Governo Regional admite recrutar mais vigilantes da natureza (se necessário)
O Governo Regional dos Açores reafirmou a sua aposta nos vigilantes da natureza, admitindo que possam ser recrutados mais destes guardas das zonas de interesse ambiental, à medida que forem sendo criados os parques naturais de ilha.
"É possível que se aumente em algumas ilhas o número de vigilantes da natureza, como é o caso do Pico, onde há carência", afirmou o secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, em declarações à Agência Lusa.
Actualmente, o arquipélago conta com cerca de 30 vigilantes da natureza, uma carreira criada há nove anos para cuidar das zonas de interesse ambiental. Aos vigilantes da natureza compete sensibilizar as populações para a preservação do ambiente, mas também monitorizar os recursos naturais, nomeadamente nos domínios hídricos, do património natural e da conservação da natureza.
No passado mês de Maio, o PSD/Açores manifestou preocupação com as condições de trabalho destes profissionais, apresentando o exemplo da ilha do Faial, onde os vigilantes da natureza se encontram "impossibilitados de trabalhar no terreno e exercer cabalmente as suas funções por falta de viatura".
Contactado pela Agência Lusa, o deputado [regional] social-democrata Luís Garcia disse estar "muito preocupado" com a utilidade destes profissionais, atendendo à "falta de meios e de formação específica". O PSD/Açores criticou ainda o que entende ser a "sobreposição de funções" com a Inspecção Regional do Ambiente e as novas acções desenvolvidas pela GNR na área da protecção da natureza.
O secretário regional do Ambiente desvalorizou a questão, assegurando que as competências dos vigilantes da natureza "não foram esvaziadas" e que "não há incompatibilidade de funções", já que estes funcionários regionais têm "uma missão pedagógica e de orientação em áreas naturais sensíveis".
"A natureza policial e punitiva cabe à GNR e aos inspectores [regionais] do ambiente", frisou Álamo Meneses, para quem os vigilantes da natureza são "uma carreira com futuro, que tem apostado na qualificação crescente dos seus profissionais". Nesse sentido, salientou que à medida que forem sendo instalados os parques naturais de ilha, estruturas destinadas a gerir zonas de interesse natural, serão reforçados os meios humanos e materiais necessários ao bom desempenho desta função [de vigilante da natureza].
Actualmente, os Açores contam com seis parques naturais instalados, estando em vias de criação os parques [naturais] das ilhas Terceira, São Jorge e Flores.
Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário de Notícias» e «Correio do Minho».
Saudações florentinas!!
5 comentários:
Este post ainda não tem comentários, mas o tema é deveras interessante e importante para a Ilha e para os Açores no seu conjunto.
De facto é fundamental preservar e vigiar o nosso ambiente e os nossos recursos naturais.
Para tal é preciso que haja uma estrutura bem capacitada, quer em termos de recursos técnicos e humanos.
Todavia, há uma grande diferença entre aquilo que é apregoado entre as entidades públicas ou, mais especificamente a tutela, e aquilo que é feito a mando desta ou com o consentimento do Governo no seu conjunto.
Segundo a imprensa, a televisão e muitos blogues açorianos o Governo dos Açores tem desrespeitado sistemáticamente o nosso meio ambiente.
Foi o crime ambiental consumado da Fajã do Calhau em S. Miguel, foi o grande buraco para uma lagoa artificial também em S. Miguel; preparam-se também para "invadirem" a Lagoa do Fogo com passadiços; foi a destruição dum cabeço de bagacina na Ilha Terceira; são as intervenções em zonas balneares com o recurso a betão e matereiais altamente poluentes; e mais últimamente é a grande obra das sctus em S. Miguel que está a causar grande polémica com a expropriação e a ocupação de terrenos agrícolas e quintas para além da deslocalização de milhões e milhões de metros cúbicos de terras.
Se fôr um particular a extrair um balde de areão nos seus terrenos (em área protegida) ou extrair algumas endémicas (muitas vezes nefastas) o mais certo é ser coimado ali mesmo à cabeça.
Quando é o governo a permitir estas poucas vergonhas e a contemporizar com poderios de obras inestéticas e ambientalmente nocivas na orla marítima ou em outros sítios mais vulneráveis nada acontece.
Realmente é bom constituir uma polícia de Vigilantes da Natureza, mas para fiscalizarem a acção desabrida e vergonhosa do governo e das autarquias, nesta área!!!
Bem prega Frei Tomáz....
Permita-me FDM,sugerir-lhe com os devidos,colaborar na erradicação das "pragas".
"Res Non Verba".
Insulas Corvus Marinis.
Caro Insulas Corvus Marinis:
«Ne sutor ultra crepidam»
Saudações ocidentais,
Nas Flores à crimes Ambientais e ninguém faz nada basta ver o que está a acontecer na britadeira do cascalho na freguesia dos Cedros. Aterro junto a uma ribeira, corte de arvores, construções...
Gostava de saber que mais querem vocês numa ilha onde ninguém faz nada para proteger o que nós temos de melhor! Daqui a uns anos e se continuar o pereira e o partido socialista vocês não tem nada, nada, nada, só a vista para o Corvo e um mar de desgraças!
As sopas da Lomba estavam muito boas,não concorda??
Cordialmente
Insulas corvis marinis
Enviar um comentário