplomática dos EUA em Lisboa, Alfred Hoffman.

“Foi uma decisão difícil devido às críticas constantes dos meios de comunicação portugueses e de elementos esquerdistas do seu próprio partido à actuação do Governo na controvérsia dos voos da CIA”, explica o diplomata [americano].


Notícia: jornal «Público».

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cancelamentos devido a avião avariado

Uma avaria num avião Dash Q200 da SATA Air Açores, estacionado na placa do Aeroporto da Horta, no Faial, obrigou hoje a transportadora aérea açoriana a cancelar várias ligações entre ilhas do arquipélago.

O porta-voz da SATA, José Gamboa, revelou que a avaria obrigou a empresa a cancelar as viagens Horta/Flores, Flores/Corvo, Corvo/Flores, Flores/Ponta Delgada e Ponta Delgada/Terceira.

Estes cancelamentos afectaram 110 passageiros, que apenas poderão seguir para os seus destinos na quinta-feira [amanhã], caso as condições climatéricas o permitam.

José Gamboa salientou ainda que a SATA vai tentar fazer regressar o avião avariado ao Aeroporto de Ponta Delgada ainda hoje [quarta-feira], mas sem passageiros a bordo.

Além dos voos cancelados devido a esta avaria, a SATA cancelou também as ligações Terceira/Horta e Terceira/São Jorge e um voo entre Lisboa e a Horta, devido ao mau tempo.


Notícia: «Sol», «JN», «Correio da Manhã» e jornal «Público».
Saudações florentinas!!

Zonas balneares açorianas com excelente qualidade das suas águas

A qualidade da água nas 53 zonas balneares oficialmente identificadas nos Açores foi classificada entre ‘Boa’ e ‘Excelente’ nas avaliações realizadas este ano, revelou [ontem] a Direcção regional dos Assuntos dos Mar.

Os dados agora divulgados indicam que a qualidade da água foi considerada ‘Excelente’ em 51 zonas balneares, tendo recebido a classificação de ‘Boa’ em apenas duas das zonas balneares do arquipélago.

“Tínhamos a noção de que as nossas águas, situadas em pleno Oceano Atlântico, tinham uma elevadíssima qualidade, mas sabe sempre bem verificar que isso é reconhecido através das exigentes metodologias europeias”, afirmou Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar, num comentário aos resultados agora divulgados.

Frederico Cardigos, citado numa nota do gabinete de comunicação do executivo regional [GACS], assegurou que as autoridades sabem “exactamente qual é a causa” que originou as classificações mais baixas [no ilhéu de Vila Franca].

Para além da constatação da qualidade, esta classificação das águas balneares é importante para as zonas balneares identificadas em termos do Programa Bandeira Azul, que [nos Açores] é coordenado pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, uma vez que este é um dos quatro capítulos fundamentais. Os outros critérios são: Informação e Educação Ambiental; Gestão Ambiental e Equipamentos; Segurança e Serviços.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e «Jornal Diário».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Endividamento do sector público empresarial aumentou 20% nos Açores

O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d' Oliveira Martins, salientou ontem um aumento de cerca de 20 por cento no endividamento do sector público empresarial regional nos Açores em 2009, provocado em grande parte pelo sector da saúde.

“Há um aumento do endividamento do sector público empresarial da Região de cerca de 20 por cento, com um peso muito significativo dos hospitais-empresa”, afirmou Guilherme d' Oliveira Martins, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada.

O presidente do Tribunal de Contas falava depois de ter entregue ao presidente da Assembleia Legislativa Regional os pareceres das contas do parlamento [regional] e da Região Autónoma dos Açores relativas a 2009.

Guilherme d' Oliveira Martins salientou ainda a redução registada nas receitas próprias [da Região], que “só cobrem 86 por cento das despesas correntes”. “É um dado importante, novo. É necessário considerar, relativamente aos restantes 14 por cento, que o financiamento é de transferências correntes provenientes do Orçamento do Estado”, afirmou.

Ainda relativamente à Conta de 2009 da Região Autónoma dos Açores, o presidente do Tribunal de Contas referiu que o nível de execução das receitas e despesas foi de 91 por cento e salientou que “o endividamento líquido da Região aumentou 6,1 milhões de euros em 2009”.


