quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Açores funcionam como 'bomba de gasolina' para baleias em migração

Cientistas marcaram animais e estudam material. Arquipélago dos Açores podem ter uma função dupla para os movimentos migratórios [das baleias].

Cientistas colocam transmissores de satélite no dorso de baleias que passam nas águas do arquipélago dos Açores durante movimentos migratórios de milhares de quilómetros.

O programa de telemetria por satélite de grandes baleias foi iniciado em 2008 pela Universidade dos Açores, com o objectivo de recolher informação sobre o papel deste arquipélago na ecologia de três das espécies de rorquais (baleia-azul, baleia-comum e baleia-sardinheira) e desvendar quais os processos que influenciam os seus movimentos [migratórios].


Notícia: «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Crise obriga a cortar nos medicamentos

A falta de dinheiro está a levar mais açorianos a abdicarem de produtos farmacêuticos, inclusive medicamentos, alerta Aires Raposo, delegado nos Açores da Associação Nacional de Farmácias.

“Não escapamos à crise que assola o país. Naturalmente que há diminuição no consumo de medicamentos por parte da população”. Agora, a par desta redução, assiste-se também à quebra do valor apurado pelas farmácias devido à diminuição do preço de muitos medicamentos”, afirma o delegado regional da ANF.

De acordo com Aires Raposo, nos primeiros 10 meses do presente ano verificou-se uma quebra de 2,6% na venda de produtos farmacêuticos, a que corresponde uma diminuição de 10,9% no seu valor face ao mesmo período de 2010.

“Penso que este facto traduz não só as dificuldades de uma faixa da população em ter acesso ao sistema de saúde como a deterioração dos níveis de rendimento de algumas famílias”, refere o delegado regional da ANF.

Ainda segundo Aires Raposo, face ao mercado total de produtos farmacêuticos a venda média por farmácia baixou 15,6% nos Açores até Setembro, quando a nível nacional a redução foi inferior (13,3%), sendo que, acrescenta, “é nos Açores, Madeira e Santarém que ocorreu a maior diminuição nas vendas das farmácias”.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

6 ilhas dos Açores no topo da lista de retenção e desistência no ensino Básico

A taxa de retenção e desistência no ensino básico em Portugal é de 7,9%, com seis ilhas dos Açores e a península de Setúbal no topo da lista das sub-regiões, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Os dados referentes ao ano lectivo 2009/2010 foram divulgados como parte dos Anuários Estatísticos Regionais hoje publicados. Analisando as sete regiões do país, a Madeira e o Norte detinham, respectivamente, "o valor mais elevado e o valor mais baixo da taxa de retenção/desistência no ensino básico, quer se considere todos os ciclos do ensino básico ou apenas o ciclo terminal", destaca o INE.

Uma análise mais detalhada, ao nível das sub-regiões (NUTS III, nomenclatura das unidades territoriais estatísticas de terceiro nível que divide cada região em sub-regiões), mostra que seis ilhas dos Açores (Flores, Terceira, Santa Maria, Pico, São Miguel e Faial) lideram a lista, com taxas entre 10,8 e 12,9%. Só depois surgem sub-regiões do Continente, encabeçadas pela península de Setúbal (10,3%), Alentejo Litoral (9,8%) e Grande Lisboa (9,3%).

Olhando apenas para o 3º ciclo e para as NUTS III, as ilhas das Flores, Graciosa, Santa Maria, Pico, São Miguel e a península de Setúbal têm as maiores taxas [de retenção e desistência] de todo o país: entre 21,3 e 18,1%.

Ainda de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, em Portugal a taxa de transição/conclusão no ensino secundário situou-se, no ano lectivo de 2009/2010, em 80,7%. As Regiões Autónomas [Açores e Madeira] e as regiões do Algarve e de Lisboa "registavam valores inferiores à média nacional neste indicador", destaca o INE.


Notícia: RTP Antena 1 Açores e jornal «Correio da Manhã».
Saudações florentinas!!

domingo, 27 de novembro de 2011

Como irá ser a futura recolha selectiva de resíduos no concelho de Santa Cruz

No início do próximo ano, a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores vai implementar o sistema de recolha selectiva de resíduos sólidos urbanos [o nosso lixo doméstico], cujo objectivo é encaminhá-los para a reciclagem.

Para sensibilizar e informar a população, a autarquia está a promover, em colaboração com a Direcção Regional do Ambiente, sessões de esclarecimento em todas as freguesias e lugares do concelho de Santa Cruz.

Durante a passada semana ocorreram a maioria dessas sessões de esclarecimento [na Caveira (segunda-feira, dia 21), em Ponta Delgada (na quarta-feira), na Fazenda e no Monte (quinta-feira) e Ribeira dos Barqueiros, Boavista e Santa Cruz (na sexta-feira)], faltando apenas duas sessões de esclarecimento que deverão acontecer amanhã [dia 28] nos Cedros (às 19 horas na Junta de Freguesia) e na Ponta Ruiva (às 20h30 na antiga escola).

Para a deposição e recolha dos resíduos sólidos urbanos, os munícipes do concelho de Santa Cruz terão ao seu dispor 100 conjuntos de quatro ecopontos adquiridos e colocados na via pública pela Câmara Municipal em locais acessíveis, para que de forma rápida e prática [os munícipes lá] possam depositar os resíduos [já] devidamente separados.

