«Preto no Branco» #30 ::parte 1 de 4::

Reputação

Há dias, em conversa privada, com alguém que desempenha funções públicas de elevada responsabilidade na ilha, (que por elementar princípio deve ser mantida sob reserva no essencial, por ter sido, para além do mais, franca e amistosa), às tantas perguntava se podia dar um conselho ao autor destas linhas, a propósito do que subscreve neste blogue.

Pois, “... com certeza, faça favor, aceito de bom grado...”. Um conselho é sempre bem-vindo e prova, pelo menos, algum respeito e consideração.

Disse, então, mais ou menos isto - “... que achava estranho, que não entendia a falta de cautela na exposição, que outras pessoas também já lhe haviam comentado o mesmo... como é que uma pessoa, até com uma certa categoria, se presta a participar num blogue que é tão maledicente e por vezes chega a ser uma autêntica ventoinha de lama atirada contra tudo e todos, indiscriminadamente, sobretudo quando a coberto do anonimato, etc., ...”.

Resumindo – “... que no lugar deste não alinhava nisso, sobretudo para preservar a reputação...”.

Adiante:

Se fosse há uns tempos, logo teria retorquido com argumentação em sinal contrário.

Todavia, com o amadurecimento que só se vai adquirindo com a passagem por intensas experiências que a vida se encarrega de nos dar, achei sensato referir, em sintonia, que, “... por coincidência, durante este ano de 2009 e até à data, o «Preto no Branco» conta apenas com duas publicações e está, inclusive, em falta com o compromisso assumido da sua regularidade, por um lado... e que, por outro lado, iria aproveitar para reflectir sobre o conselho e ponderar na bem-intencionada sugestão, considerando ainda toda a envolvente do início de mais uma nova etapa profissional e pessoal...”.

Aproveitei ainda para referir que, “... já antes outrem me tinha expresso pessoalmente opinião idêntica, mas que também já recebera manifestações em sentido oposto...”.

E assim passámos a outro assunto, sem que este tenha deixado de ficar a “zumbir” no ouvido, coisa que acaba sempre por interpelar o pensamento.


Ricardo Alves Gomes