sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Estudar o valor económico da floresta

Investigadores da Universidade dos Açores pretendem quantificar o valor ecológico e económico da floresta açoriana, que representa 30% da área das nove ilhas.

O projeto científico Forest-Eco² tem duração de três anos, envolvendo biólogos, um geógrafo e economistas da Universidade dos Açores. Esta investigação científica vai utilizar como modelo as ilhas de São Miguel, Terceira e Pico, pelas diferenças florestais existentes.

“O que pensámos fazer é uma interação entre a economia e a ecologia, como é que o valor ecológico [da floresta dos Açores] pode ser quantificado em termos económicos e quais os serviços e valores que podemos obter”, afirmou o investigador Luís Silva. O biólogo da Universidade dos Açores destacou que este projeto de investigação visa, também, sugerir medidas para futuramente valorizar e utilizar os recursos florestais de forma sustentável.

“Gostaríamos de ter um sistema de informação geográfica em que fosse possível mapear os diferentes tipos de florestas existentes e qual o seu valor”, referiu Luís Silva, explicando que nos Açores há florestas de produção, naturais e endémicas, que corresponde cada uma delas a cerca de 10% da área das ilhas.

No caso da floresta de produção, o investigador da Universidade dos Açores referiu que predomina na ilha de São Miguel a criptoméria, na Terceira o eucalipto e no Pico o pinheiro, dispersas por terrenos públicos e privados.

“Da interação com os intervenientes em áreas com interesse para a valorização da floresta açoriana vamos fazer um Livro Branco da floresta dos Açores, com uma caracterização de base, um pouco da história, a situação atual e depois incluir a visão de cada uma das entidades sobre a floresta”, revelou Luís Silva, acrescentando que a intenção é abranger as nove ilhas.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

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