segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Museu das Flores a “marcar passo”?

PSD/Açores acusa Governo Regional de continuar “a marcar passo” com a recuperação do núcleo central do Museu das Flores, instalado no Convento de São Boaventura, uma vez que “passados mais de seis anos a ilha das Flores continua sem um Museu governamental de corpo inteiro e sem um compromisso oficial da sua reabertura”.

“Mais facilmente se construiu de raiz o próprio Convento e a Igreja de São Boaventura no século XVII, com as obras iniciadas em 1641 e a primeira missa celebrada logo em 1650”, ironiza o deputado José Andrade que, num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, critica o Governo Regional por, “este mês, e em mais uma visita anual à ilha das Flores”, nada ter feito de conclusivo em relação às obras do Museu.

“As obras não foram inauguradas, como seria expectável, e nem sequer mereceram uma única referência entre os 24 pontos do comunicado final do Conselho do Governo Regional. Ainda menos motivaram um esclarecimento público, depois da envergonhada visita que o secretário regional da Educação e Cultura realizou ao local, como seria obrigatório”, lembra José Andrade.

O deputado social-democrata recorda que “o concurso público para a conservação da cobertura do Convento de São Boaventura foi lançado em Junho de 2008, e o contrato da empreitada foi celebrado em Abril de 2009, por cerca de meio milhão de euros e com um prazo de execução de 3 meses. Aliás, foi um processo mal instruído, que levou mesmo à recusa de visto pelo Tribunal de Contas”, explica.

Segundo José Andrade, “o Governo Regional tem muitas explicações a prestar sobre todo este atribulado e nublado processo”, pelo que pediu razões para os factos à tutela, assim como “uma previsão efetiva de quando ocorrerá a reabertura plena do equipamento público e os valores da intervenção realizada”.

“Em pleno século XXI, e pelo sexto Verão consecutivo, os turistas que tentam conhecer a história da ilha das Flores, em vez de visitarem um edifício de valor patrimonial e um acervo de interesse etnográfico, deparam-se com uma porta fechada ou com acesso limitado a uma mera exposição temporária”, lamentou o deputado laranja.

“E melhor sorte não tem o núcleo secundário do Museu das Flores, instalado na antiga Fábrica da Baleia do Boqueirão”, acrescenta José Andrade, referindo que “essa obra também se arrasta no tempo. Adjudicada em Junho de 2009, por cerca de um milhão de euros, com um prazo de execução de 7 meses, já passaram 63 meses e o espaço continua sem estar recuperado e oficialmente aberto ao público”, adiantou.

“São duas obras da (ir)responsabilidade do Governo Regional, com atrasos demasiado prolongados e que exigem o devido esclarecimento público”, reforça José Andrade, que pediu explicações idênticas também para esta intervenção, sublinhando que “o Governo Regional devia ainda justificar porque encerrou, ao mesmo tempo, os dois equipamentos do Museu das Flores, privando toda a ilha daquela oferta cultural por mais de 6 anos consecutivos. Ainda por cima para realizar obras intermináveis”.


Notícia: jornal «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

8 comentários:

Anónimo disse...

o museu das flores agora é das lajes que é moderno este de santa cruz está ultrapassado feichem a porta.

Anónimo disse...

A doidura dos museus - as Flores já contam com pelo menos 3 - é transversal a todos os partidos.

"Os atrasos"
Os "atrasos" e os "arrastos no tempo" são fruta da época que não é exclusiva dos Açores. Vai do Minho à Madeira, passando pelo Reino dos Algarves.
Falta o pilim e com cascas de lapa não se apressam obras.
Não basta constatar.
Isso é coisa que qualquer um faz. É preciso é apresentar soluções alternativas e concretas, que marquem a diferença.

Anónimo disse...

coitado desse que defende tude para não perder a sua maminha.

Anónimo disse...

"Os museus"
As Flores precisam de um bom museu onde a nossa memória colectiva seja preservada.
Este agora vem falar em 3, e, como se isso fosse coisa normal numa comunidade de escassas centenas de almas, quer todos feitos depressa e a funcionar a jacto.
E, para além do acervo importante, o que é que se vai lá guardar mais?
Com que meios se irão manter estes não sei quantos museus?
Com as receitas dos bilhetes ou com os nossos suados impostos?
Acaso isso preocupa alguém?
A doidura pós-abrilina que fez a Expo-98, estádios de futebol, autoestradas por todo o lado e trapaças com bancos falidos que nos fizeram emborcar na troika, tem por cá fieis seguidores.

Anónimo disse...

A minha "maminha", ao que consta, parece incomodar muita gente.
Estejam descansados.
Não resulta de votos, não advém de nomeações politicas nem tem origem em partidos.
Advém do suor do meu rosto e da minha vontade de trabalhar, com evidentes benefícios para terceiros.
Os pulsos doem-me.
Não ando dependurado na teta pública, como uns que eu conheço de ginjeira, a chupar os impostos dos outros.
É por isso que digo o que penso. Quem gostar gostou, quem não gostar tenho pena.

Anónimo disse...

anónimo das 14:30, mais uma vez conseguiu escrever, escrever e mais escrever e não escreveu nada.
Ou seja, reafirmo, político.
Pessoalmente até gosto da sua escrita, pois faz-me rir, daí que faço preces para que continue a debitar essa grandeza cultural e informativa.

Anónimo disse...

O conhecido sabonete das 08:06 - o tal da praia que desce - diz que ri.
Fala da grandeza cultural que não tem e da habilidade para a pena que não possui.´
Nem todos são barricas de cultura, que eu não, mas alguns são boiões e outros, politiqueiros de merda, são naiões, usando terminologia vernácula do grupo central.
O sabonete das 08:06, madrugador como se vê, pertence certamente aos naiões.

Anónimo disse...

A preocupação obsessiva com museus cheira mal.
Numa terra com tantos problemas, e tanto assunto para se fazer oposição, perde-se tempo com isto.
Louvado seja Deus.