Para que esta operação seja ainda mais rápida e fácil, a Câmara Municipal de Santa Cruz vai distribuir gratuitamente por todas as habitações um ecoponto doméstico constituído por 3 sacos, para que na sua casa possa separar as diversas tipologias de resíduos que depois deverão ser colocados no ecoponto mais próximo para recolha selectiva e posterior reciclagem.

Todo o funcionamento desde modelo de gestão depende de uma correcta separação e selecção dos resíduos. Assim, a colaboração activa e empenhada de toda a população é a parte mais importante desde modelo de gestão. A separação de resíduos leva à minimização dos custos de entrega dos resíduos no Centro de Processamento. Quando mais [o munícipe] separar, mais a autarquia vai poupar na entrega dos resíduos indiferenciados.


Notícia: sítio da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

sábado, 26 de novembro de 2011

Pousada das Lajes encontra-se à venda

A Câmara Municipal das Lajes das Flores colocou à venda a Pousada do concelho.

A autarquia lajense florentina diz que não está vocacionada para a gestão de unidades hoteleiras. Há pelo menos dois interessados na aquisição do empreendimento turístico, conforme revelou à [rádio] Antena 1 Açores uma fonte da Câmara Municipal das Lajes.

A Pousada da vila das Lajes das Flores foi construída pelo Governo Regional há mais de 20 anos. O projecto fazia parte de um conjunto de estruturas hoteleiras que alimentariam fluxos turísticos para as ilhas mais pequenas. Uma iniciativa que não teve o êxito esperado na ilha das Flores, acabando a Pousada por passar a ser propriedade da Câmara Municipal por transferência do Governo Regional.

Neste anúncio de concurso público para alienação da Pousada das Lajes foi integrada a possibilidade do arrendamento dos 14 antigos apartamentos da Rádio Naval.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

«Brumas e Escarpas» #30

Os fiscais dos isqueiros

Os fiscais dos isqueiros eram, na Fajã Grande e provavelmente em muitas outras localidades da ilha das Flores, depois do diabo e dos navios russos, um dos principais e mais indesejados arquétipos do medo. É que assim como os navios russos, que o mafarrico pelos vistos nunca chegou a aparecer a quem quer que fosse, os fiscais dos isqueiros apareciam de repente, sem ninguém contar com eles, quanto menos se esperava, disfarçados, à paisana e sem se identificarem. Um dedo a raspar na roda de fuzil do isqueiro e, mesmo que este ou por falta de gasolina ou por excesso de vento, não acendesse ou nem sequer faiscasse, era multa certa e sabida. Pagava-se, não se bufava e ficava-se sem o dito cujo.

É que em Portugal, nos anos 1950 e nas décadas anteriores, durante a ditadura salazarista, havia uma lei segundo a qual o porte e uso do isqueiro exigiam uma licença que custava na altura, se bem me lembro, à volta de 10 escudos. Muito dinheiro naquela época! Além disso um gasto injustificável e incompreensível, quando afinal o dinheiro rareava para os bens estritamente necessários. Mas a lei era de tal maneira exigente que a licença, para além de ser tirada e devidamente paga, era como a carta de condução, isto é, devia estar na posse do utilizador do isqueiro sempre e em qualquer lugar em que este se encontrasse ou estivesse a fumar, quer fosse fora da porta de casa, sentado à Praça, no Mato ou a até a dançar a chamarrita em cima do Monchique. Os fiscais, por sua vez, eram tão pérfidos, ferozes e safardanas que, para além de actuarem pela calada, como as raposas quando assaltam os galinheiros, tinham a distinta lata de chegar a pedir lume a uns e a outros, para mais facilmente apanharem quem quer que fosse com a boca na botija. As multas, por sua vez eram pesadíssimas, chegando a rondar os 50 escudos, o que significava rigorosamente quase três alqueires de milho ou outros tantos dias de trabalho.

Nunca se percebeu bem a razão e o fundamento desta inaudita lei, cuja multa era duplicada se o prevaricador fosse funcionário público, cuidando-se, no entanto, que o seu objectivo era proteger a Fosforeira Nacional, produtora das célebres caixinhas de “amorfos”, com as quinas portuguesas ou com meninos de várias raças desenhados no seu frontispício. É que o dinheiro das licenças e 70% das multas revertia a favor daquela empresa que detinha o monopólio da produção das caixas de fósforos, na Fajã Grande designadas por “caixas de mechas”. Os restantes 30% revertiam a favor dos próprios fiscais e dos seus informadores, caso os tivessem. Assim se podia compreender a forma intrigante, opressiva, tirânica e gananciosa de actuar dos fiscais sobre os fumadores dos célebres rolos de “1943” de cor azul e dos “Santa Justa” de cor acastanhada, quando puxavam do isqueiro para os acender.

Na Fajã, no entanto, as receitas para a Fosforeira Nacional não eram muitas, nem os lucros dos fiscais volumosos. É que sendo um lugar pequeno e isolado, a chegada daqueles intrusos meliantes era sempre detectada por alguém, mormente após a primeira actuação e, a partir daí o grito de - “Estão aí os fiscais!” - espalhava-se com uma celeridade impressionante, a tempo dos futuros prevaricadores se prevenirem, geralmente escondendo a “arma do crime” em lugar secreto e bem seguro e que só após a debandada dos “abutres” seria de novo retomada para se acenderem os cigarros, sem multas, com o devido sossego e à vontade.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hoje é dia de GREVE GERAL... mesmo!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Município de Santa Cruz irá apresentar uma queixa contra a PT na ANaCom

A Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores aprovou por unanimidade um voto de protesto contra a Portugal Telecom (PT) pela "falta de qualidade do serviço prestado" ao nível das ligações de internet, tendo ainda decidido apresentar queixa na ANaCom.

