quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Dorsal Média-Atlântica na lista indicativa para Património Mundial da UNESCO

A inclusão da Dorsal Média-Atlântica na lista indicativa de Portugal à classificação de Património Mundial pela UNESCO valoriza a Região.

A Dorsal Média-Atlântica inclui parte das nove ilhas do arquipélago dos Açores e dos seus 596 ilhéus, o mar territorial, a subárea dos Açores da Zona Económica Exclusiva Portuguesa e a plataforma estendida contígua. Neste espaço geográfico destacam-se como áreas relevantes os montes submarinos D. João de Castro, Condor, Princesa Alice, Sedlo, Altair, Antialtair e os complexos de montes submarinos MARNA (Mid Atlantic Ridge North of the Azores) e do Meteor, assim como os campos hidrotermais de profundidade a sudoeste dos Açores, todos incluídos no Parque Marinho dos Açores.

A Dorsal Média-Atlântica está, na sua maior parte, submersa, contudo há importantes elementos visíveis no arquipélago, como o Algar do Carvão (na ilha Terceira) ou o vulcão da montanha do Pico. A candidatura incluiu, ainda, a Furna do Enxofre (na ilha Graciosa) e o vulcão dos Capelinhos (na ilha do Faial).

A Dorsal Média-Atlântica foi inicialmente detetada por Matthew Maury em 1850 e uma expedição em 1870 confirmou a diminuição acentuada de profundidade na zona média do Atlântico. A existência da cordilheira foi depois detetada por sonar em 1925 e já nos anos 1950 realizou-se o primeiro mapeamento desta enorme estrutura geológica, sendo que a Dorsal Média-Atlântica passou a ser aceite como evidência para a plausibilidade da teoria da deriva continental de Wegener e, mais tarde, da teoria tectónica de placas.

O valor universal excecional da Dorsal Média-Atlântica e da região dos Açores, expressa no seu património emerso e submerso, advém das características geológicas únicas que são um testemunho presente da história da Terra e, em particular, da formação do arquipélago.

Com a inclusão da Dorsal Média-Atlântica na lista indicativa de Portugal à classificação de Património Mundial pela UNESCO, pretende-se beneficiar de um enquadramento com outros bens internacionais já classificados ou a classificar, também relacionadas com a Dorsal Atlântica, no âmbito de um processo transnacional que envolva outros países, como é o caso da Islândia, Noruega, Reino Unido, Irlanda, ou mesmo Brasil, se se considerar a extensão Sul deste acidente geológico.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

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