Notícia: «Açoriano Oriental» e rádio Renascença.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Habitantes da Fajãzinha regressam às suas casas 10 dias depois do temporal

O mau tempo continua a criar grandes dificuldades às populações do arquipélago dos Açores. A ilha do Corvo está há 18 dias sem ligações marítimas e já começam a faltar alguns bens alimentares. Na Fajãzinha, dez dias depois do temporal, os últimos habitantes regressaram a casa.

A roupa estendida é o sinal de uma aparente normalidade na freguesia da Fajãzinha dez dias depois da tragédia. Vários deslizamentos de terra no dia 3 de Dezembro deixaram muitas casas danificadas e destruíram todos os acessos à localidade.

Os moradores começaram por refugiar-se na escola primária, depois foram transferidos para o aldeamento turístico da Cuada. Dos 80 habitantes apenas dois recusaram-se a abandonar a casa onde sempre viveram. A freguesia ficou isolada, sem água e sem electricidade.

Três dias depois foi aberto um caminho mas só podia ser percorrido por veículos com tracção às quatro rodas. Os moradores correram para ver o que o mau tempo lhes tinha poupado.

A electricidade só foi restabelecida seis dias depois, os habitantes da Fajãzinha desesperavam por regressar a casa. Ontem foi finalmente reaberto o acesso que liga a Fajãzinha ao resto da ilha, os moradores que faltavam foram autorizados a regressar a casa.

Dez dias depois a freguesia recupera lentamente a vida, ainda há muito por limpar, muitas casas por arranjar mas os 80 moradores estão de volta à terra de onde foram expulsos pelo mau tempo.


Notícia: canal online da televisão SIC (com vídeo).
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domingo, 12 de dezembro de 2010

Municípios açorianos admitem aplicar também a remuneração compensatória

A Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA) está a consultar as 19 Câmaras Municipais do arquipélago sobre o alargamento aos funcionários municipais da remuneração complementar que o Executivo [regional] açoriano atribuiu à administração pública regional.

“Acho que é justo porque são funcionários que estão a trabalhar na Região e têm os mesmos vencimentos e regalias que os da administração pública regional e não faz sentido ficarem de fora”, afirmou João Ponte, presidente da AMRAA, em declarações à Agência Lusa.

Nesse sentido, João Ponte, que preside à Câmara Municipal da Lagoa, adiantou que “está a ser feita uma consulta por escrito a todas as Câmaras Municipais da Região para saber qual a opinião quanto à possibilidade de ser proposto ao Governo Regional o alargamento dessa medida [também] aos funcionários municipais”.

O Executivo [regional] açoriano decidiu beneficiar com uma remuneração complementar os funcionários da administração pública regional que auferem entre 1.500 e 2.000 euros mensais, como forma de minimizar o impacto das medidas de austeridade impostas pelo Governo da República.

Caso [nesta consulta a todas as Câmaras Municipais da Região] seja alcançado um consenso, a decisão [de alargamento da medida aos funcionários municipais] será comunicada ao Governo Regional dos Açores.


Notícia: rádio Atlântida, «Açoriano Oriental» e «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Empresas portuárias vão ser fundidas

Esta medida do Governo Regional tem como objectivo um maior controlo dos custos e eficiência, e deverá estar concluída em Janeiro de 2011.

O Governo Regional prepara-se para reformular o sistema portuário da Região. Desta forma, em Janeiro de 2011 esta iniciativa da tutela, que tem como objectivo alcançar uma maior eficiência e um maior controlo de custos, prevê a fusão das [actuais quatro] empresas Portos dos Açores, Administração dos Portos de São Miguel e Santa Maria, Administração dos Portos da Terceira e Graciosa e Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental.

Notícia: «Jornal Diário», «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Recursos e potencialidades turísticas

A Associação Regional de Turismo (ART) vai organizar na próxima segunda-feira [dia 13] o seminário intitulado «Recursos e potencialidades turísticas do Grupo Ocidental», no auditório da Câmara Municipal das Lajes.

O director-executivo da ART, José Toste, falará sobre as acções desenvolvidas pela associação e o consultor Francisco Silva, por sua vez, abordará os recursos e as potencialidades turísticas das ilhas do Grupo Ocidental.


Notícia: jornal «PubliTuris».
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Recolha selectiva de resíduos nas Flores

No Verão de 2011 o Centro de Tratamento e Valorização de Resíduos das Flores vai estar pronto para receber as diversas tipologias de lixo produzido na ilha.

