Quinhentos anos de concelho nas Lajes
Em 2015 o concelho de Lajes das Flores comemora cinco séculos da sua fundação. A Câmara Municipal das Lajes realiza no próximo sábado (dia 21), pelas 20 horas no Museu Municipal, uma sessão solene que assinala o início das comemorações desta efeméride. Estão a decorrer igualmente este ano as comemorações dos 500 anos da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, pelo que as celebrações destas importantes datas serão efetuadas em conjunto.
A sessão de abertura iniciar-se-á com a saudação de boas vindas pelo presidente da Câmara Municipal, seguindo-se a intervenção do Ouvidor da ilha das Flores, padre Davide Barcelos. À cerimónia seguir-se-á um concerto com a atuação de Carla Seixas, José Corvelo e Larissa Savchenko.
As comemorações estendem-se ao longo do ano com um conjunto de eventos a serem realizados envolvendo diversas entidades, organizações e coletividades do concelho das Lajes, dignos desta importante efeméride e que permitam prestigiar o Município, estando toda a população convidada a participar nos diferentes momentos que aconteçam nesta celebração.
Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!
22 comentários:
A terra que hoje temos é esforço de vinte gerações ao longo de quinhentos anos. Terra e mar, matos e veredas, ventos e calmias, pedra e terra e matos para desbravar. Abundancia e miséria, riqueza e pobreza, chegadas e partidas. Amores e ódios, canseiras e folias, reencontros e descobertas, tristezas e alegrias, sorrisos e lágrimas.
Para quando um monumento aos milhares de florentinos anónimos que no mar e na terra, ergueram o lugar onde hoje vivemos?
Boa ideia anónimo das 19.57 bem merecem . Foram homens e mulheres que lutaram tanto para que hoje termos o que temos.
Parabéns aos lajenses e respectivo concelho! Os florentinos em geral e os lajenses em particular podem não se lembrar muito disso, mas a vossa terra inspira saudades e muito carinho. Cuidem bem dela !
V
não se ve nenhum de santa cruz a dar os parabens à vila mais antiga das flores pelos seus cinco séculos.
500 anos para 500 alminhas . Ao que isto chegou. Quer-se gente nesta terra
Monumento? Há um monumento à emigração no Jardim em frente aos paços do concelho, mas está completamente votado ao abandono, não tem coragem de comprar uma bomba de água e por aquilo a trabalhar como deve ser.
é verdade anónimo das 9.06 anda aquele monumento à tanto tempo sem uma bomba de agua.
Parece que o Presidente do Município ainda não se apercebeu que a Paróquia das Lajes é dedicada a Nossa Senhora do Rosário e não Nossa Senhora dos Remédios ... santa ignorância. Também não queriam outra coisa, metem um para-quedista de Presidente da câmara, com tantos locais capazes ...
gastam o dinheiro é em ralis.
Quinhentos anos são muitos dias. Agora pergunto, para quando o Centro de saúde nas Lajes. Segundo para quando a Poisada da Juventude nas Lajes.Terceiro para quando o aumento da Marina nas Lajes. Quarto Fala-se em turismo no Concelho para quando um Hotel nas Lajes.Muitas mais obras seria precisas nesta Vila das Lajes mas agora fico por aqui.
Ao Anónimo de 22, 07h37,pergunto;que mais precisa o Dr.Luis Maciel para ser Lajense,depois de ter nascido nas Lajes (ou enquanto os pais cá viveram),ter escolhido as Flores e as Lajes,para viver e trabalhar,após fazer o seu curso,ter comprado e recuperado exemplarmente, uma das melhores,se não a melhor casa das Lajes,ter uma participação activa e continuada ao nível social e comunitário,ser de uma disponibilidade e simpatia pessoal e profissional, a toda a prova ?
Que mais provas precisa,caro Anónimo? Realmente,quando não há verdade e sinceridade no que dizemos,faltam argumentos,como é óbvio.E aí cai-se no ridículo,que só passa, quando toda a gente está distraído.