A autarquia santacruzense florentina, liderada pelo socialista Manuel Pereira, considera que os habitantes do seu concelho "são clientes iguais aos restantes" e devem ser tratados como tal pela PT, denunciando que estão "a pagar por um serviço que efectivamente não têm".

"As ligações de internet no concelho encontram-se num estado lastimável", refere o documento aprovado pelo executivo municipal, acrescentando que a situação resulta numa "enorme perda de tempo e de produtividade" para os serviços municipais e da administração central e regional, prejudicando ainda as empresas do concelho.

Segundo o documento, a que a Agência Lusa teve acesso, a situação "deve-se ao facto de o serviço de transmissão de dados via satélite [na ilha das Flores] se manter igual ao que foi instalado inicialmente, esquecendo-se a PT do aumento das necessidades do serviço e do aumento de clientes [seus na ilha das Flores]".

"Sabemos que a PT continua a angariar clientes, enganando-os e agravando o serviço prestado aos já existentes", acrescenta o voto de protesto aprovado pela Câmara Municipal de Santa Cruz, recordando que a situação foi "manifestamente diferente" no dia 23 de Setembro, altura em que o Presidente da República visitou o concelho. "Constatámos [então] uma melhoria do serviço [de ligação à internet], pelo que deduzimos que existem soluções para o problema", conclui o documento.

As ilhas das Flores e Corvo são as únicas do arquipélago dos Açores que ainda não estão ligadas pelo cabo [submarino] de fibra óptica. A empreitada já foi adjudicada, mas ainda não foi divulgada a data para o início dos trabalhos.


Notícia: Notícias.RTP.pt e edição on-line do semanário «Expresso».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Castanheira encerra em São Jorge

A empresa [florentina] de construção civil Castanheira & Soares vai encerrar a sua actividade na ilha de São Jorge e despedir 70 trabalhadores.

Na base da decisão está uma dívida de quase 3 milhões de euros relativa à construção das novas instalações da Escola Profissional de São Jorge.

O incumprimento arrasta-se há vários anos, repercutindo-se a toda a actividade da empresa, que tem negócios nos Açores e em África.


Notícia: RDP Antena 1 Açores (com som).
Saudações florentinas!!

Faróis abertos para visitas gratuitas

Trinta dos 50 faróis nacionais vão estar abertos ao público todas as quartas-feiras, para visitas guiadas gratuitas, numa iniciativa da Marinha portuguesa para dar a conhecer a missão e as funções dos faroleiros.

Nos Açores, a iniciativa estende-se aos faróis de Ferraria, Ponta do Cintrão, Arnel, Gonçalo Velho, Ponta da Garça, Contendas, Ponta da Barca, Carapacho, Ponta da Ilha, Ponta do Topo, Albarnaz e Lajes das Flores.

Fonte do gabinete de imprensa do Estado-Maior da Armada disse que esta abertura [dos faróis], às quartas-feiras entre as 14 horas e as 17 horas, será durante um período experimental de um ano. Findo este período será feito um balanço para analisar se a iniciativa teve boa adesão e se será mantida ou até mesmo alargada a outros faróis.

Para já estão abertos ao público 30 dos 50 faróis do Continente e ilhas, em que os faroleiros residentes acompanharão os grupos de visitantes, que não precisam de marcação prévia, e explicarão a história das edificações e o funcionamento técnico dos equipamentos, numa iniciativa iniciada na passada quarta-feira [dia 16], Dia Nacional do Mar.

Esta fonte da Armada acrescentou que as [regulares] visitas aos faróis, tal como ocorriam anteriormente, podem continuar a ter lugar fora das datas e horários agora definidos, carecendo no entanto de autorização prévia.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DECO diz que os consumidores têm falta de informação sobre separação de lixos

O consumidor português tem falta de informação sobre o tratamento que deve dar ao lixo doméstico e devia receber em sua casa alguns conselhos práticos para orientá-lo na separação, local e condições de entrega no seu município, defende a DECO.

A propósito da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos, a especialista da Associação de Defesa do Consumidor (DECO) Sílvia Menezes disse à Agência Lusa que as autarquias, em colaboração com as entidades gestoras de resíduos, deviam informar os munícipes de uma forma simples e detalhada acerca dos passos para o tratamento do lixo. Uma opção seria “receber um folheto em casa a explicar o que deve separar e onde estão localizadas as infra-estruturas no seu município e os horários de recolha, em mensagens simples”, referiu.

Sílvia Menezes considera que o consumidor ainda não está “suficientemente sensibilizado” para a necessidade de alterar comportamentos, mas realça que no entanto “a adesão está a aumentar, fruto das campanhas, que continuam a ser praticamente só ao nível dos resíduos de embalagem e, mais recentemente, do equipamento eléctrico e electrónico”. “Para tudo o resto há muito pouca informação”, acrescentou.

Para a DECO é necessária uma colaboração muito estreita entre o município e as entidades gestoras para fazer chegar a informação “o mais completa possível a casa dos consumidores”. A associação considera que as campanhas que passam essencialmente pela rádio e televisão “são genéricas” e sublinha que há diferenças entre municípios.