Para que possam ser valorizados, é necessário que os resíduos cheguem ao Centro de Tratamento em boas condições e para isso é essencial promover a sua separação na origem, bem como a sua recolha selectiva.

Nesse contexto, técnicos da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar reuniram recentemente com autarcas dos municípios florentinos para debater as melhores soluções para recolha selectiva de resíduos na ilha das Flores.

Foi explicado que é importante que as embalagens sejam recolhidas separadamente por fileira, isto é: vidro, plástico, metal e papel/cartão. Estes resíduos serão depois enviados para reciclagem. Também os pneus, sucata, monstros, óleos minerais, entre outros, podem ser entregues no Centro de Resíduos, onde serão armazenados separadamente para depois serem exportados.

Só os resíduos orgânicos e verdes podem ser valorizados na ilha das Flores, através da sua compostagem. Para a produção de composto de qualidade que possa ser utilizado para melhorar a qualidade do solo e a produção agrícola, é fundamental que os resíduos utilizados não estejam contaminados.

Para a separação dos resíduos no local da sua produção é necessária a colaboração de todos: cidadãos, empresas e entidades da administração pública regional e local, foi realçado no encontro. Mais informação sobre prevenção e gestão de resíduos está disponível em www.residuos-azores.org.


Notícia: jornal «Correio do Norte» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Instabilidade nos taludes inviabiliza o regresso imediato às casas na Fajãzinha

A instabilidade dos terrenos condiciona a operação hoje iniciada de remoção de grandes quantidades de lama e entulho acumuladas no centro da freguesia da Fajãzinha desde [a derrocada ocorrida na passada] sexta-feira, assim como o regresso a casa dos seus cerca de 80 habitantes.

Devido aos deslizamentos de terra provocados por chuvas intensas aquela localidade do concelho das Lajes ficou isolada, sendo evacuada por decisão das autoridades.

Face à instabilidade dos taludes, a intervenção das máquinas hoje iniciada pode originar novos deslizamentos de terras, declarou à Agência Lusa o director regional dos Equipamentos e Transportes terrestres que acompanha a operação. Miguel Costa sublinhou que, por isso, o regresso a casa dos habitantes da Fajãzinha, na sua maioria alojados no aldeamento turístico da Cuada, só deverá ocorrer de forma gradual.

Apesar de se esperar que na quinta-feira [amanhã] seja reposto o fornecimento de electricidade à freguesia e de já estar transitável uma via [alternativa] de acesso à Fajãzinha, o retorno dos seus habitantes só será possível quando estiverem garantidas condições de segurança. “Só com o desenvolvimento da operação agora iniciada se poderá concluir sobre a eliminação dos riscos”, referiu Miguel Costa, admitindo que uma parte da freguesia se revela menos vulnerável a novos deslizamentos. Segundo acrescentou, no núcleo central da localidade, que se desenvolve em torno da igreja, há “risco de haver novos deslizamentos”.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Jornal Diário».
Solidárias saudações florentinas!!

Processo de participação pública no Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das lagoas florentinas

Através da Resolução nº 124/2009, de 14 de Julho [de 2009], o Governo Regional dos Açores decidiu mandar elaborar o Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas Branca, Negra, Funda, Comprida, Rasa, Lomba e dos Patos, na ilha das Flores. À Secretaria Regional do Ambiente e do Mar foi atribuída a responsabilidade pela promoção e elaboração deste plano especial de ordenamento do território.

Nesses termos, o director regional do Ambiente informa todos os interessados e o público em geral que a partir desta data, durante o processo de elaboração do plano mencionado, e até à data do início da respectiva discussão pública, a Direcção Regional do Ambiente, através da Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos, recebe, sob a forma escrita e por qualquer outro meio, todos os comentários, formulação de sugestões e apresentação de informações que possam ser consideradas no âmbito do processo de elaboração do Plano de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Lagoas Branca, Negra, Funda, Comprida, Rasa, Lomba e dos Patos, assim dando-se início ao processo de participação pública.

Salienta-se, ainda, que os comentários, formulação de sugestões e apresentação de informações, também podem ser efectuados através do portal do ordenamento do território e recursos hídricos e do sítio do POBH das lagoas florentinas.


Notícia: jornal «Correio do Norte» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Percursos pedestres vão ser vistoriados

A Secretaria Regional da Economia vai realizar, assim que as condições meteorológicas o permitam, uma vistoria a todos os percursos pedestres da ilha das Flores para avaliar os estragos provocados pelo mau tempo dos últimos dias.