Ponha a mão na consciência e saja sério.
O problema maior é que o Concelho só tem 497 anos, a Paroquia sim, essa faz realmente os 500 anos. Mas de qualquer forma Parabéns...
estás errado anónimo das 11.11 o concelho das lajes tem mas é 504 anos a paroquia é que tem 500.
mais uma vez navio Hamburgo não veio as flores como querem turismo para flores e corvo
o navio só vai mas é para são miguel o resto só conta os votos mas não vão ser os meus nas próximas nem noutra.
Pobre Câmara. Muitos têm sido os que se têm governado à custa da Câmara... E continua. De geração em geração... Bom proveito para as janelas que foram para o Pico...
Quando não se tem cabida em mais lugar nenhum, come-se papas em cima da cabeça dos tolos... O povo tem o que merece.
cá temos solistas mas nada fazem pela ilha.
pois...pois... não fazem nada pela ilha para não ofender o padrinho. eu e minha familia não quere-mos votar mais nesta gente.
o navio hanburgo não veio flores corvo e graciosa por nestas ilhas parece que não vive ninguém.
Vão mas é aprender a fazer contas...
eles querem é tude para são miguel.
A extinção do concelho das Lajes
Dada a pequenez da ilha e as fortes rivalidades que nasceram entre os respectivos concelhos, desde meados do século XIX, época a partir da qual a vila de Santa Cruz das Flores passou a ser a povoação claramente dominante e a cabeça da Comarca das ilhas do Grupo Ocidental, que se discute a criação de um único concelho para aquelas ilhas, obviamente com sede en Santa cruz. O governador civil do distrito da Horta, António José Vieira Santa Rita, num relatório redigido em 1869, opinava que a ilha das Flores não comporta a existência de dois municípios, afirmando ainda que no caso da ilha do Corvo, uma administração paroquial é quanto basta àqueles povos. O governador civil prossegue, afirmando que na actualidade, em vez de lhe ser benéfico, [o concelho das Lajes] é um pesado encargo de que a população ardentemente deseja ver-se libertada. Na sua opinião, os concelhos que já actualmente se acham anexados para serem regidos pelo administrador do concelho de Santa Cruz, e bem assim para o serviço da Fazenda e Judicial, deveriam ser fundidos, livrando-se o povo do ónus da sua manutenção. Isso viria dar razão à fracassada tentativa reforma da Lei da Administração Civil de 26 de Junho de 1867, protagonizada dois anos antes por Martens Ferrão, já que na divisão territorial decretada em virtude da Lei de 26 de Junho de 1867, as duas ilhas das Flores e Corvo ficavam constituindo um só concelho, e é muito natural que esta seja a sua sorte futura.
Na sua análise, José António Vieira Santa Rita nota que a extinção do concelho de Lajes das Flores apenas encontra uma forte repugnância nos habitantes da Vila sua sede, sendo desejada, ou consentida, pelas restantes populações.
A fusão dos concelhos, com a consequente supressão do concelho das Lajes das Flores, foi imposta por força Decreto de 18 de Novembro de 1895, publicado no Diário do Governo do dia seguinte, que suprimiu, entre outros, os concelhos de Lajes das Flores e do Corvo. Esta decisão foi influenciada pelo pedido que a Câmara Municipal de Santa Cruz, na época governada pelo Partido Regenerador, dirigiu ao Governo, então do mesmo partido. Contudo, pouco depois, o poder mudou de mãos em Lisboa, e a 13 de Janeiro de 1898, foram restaurados os concelhos anteriormente suprimidos.
Por essa razão, em sessão realizada a 17 de Março desse mesmo ano de 1898, a Câmara Municipal de Lajes das Flores exarou um voto de louvor ao então Ministro do Reino, José Luciano de Castro, agradecendo a restauração do seu município, cuja autonomia era reclamada pelos povos em geral de todo o concelho. Data dessa sessão a deliberação de que o largo desta vila chamado Largo do Município passasse a ser chamado Largo do Ex.mo conselheiro José Luciano de Castro.
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