Notícia: secção Ecosfera do «Público» e «Jornal de Notícias».
Saudações florentinas!!

domingo, 20 de novembro de 2011

«Miscelânea da Saudade» #15

Voltando ao tempo da Guerra

Não entramos em guerra; mas antes tivéssemos. Quando rebentou a Guerra em 1939, Salazar para fugir com o "rabo à seringa" declarou-se neutro a Hitler, mas foi um neutro falso. Sim, um farsante fingido, porque ele abriu a base militar da Terceira e de Santa Maria para abastecimento dos inimigos de Adolf Hitler. Como quem diz: "não entro na guerra mas vocês que se sirvam..."

No mar das Lajes das Flores, mais propriamente no calhau da Dura, como chamávamos, lugar mais do meu conhecimento e perto de casa, encontravam-se alguns 'fardos de borracha virgem', assim designados. Cheguei a ver dois; e por sinal bem perto de mim. Como rapaz que era, não tive acesso a nenhum. Mesmo que tivesse, seria inútil porque não saberia o que havia de fazer com eles. Jangadas com sobreviventes de barcos afundados ainda por submarinos nazis, fui testemunho duns poucos. Nas Lajes, à revelia do mar e a favor dos sinistrados, apareciam jangadas de noruegueses, ingleses e outras nacionalidades.

Todos estes náufragos eram ainda resultado dos submarinos alemães, que mesmo a saberem que a "sua Alemanha" já estava entregue à bicharada retinham-se debaixo de água e iam fazendo das suas... Em Ponta Delgada (São Miguel) isso também se deu e a Guerra já havia terminado e Adolf Hitler estava morto.

Quando estas jangadas arribavam aos calhaus ou ao porto das Lajes, por vezes com 7, 8 ou mais náufragos, algumas famílias mais abastadas acolhiam-nos nas suas casas. Lembro-me de em casa de António Garcia Vieira (o senhor Garcia), assim conhecido, ficavam lá de dois a quatro naufragados. Como eramos religiosos, eles viram-se obrigados a seguir os seus acolhedores para a missa do domingo, notando-se mesmo que estavam a fazer a vontade de quem lhes dava de comer. Já na igreja, roíam as unhas e a pele queimada do sol nos dedos, devido a dias a fio terem andado expostos nas jangadas que, se o mar embravecia revirava-as, tendo elas abastecimento de sobrevivência dos dois lados; neste caso, eram pastilhas feitas à base de leite ou uns cakes de outros nutrientes que se encontravam dentro de cada lado da jangada.

As comunicações para o seu retorno, eram enviadas através da rádio transmissor, ou seja, a Rádio Naval das Lajes. Não muito a partir daí, apareciam barcos de guerra provenientes das suas nações, que os recolhiam em mar alto fora do Porto das Lajes.

-- continua --

Denis Correia Almeida

sábado, 19 de novembro de 2011

Feijão assado no «Sabores das ilhas»

Amanhã será mostrada pela RTP Açores no programa «Sabores das ilhas» a nossa conhecida feijoada, aqui feita no forno. A entrada será de torta de erva patinha.
Neste programa são participantes: Nélia Freitas, do restaurante Pôr do Sol e João Gomes Vieira, investigador histórico, escritor e ex-director do Museu das Flores. No «Sabores das ilhas» desta semana haverá lugar também a duas reportagens florentinas: um retrato turístico da ilha e a produção de queijo.

«Sabores das ilhas» é um programa televisivo com autoria e apresentação de António Cavaco, produzido por Emanuel Carreiro e realizado por José Serra. «Sabores das ilhas» é transmitido na RTP Açores aos domingos pelas 19h20 (repetindo na sexta-feira seguinte, às 22 horas).

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Amanhã há noite de fado nas Lajes

A fadista terceirense Dina Aguiar desloca-se este fim-de-semana à ilha das Flores para um grande Encontro do Fado, patrocinado pelo Lions Clube Pérola do Ocidente e que se irá realizar na Casa do Povo das Lajes, pelas 22 horas.

Neste evento Dina Aguiar será acompanhada na guitarra por José Gaspar, da ilha do Pico, e na viola por Issac Silveira, do Faial; também participam José Francisco e Eduardo Rosa, pelo Faial, e Armanda Banha e Armando Meireles, pela ilha das Flores.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Petição em defesa da avifauna açoriana

Por favor leia a Petição «A favor da avifauna açoriana e contra a sua inclusão na lista de espécies de carácter cinegético» e (se concordar com o seu conteúdo) assine-a!
Saudações florentinas!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Conservação do património religioso

José Contente referiu que a preservação regional do património religioso só é possível com a colaboração de diversas entidades e da sociedade civil.

O secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, José Contente, que participou em representação do presidente do Governo [Regional] dos Açores nas festividades religiosas da cerimónia de inauguração das obras da Igreja Matriz de Santa Cruz das Flores, deu como exemplo [dessa múltipla colaboração] estas obras, cujo investimento foi repartido entre vários departamentos governamentais, a população local e recolhas de fundos da Igreja Paroquial.

“A conservação e restauro deste valioso património religioso, que data do século XVIII, representa muito para a comunidade local, que agora volta a frequentar os actos religiosos numa Igreja Matriz renovada e mais segura”, afirmou o secretário regional.