Os quatro percursos pedestres certificados na ilha das Flores foram encerrados devido ao perigo de ocorrência de derrocadas. Após a realização dessas vistorias, serão feitas as intervenções que venham a ser consideradas necessárias no sentido de proceder à reposição de todas as condições de segurança que permitam a sua reabertura.

Notícia: «Correio do Norte», «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fajãzinha: antes e depois da derrocada

As Cascatas...


A Freguesia...

Estas fotografias (acima) são um excelente comparativo fotográfico realizado por Ursulina América (no Facebook).

Entretanto (e também nas redes sociais), multiplicam-se as acções de voluntariado e as propostas de solidariedade para com a sinistrada população da freguesia da Fajãzinha.

Solidárias saudações florentinas!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Agitação marítima irá agravar-se mais!

O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores emitiu hoje um alerta para o agravamento da agitação marítima no arquipélago, com ondas que podem chegar aos nove metros de altura.

No Grupo Ocidental (ilhas das Flores e do Corvo), a previsão é de ondas de Norte com 6 a 7 metros de altura até às 23 horas [de hoje, domingo], agravando-se depois a situação com ondas de Nordeste de 8 a 9 metros no período que se prolonga até às 14 horas de segunda-feira [amanhã].

Na sequência deste alerta, baseado na previsão do Instituto de Meteorologia, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores recomenda às populações que adoptem as precauções habituais nestas alturas.


Notícia: rádio Atlântida, jornal «Público» e TSF - Rádio Notícias.
Saudações florentinas!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ajuda solidária à freguesia da Fajãzinha

Conforme informação do blogue «Kanadas & Kaminhos», está a ser organizada para amanhã (domingo) uma concentração de moto 4 em Santa Cruz, com saída para a Fajãzinha prevista para as 13h30. O principal objectivo é o de auxiliar no transporte de bens pessoais, utilizando (em princípio) uma canada que liga o Moinho da Levada e aquela freguesia, agora isolada.
Os contactos poderão ser efectuados com o Sandro Soares e com o Daniel Mateus, ou directamente com a presidente da Junta de Freguesia da Fajãzinha através do telefone da Aldeia da Cuada (292 590 040).
Solidárias saudações florentinas!!

Derrocadas ocorridas na Fajãzinha


Vídeo-reportagem realizada por Rui América.
Solidárias saudações florentinas!!

Segunda Feira do Livro... na Biblioteca

A Biblioteca Municipal de Santa Cruz irá realizar a segunda Feira do Livro, entre os dias 2 e 17 de Dezembro, contando com uma vasta gama de títulos dísponíveis para todas as idades.

Desde romances a livros de actividades para crianças, passando por exemplares temáticos, esta é uma óptima oportunidade para oferecer algo de diferente neste Natal, por isso não se esqueça de visitar a Biblioteca Municipal.


Notícia: sítio da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Freguesia da Fajãzinha está inacessível

A estrada da Fajãzinha, na ilha das Flores, encontra-se obstruída.

Face ao risco severo existente, solicita-se à população que não utilize aquela via de comunicação.
Equipas dos Bombeiros e brigadas da SRCTE estão a caminho do local.


Notícia: RTP/Antena 1 Açores.
Adicionalmente, veja-se uma notícia do «Telejornal RTP/A» de ontem: "Mau tempo provocou estragos na ilha das Flores" (com vídeo).

Solidárias saudações florentinas!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

«Brumas e Escarpas» #14

O ciclo do milho na Fajã Grande, nos anos 50

Parte VI – A “revolução” da caliveira

Nos finais da década de 1950 surgiu na Fajã a “caliveira” a qual veio alterar significativamente, poder-se-á mesmo dizer que veio revolucionar, a cultura do milho, nomeadamente a forma de o semear e a maneira de o sachar.

