sábado, 18 de julho de 2009

Saudade e Poesia #4

Esperança desfeita

Desfez-se um sonho que antes tivera,
Qual sonho; ficcional ou quimera,
Num túnel obscuro, falsa esperança;

Derramou reflexos na escuridão,
Embebido nas trevas duma ilusão,
Procurando um fim que não alcança.


Subi ao cume; desse alto monte,
Procurei ver à distância o horizonte,
Fascinou tal 'panorama' deslumbrante;

Eu vi subir a luz tão lentamente,
Depois, foi descendo para o poente,
E cada vez me ficava mais distante.


Certo dia tentei ver a nova luz;
Pachorrento; à sua espera me pus,
Julgando ver os jorros nascer igual;

Enganei-me; esse brilho jamais voltou,
Pesadas nuvens pretas a vedou,
Ameaçando violento temporal.


Refiro-me ao alto monte o coração,
O horizonte, o amor e a paixão,
Que o temporal destruiu tal tesouro;

Desfez-se a esperança que antes viveu,
Que depois de dissipada me pareceu,
Que no mundo nem tudo o que luz é ouro.



Denis Correia Almeida
Hamilton, Ontário, Canadá

3 comentários:

farto de mamões... disse...

Comentar poesia não está ao alcance de qualquer um.

Assim, e como gosto de ler e ouvir poesia ao som de música, deixo aqui um video com um dos últimos trabalhos de Rodrigo Leão, "Vida Tão Estranha", incluido no álbum "A Mãe".

Acho que esta música ilustra bem o cerne a expressiva poesia aqui postada pelo colaborador Denis Correia Almeida:

####Clickar no nick####

Anónimo disse...

É teu parente la das Americas?

HARDLINK1 disse...

Hardlink 1


Se ele é meu parente,
A honra é para mim;
Por isso vivo contente,
De ter um parente assim.

DCA