As autoridades eclesiásticas agradeceram o contributo do Governo Regional na recuperação do património religioso nos Açores, considerando uma ajuda “fundamental” sem a qual seria mais difícil concretizar a maioria das obras.


Notícia: «Jornal Diário», «Correio do Norte» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 13 de novembro de 2011

Tripulante de cargueiro foi resgatado

Um tripulante indonésio foi resgatado este domingo pela Força Aérea Portuguesa, a 540 quilómetros a oeste da ilha das Flores, do navio pesqueiro espanhol Oleaje, devido a um traumatismo no globo ocular.

De acordo com um comunicado do Comando da Zona Aérea dos Açores, nas Lajes, ilha Terceira, estiveram envolvidos na operação, que durou 11 horas, um helicóptero EH-101 e um C295M que efectuaram escalas e reabastecimentos na ilha das Flores. O paciente foi encaminhado pela equipa médica militar para o Hospital de Santo Espírito, em Angra do Heroísmo.

O comunicado militar realça que "esta operação não teria sido possível por um dos antigos helicópteros SA330 Puma, anteriormente ao serviço no arquipélago, por só ter autonomia para operar a uma distância consideravelmente mais curta".

Com a intervenção dos EH-101 Merlin "ganhou-se cerca de dez horas para o tratamento hospitalar do paciente", finaliza o comunicado do Comando da Zona Aérea dos Açores.


Notícia: «Jornal de Notícias», semanário «Sol» e jornal «Público».
Saudações florentinas!!

RTP Açores vai passar a ter “autonomia administrativa”... mas será privatizada?

“Para além da alienação de um canal generalista até final de 2012”, a RTP irá autonomizar “os serviços técnicos de produção/distribuição e os serviços de media regionais da Madeira e dos Açores cedendo uma parte do capital destas estruturas”, consagra o plano de reestruturação da empresa.

O plano desenhado pelo conselho de administração da RTP afirma ainda o aproveitamento de “todas as formas de organização das sinergias com a Agência Lusa, designadamente na área das delegações e correspondentes e na área dos serviços partilhados”.


Notícia: «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

sábado, 12 de novembro de 2011

Dificuldades de financiamento podem condicionar a aposta nas renováveis

O presidente da eléctrica açoriana, Duarte Ponte, admitiu [ontem] que as dificuldades de acesso a financiamento podem condicionar a execução do programa [de alargamento e implementação] das energias alternativas no arquipélago, mas garantiu que a empresa mantém as metas previstas para 2015.

“Estamos a passar um momento muito difícil. Temos um projecto que tem vindo a ser alterado, acomodando-se às dificuldades financeiras que existem, mas estamos convencidos que, no próximo ano, vamos levar por diante grande parte desse investimento”, afirmou Duarte Ponte.

O presidente da EDA sublinhou que a empresa pretende garantir que, a partir de 2015, cerca de metade do consumo eléctrico dos Açores seja assegurado pelo recurso à produção de Centrais geotérmicas, hídricas e eólicas. Duarte Ponte admitiu, no entanto, que, se a realidade “vier a demonstrar que há dificuldades inultrapassáveis em termos de financiamento”, pode ser necessário “reduzir o investimento”.

Apesar de reconhecer que o “custo do dinheiro” é agora maior de que em anos anteriores, frisou que “ainda é altamente rentável apostar nas energias renováveis”. “Basta dizer que, para produzir um MWh na ilha de São Miguel, só o custo do fuelóleo [combustível usado nas Centrais térmicas] é de 104 euros, enquanto no caso da geotermia andará pelos 55 euros”, afirmou o presidente da EDA.


Notícia: rádio Atlântida, semanário «Expresso» e revista «Visão».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

«Parada das Árvores» está em leilão

As árvores vencedoras da iniciativa “Parada das Árvores” encontram-se em leilão nas nove ilhas dos Açores, até ao dia 15 de Novembro [próxima terça-feira]. A Direcção Regional dos Recursos Florestais promoveu este evento no âmbito do Ano Internacional das Florestas, com a distribuição de 100 exemplares em fibra de vidro, que foram decorados por alunos de escolas e instituições do arquipélago.

Segundo a directora regional dos Recursos Florestais, o preço base da licitação é de 100 euros, sendo os montantes angariados entregues às instituições de solidariedade social dos Açores, escolhidas pela população. Anabela Isidoro adiantou que já várias árvores foram licitadas, sublinhando, no entanto, que não foram feitas ainda licitações em algumas ilhas. O montante angariado será entregue [às respectivas instituições sociais] em cerimónia pública, no dia 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone.


Notícia: rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RTP Açores é o canal público que menos respeita o pluralismo político-partidário

Os programas de informação da RTP apresentam “uma evolução positiva em alguns indicadores” no cumprimento do pluralismo político-partidário, avalia a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Os maiores desequilíbrios verificaram-se nos canais regionais, em particular na RTP Açores.

As duas delegações do serviço público de televisão nos Açores e na Madeira tendem a dar mais espaço [noticioso e informativo] aos respectivos Governos Regionais, segundo o relatório divulgado pela ERC, sobre o pluralismo político-partidário na RTP em 2010.

Na RTP Açores, o Executivo regional liderado pelo socialista Carlos César teve, no ano passado, uma “maior presença” no ar “com valores consideravelmente superiores aos da oposição parlamentar”. Estes dados são, de resto, consistentes com “o desequilíbrio verificado nos anos anteriores”.