A “caliveira” era uma espécie de sachador, puxado apenas por um animal, geralmente um burro ou um macho, que tinha uma armação de forma triangular, sustentada à frente por uma roda, como o arado de ferro e à qual se seguiam séries de um, dois e três dentes com o formato de enxadas, de tal forma dispostos que os de trás passavam por onde não tinham passado os da frente, permitindo assim revolver toda a terra por onde a caliveira passava e que era conduzida por uma rabiça de duas pegas. Destinava-se a sachar o milho, revirando a terra com os dentes e, simultaneamente, arrancando as ervas daninhas. Por essa razão a forma de semear o milho foi substancialmente alterada: os regos passaram a ser rigorosamente paralelos uns aos outros e sempre no cumprimento do terreno, o milho passou a ser semeado um rego sim e dois não de forma a que, quando crescesse, a caliveira e o animal que a puxava pudessem passar por uma espécie de carreiro rectilíneo que ficava entre cada um dos dois regos semeados. Idêntico procedimento era tido nas cabeceiras do terreno.

A caliveira, no entanto, tinha vantagens mas também tinha desvantagens. No que concerne às primeiras, a caliveira aliviava o cansativo trabalho de andar vergado ao sacho dias e dias e, além disso, era bastante mais rápida. No entanto, tinha alguns malefícios o que levou alguns agricultores a teimarem em não a adaptar aos seus terrenos: obrigava a semear o milho em linhas paralelas muito alinhadas e equidistantes o que não era fácil devido à morfologia das terras, destruía muito do milho já crescido, quer por parte do animal, apesar de andar com uma boquilha, quer ao virar a caliveira nos extremos ou até mesmo ou não conduzi-la correctamente. Além disso a caliveira não sachava nem os cantos nem junto aos pés de milho, nem muito menos puxava a terra para junto dos pés deste, obrigando assim, que após o calivar, fosse necessário sachar grande parte do terreno e puxar a terra para junto dos pés de milho. Além disso as caliveiras eram bastante caras e só os lavradores um pouco mais abastados as podiam comprar, embora alguns destes as emprestassem aos que as não tinham por não as poder comprar. Assim acontecia com meu pai e meus irmãos que, por razões económicas, nunca tiveram caliveira mas sacharam sempre o seu milho com uma que lhes emprestava tio José Teodósio, que morava mesmo ali, em frente a uma terra que tínhamos na Fontinha.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gê-Questa defende a sensibilização dos pescadores para o perigo do lixo no mar

A associação ambientalista 'Gê-Questa' promoveu uma limpeza subaquática no porto de pesca de São Mateus, na ilha Terceira, apelando a que sejam feitas campanhas de sensibilização dos pescadores sobre o impacto do lixo no mar.

A iniciativa, inserida nas comemorações do Dia Nacional do Mar, reuniu cerca de três dezenas de participantes, incluindo onze mergulhadores com garrafa e dois em apneia, o que o presidente da associação, Orlando Guerra, considerou ter sido "maravilhoso".

Orlando Guerra fez um balanço positivo, considerando que, "além dos inscritos, as pessoas que passavam juntaram-se à iniciativa e foi possível criar um bom ambiente de trabalho". Durante esta tarde de limpeza no porto de pesca de São Mateus, os participantes retiraram do fundo do mar garrafas, pneus, vários metros de linha, aparelhos de pesca e tecidos, entre outro lixo.

"O que mais nos preocupou foi a quantidade de plásticos", afirmou Orlando Guerra, salientando que também foram retiradas três baterias, que frisou serem "muito prejudiciais ao sistema marinho devido aos metais pesados".

O presidente da 'Gê-Questa' apelou a que seja realizada uma campanha de sensibilização dirigida aos pescadores, considerando que "o impacto daquilo que estão habituados a fazer desde sempre pode ser menor se houver mais sensibilização".

"É difícil mudar comportamentos mas é preciso alertar para (o impacto) do lixo que é deitado ao mar por pescadores e embarcações", afirmou, recordando que "quando entram no sistema marinho, os aparelhos de pesca provocam feridas nos animais". Por isso, defendeu que, "mais do que gastar papel, há que fazer acções, ser pro-activo".


Notícia: «Açoriano Oriental» e rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Curso de "canyoning" na ilha das Flores

De 10 de Dezembro deste ano a 16 de Janeiro do ano próximo, a Associação Desnível vai desenvolver uma acção de formação em canyoning na ilha das Flores, destinada a iniciados nesta actividade.

O curso tem por objectivo principal dotar os formandos dos conhecimentos técnicos mínimos para poderem praticar esta modalidade com segurança em percursos de dificuldade baixa, desde que devidamente enquadrados. O curso inclui uma aula teórica e dois dias e meio de prática.

