domingo, 28 de julho de 2013

Economia paralela regional atinge 32%

A economia paralela nos Açores situa-se nos 32% do Produto Interno Bruto (PIB), superior em seis pontos percentuais à que se regista no todo nacional, de acordo com um estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude.

O estudo, encomendado pela Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, concluiu que em 2012 o valor da economia paralela, ou não registada, ascendia a cerca de 1.200 milhões de euros por ano, o que representa cerca de 4.800 euros por pessoa.

Em 1980 os valores da economia paralela nos Açores eram inferiores à média nacional, mas um crescimento acentuado no espaço de uma década colocou a Região à frente do país, tendo-se mantido um crescimento semelhante desde então.

"Se a economia não registada nos Açores tivesse a média da OCDE e sobre esse diferencial, que passaria para economia oficial, fosse cobrada a taxa média de imposto de 20%, haveria uma receita adicional [para as Finanças] de 100 milhões de euros", salientou Óscar Afonso, coordenador do estudo.

Para o investigador, a disparidade de dados entre o todo nacional e os Açores pode ser justificada pelas características do arquipélago, que podem estar na base de uma economia paralela maior, como sejam "a situação económica actual, a informalidade existente, a significativa intensidade das relações de vizinhança, os conflitos de interesse decorrentes da proximidade cidadão-Estado e a (in)capacidade de regulação e fiscalização".

O aumento de impostos na Região no próximo ano, por via da redução do diferencial fiscal, pode provocar um aumento da economia paralela, na opinião de Óscar Afonso, tendo em conta que os estudos comprovam que, por cada ponto percentual de impostos diretos ou indiretos no PIB aumentado, a economia registada cresce 0,65 pontos percentuais. De acordo com os cálculos efectuados, estima-se que se não forem tomadas medidas concretas de combate à economia não registada, o valor cresça cerca de 0,47% por ano, podendo em 2020 ultrapassar os 35% do PIB dos Açores.

O presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo salientou que a instituição tem alertado desde 2008 para as consequências do "flagelo" que é a economia paralela, tendo em conta que "provoca concorrência desleal muito forte": "É um grande obstáculo ao crescimento do Produto Interno Bruto da Região, ao desenvolvimento, inovação e competitividade das empresas açorianas, mas é também um condicionante e implica a precariedade do emprego", frisou Sandro Paim.

A economia não registada inclui não apenas a economia subterrânea (fuga de impostos), mas também a economia ilegal e o autoconsumo.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e «Negócios».
Entretanto, o volume de mercadoria transportada por via marítima caiu em todo o arquipélago e os armadores chegaram a acordo para retirar mais um navio na operação de carga para os Açores.

Saudações florentinas!!

4 comentários:

Anónimo disse...

estou preocupado de ainda não ter chegado o cabo de fibra óptica às flores e ao corvo, o que será que se passa.

Anónimo disse...

É preciso ter muita, mas muita lata.
As nossas hortas, os currais de porcas e as criações caseiras de patos, galinhas, cabras e ovelhas sempre nos valeram quando mais precisamos. Nas guerras com os espanhois, nos ataques da pirataria, nas guerras mundiais e ainda recentemente nas doiduras abrilinas.
à esta canalha que nos governa, permite-se tudo.
Desde negócios como as suas ventas, que metem submarinos, torpedos e bancos falidos, até demissões irrevogáveis, que causam prejuízos de milhões.
Desde dar o dito por não dito, com a maior leviandade e desvergonha deste mundo, até firmar contratos financeiros que não lembram ao diabo, emborcando a nação por décadas sem fim.
Apareçam-me cá os fiscais da economia paralela, a ver os canteiros de nabos, inspecionar as batatas e a contar os bichos da capoeira, que conto-lhes uma história.

Anónimo disse...

só de tiro.

Anónimo disse...

Toda a vida se trocaram alqueires de milho por peixe e dúzias de ovos por feijão.
Toda a vida se pagaram rendas por quantias diárias de leite e se trocaram abóboras por bata doce.
Os nossos antepassados sempre fizeram isso.
Hoje, a canalha safada sem vergonha que nos governa, diz que é "economia paralela".
São todos muito entendidos, muito cultos e muito finos.
Geralmente querem pouco com o trabalho, mas invejam a abundância na casa de quem se levanta de madrugada e labuta todo o dia.
Esta coisa da economia paralela tem água no bico. Enquanto não nos roubarem tudo, incluindo as nossas terras suadas, eles não descansam.