Notícia: jornal «Público».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

«Brumas e Escarpas» #29

Novembro

Na Fajã Grande, na década de 1950, Novembro era um mês estranho, esconso, mítico, repleto de ritos arrepiantes, de emoções tenebrosas e de celebrações fúnebres. É que, para além de sob o ponto vista meteorológico ser um mês de mau tempo, de dias invernosos, curtos e escuros, Novembro era o mês da devoção e do culto das almas do purgatório, o mês durante o qual, quer com missas e outras celebrações na igreja, quer com preces e orações em casa, quer ainda com romagens e visitas ao cemitério, devíamos sufragar as almas dos nossos parentes falecidos e pedir pelas almas do purgatório, em geral, “principalmente as mais abandonadas e que mais sofriam ou não tivessem quem intercedesse por elas”.

O mês iniciava-se com a festa de todos os Santos, celebrada exactamente no dia um, e que, mais do que festejar os eleitos que já “gozavam a santa glória” de Deus, se destinava à preparação, limpeza e ornamentação do cemitério e das sepulturas dos nossos antepassados que haviam falecido nos últimos anos, caso ainda não tivessem sido abertas. Mas o que mais caracterizava a festa dos Santos, era o facto de ser nesse dia que se realizava a “derrama” das almas. Sob as ordens e orientação da “Mordoma das Almas”, cargo desempenhado durante muitos anos por minha avó materna, um grupo de homens corriam todas as casa da freguesia recolhendo as ofertas de milho para as almas, que iam transportando em cestos e sacos para casa da mordoma. Aqui juntavam-se as mulheres e, formando uma enorme roda à volta das maçarocas que eram recolhidas já descascadas e que formavam um grande monte no meio da sala, iam-nas debulhando e enchendo os grãos em sacas de serapilheira, devidamente pesadas, a fim de se venderem mais tarde. O dinheiro resultante dessa venda era destinado a celebrar missas pelas almas do purgatório. Esta operação implicava uma grande movimentação de gentes e recolhia grandes quantidades de milho. Quem não o tivesse ou, se assim o entendesse, oferecia um valor equivalente em dinheiro.

Por sua vez, o dia seguinte, chamado dia de Finados ou dos Defuntos, era um dia de luto, de missas, de orações e de visitas ao cemitério. Nesse dia celebravam-se durante a manhã três missas, intercaladas com visitas ao cemitério, durante as quais o pároco paramentado de negro, por entre orações, súplicas, rezas e pregações ia recordando os três “Novíssimos” que constavam do catecismo e que eram os seguintes: Morte, Juízo e Inferno ou Paraíso. Era também durante este dia que, segundo se dizia, se comemorava a morte e o enterro do “Velho Laranjinho”, uma figura mítica e lendária que morria todos os anos e que simbolizava todos os mortos da freguesia. Era montado um catafalco no cruzeiro da igreja, à volta do qual se celebravam os ritos fúnebres como se de um funeral de verdade se tratasse. Os sinos dobravam a finados de manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite, convidando ao silêncio, à oração pelas almas e à reflexão sobre a nossa própria morte, que havia de chegar um dia.

Durante os restantes dias do mês, com excepção dos domingos, realizava-se, na igreja paroquial, a devoção ou novena das almas. Já noite escura a igreja enchia-se de gente como se de domingo se tratasse e era celebrada missa, geralmente a chamada pelo Missal Romano “missa quotidiana dos defuntos”. A igreja permanecia propositadamente escurecida, sendo apenas iluminada pelas velas do altar-mor e por outras seis encravadas em outros tantos gigantescos castiçais dourados, colocados ao redor de um enorme tapete preto, debruado a amarelo e com uma enorme cruz a meio, estendido bem no centro do cruzeiro, logo a seguir à capela-mor. A escuridão do templo, por um lado, convidava e proporcionava aos crentes um ambiente mais propício à oração e à reflexão sobre o mistério da sua própria morte e, por outro, encenava uma espécie de enquadramento daquilo porque todos, sem distinção, já tinham passado – a lembrança da morte de algum familiar. De seguida o pároco envergando a capa de asperges preta e barrete de três quinas, colocava-se estrategicamente à cabeceira do tapete e, voltado para o povo, rezava um responso por cada um dos agregados familiares da Fajã, agrupados ao longo dos vários dias, desde o cimo da Assomada e até ao fim Via d’Água. Como as famílias obviamente eram muitas mais do que os dias do mês, o pároco agrupava em cada dia um número razoável e adequado de agregados familiares, sendo que, no entanto, rezava separadamente os responsos, ou seja um pelos defuntos de cada família. Entre a reza de cada responso, o pároco pegando no hissope encharcava-o na caldeirinha da água benta que o sacristão lhe apresentava, dava uma volta ao tapete e aspergia-o em cruzes sucessivas dos quatro lados, enquanto os sinos dobravam a finados.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Proposto novo modelo de transportes marítimos... integrando passageiros

Um novo modelo para o transporte marítimo de passageiros e carga foi proposto por um docente da Escola Náutica Infante D. Henrique, que ligaria por mar o nosso arquipélago à Madeira e ao Continente.

A ideia está testada, e a funcionar com êxito, numa rota entre o Continente, a Madeira e as Canárias, uma operação desenvolvida pela empresa espanhola Naviera Armas. Para já os Açores ficaram de fora.