As aulas práticas nas ribeiras contam, no máximo, com um formador para até 5 formandos. Os formadores são Francisco Silva (coordenador do curso) e Marco Melo. O preço desta formação é de 25 euros (mais 15 euros de cota da Associação Desnível).

Esta formação é organizada pela Associação Desnível em conjunto com a Associação Regional de Turismo dos Açores, e conta com os apoios dos municípios de Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores e da empresa WestCanyon.


Notícia: "sítio" da Associação Desnível.
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domingo, 28 de novembro de 2010

Primeiro aniversário do Centro de Interpretação Ambiental do Boqueirão

O Centro de Interpretação Ambiental do Boqueirão, na ilha das Flores, comemora um ano de existência. Trata-se de um ano de informação, de conhecimento e sensibilização ambiental.

Na realidade, um ano passado sobre a sua inauguração, é oportuno reflectir sobre o cariz e repercussões que estas obras, implementadas pelo Governo Regional dos Açores através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, têm tido a vários níveis, nomeadamente no campo arquitectónico e no âmbito da educação e sensibilização ambiental.

Um Centro de Interpretação Ambiental é um edifício vocacionado para uma perspectiva didáctico-pedagógica que pretende, acima de tudo, dar a conhecer “in loco” o espaço e/ou conteúdo em que está inserido. São marcos construídos de zonas classificadas que, nos últimos anos, têm colocado a Região Autónoma dos Açores no topo das regiões do país com um maior índice de construções desta natureza, ainda por mais, excelentes modelos de arquitectura “visíveis” ao mundo.


Notícia: «Jornal Diário», portal Açores.Net e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
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sábado, 27 de novembro de 2010

Aprovada a orgânica das Unidades de Saúde das ilhas das Flores e do Corvo

O Serviço Regional de Saúde passa a contar, a partir do dia 1 de Dezembro [próxima quarta-feira], com duas novas Unidades de Saúde de Ilha (USI), a das Flores (USIFlores) e a do Corvo (USICorvo).

Esta é uma consequência da publicação, [no passado dia 22] em Jornal Oficial [da Região], dos decretos regulamentares regionais que aprovam as orgânicas daquelas duas novas Unidades de Saúde de Ilha, que se juntam assim às das ilhas do Pico e de São Jorge, já anteriormente implementadas.

A decisão enquadra-se no Programa do X Governo [Regional] dos Açores, o qual prevê a implementação de medidas que prossigam a racionalização dos recursos, procedendo-se a alterações estratégicas da estrutura do Serviço Regional de Saúde.

Com a publicação dos diplomas que aprovam as orgânicas da USIFlores e da USICorvo, o Governo [Regional] pretende “consolidar a estrutura organizativa e o funcionamento dos serviços”, de modo a “obter ganhos de eficácia e eficiência na gestão”.

Pessoas colectivas de direito público, dotadas de autonomia administrativa e financeira, a USIFlores é constituída pelo Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores e a USICorvo pelo “serviço público de saúde” na mais pequena das ilhas do arquipélago.

Ambas as unidades exercem a sua actividade sob a superintendência e tutela do membro do Governo Regional com competência na área da saúde. Por sua vez, a coordenação, orientação e avaliação do funcionamento destas duas USI compete à Direcção Regional competente em matéria de Saúde, sem prejuízo das competências legalmente cometidas à SaúdAçor – Sociedade Gestora de Recursos e Equipamentos de Saúde dos Açores, S. A., e à Inspecção Regional de Saúde.

Nos termos da legislação agora publicada, a USIFlores e a USICorvo têm como missão “a promoção da saúde na sua área geográfica, através de acções de educação para a saúde, prevenção e prestação de cuidados na doença”. Podem ainda “prestar cuidados de saúde diferenciados e desenvolver actividades de vigilância epidemiológica, de formação profissional, de investigação em cuidados de saúde, de melhoria da qualidade dos cuidados e de avaliação dos resultados da sua actividade”.

A acção das USI agora criadas dirige-se aos indivíduos, famílias, grupos e comunidade residentes nessas ilhas e aos nelas deslocados temporariamente. No caso das Flores, o diploma determina ainda que o serviço de prestação de cuidados de saúde integra seis unidades funcionais: unidade de saúde familiar e comunitária, unidade de saúde pública, unidade de diagnóstico e tratamento, unidade de internamento e unidade básica de urgência.


Notícia: rádio Atlântida e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!