Esta possibilidade constitui um novo plano estratégico para o transporte marítimo, defendido por Sousa Coutinho, professor na Escola Superior Náutica Infante D. Henrique: "Saindo de Portimão, indo ao Funchal, aproveitando o alísio, indo a Ponta Delgada e regressando a Portimão, pode-se pensar em aproveitar as ligações, integrando para além de carga, passageiros. Isto corresponde a uma necessidade do mercado e teria resposta positiva, constata-se que existe uma necessidade deste tipo de serviço".

Este modelo de transporte reforçaria o papel das transportadoras regionais inter-ilhas, a AtlânticoLine e a Transmaçor.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 6 de novembro de 2011

Igreja Matriz de Santa Cruz irá reabrir ao culto no próximo domingo (dia 13)

Depois de muitos anos de laboriosas iniciativas destinadas à recolha de fundos e após a obtenção de apoios oficiais, a que se seguiram anos de realização de trabalhos, chegou finalmente a data escolhida para a cerimónia de reabertura ao culto da Igreja Matriz de Santa Cruz.

A realização da recuperação do templo só foi possível graças ao esforço conjunto e abnegado de muita gente, não só da ilha como de fora dela, mas em especial dos paroquianos de Santa Cruz.

A Paróquia de Santa Cruz das Flores vai assim estar em festa no próximo [domingo] dia 13 de Novembro.

Os párocos, a comissão de assuntos económicos e todos os paroquianos vão estar muito felizes e em festa, por solidariamente terem chegado a esta ocasião.


Extractos de uma folha de informação dos párocos Davide Barcelos e Rúben Sousa aos paroquianos de Nossa Senhora da Conceição.
Saudações florentinas!!

sábado, 5 de novembro de 2011

António Gonçalves: «Ilhas pequenas [estão] entregues a um ciclo vicioso»

O presidente da Comissão Política do PSD da ilha das Flores, António Maria Gonçalves, em entrevista ao jornal «Diário Insular», afirmar “temer que seja tarde para este processo quase irreversível de distanciamento e de ausências”.

«Diário Insular»: Em termos demográficos a ilha das Flores passou pelo início da Autonomia sem novidades e continuou a perder população, estando no Censos de 2011 em mínimos populacionais históricos. O que se passa nessa ilha?

António Maria Gonçalves: Acho que simplesmente não se passou nada ou quase nada... A ilha continuou afastada, isolada... abandonada. Assistiu a um pequeno esboço do “desenvolvimento harmónico” que se quedou pela construção do porto [comercial nas Lajes], mas o resto foi sempre sendo adiado. Acessibilidades, saúde, comunicações... Só depois de Cabo Verde...

«Diário Insular»: Já foi afirmado que a solução para os Açores é deixar que as ilhas mais pequenas decresçam até aquele que será o seu tamanho populacional natural. Esta visão parece ter a ver com o desenvolvimento unipolar e não com o desenvolvimento harmónico, que está na origem do projecto autonómico. Para a ilha das Flores, que vantagens e perigos poderão advir dessa visão?

António Maria Gonçalves: Penso que isso nunca poderá acontecer. A Autonomia terá sempre de ser a “teoria” certa para os políticos das Portas do Mar poderem convencer os eleitores oriundos das ilhas, que residem em Ponta Delgada. Estes, que sentiram na pele a necessidade de sair das suas ilhas, encarregar-se-ão de as defender. É o ciclo vicioso que aqui funcionará como garantia de um extermínio impossível.

«Diário Insular»: Sente que é possível introduzir mais pujança económica na ilha das Flores, ao ponto de manter e depois aumentar a população ou parece-lhe que estamos perante um fado ou uma fatalidade?

António Maria Gonçalves: Isso teria sido mais fácil de alcançar, com trabalho sério, há 15 anos atrás. Década e meia a construir estátuas onde elas podem ser admiradas... passou muito tempo sem se fazer o que se deveria. Temo que seja tarde para este processo quase irreversível de distanciamento e de ausências.

«Diário Insular»: Esta Autonomia, pelo caminho que vai, ainda tem futuro ou estará na altura de inventar outra Autonomia?

António Maria Gonçalves: Terá de ser reciclada... expurgada... nove estrelas com a mesma dimensão e com o mesmo brilho desde a ilha de Gonçalo Velho ao ilhéu do Monchique, no fim (ou começo) da Europa, na fronteira das Américas.


Entrevista publicada no jornal «Diário Insular» de 11 de Agosto [infelizmente a entrevista está disponível online apenas para assinantes].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A ilha das Flores no "You Tube" (XX)


Voltamos a encontrar no «You Tube» [sítio de partilha de vídeos na internet] algumas imagens relativas à ilha das Flores, desta vez um pequeno "filme" intitulado: «Piscinas de espuma natural! - ilha das Flores», sendo o vídeo da autoria de Frederic Fournier e relativo à recente "tempestade".
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Envelhecimento é preocupante nas ilhas das Flores, Corvo e Graciosa

O aviso é de Teresa Medeiros. A investigação da pró-reitora da Universidade dos Açores vai no sentido de que são necessárias políticas que promovam a qualidade de vida dos idosos.

A investigadora teme pela degradação da qualidade de vida dos idosos, considerando que é preciso trabalhar o bem estar psicológico dos idosos e promover programas gratuitos de envelhecimento activo. São duas das conclusões do estudo de Teresa Medeiros, a apresentar no IV Congresso Internacional do Envelhecimento e Qualidade de Vida.

A promoção da saúde, alerta a investigadora, permite que o Estado gaste menos com medicamentos e assistência. Na União Europeia, em 2020, serão 100 milhões as pessoas com mais de 65 anos de idade. Teresa Medeiros desafia o Governo a investir mais na formação de técnicos e equipas multidisciplinares.


Notícia: RTP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

A tempestade no extremo Ocidente

Monchique coberto de mar (ilha das Flores)

O ilhéu do Monchique é o ponto mais ocidental da Europa e foi coberto pelo mar nesta terça feira (dia 1 de Novembro), com ondas de 12 metros de altura mas por vezes ainda maiores... como é o caso desta onda [na fotografia] passando por cima do ilhéu com aproximadamente 60 metros de altura do normal nível do mar.

Fotografia da autoria de Carlos Mendes.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Média açoriana é de onze funcionários municipais por cada mil habitantes

Câmaras Municipais de Santa Cruz das Flores e do Corvo estão no vermelho com rácios elevados.

Nos Açores existem 2.695 funcionários ao serviço das 19 autarquias açorianas, o que representa que temos uma média de 11 trabalhadores autárquicos por cada mil dos 246.102 habitantes da Região. Um rácio que fica abaixo da média nacional que, de acordo com o «Jornal de Negócios», se situava em 2010 nos 19,6 trabalhadores municipais por cada mil habitantes.

Apesar de no geral as 19 Câmaras Municipais açorianas ficarem abaixo da média nacional, certo é que analisando caso a caso há quatro autarquias dos Açores que ficam bem acima dessa média nacional.

As Câmaras Municipais do Corvo e de Santa Cruz das Flores são as que nos Açores têm o rácio mais elevado entre funcionários e habitantes.

De acordo o «Jornal de Negócios» a Câmara Municipal da mais pequena ilha do arquipélago, em finais de 2010, tinha 40 funcionários para 430 habitantes. Quase um em cada dez corvinos trabalha para a autarquia local, apesar de nos últimos três anos se ter registado uma redução de quatro funcionários. No entanto, de acordo com o «Jornal de Negócios», os 40 trabalhadores representam uma média de 93 funcionários por cada mil habitantes o que coloca a autarquia com a média mais elevada do país.

A Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores também está no topo dos piores indicadores. Em 2010 aquela autarquia contratou 35 funcionários o que representou uma subida de 116,7% dos trabalhadores. Ao todo são agora 65, o que para uma população de 2.288 habitantes representa uma média de 28,4 trabalhadores por mil habitantes.

Na outra Câmara Municipal da ilha das Flores, nas Lajes, há 45 funcionários camarários para os 1.503 habitantes o que representa uma média de 29,9 funcionários por cada mil habitantes. No entanto esta autarquia está entre as 20 que mais funcionários reduziu. Foram dispensados 13 trabalhadores, o que representa uma redução de 22,4% do total de trabalhadores.


Notícia: «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Combater invasoras levará muitos anos

A flora nativa dos Açores “é muito pobre”, afirmou [na semana passada] o investigador Luís Silva, do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, salientando o impacto provocado pela introdução de espécies invasoras.

“Desde o povoamento [das ilhas açorianas] que foram sendo introduzidas espécies invasoras por necessidade de lenha, alimento ou decoração, que foram progressivamente ocupando os habitats naturais e ocupam hoje vastos espaços”, salientou o investigador em declarações à Agência Lusa, à margem de um seminário sobre ‘Prevenção e controlo de espécies invasoras’.

Para inverter este quadro, Luís Silva defendeu “não só uma intervenção técnica, mas também social, junto das populações”. As pessoas “afeiçoaram-se a muitas das espécies invasoras e já as tomam por suas, mas é preciso alertar que são nocivas para a biodiversidade do arquipélago”, frisou, salientando que são nocivas por “causarem prejuízos na agricultura, floresta e mesmo nas casas (as térmitas)”. Nesse sentido, defendeu que deve ser criada “uma estratégia para a sua contenção”, reconhecendo que “não é um trabalho fácil nem barato porque, por exemplo, para exterminar o incenso não basta arrancá-lo, é necessário usar pesticidas”.

Trata-se de “um trabalho que pode levar muitos anos no combate a todas as invasoras”, afirmou o investigador. No arquipélago dos Açores, estão catalogadas como invasoras, entre outras, o incenso, a conteira e a hortênsia, uma planta que “até já serviu para promoção do turismo açoriano”. Sendo certo que “os Açores são um destino de turismo natureza por excelência”, com as “suas espécies próprias, como o loureiro, azevinho, faia da terra, cedro do mato ou erva-leiteira, para o promoverem, até com vantagens de uma identidade e imagem externa única”, salientou.

Luís Silva revelou ainda que um estudo que realizou sobre “várias ilhas dos oceanos Pacífico e Atlântico” permitiu concluir que “antes de povoadas eram muito diferentes e agora são muito parecidas”. Segundo o investigador, Havai, Ascensão, Açores, Madeira e Canárias, entre outros arquipélagos, são hoje “muito idênticos na flora que exibem”.

A igualdade, “por via também da globalização, leva à perda de identidade, das características de cada Região e da sua biodiversidade”, alertou, preconizando “uma intervenção a curto prazo, baseada numa estratégia”. Quanto “mais tarde se começar, mais difícil e mais caro vai sair”, frisou o investigador.


Notícia: «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!